pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Editorial: Um nome para o eleitor da terceira-via chamar de seu
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segunda-feira, 30 de agosto de 2021

Editorial: Um nome para o eleitor da terceira-via chamar de seu



Como estamos discutindo por aqui há algum tempo, o eleitorado brasileiro demonstra um certo desconforto com a polarização da política brasileira, hoje praticamente cindida entre as alas lulista e bolsonarista. Tanto as pesquisas quantitivas quanto as pesquisas qualitativas indicam um espaço reservado a algum candidato que se apresente como alternativa concreta a esta polarização, que leve o país a voltar a crescer, minimize o conflito entre os poderes e enfrente o desemprego e a inflação em alta. De preferência um líder que recupere a agenda positiva que o país já ocupou no cenário mundial, onde estamos com a imagem arranhada no tocante aos valores democráticos e nos cuidados com o meio-ambiente. 

Mas, como se diz no Nordeste, é aqui que a porca torce o rabo, ou seja, há uma série de complicadores na construção dessa alternativa de terceira-via e algo nos diz que esses problemas não seriam contornados antes das eleições presidenciais de 2022. Começa por um dado primário: até este momento, nenhuma das possíveis alternativas testadas ou apresentadas ao eleitorado, foi do seu "agrado". Sabedores desse "espaço alternativo', lideranças partidárias se movimentam no sentido de apresentarem novos nomes ao eleitorado, em alguns casos, amparados pelas pesquisas qualitativas, que tentam esquadrinhar este retrato falado e, principalmente, o seu perfil, assim como o seu eventual programa de governo. 

Um desses partidos é o DEM, que já realizou alguns levantamentos neste sentido e acaba de fechar uma aliança com o PDT de Ciro Gomes, um acordo circunscrito - ainda - ao Nordeste brasileiro. Tivemos acesso ao resultado dessas pesquisas qualitativas e ficamos gratamente surpresos com a capacidade de os eleitores identificiarem, de uma maneira tão objetiva e fidedigna, as características desses nomes que já se apresentaram como de "terceira-via" e, principalmente, porque eles estão sendo preteridos na corrida presidencial de 2022.Um é estorvado demais, esquentado, de pavio curto, outro é falso, sonso, oportunista  e dissimulado.    

Se, neste momento, o DEM sinalizou, mesmo que pontualmente, para o candidato Ciro Gomes(PDT-CE), é porque deve considerar a hipótese de que a fera possa ser domada. Todos sabem que um dos problemas de Ciro é o temperamento explosivo. Isso talvez explique o fato de que o seu "namoro' com este eleitorado está relativamente melhor depois que João Santana assumiu a sua estratégia de comunicação. 

Dois outros movimentos estão em jogo, sempre na procura de um rosto que o eleitor da terceira-via possa chamar de seu. Em entrevista às páginas amarelas da revista Veja desta semana, o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, dá os contornos do atual momento político vivido pelo país e aponta as razões pelas quais está sondado o nome do atual Presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco(DEM-MG), para o projeto de uma candidatura presidencial. Para evitar essas confusoes de siglas partidárias, explico que, caso Rodrigo Pacheco aceite o convite, deve deixar o DEM e filiar-se ao PSD.  

Outro nome que pode ser apresentado a este eleitorado é o da senadora Simone Tebet, do MDB, que vem realizando um excepcional trabalho na Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid-19. Será que é ela? Aqui na província, a notícia de que o governador Paulo Câmara(PSB-PE) deve mesmo disputar uma vaga ao senado nas eleições de 2022. O conclave entre socialistas e petistas para a definição de um nome para disputar o Governo do Estado nas eleições de 2022 promete ser demorado.  

Crédito da charge: André Dahmer, Folha de São Paulo. 

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