A revista Veja desta semana traz uma matéria sobre o futuro político do ex-presidente Jair Bolsonaro. Numa entrevista recente, concedida a revista IstoÉ, o cientista político pernambucano, Antônio Lavareda, aponta o ex-presidente como um dos grandes derrotados nessas eleições municipais. Há um relativismo aqui, uma vez que o capitão foi o principal expoente na estratégia de crescimento do seu partido, o PL, partido que apresentou um índice de evolução considerável em percentuais de prefeitos e vereadores eleitos, com escore de votação superior a todos os demais partidos.
No frigir dos votos, no confronto direto, o capitão foi derrotado em Goiânia, mas venceu em Cuiabá, com seu fiel escudeiro, Abílio Brunini. Dá empate. Olhando o cenário sem as paixões políticas, a rigor, acreditamos não ser possível apontá-lo como o grande perdedor dessas eleições. As faturas políticas que pesam contra ele, em processos conduzidos pela Polícia Federal, devem chegar à sua banca de advogados no início do próximo ano, permitindo que ele aproveite o Natal e o Ano Novo em paz com a família.
Superada essas tormentas, como ele acredita que elas serão superadas, o candidato das forças do campo conservador para disputar as eleições presidenciais de 2026 será ele mesmo. As arestas estão bem aparadas em círculos que gravitam em seu entorno, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, sempre apontado como um eventual concorrente ao Planalto. As gestões políticas no sentido de revogar sua inelegibilidade estão a todo vapor nas Casas Legislativas. O apoio do PL ao projeto de eleger o deputado federal Hugo Motta para a Presidência da Câmara dos Deputados entra nessas negociações.
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