pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Editorial: A importância da pesquisa qualitativa na definição da estratégia de um candidato.
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sexta-feira, 11 de novembro de 2022

Editorial: A importância da pesquisa qualitativa na definição da estratégia de um candidato.



O grande publicitário e marqueteiro João Santana usou de toda a sua experiência e competência para tentar cavar um "lugar ao sol' para o seu candidato, Ciro Gomes(PDT) nas eleições presidenciais, sem muito sucesso, como se sabe.  Tornavam-se evidente a mudança de calibragem do discurso do postulante em diversos momentos da campanha. No final, ele resolveu radicalizar, praticamente conclamando os eleitores a usarem do bom senso necessário no sentido de não cometer o grave equívoco de substituir um erro por outro, para não entrarmos nas "delongas". Nunca deixamos de afirmar isso por aqui. Ciro tinha o melhor projeto para o país, mas foi moído pela centrífuga da polarização da quadra política brasileira.  

Homem público íntegro e aplicado em estudar os problemas e apontar soluções para o país, o pedetista merecia uma chance, que, infelizmente, não foi oferecida pelos eleitores. Enfim, o candidato tinha excepcionais qualidades, mas a estratégia de comunicação não conseguiu convencer os eleitores dessa condição. Ou talvez não seja nem isso. O eleitor até poderia reconhecer essas qualidades no candidato, mas algo o afugentava de votar no cearense. Por fim, batendo forte nos dois principais competidores, ele definhou ainda mais na reta final de campanha. 

Isso dá bem a dimensão da importância das pesquisas qualitativas na definição das estratégias de campanha do candidato. Salvo melhor juízo, Lula contou com uma excelente equipe para conduzir sua campanha política. Pesquisas qualitativas, inclusive, foram muito utilizadas. Segundo matéria publicada no site de Veja, assinada pelos jonalistas Ricardo Chapalla e Larrissa Borges, uma delas pode ter sido fundamental para a sua vitória nas urnas. No primeiro momento, Lula utilizou bastante o termo "genocida". 

Salvo melhor juízo, o jurídido da campanha de Jair Bolsonaro até tentou sustar o uso do termo, sem muito sucesso, pois o STF teria autorizado. Pesquisas internas, no entanto, observaram que o termo "fascista" seria melhor "assimilado' pelos eleitores e a campanha passou a bater nesta tecla, produzindo alguns dividendos eleitorais para o petista. Mais um ponto positivo sobre a importância das pesquisas qualitativas numa campanha eleitoral.   

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