pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Tijolinho do Jolugue: Por que eles estão deixando o PT?
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quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Tijolinho do Jolugue: Por que eles estão deixando o PT?

 
 
Alguém já abordou este assunto aqui pelas redes sociais, mas penso que ele pode ser melhor explorado. Para nós, movidos por uma preocupação científica, estamos tentando esquadrinhar as reais motivações dessa revoada de quadros da legenda, sem, contudo, embarcar em argumentações frágeis ou inconsistentes daqueles que saem, tampouco os amuos daqueles que ficam. O primeiro fato curioso é que o partido tem um histórico de expulsão e não de auto exclusão. Por decisão tomada pelas instâncias partidárias, até mesmo Tendências já foram expulsas da agremiação, por defenderem posições que iam de encontro ao processo de institucionalização da legenda, que permitiu ao partido chegar ao Palácio do Planalto. 

A Convergência Socialista, por seu turno, fundou uma nova agremiação partidária, o PSTU, até hoje um partido pouco afeito às políticas de alianças. Com a saída do vereador do Recife, Luiz Eustáquio​, para filiar-se à Rede, já são quatro o número de integrantes do partido que largaram a legenda: Luciano Cartaxo, prefeito de João Pessoa, que filiou-se ao PSD; a ex-ministra da Cultura, Marta Suplicy, que no último domingo filiou-se ao PMDB e o Deputado Federal, Alessandro Malon, figura de proa da legenda no Rio de Janeiro, que ocupava uma das vice-lideranças do partido na Câmara Federal. 

Aqui pela província, dizem, a desfiliação do vereador Luiz Eustáquio não teria surpreendido muita gente dentro do partido. É como se ele já se sentisse desconfortável com a legenda. Sobre Marta e Cartaxo, já comentamos o assuntos em diversos momentos, traduzindo, em última análise, uma observação do dirigente Rui Falcão, argumentando que, quem deixa o partido, o faz por puro oportunismo. O caso de Luiz Eustáquio é recente, nos aconselhando a uma moderação sobre o assunto, mas, no caso de Marta e Cartaxo, faz sentido a observação de Rui Falcão. 

Desse grupo, o único que nos suscitou uma certa preocupação com os argumentos foi Alessandro Malon. Malon lembra as teses defendidas pelo partido no seu 5º Congresso, realizados em Salvador, além de uma política de subordinação da legenda ao PMDB, o que vem contribuindo para a erosão programática e de imagem do partido. Malon fala isso no plano nacional, mas, segundo dizem, no caso do Rio de Janeiro, o quadro é ainda mais grave. o PT tornou-se uma sublegenda do PMDB. Em alguns casos, seria mesmo salutar que alguns membros deixassem a legenda. Certamente não fariam falta. Em outros casos, quando os argumentos são consistentes, merecem um aprofundamento sobre as causas que estão levando alguns integrantes a largarem a legenda. Salvo algumas exceções, os quadros que estão saindo ainda não nos remetem a uma investigação do fenômeno. Vamos aguardar mais um pouco. 

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