pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Gleisi Hoffmann
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terça-feira, 14 de outubro de 2025

Editorial: Governo reage e afasta infiéis do Centrão e do PL.

 


As rotativas do Diário Oficial estão funcionando a pleno vapor, desta vez publicando portarias de exonerações de integrantes do Centrão e do PL, grupos políticos que estão ajudando a impor as derrotas sofridas pelo Governo no Legislativo. A Ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, já avisou que quem não apoia o Governo deve deixar o cargo. Só agora o Governo parece se dar conta da existência de tantos cargos de confiança, os chamados DAS, ocupados por infiéis, alguns deles oriundos do mais puro DNA bolsonarista, como é o caso de gente vinculada ao PL. Esses arranjos, como se sabe, não são determinados por ideologias, mas, sobretudo, por outros interesses. 

Lá atrás, antes de ocupar o cargo de Ministra das Relações Institucionais, a parlamentar petista já demonstrava sua insatisfação de ver tanta gente do ancien regime ocupando espaço na máquina de estado administrada pelo PT, em alguns casos em cargos estratégicos, com poupudos salários, como era o caso do conselho deliberativos de estatais. Esses cargos, como se sabe igualmente, independentemente das ideologias, trata-se de um jeitinho de engordar os salário da rapaziada, através dos chamados jetons. Aqui, inclusive, a qualificação técnica é o que menos importa. São indicações eminentemente políticas. 

O grande problema apontado por este blog diz respeito aos órgãos de inteligência e segurança do Estado, onde esses precedentes de aparelhamento que ocorreu no Governo anterior não poderiam continuar, sob pena de manter intactas estruturas que poderiam atuar contra o próprio Governo de turno, conforme se verificou mais tarde. Existe uma grande interrogação sobre este assunto, conforme deve ter observado os leitores que nos dão a honra de nossas postagens: por que Lula não realizou uma assepsia institucional mais efetiva nesses órgãos. 

domingo, 8 de dezembro de 2024

Editorial: O encontro do PT.


Ao longo dessas quatro décadas de existência, o PT mudou bastante, mas guarda, ainda, algumas características de sua origem, quando as cartas de sua fundação foram jogadas no Colégio Sion, naquela histórica reunião no dia 08 de fevereiro de 1980. O cientista político italiano Ângelo Panebianco dizia que, por mais que uma instituição política sofra mudanças ao longo de sua existência, algumas coisas permanecerão perenes. Isso tem um lado bom e um lado ruim. São esses grupos mais autênticos ou orgânicos da legenda que ainda preservam os valores da democracia interna do partido; resistem ao processo de crescente burocratização\oligarquização; assim como mantém os laços - ainda que hoje precários - com os movimentos e entidades sociais de base, alicerce da criação da legenda. 

O lado ruim é que segmentos do partido, de alguma forma, ainda mantém o sotaque da militância, impedindo que alguns dos seus membros enxerguem o processo político de uma maneira mais ampla e consequente. A responsabilidade fiscal, por exemplo, é uma questão de ajustes de contas públicas. Não pode ser encarada como uma sabotagem do mercado contra o governo ou coisa que o valha, como se sugere neste último encontro da legenda, ocorrido no último dia 07. É uma continha simples. Sugere-se, para as famílias e para o ente público, não gastar mais do que se arrecada. Nos últimos meses a inadimplência aumentou sensivelmente, como consequência desses desajustes. Fala-se dos juros altos, mas a decisão de endividar-se é do indivíduo. Rolar a fatura do cartão, por exemplo, pode trazer consequências desastrosas para as finanças domésticas. 

O Governo Lula3 está se endividando, estourando o orçamento para honrar os programas sociais. Nada contra os programas redistributivos de renda, que, aliado a melhoria dos índices de emprego, estão dando sua contribuição inestimável para a diminuição da pobreza no país, um feito que o governo pode comemorar. Agora é preciso entender que as contas públicas em desordem podem colocar  tudo a perder, com o dragão da inflação à espreita hoje já nas gôndolas dos supermercados, esperando apenas o momento certo para lançar suas chamas, penalizando, sobretudo os mais pobres, que não possuem investimentos rentáveis para proteger-se.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2024

Editorial: 90% do mercado não aprova pacote de Lula.


A notícia acima, depois de uma pesquisa realizada pelo Instituto Quaest, caiu como uma bomba no colo da Direção Nacional do PT, que reagiu com veemência a tal informação. Não se briga com os números. A insatisfação de amplos setores do mercado em relação ao pacote de ajuste fiscal anunciado pelo Governo Lula3 deixou, é algo pacificado, deixando muita gente decepcionada, inclusive com declarações públicas, como foi o caso do empresário Rubens Ometto, que, numa linguagem talvez pouco formal ao campo onde atua, taxou um "Estamos ferrados". Na realidade, na rinha interna do Governo, venceu a ala que abomina o mercado, destilando contra essa entidade a mesma bílis dos tempos de bancos acadêmicos ou da militância partidária, esquecendo que agora precisam assumir a responsabilidade de governo. Infelizmente é isso. 

Não se motivos, logo após o anúncio o presidente Lula retomou o diálogo com a sua base histórica de apoio, de olho nas eleições de 2026, sinalizando que não se submeterá às amarras impostas pelo ajuste fiscal. Gleisi Hoffmann, a Presidente Nacional do PT, fez um pronunciamento contundente contra a pesquisa, mas os números refletem, na realidade, este momento atual, onde se impõe um ajuste rigoroso das contas públicas, com eventuais implicações sobre as políticas desenvolvidas pela governo, mas que se configura como urgente e absolutamente necessário.  Sobrevivendo à tempestade, com as contas arrumadas, retomando os investimentos, com credibilidade, melhorando a arrecadação de impostos, seria o momento mais oportuno para distribuir renda, combater as desigualdades sociais. A conta é simples, mas os petistas mais radicais veem na adoção desse receituário uma conspiração do mercado para atrapalhar o projeto de poder do partido. 

A necessidade desse ajuste fiscal representou um ponto de inflexão na legenda. Foi o momento onde as cartas para as eleições presidenciais de 2026 foram postas nas mesas. Reforma ministerial para os ajustes políticos - talvez incorporado segmentos evangélicos sob a crença de isso seja suficiente para reverter a demonização do PT neste nicho eleitoral ; reaproximação com a sua base histórica de apoio, como os Sem Terra, indígenas e quilombolas; ajustes de gastos aqui e ali, tudo muito pontual, bem distante do desejável.  

segunda-feira, 22 de julho de 2024

Editorial: PT tenta uma reaproximação com os evangélicos através de uma agenda social e econômica.

Crédito da Foto: Thiago Coelho\PT


Pelo menos isso o PT entendeu. A identificação dos evangélicos com o o bolsonarismo se dá, sobretudo, através da agenda de costumes. Por aqui o PT jamais construiria uma ponte de reaproximação como esses grupos neopentecostais. A adoção de uma agenda de políticas públicas na área social e econômica, por outro lado, poderia, sim, quebrar, em parte, a resistência desses grupos em relação ao partido. Jamais apostaríamos aqui numa nova lua de mel, como já se verificou num passado distante. A última pesquisa de avaliação do Governo Lula 3, por outro lado, realizada pelo Instituto Quaest\Genial, sugere que as resistências estão sendo quebradas. 

Trata-se de um mingau quente que precisa ser comido pelas beiradas e talvez só fique mesmo nas beiradas. A extrema direita sugere oferecer melhores condições políticas para esses grupos neopentecostais. É como se estivéssemos tratando aqui de um alinhamento natural. Um projeto de poder que não se coaduna-se com o Partido dos Trabalhadores, mas casa como uma luva com o ideário da extrema direita. Daí se entender que tal reconciliação absoluta seria algo impensável.   Até uma pessoa com grande expertise na área, pois é evangélica, a deputada federal Benedita da Silva, desde as últimas eleições, deu este conselho aos dirigentes da legenda. 

Do ponto de vista da área econômica, a trincheira tem sido o Banco Central, apontado pelos líderes da legenda como um órgão que atravanca, deliberadamente, os projetos do partido. Campos Neto deve deixar o cargo, mas já existe quem esteja sugerindo uma devassa da devassa no órgão. Do contrário o partido continuará sofrendo refregas, como esta última do Copom, onde até indicados pela legenda votaram contra as resoluções do Planalto. 


sexta-feira, 31 de maio de 2024

Editorial: PT sob nova direção em 2025. Edinho Silva é o mais cotado para assumir a presidência da legenda.

Quando Lula foi eleito presidente em 2022, especulou-se bastante sobre a possibilidade de Gleisi Hoffmann, Deputada Federal e Presidente Nacional do PT, ser indicada para ocupar um ministério no Governo. Lula tratou logo de dissuadí-la, afirmando que a desejava no comando da legenda. Agora, em 2025, o partido terá eleição para definir quem subtituirá a petista no comando da legenda. Natural que as movimentações em torno dessa eleição já estejam a todo o vapor. 

O Deputado Federal José Guimarães, do PT do Ceará, líder do Governo na Câmara dos Deputados, é um dos que desejam dirigir os rumos da legenda. Há, no entanto, uma articulação muito forte nos bastidores em torno do nome do prefeito de Araraquara, Edinho Silva, apadrinhado por figuras importantes do partido, a exemplo do próprio Lula, do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad e da eminência parda, José Dirceu, que pretende retomar sua carreira política. 

Diante do perfil assumido pelo partido na atualidade e com o apoio desses padrinhos, não enxergamos a menor chance para o José Guimarães, embora o seu pleito seja legítimo, conforme sugere a própria Gleisi Hoffmann. Gleisi, aliás, entrou em rota de colisão com Zeca Dirceu, depois de assumir que o partido apoirá a candidatura do socialista Luciano Ducci para concorrer à Prefeitura de Curitiba, quando Zeca Dirceu defende um candidato próprio da legenda.