Embora não seja este o desejo da oposição, a aprovação, pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado Federal, do nome de Flávio Dino para o STF, é tida como certa. Até recentemente, o senador David Alcolumbre havia afirmado que iria medir a temperatura do ambiente. Foi rápido e já agendou a audiência na CCJ para o dia 13 de dezembro, numa celeridade que impresssiona, algo inédito até então. Segundo o bem informado jornalista Josias de Souza, do Portal UOL, a agilidade teria a ver com alguns arranjos cujas negociações estão em andamento, como um eventual apoio do Planalto ao seu projeto de ser conduzido à Presidência da Casa, assim como a indicação de um aliado para uma das diretorias da Caixa Economica Federal.
Os cálculos políticos tem sido algo recorrentes em nossas avaliações por aqui. Com informações privilegiadas, talvez possamos responder a alguns deles. Por que o Planalto deu de ombros por ocasião da votação da PEC do STF? Com Lula chegando a sugerir que, seguer, sabia da votação a favor do seu líder, Jaques Wagner? Hoje o Planalto faz uma série de acenos ao STF no sentido de serenar os ânimos e esfriar a temperatura. Por que, mesmo contrariando o STF, Rodrigo Pacheco mantém os laços estreitos com o Planalto? De olho numa aliança contra Romeu Zema em 2026?
Indicando Flávio Dino para o STF, Lula, em tese, pula a fogueira no Executivo, onde o ministro era atacado virulentamente, pela Oposição bolsonarista ou eles escolherão novos alvos? Por outro lado, a indicação do seu homem de confiança para a STF amplia as indisposições dos bolsonaristas contra a STF. Flávio tem um perfil político e costuma não abrir paradas, principalmente contra bolsonaristas radicais. Este cálculo aqui é de um conhecido parlamentar mineiro. Está correto. A indicação de Flávio Dino à Suprema Corte tende a ampliar as rusgas entre o Judiciário e a Oposição bolsonarista.
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