pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Tijolaço do Jolugue: Chega ao fim o imbróglio entre PSB e o Governo Dilma Rousseff?
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terça-feira, 17 de setembro de 2013

Tijolaço do Jolugue: Chega ao fim o imbróglio entre PSB e o Governo Dilma Rousseff?


Nos parece ter chegado ao limite as escaramuças entre o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e a presidente da República, Dilma Rousseff. Embora política não se faça com o fígado, também no campo da racionalidade a margem de manobra já teria sido esgotada. Se a contenda estivesse apenas condicionada ao humor do casal presidencial, certamente essa ruptura já teria sido concretizada. Tanto Dilma quanto Lula teriam motivos de sobre para chutar o pau da barraca. Eduardo Campos fez questão de alinhavar alianças com todos os "urubus voando de costa" da Era Lula, o que deixou o amigo bastante magoado. Urde, com Aécio Neves, a partir das quadras locais, uma estratégia para jogar as eleições de 2014 para o segundo turno, onde poderão, dependendo do contexto, formalizarem uma aliança no sentido de enfrentar Dilma Rousseff. Eduardo Campos passou a ser uma peça importantíssima na engrenagem tucana, principalmente aqui no Nordeste, reduto eleitoral de Dilma. A manobra para montagem de palanques conjunto - PSB/PSDB- em algumas quadras regionais provou muitas sequelas em nomes muito bem quisto pelo Planalto, ampliando ainda mais a ira da presidente Dilma Rousseff. O danado é que a raposa, como na canção de Raul Seixas, para entender o jogo dos homens, transa com Deus e com o Diabo. Tornou-se uma pedra essencialmente importante no tabuleiro de 2014, embora ostente, ainda, pouco mais de 5% das intenções de voto nas pesquisas. Se, por um lado, Aécio faz questão de vê-lo disputando o pleito ainda em 2014, o Planalto sabe que, dependendo das circunstâncias, o seu apoio poderia ser fundamental. Nessas escaramuças, várias cartas foram jogadas. Logo após as manifestações de rua que ocorreram no país a partir de junho, o próprio Lula o procurou. Dizem que para pedir conselho, mas, possivelmente, 2014 esteve nas conversações. Agora, contingenciada também pela pressão exercida por setores do PT e da base governista - pressão, diga-se, com um componente fisiológico - Dilma está quase entregando os pontos e exigindo os cargos que os socialistas ocupam no Governo. Neste contexto, é imprevisível os rumos que serão tomados pelo ministro Fernando Bezerra Coelho. FBC goza do apreço pessoal do Planalto, já tendo sido cotado até mesmo para compor uma frente de oposição governista no Estado, em contraponto a Eduardo Campos. É esperar para ver.

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