pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Editorial: O que diz a nova pesquisa IPESPE sobre Haddad , em São Paulo.
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sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

Editorial: O que diz a nova pesquisa IPESPE sobre Haddad , em São Paulo.



São Paulo tornou-se um grande problema para a formação de uma federação entre o PT e o PSB. Todas as costuras políticas em torno deste assunto esbarram naquela praça, precisamente numa tomada de posição das duas legendas em torno de uma candidatura - preferencialmente de consenso - ao Governo do Estado nas próximas eleições. O PSB firmou questão em torno da candidatura do ex-governador Márcio França, enquanto o PT não abdica da candidatura do pupilo de Lula, o professor e ex-ministro da Educação, Fernando Haddad(PT-SP). A nova pesquisa de intenção de voto, realizada pelo Instituto IPESPE, põe mais lenha na fogueira das vaidades, criando ainda mais embaraços para a formação de tal federação.

Carregado por Lula e o ex-governador Geraldo Alckmin - que poderá vir a ser vice de Lula - em princípio, Haddad reúne chances efetivas de chegar ao Governo do Estado de São Paulo. O PT tem conquistas importantes naquela arena, no que concerne à capital - como a vitória de Luíza Erundina, por exemplo, uma das mais emblemáticas conquistas do partido - mas não nos ocorre de o PT ter um escore inicial ou start tão alvissareiro. Isso anima os petistas mais radicais a festejarem a hipótese de fazer barba, cabelo e bigode, ou seja, ocupar os dois palácios: o do Planalto e o dos Bandeirantes. As disputas ali são bastante acirradas, sendo, portanto, prematuro assumir uma postura do tipo "já ganhou".Se Haddad tem o padrinho Lula, o Ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, tem o capitão Jair Bolsonaro(PL), que também angaria apoios e votos para o pupilo. Ele pontua bem neste primeiro levantamento do IPESPE naquela praça: 25% das intenções de voto.

Embora os ânimos entre as duas legendas tenham sido serenados aqui no Estado de Pernambuco, lideranças das duas legendas admitem que, em tais circunstâncias, fica dificil consolidar a federação. Alguém teria que ceder e, já afirmamos por aqui, esse alguém deveria ser o PT, uma vez que os socialistas já fizeram as concessões possíveis. Desde o primeiro momento que foram iniciadas as negociações neste sentido, a candidatura de Márcio França foi apresentada como irreversível. Uma vitória de Márcio França, em São Paulo, seria muito importante para as forças do campo progressista.

Mesmo com o Presidente Nacional do PSB, Carlos Siqueira, admitindo o equívoco de o partido ter votado em favor ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff(PT-MG), isso não muda nada no que concerne às prerrogativas das candidaturas de Márcio França e Fernando Haddad. Acho curiosa essa declaração de Carlos Siqueira depois de tantos anos. O que ele quis dizer é que o partido foi na "onda' do impeachment. Doutor Miguel Arraes deve estar se revirando na tumba, meu caro Siqueira.

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