pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Editorial: As dificuldades de formação da federação entre o PSB e o PT
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sábado, 12 de fevereiro de 2022

Editorial: As dificuldades de formação da federação entre o PSB e o PT


Um levantamento do Instituto Locomotiva, comentado por Renato Meireles, no site da revista Veja, informa que apenas 1\3 dos eleitores brasileiros podem ser enquadrados entre os estridentes, radicais ou com níveis acentuados de intolerância. São eles os responsáveis pelo esgarçamento do nosso cenário político, em alguns casos, extremamente polarizado. 2\3 são moderados, de convivência civilizada, usam argumentos para defenderem suas posições e costumam falar na hora certa, ou seja, em outubro, nas urnas, de acordo com Renato Meireles. Felizmente, são esses eleitores que devem decidir o pleito presidencial. Este fato não deixa de ser alentador, em meio ao radicalismo que  tornou-se tão comum no nosso campo político nos últimos anos. 

No dia de ontem, partidos de esquerda como o PSB, o PT, o PCdoB e o PV se reuniram com o propósito de formar uma federação para disputar as próximas eleições. A reunião ocorreu num clima de azedume, uma vez que o PT sempre se posiciona de forma hegemônica nessas circunstâncias, criando muitas dificuldades para a construção de algum consenso. Não é de hoje que o partido recebe duras críticas da esquerda em relação a esta postura. Por vezes exageradas, não raro, essas críticas tem alguma procedência. 

Formalmente contornados os problemas em Pernambuco - a julgar pela clima de amenidades que circula nas redes sociais, onde os caciques da legenda aparecem nas fotos ao lado do Deputado Danilo Cabral(PSB-PE) - o maior foco de discórida está em São Paulo, onde o PSB deseja que o ex-governador Márcio França seja o candidato ao Governo do Estado. O PT, por sua vez, não abre mão da candidatura do pupilo de Lula, Fernando Haddad(PT-SP).Márcio França é um político de grandes gestos, mas, desta vez, já afirmou que não abre mão de sua candidatura, algo que foi posto para o PT desde o início do entabulamento das negociações em torno da formação de uma federação entre as legendas. 

Consideramos que, neste caso, quem deve ceder é o PT. Não dá para fazer barba, cabelo e bigode, como deseja Luiz Inácio Lula da Silva, que almeja ocupar os dois Palácios: O Palácio do Planalto e o dos Bandeirantes. O PSB já fez concessões suficientes ao PT. Entendemos que Fernando Haddad(PT-SP)é um fiel escudeiro, tem uma longa ficha de bons serviços prestados ao país, é bem preparado,mas a vez é de Márcio França(PSB-SP). As forças do campo progressista estariam muito bem representadas com ele na administração do Governo de São Paulo. 


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