pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Editorial: Onde a equipe de campanha de Lula poderia estar falhando?
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sexta-feira, 21 de outubro de 2022

Editorial: Onde a equipe de campanha de Lula poderia estar falhando?



No dia de ontem, li um artigo onde o autor analisava, com bastante propriedade, as possíveis falhas cometidas pela equipe do candidato Luiz Inácio Lula da Silva nessas eleições. Passamos a ficar mais atentos a essa questão. No dia de hoje, observei alguns fatos curiosos, o que apenas reforça as observações apresentadas naquele texto. Ouvido sobre a ausência do petista no debate de logo mais, organizado pela revista Veja e um pool de veículos de comunicação, o presidente Jair Bolsonaro teria afirmado que ele havia "brochado", o que dá a dimensão de como o fato será explorado logo mais. 

Fontes bolsonaristas já estão divulgando - não sem tirar uma "casquinha" - que ele também não irá comparecer ao debate organizado pela Rede Record de Televisão. Bolsonaro terá ao todo algo em torno de três horas para conceder as entrevistas, solto na buraqueira, como se diz nas peladas de futebol de várzea. Bolsonaro contará com essas mídias - ou este reforço - num momento bom para a sua campanha, que esboça um crescimento nas pesquisas de intenção de voto. 

Como afirmamos antes, algumas movimentações observadas no dia de hoje sugeram a possibilidade de agregarmos alguns ingredientes novos às reflexões do artigo acima. Uma pesquisa do Instituto Potencial Pesquisas observou que o presidente Jair Bolsonaro cresceu dez pontos aqui em Pernambuco, algo nada desprezível. Acompanhando as redes sociais, observamos um megaencontro de apoiadores do presidente, num auditório na Bahia, liderado pelo Deputado Federal Nikolas Ferreira, um bolsonarista roxo. Audiência repleta, auditório hiperlotado, e ele aos gritos de "A Bahia é 22". 

Na Paraíba, o candidato do PL, Nilvan Ferreira, mesmo derrotado nas eleições, continuou mobilizando a militância bolsonarista do Estado, inclusive organizando motociatas pelas cidades paraibanas. Sempre afirmei por aqui que Bolsonaro tem profissionais muito competentes em seu staff de campanha. Salvo melhor juízo, eles adotaram uma estratégia de "descentralizar' a campanha, liderada por personalidades ligadas ao bolsonarismo nos Estados, enquanto a campanha de Lula tornou-se muito centralizada ou "Luladependdente". 

Quando Lula está por aqui, ocorre um Galo da Madrugada fora de época. Quando ele sai, os militantes e lideranças parecerem se recolher aos seus aposentos,  limitando-se aos atos de campanha, o que seria muito pouco. Vale aqui uma pergunta nada ofensiva? Onde estaria o Deputado Federal segundo mais votado do país, Guilherme Boulos, neste momento?     

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