pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Tijolinho do Jolugue: Aécio venceria sem a internet
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quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Tijolinho do Jolugue: Aécio venceria sem a internet


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Sérgio Amadeu é doutor em Ciências Políticas pela USP. O título não é nenhuma "carteirada" acadêmica, mas apenas para informar o leitor de que ele, possivelmente, sobe do que está falando. Nas últimas horas do pleito presidencial de 2014, as forças conservadoras da política brasileira lançaram a sua última "bala de prata". Numa urdidura muito bem montada, a uma revista de circulação nacional trouxe uma denúncia "bombástica" contra Lula e Dilma Rousseff. Mesmo sem prova alguma, insinuaram que eles sabiam do escândalo de corrupção na Petrobras. O Planalto agiu rápido, tomou providências judiciais contra a revista, mas o estrago já estava feito. A capa veio sob medida para impressão. Partidários de Aécio Neves(PSDB) exibiam em praça pública suas cópias. Mais tarde teríamos o último debate entre os candidatos e, no meio, uma nova edição do Jornal Nacional. Todos esperavam uma grande repercussão no JN. Não houve. Eles acionaram o gatilho na edição de sábado. O estrago à candidatura de Dilma Rousseff poderia ser maior. Assim como ocorrera em 1989 e nas eleições subsequentes, o objetivo era claro: derrotar o candidato do campo progressista e eleger alguém de maior confiança do establishment, a quem essa mídia está consorciada. Em 1989 a manobra deu certo. Em 2014, não. O que teria ocorrido, então? De acordo com Sérgio Amadeu, o eleitorado - sobretudo um segmento específico - já tinha amadurecido o bastante para compreender que se tratava de uma armação com propósitos bem específicos. Outro fator determinante é que em 1989 nós não tínhamos internet. Em 2014 ela foi decisiva para que a "bomba" fosse desarmada em tempo hábil. Depois dessa refrega, postamos por aqui alguns comentários indicando que Dilma deixaria de ser reticente ao tema da democratização da mídia. Pelo menos por enquanto, parece que suas prioridades é a reforma política e os ajustes fiscais. Vamos ver quem ela indica para a SECOM é aí saberemos quais os tendências.

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