Pelo andar da carruagem política, o PT deve amargar mais uma grande derrota na disputa pelas capitais do país. As previsões indicam que o prefeito Ricardo Nunes deve ser reconduzido ao cargo na maior metrópoles brasileira. É curiosa essa geografia do voto na praça paulista, por vezes, levando os analistas a concluírem precipitadamente por algum desfecho. Não apenas a geografia do voto, para ser mais preciso, mas o próprios institutos podem induzir aos equívocos. Ali pelo finalzinho do período eleitoral do primeiro turno foram divulgadas uma enxurrada de pesquisas de intenção de voto indicando que o embate maior seria mesmo entre Guilherme Boulos e Pablo Marçal. Nunes estaria fora do páreo.
A coluna do jornalista Cláudio Humberto traz uma revelação interessante sobre os acertos e erros dos institutos na capital paulista, onde observa que, mais uma vez, o Paraná Pesquisas foi o instituto que cravou os melhores escores de tendências de voto, apontando índices que viriam a ser confirmados pela apuração. Nunes leva vantagem neste segundo embate, uma vez que os eleitores de Pablo Marçal, necessariamente, teriam mais chances de endossarem o pleito de uma segunda gestão do prefeito. Há sinalizações entre ambos e, como dizem as raposas, principalmente no segundo turno, não se recusa apoio.
Curioso que o eleitor de Guilherme Boulos é um eleitor de boa formação, residindo em zonas de classe média, com renda alta. O eleitor da periferia não encampou o seu projeto, como se previa no início da campanha, com a inserção da ex-prefeita Marta Suplicy em sua chapa, ocupando a condição de vice. Tanto isso é verdade que ele pretende focar sua campanha de segundo turno nesses redutos. Numa eventual derrota de Guilherme Boulos qual, afinal, será o destino de sua companheira de chapa, que já esteve ocupando cargo de secretária na gestão de Nunes?
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