pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Governador, vamos discutir as críticas de Michel Zaidan no campo das ideias!
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sexta-feira, 3 de maio de 2013

Governador, vamos discutir as críticas de Michel Zaidan no campo das ideias!


Curioso o expediente utilizado pelas oligarquias políticas pernambucanas para responder às críticas do professor Michel Zaidan Filho. Nesses últimos anos, nós, que acompanhamos esses embates, nunca vimos um artigo assinado por aqueles que se sentiram diretamente atingidos ou réplicas de caráter republicano, respeitando-se o direito do dissenso, a liberdade de expressão de um cidadão em externar seus pontos de vista. Nenhuma reposta que trate diretamente das questões que estão sendo apontadas pelo professor. Acintosamente, esse áulicos, bajuladores, assessores ou outro bicho que o seja, partem para a agressividade, atacam a honra do professor ou disseminam informações capciosas sobre o seu perfil psicológico, algo que mereceria uma representação das entidades que disciplina a atuação desses profissionais. Que nos conste, nenhum deles tem formação em psicologia ou psiquiatria para emitirem laudos nessa área específica do conhecimento. Vamos debater, caros, no terreno das idéias. Ainda prefiro com o acento. Uma das questões apontadas pelo professor no seu último artigo dizia respeito à política de isenção fiscal praticada no Estado de Pernambuco. Ele, que anda de ônibus, afirmou que até as empresas de transporte coletivos estão sendo beneficiadas. De acordo com Michel, o Governo do Estado comete uma contradição. Fala num novo Pacto Federativo, advogando que os tributos da União sejam melhor distribuídos, e aqui, no província, deixa de recolher impostos que poderiam ser financiadores de políticas públicas para atender as demandas sobretudo dos estratos populacionais mais empobrecidos. Se o "dono do cofre', um dos nomes que estão cotados para suceder Eduardo Campos for consultado, é bem possível que estabeleça o mesmo raciocínio. Quem se incomoda com isso, possivelmente, são aqueles coronéis representantes das oligarquias políticas do Estado, que consideram que recursos públicos são para cavar poços em suas propriedades ou adquirir terrenos superfaturados. É muito difícil conviver num Estado forjado numa cultura hierarquizada, demarcada em pólos tão díspares: senhores e escravos. Ou se é Cavalcanti ou se é cavalgado. Encasteladas nas estruturas do Estado, essas oligarquias políticas passam vaselina nos "novos" discípulos e usam de todos os expedientes para silenciar quem naõ se submete às suas razões. Até bem pouco tempo, o governador Eduardo Campos falava em mudar os "costumes" políticos onde, apenas orientadas pelo critério político, são indicadas pessoas para ocuparem funções públicas. Falava-se até mesmo nos chamados comitês de busca que, se merece alguns aperfeiçoamentos, ainda assim é melhor do que a simples indicação por algum coronel. Logo ele percebeu que não teria como enfrentar os Sarney da vida, quem mantém suas capitanias hereditárias e alguns feudos intocáveis nesse arremedo de república. À época, 
um dos senadores de Pernambuco falava na nessidade de, em algum momento, alguém emendar o bigode com Sarney. Quanto ao outro tema, tratado pelo professor Michel, é um fato que a saúde virou um grande negócio nas mãos de capitalistas inescrupolosos, que se tornaram detendores do direito de viver ou de morrer. Tudo isso com a leniência ou complacência do Estado. O professor usa o SUS, mas vocês que possuem plano de saúde sabem disso. Enquanto você só faz exames de rotina para conhecer os andamentos das taxas de glicose, colesterol está tudo bem. Precisando de uma UTI, somente recorrendo à Justiça. Basta fazer uma pesquisa simples junto aos leitos dos hospitais da elite pernambucana, localizados notadamente na Ilha do Leite. Convidamos os senhores secretários da Fazenda Estadual e da Saúde para se pronunciarem sobre as críticas do professor. Agora, por favor, utilizem um procedimento mais republicano. Não fiquem atacando a honra ou fazendo ilações descabidas, assinadas por bajuladores de plantão.

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