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Nós, que escrevemos sobre política, temos que estar sempre invocando Magalhães Pinto, a raposa mineira que afirmava que política são como as nuvens. Mudam constantemente. Não raro, escrevemos um artigo num dia, e no dia seguinte, ele já foi atropelado pelos acontecimentos. Até ontem os sinais eram claros no sentido de indicar um arrefecimento na relação entre o PT e o PSB, sobretudo depois que Fernando Bezerra Coelho passou a cuidar mais do Ministério da Integração e deu um refresco à gestão de João da Costa. Súbito, o PSB lança o nome do Deputado João Fernando Coutinho como candidato à Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes, rompendo com uma aproximação costurada com o Presidente Nacional do PSDB, Sérgio Guerra. Não havia nenhum compromisso assumido entre Eduardo Campos e Elias Gomes, mas as relações entre ambos eram, até então, as melhores possíveis, prevendo-se que o governador pudesse apoiá-lo no projeto de reeleição. No dia de hoje, a crônica política, mais precisamente Mariza Gibson, chega mesmo a falar de uma possível irritação do governador com o prefeito, por este não ter dado os créditos devidos dos investimentos do Estado no município. Tudo isso são filigranas. O ponto de ebulição da questão está relacionado ao momento em que o Deputado, com atuação na Mata Sul, transferiu seu domicílio eleitoral para Jaboatão, algo que não foi dado muito importância à época. A transferência seu deu no bojo de uma estratégia montada pelo Palácio do Campo das Princesas, ancorada no projeto de fortalecer a postulação nacional do governador Eduardo Campos. O Diário de Pernambuco de hoje traz uma excelente matéria analisando as manobras do PSB e as cidades onde o partido resolveu impor alguns nomes, gerando atritos com aliados.
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