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segunda-feira, 15 de abril de 2024

Editorial: Segurança Pública: Um dos temas dos debates presidenciais de 2026.


Pelo andar da carruagem política, começam a surgir no horizonte nacional aqueles temas que deverão pautar os debates das eleições presidencias de 2026. Embora, por razões óbvias, o tema da "segurança pública' sempre seja bastante enfatizado nessas ocasiões, desta vez ele pode assumir um papel determinante. Isso nos vem à tona quando observamos que possíveis candidatos ao pleito já se apoiam em plataformas políticas que se sustentam em temas relativos a essa questão, conforme é o caso do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, que jacta-se em afirmar que, em seu Estado, "bandido não se cria". Em São Paulo, apoiado em ações policiais sensivelmente controversas, o governador Tarcísio de Freitas comemora os bons índices de aprovação popular.   

Na realidade, não somos nós que estaríamos colocando a carruagem na frente dos bois, a julgar pela intensificação da discussão sobre o tema dentro e fora do parlamento. Trata-se de uma questão que aflige a sociedade brasileira de maneira nevrálgica neste momento. Uma outra vertente previsível e igualmente preocupante é que não existe a perspectiva de que possamos equacionar este problema até o ano de 2026, quando teremos eleições presidenciais. 

Segurança Pública é uma área crítica, onde não se consegue soluções mirabolantes tampouco em curto prazo. Outro aspecto agravante é o índice de contaminação do aparelho de Estado pelo crime organizado, algo que já está assumindo contornos apavorante. Todos os dias temos ocorrências, em todo o país, de falsos agentes do Estado flagrados em conluio com o crime organizado. A última que temos conhecimento ocorreu em  Mato Grosso do Sul, onde uma viatura da Polícia Civil era usada para "Transporte Seguro" de drogas. 

Antes se sabia que a milícia explorava o transporte clandestina nas favelas do Rio de Janeiro e São Paulo, com o empredo de vans, cujos proprietários pagam pedágio ilegal aos chefes milicianos locais. Hoje eles operavam com empresas de transporte regulares, com CNPJ, e ganham  licitações pagas pelo Poder Público Municipal, como ficou evidenciado nesta operação Fim de Linha, desencadeada pelo Ministério Público  de São Paulo, com o apoio do Gaeco. 

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