pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Michel Zaidan Filho: Pau que bate em Chico, bate em Temer
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quinta-feira, 7 de abril de 2016

Michel Zaidan Filho: Pau que bate em Chico, bate em Temer




A tentativa de golpe “institucional” perpetrada pelo televisão, um juiz de primeira instância, o PMDB de Michel Temer e a oposição sofreu, ontem, uma reviravolta. Se os golpistas da hora já davam como favas contadas que o apoio do PMDB (com a posse de Temer na cadeira de Dilma) ia sacramentar a manobra na Câmara dos Deputados, devem estar agora refazendo os cálculos. Se se configurar a isonomia de tratamento dado pelos parlamentares a Dilma e Temer, no caso das chamadas “pedaladas fiscais” ou “as operações de antecipação de crédito”, não há razão (ou benefícios) para o PMDB apoiar essa manobra golpista, sem nenhuma base legal ou jurídica. Isso significa que pode faltar o apoio necessário aos adeptos do “impeachment” para aprovar a admissibilidade do processo.

Por outro lado, essa reviravolta criou a oportunidade dos oportunistas de toda espécie tirarem suas máscaras de “bons moços” e “boas moças” e mostrarem a cara. A tese estapafúrdia da irmã Marina Silva de convocação de eleições gerais, só falta ter a assinatura do oportunismo eleitoral dela e seus confrades. Além de se chocar com o mandato dos atuais parlamentares. Desde quando o Legislativo brasileiro deu exemplo de altivez ou magnanimidade, abrindo mão de seus cargos, mandatos ou prerrogativas em benefício do País, da democracia, da virtude cívica? – Nunca. 

O que ele tem feito – principalmente, a atual legislatura – é transformar o Parlamento num mercado persa, vendendo, alugando, emprestando apoios duvidosos e circunstanciais às piores causas e aventuras que se possa imaginar. Que Marina espere sentada o calendário eleitoral de 2018 e tente convencer à opinião pública de que é uma candidata séria, viável para governar o país. Até lá, se não puder ajudar, não atrapalhe com essas ideias mirabolantes de quem quer chegar ao poder, através de atalhos e desvios, aproveitando-se da crise política que ora atravessamos no Brasil. Democratas de ocasião, que só defendem o País quando lhes convém, quando a defesa pode trazer um benefício imediato a seus interesses. A política brasileira está cheia dessa caricatura de estadistas e patriotas, para fora “bela viola”, para dentro “pão bolorento”.

Michel Zaidan Filho é filósofo, historiador, cientista político, professor titular da Universidade Federal de Pernambuco e coordenador do Núcleo de Estudos Eleitorais, Partidários e da Democracia.

Um comentário:

  1. O Romero Jucá, na verdade, cometeu um crime contra a LEI DE SEGURANÇA NACIONAL, ao articular, promover e executar, um golpe de estado Cintra o governo federal, da presidenta Dilma Vana Rousseff, por meio de processo de impeachment encomendado, além dos crimes de formação de quadrilha e tentativa de obstrução da justiça, no caso da operação Lava Jato...
    Ademir W Cavalcanti

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