pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Editorial: A poderosa federação terrivelmente bolsonarista.
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domingo, 17 de dezembro de 2023

Editorial: A poderosa federação terrivelmente bolsonarista.


Aqui se podera pensar sobre as grandes organizações internacionais que congregam o ideário de extrema-direita ou mesmo naquelas organizações vinculadas a setores que movimentam parte considerável de nosso PIB, como é o caso do agronegócio, um nicho eleitoral tradicionalmente identificado com o bolsonarismo, que fustiga o Governo Lula sempre que encontra uma oportunidade. Mas, neste momento, estamos nos referindo às famosas federações partidárias, instrumento pelo qual alguns partidos se unem em federações, ganhando musculatura na ocupação de espaços e disputas nas   Casas Legislativa, assim como competitividade eleitoral. 

A bronca fica por conta do racha dos recursos oriundos dos fundos partidários, o que, quase sempre, produz algumas ranhuras entres eles. Mais uma dessas federações está sendo criada, desta vez por agremiações políticas com bastante identidade com o bolsonarismo, o que deve significar, naturalmente, maiores dores de cabeça para o Palácio do Planalto. Ainda não há um nome definido da federação, mas ela deve integrar partidos como o Progressistas, o União Brasil e o Republicanos. A união entre esses grêmios partidários significará a formação de uma bancada de 150 deputados, além de 17 senadores, reforçando o time do Centrão. 

Um dos principais entusiastas da ideia é o ex-Ministro da Casa Civil do ex-presidente Jair Bolsonaro, o senador Ciro Nogueira, um bolsonarista raiz. Mesmo com membros dos seus quadros integrando o Governo Lula, como se sabe, isso nunca significou uma inserção efetiva desses grêmios partidários na base da apoio do Governo Lula. Em alguns casos, além de reforçarem a premissa da distância regulamentar, os dirigentes partidários argumentam que seus representantes no Governo não representam a vontade do partido. Estão no Governo por conta e risco pessoal, constituindo uma espécie de esquizofrenia institucional. O caso do Ministro dos Portos e Aeroportos, Sílvio Costa Filho, do Repúblicanos, até hoje, sequer, teve uma audiência com o presidente Lula.   

Analisra o cenário político da relação do Executivo como o Legilativo, pela via do presidencialismo de coalizão, conceito cunhado pelo professor Luiz Felipe de Alecanstro, já não dá conta do fenômeno que está sendo observado no terceiro Governo Lula, ou seja, tornaram-se cada vez mais incertos que os acenos do Executivo, traduzido na liberação de emendas e cargos na máquina, signifique, necessariamente, apoio congressual. Entramos numa nova fase, como sugere o jornalista Josias de Souza, do Portal UOL, ou seja, na era do parlamentarismo de coação.  

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