pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Tijolinho: A chapa da Frente Popular para as eleições de 2022 em Pernambuco.
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sexta-feira, 28 de janeiro de 2022

Tijolinho: A chapa da Frente Popular para as eleições de 2022 em Pernambuco.



Muito tem-se especulado em torno deste assunto, não raro, com algumas avaliações ingênuas, típicas de quem não conhece a realidade política aqui da província pernambucana, como supor, por exemplo, que o nome ungido pelos socialistas locais para concorrer ao Governo do Estado nas eleições de 2022, possivelmente o Deputado Federal Danilo Cabral(PSB-PE), deixaria de guardar a vaga para os projetos políticos do herdeiro legítimo do espólio do ex-governador Eduardo Campos, o seu filho e prefeito do Recife, João Campos(PSB-PE). É evidente que ele cumprirá apenas um mandato, abrindo as portas do Palácio do Campo das Princesas para o atual prefeito do Recife, em 2026, se tudo ocorrer conforme o script planejado, pois ele já teria idade suficiente para concorrer ao cargo.   

Este fato também põe por terra a tese de que o nome do Deputado Federal Tadeu Alencar(PSB-PE) teria sido preterido em razão do padrão de relação familiar com a família Campos. Aqui na província, o grau de parentesco nunca foi motivo de exclusão entre as nucleações familiares. Muito ao contrário. Se, de fato, seu nome teria sido excluído - uma vez que o nome do candidato ainda não foi oficialmente anunciado - haveria, certamente, outras motivações. Matreiramente, até Lula teria embarcado nessas especulações, alimentando a possibilidade de emplacar algum nome do PT como cabeça de chapa, quando se sabe que, pelo seu projeto de voltar a ocupar a cadeira de presidente do Palácio do Planalto, ele fecharia qualquer tipo de acordo no plano estadual, principalmente em Pernambuco, um reduto político tradicionalmente controlado pelos socialistas há décadas. 

Lula já cedeu em contextos políticos onde as forças progressistas teriam amplas possibilidades de vitória, imagina se criaria algum obstáculo para impor um nome petista no Estado de Pernambuco. O cabeça de chapa socialista, em tese, já teria sido definido, embora o governador Paulo Câmara(PSB-PE) se esforce na tarefa de aparar as últimas arestas em torno do assunto no conjunto de forças que compõem a Frente Popular. Na aprazível Praia dos Carneiros, no dia de ontem, ele teria mantido uma longa conversa com o Deputado Federal pelo PDT, Wolney Queiroz, uma liderança política do Agreste pernambucano. Entre uns canapés e outros, deve ter reafirmado ao deputado que o nome de Danilo Cabral(PSB-PE) será o ungido para concorrer ao Governo do Estado pela Frente Popular nas eleições de 2022. 

Assim, restaria definir o nome do vice e do concorrente ao senado, que, em tese, teria a indicação preferencial do PT. Há uma penca de candidatos à vaga no contexto da Frente Popular, o que, naturalmente, não deve ser uma tarefa fácil construir um consenso em torno do assunto.Correndo por fora, hoje, dia 28, a crônica política pernambucana especula sobre a possibilidade da indicação do nome da vice-governadora, Luciana Santos, do PCdoB, como mais um nome no radar dos concorrentes à disputa da indicação. A despeito das boas relações do PT com o PCdoB - e mesmo considerando os acordos das duas legendas no plano nacional - é pouco provável que o PT aceite tal indicação, abdicando de indicar um nome da legenda para concorrer ao cargo, sob o sinal verde do senador Humberto Costa(PT-PE).

P.S.: do Contexto Político: Há rumores de que o PT, no plano nacional, estaria fezendo gestões pela indicação do nome da Deputada Federal Marília Arraes para concorrer ao senado na chapa da Frente Popular. Não se trata de um caso de misoginia política do PT local, mas, pelas razões já expostas pelo blog, o nome das duas mulheres sugeridas: Marília Arraes e Luciana Santos - não teriam a menor chance de serem indicadas com o aval da direção local do partido, a despeito da densidade eleitoral de Marília e do azeite político de Luciana Santos, uma exímia conciliadora. 
Em entrevista recente, Lula voltou a insistir no nome de Humberto Costa, afirmando não medir esforços para viabilizar seu nome no contexto da Frente Popular liderada pelo PSB. No contexto da Frente Popular seu nome seria inviável como cabeça de chapa e Lula sabe disso. Em via própria, o PT não possui a estrutura necessária para bancar uma candidatura ao Governo do Estado e Humberto Costa também sabe disso. Essa banca toda, creio, talvez seja no sentido de garantir, ao mínimo, a indicação ao senado federal, uma vez que a disputa tornou-se acirrada entre os partidos que compeõem a Frente Popular, cada qual apresentando um nome como postulante, alguns deles com bons padrinhos políticos.
Vamos atualizar este assunto por aqui, até o martelo ser batido. Há quem diga que até terça-feira possamos ter uma definição da chapa da Frente Popular. Nas coxias, comenta-se que, de fato, o senador Humberto Costa reivindica uma candidatura a governador com o apoio do PSB, proposta que conta com o apoio integral de Luiz Inácio Lula da Silva,que estaria estimulando o fiel escudeiro de longas datas. Tal pleito, naturalmente, colide com o conjunto de interesses dos partidos que integram a Frente Popular, além de ser um projeto que dificilmente seria assimilado pelo integrantes do clã dos Campos, herdeiros do espólio político do ex-governador Eduardo Campos. Há quem afirme que a corda estaria tão esticada entre os dois partidos que, possivelmente, poderia resultar num racha. É pouco provável.
Permanece os impasses no tocante ao anúncio do nome que deverá concorrer, pela Frente Popular, ao Governo do Estado de Pernambuco, nas eleições de 2022. Havia algumas especulações de que o nome poderia ser anunciado esta semana, mas, pelo andar da carruagem política, vamos ter que esperar mais um pouco, pois o governador Paulo Câmara(PSB-PE) encontra algumas dificuldades de construir um consenso em torno deste assunto. Um blog local - depois de ter voltado ao ar após um criminoso ataque de hackers - observou que o pretendente mais cotado nas hostes socialistas, o Deputado Federal Danilo Cabral(PSB-PE), votou a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff(PT-M), o que poderia sugerir um eventual veto do PT local. Não creio que o PT local, salvo honrosas exceções, compraria uma indisposição com os socialistas em nome da ex-presidente Dilma Rousseff. A direção do PT local optou por se constituir numa agremiação partidária que segue a reboque dos socialistas. Quando isso ocorre, perde-se muito em termos de altivez e no tocante à defesa de princípios.  
  

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