Hoje aguarda-se de Bolsonaro apenas a resiliência suficiente para enfrentar os reveses que recaem sobre ele, assim como a autorização para as negociações em torno do nome que poderá representar os interesses do grupo em 2026. Os acenos do Governo Norte-Americano reacenderam as suas expectativas em torno de uma nova candidatura, mas percebe-se, nitidamente, que ele encontra-se mais próximo de uma condenação do que tentar, mais uma vez, ocupar a cadeira de Presidente da República Federativa do Brasil. A situação, que já estava complicada, apenas deteriorou-se de vez com as medidas adotadas pelo presidente Donald Trump em favor do amigo brasileiro.
Na hora do vamos ver, pesou mais o bolso do que as paixões dos nichos eleitorais que mantém, historicamente, alguma identificação com o bolsonarismo. São milhares de toneladas de frutas e pescado que estão se estragando nos portos brasileiros em razão do tarifaço imposto pelo presidente Donald Trump. A trincheira bolsonarista do agronegócio foi durante atingida, assim como a sua base parlamentar de apoio, uma vez que o capitão sequer pode aparecer, conceder entrevista e a lei se aplica, salvo melhor juízo, até para aqueles que se propuserem a disseminar suas informações pelas redes sociais. Trata-se de uma restrição duríssima, supostamente já violada, razão pela qual o Ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, já pediu explicações a sua defesa, que tem mais algumas horas para se pronunciar.
Preocupa-nos, neste momento, os movimentos internos e externos que estão agindo diretamente sobre o Governo Lula 3, contingenciando-a assumir determinadas posições. Do ponto de vista político e comercial, o Brasil sempre manteve as melhores relações com os Estados Unidos, algo que tende a deteriorar-se mantido o atual cabo de guerra. O discurso pronunciado por Lula, no dia de ontem, durante o encontro com outros presidentes do continente e do primiê da Espanha, Pedro Sánchez, resta saber quem o escreveu, mas exala o odor dos tempos da Guerra de Fria.
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