pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Tijolinho Real: #ResisteEstelita
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terça-feira, 5 de maio de 2015

Tijolinho Real: #ResisteEstelita




Penso que um dos "caras" mais ouvidos durante as manifestações das chamadas "Jornadas de Junho", no Brasil, foi o filósofo esloveno Zlazloj Zlizlek, um dos pensadores mais respeitados da atualidade. Dotado de um conhecimento e uma inteligência singular, sempre que se pronuncia sobre determinados assuntos, Zizek  produz análises consistentes e fecundas. Sobre as "Jornadas de Junho" não foi diferente. Zizek falou muitas coisas, mas, sobretudo em razão dos últimos acontecimentos do Paraná - onde a Polícia Militar do Estado reprimiu violentamente os professores - algo nos chamou atenção em sua fala: Nesses momentos bicudos, uma das possibilidades possíveis seriam o "endurecimento" do exercício do poder político. 

Durante aquelas jornadas, dois Estados da Federação se "destacaram" na repressão violenta e uso do arbítrio no combate aos manifestantes reais e "presumíveis" - criaram a figura do delito presumido. O aparato repressor do Estado ganhou um "status" inusitado de poder, para alguns analistas, típicos de um Estado de Exceção. Até hoje repercute bastante artigos nossos publicados sobre o assunto. Portanto não seria surpresa a forma como o Governo do Estado de Pernambuco vem enfrentando os movimentos sociais e as categorias de servidores grevistas,como os professores. Os neo-socialistas tupiniquins são um grupo formado por pessoas prepotentes, arrogantes, persecutórios, rancorosos, pouco afeito ao diálogo e o respeito à diversidade, que utilizam o aparelho de Estado como uma propriedade privada, uma capitania repatriada entre amigos, familiares e os asseclas de turno. 

Pelo andar da carruagem política, vamos muito mal de Governo em Pernambuco. Um bom exemplo foi o que ocorreu recentemente com a aprovação, em caráter de urgência, do Projeto Novo Recife - dizem que mudaram de nome, deram uma roupagem nova, mas ainda está longe de possibilitar o uso democrático do espaço urbano. Permanece o conluio formado entre poder público e capital, sem os canais de participação popular. Eles não tiveram sequer o pudor de respeitar os trâmites legais. Justiça, neste caso, é uma mera questão de conveniência. Ela está irremediavelmente comprometida pelos interesses do capital. A aprovação do projeto em caráter de urgência e já sancionado, de fato, soa como uma revanche aos apupos ouvidos contra a oligarquia durante o Cine PE, realizado no domingo, no Cine São Luiz. 

A enorme dificuldade de conviver e de respeitar quem pensa diferente, parece ser uma marca indelével desse grupo político. Não convivem muito bem com as críticas. Não estão preparados para o exercício do poder num clima de normalidade democrática. Perdem a compostura com a maior naturalidade. Ordenam a turma do choque baixar a lenha, ameaçam abrir processo contra os críticos, utilizam as influências, a capilaridade e o aparato do Estado para perseguir adversários. Que coisa feia, que coisa anti-republicana. Os amigos que nos escutam ficam espantados que isto esteja ocorrendo num Estado de um povo tão altivo como Pernambuco.

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