pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Editorial: O xadrez político das eleições municipais do Recife em 2024: Quantos são os votos bolsonaristas de João Campos?
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quinta-feira, 4 de julho de 2024

Editorial: O xadrez político das eleições municipais do Recife em 2024: Quantos são os votos bolsonaristas de João Campos?



O candidato do PL às eleições municipais do Recife, o ex-Ministro do Turismo no Governo Bolsonaro, Gilson Machado, em recente sabatina da UOL\Folha, tocou num assunto que suscita, de fato, a necessidade de uma ponderação. Em sua primeira experiência nas urnas, o candidato foi muito bem votado no estado, atingindo a marca de mais de um milhão de votos como candidato ao Senado Federal nas eleições de 2022. Como ele mesmo afirma durante a sabatina, se houvessem duas vagas, ele estaria dentro. 

Não surpreende essa votação do candidato, uma vez que, como já havíamos discutido por aqui em outras ocasiões, o bolsonarismo ou a direita estão bem consolidados no estado. Neste momento, o candidato ocupa a segunda posição na disputa, o que também não surpreende, tendo em vista a sua capilaridade política, aliada à permeabilidade do bolsonarismo local. Gilson já pontua acima dos 20%, ficando em segundo lugar na disputa. 

Quando essas primeiras pesquisas de intenção de voto vieram a público, comentamos, numa dessas postagens, que seu staff político, muito provavelmente, estaria de olho no quantitativo de votos conservadores do Recife, declaradamente bolsonarista e não necessariamente bolsonarista. É neste meio de campo que ele irá atuar, ou seja, do centro para a direita, uma vez que ninguém gosta de ser identificado com a extrema direita. Possivelmente nem o Gilson. 

Durante a entrevista, Gilson Machado levanta uma questão interessante: Nas eleições de 2020 os bolsonaristas recifenses votaram em João Campos, uma vez que faltava alternativa a votarem num candidato, de fato, identificado com o bolsonarismo. O raciocínio procede. Um eleitor de perfil mais conservador ou bolsonarista, muito provavelmente, não votaria em Marília Arraes. Durante aquelas eleições, o prefeito João Campos, fazia questão de demarcar esses espaços, apresentando-se, até mesmo, como um antipetista. Até material apócrifo foi espalhado na cidade, identificando o PT com a má condução dos negócios públicos. 

Ao assumir o Palácio Capibaribe, relutou em aceitar se recompor com aquela agremiação política, cedendo apenas pelas contingências que se impunham de celebrar acordos que pudessem acomodar aliados socialistas na máquina federal, assim como viabilizar a sua gestão com recursos do Governo Federal. 

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