Muito se especula sobre se o presidente Lula será mesmo candidato às eleições presidenciais de 2026. Como, a rigor, ele próprio não estimulou o surgimento de lideranças que possam substituí-lo, essa tecla, não raro, volta a ser batida. Lula é um astro que brilha único, numa constelação de eventuais ou potenciais substitutos, alguns deles sem o cacife político do líder ou mesmo às voltas com problemas na gestão da máquina, o que os inviabilizariam para a empreitada, a exemplo de Fernando Haddad, Ministro da Fazenda, hoje sequer ranqueado entre os possíveis ungidos para suceder o morubixaba petista. Haddad assumiu um ministério, para o qual não estava talhado, supõe-se com o projeto de viabilizar o seu nome para 2026. Nada está dando muito certo por ali, uma vez que o governo insiste em gastar o que não arrecada, desiquilibrando as contas públicas.
Não menos relevante mencionarmos aqui o chamado fogo amigo, que já pode ter produzido algumas queimações antes mesmo da largada. Os baianos, que chegaram com todo o gás em Brasília depois de garantirem 75% dos votos do eleitorado daquele estado a Lula, hoje, depois da refrega da última eleição, estão com o prestígio em baixa. Nessa galeria, por outro lado, há um ex-governador que se sobressai. Chegou prestigiado à Esplanada dos Ministérios e, depois das últimas eleições no seu estado, sai fortalecido como o único que conseguiu eleger o prefeito de uma capital para o PT, Fortaleza. Camilo Santana, digamos assim, sedimenta o seu pé-de-meia eleitoral, cacificando-se para entrar na disputa caso o morubixaba resolva não se habilitar para as eleições presidenciais de 2026.
Preocupa alguns programas de sua pasta, bastante identificado com o assistencialismo petista raiz, algo que começa a ser questionado por setores da própria legenda. Sabe-se que se Lula prenunciar que não será candidato a luta promete entre os integrantes da legenda. Por outro lado, o nome de Camilo na bolsa de apostas como um eventual postulante à Presidência da República vem desde a sua aprovação como governador do Estado do Ceará, alimentada, inclusive, por setores não petistas.
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