Aguarda-se para logo mais duas últimas pesquisas sobre a corrida eleitoral em São Paulo, as realizadas pelos institutos Quaest e o Datafolha. Futura, Veritá e Real Time Big Data já anunciaram os seus dados, e, pelo andar da carruagem política, a extrema direita, representada pelo candidato Pablo Marçal já pode cantar vitória, depois de uma campanha marcada por métodos sórdidos, bem característicos desse agrupamento político. Marçal lidera ou aparece bem posicionado nessas três últimas pesquisas e deve ir para o segundo turno, onde irá travar uma batalha decisiva para ocupar a cadeira do Edifício Matarazzo.
Estava lendo a pouco o enredo sujo que envolve a tentativa de associar o nome do candidato do Psol, Guilherme Boulos, ao consumo de cocaína. Um enredo, para ser mais preciso, criminoso, que exigirá as providências do candidato, mas sabe-se lá se ele conseguirá provar sua inocência e a justiça punir os responsáveis por essa disseminação de fake news até o final das eleições. Faz parte da estratégia. Há até um nome para se referir a essa estratégia adotada pela extrema direita. Nos Estados Unidos, até hoje, a candidata Hillary Clinton tenta se explicar das infâmias dirigidas contra ela, numa eleição vencida por Donald Trump.
Reparem que a manobra ardilosa foi montada para desconstruir a imagem pública dos demais concorrentes do empresário Pablo Marçal. Foi assim com Tabata Amaral, no início da campanha, depois José Luiz Datena, que culminou com a cadeirada que encerrou sua campanha, em seguida Guilherme Boulos e, agora, Ricardo Nunes, que esboçou uma resposta na último debate da Globo, mas o estrago já estava feito. Ricardo Nunes corre um sério risco de não ir para os segundo turno. Como seria previsível, o tema continuará sendo explorado daqui para frente, envolvendo o candidato Boulos. No último debate, numa questão que exigia posicionamento propositivo, o empresário sugeriu que Boulos conhecia as "biqueiras".
Nesses tempos bicudos que estamos enfrentando, a justiça precisará ser reinventada, atuar de forma mais célere no combate a esses sonegadores do processo democrático. A assessoria jurídica do candidato Boulos está tomando as providências legais que o caso exige, mas as ações provavelmente virão somente depois do processo eleitoral encerrado. Eleito o sonegador, torna-se ainda mais complicado puni-lo, depois de sufragado pelo voto popular. É complicado.
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