pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO
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quinta-feira, 25 de abril de 2024

Drops: Docentes universitários rejeitam proposta de reajuste do Governo Federal.


Estamos tratando aqui dos docentes de universidades federais de Pernambuco e do Estado do Ceará, que já se colocaram em favor da continuidade do movimento grevista, recusando a proposta oferecida pelo Governo Federal. Num contexto mais amplo, entre as IFES e Institutos Técnicos Federais que paralisaram as suas atividades, o universo pode parecer pequeno, mas é um indicativo preocupante porque pode sugerir uma tendência entre os docentes de instituições federais. 

Editorial: Brasil: Ainda um paraíso da corrupção.


Até recentemente, o CNJ apresentou uma conclusão de que, possivelmente, uma bagatela estimada em R$ 2,5 bilhões de reais poderiam ter evaporado do balanço contábil de uma famigerada operação que se fundamentava exatamente em combater a corrupção na máquina pública do país. O CNJ dá nome aos bois, mas não o faremos por aqui por razões óbvias. Acreditamos que somente num país como o Brasil isso seria possível. Nos últimos dias fomos surpreendisos com a invasão do SIAFI - O Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal -que autoriza o pagamento de serviços e servidores na máquina pública. A Polícia Federal constatou que senhas foram utilizadas indevidamente para autorizar pagamentos ilegais ou indevidos. 

Não ocorreu invasão de fora, o que implica dizer que existe a possibilidade de envolvimento, vamos acreditar que involuntariamente, de gente da própria máquina. As senhas de acesso ao sistema podem ter sido "pescadas", conforme discutimos por aqui. Esta pode ter sido a primeira vez em que o sistema foi violado. Estima-se, até este momento, que um montante de R$ 3, 5 milhões tenha ido parar em mãos erradas. 

Aqui em Pernambuco, no dia de hoje, 25, seis pessoas foram presas pela Polícia Civil do Estado, em fraudes realizadas no TJPE. Alguns são servidores do órgão. São imputados a eles crimes em série, mas o mais evidente é o peculato, ou seja, quando servidores públicos utilizam-se da sua função para obter vantagens ilegais. Um deles foi preso no Estado da Paraíba, algo que repercutiu bastante na imprensa do Estado vizinho.   

Editorial: Governo Lula parte para a batalha da comunicação digital.



Durante um raro momento, o PT esteve bem nas redes sociais, o que contribuiu bastante para viabilizar os seus projetos eleitorais. Mas, conforme afirmamos, este foi um raro momento. Nesta última camanha presidencial, por exemplo, o PT apanhou feio do bolsonarismo pelas redes sociais, embora tenha vencido as eleições. A refrega foi tão grande que eles tentam se recuperar até agora. Na esteira das eleições presidenciais de 2018, as redes sociais cumpriram um papel determinate para eleger o presidente Jair Bolsonaro. 

Aliás, Bolsonaro já teria sido reflexo de um projeto de consolidação política que utiliza-se das redes sociais com o propósito de consolidar o seu objetivo. Jair Bolsonaro, portanto, é cria de um experimento de perfil autoritátio dessa extrema-direita, que tem nas redes sociais um ambiente preferencial para emitirem os seus recados e, consequentemente, orientarem as ações dos seus seguidores. Daí a grende preocupação desses grupos com a sua regulação, o que significaria, em última análise, deixar a chocadeira sem o calor necessário para a reprodução dos seus filhotes. Um deles eclodiu num país vizinho recentemente. 

Estamos na era da pós-verdade, das fake news. Uma mentira, quando bem conduzida pela boiada, com o amparo tecnológico das disparos de Zap's, por exemplo, torna-se uma verdade consolidada, destruindo imagem e reputação. Uma verdade pode seguir um caminho inverso, o que nos conduz à conclusão de que tudo se transformou numa questão de "narrativas" ou o quão pessoas e instituições são capazes de consolidá-las junto à opinião pública. Faz todo sentido os governantes manterem uma preocupação efetiva em relação a este assunto. 

Até mais recentemente o Governo Lula realizou algumas mudanças no setor de comunicação digital, onde voltou a fazer as lives, mas sem muito sucesso. Há uma interrogação aqui que as novas empresas que ganharam a licitação para cuidar deste assunto precisa responder: O eleitor de Lula, diferentemente dos apoiadores do ex-presidente Bolsonaro, não sai às ruas para apoiar o Governo, como ficou comprovado nas últimas convocações. Teríamos por aqui um monte de argumentos para explicar este fenômeno. O que intriga, entretanto, é que, mesmo no aconchego do lar, eles também não estão dispostos, por exemplo, a acompanhar uma live com o morubixaba petista. Não é estranho isso?   

Editorial: O "PIB" político de Ricardo Nunes.



Aqui no Estado de Pernambuco, numa tradição que já se repete há anos, um grande empresário do Estado, que possui residência de veraneio em Gravatá - cidade do Agreste, conhecida por sua temperatura amena, sobretudo em algumas épocas do ano - convida políticos, empresários e jornalistas para uma festa onde é comemorado o seu aniversário, que ocorre num período próximo ao final de ano. Os convites para o happy hour são bastante concorridos. O curioso dessa festança é que ela reúne todas as tribos políticas do Estado. Desde a chamada extrema-direita até os ilustres representantes dos trabalhadores, que adoram citar Paulo Freire, residem em bairros chiques da cidade, não dispensam uma boquinha na máquina ou um churrasco com picanha, acompanhado de whisk 12 anos. É a chamada esquerda caviar, que também aqui no Estado tem seus representantes ilustres, em sobem a Serra das Russas para a cerimônia do "beija mão".   

Ao observar a foto tirada com os convivas que participaram de um jantar oferecido ao prefeito Ricardo Nunes, o fato nos fez lembrar do episódio acima. A imprensa deu ênfase aos ilustres políticos que participaram do jantar, entre eles, Gilberto Kassab, Valdemar da Costa Neto, Tarcísio de Freitas, Michel Temer, Rodrigo Garcia, Aldo Rebelo, além  parlamentares, dois deles representando o ex-presidente Jair Bolsonaro. Um time político de peso, daí as especulações em torno de um avant premiere das eleições presidenciais de 2026, que passa, necessariamente, pela eleição deste ano na capital paulista. O termo "PIB" político, da chamada do editorial, portanto, explica-se.   

Uma pesquisa mais apurada acerca dos presentes, certamente irá concluir sobre a presença de atores do circuito empresarial, aqueles que formam opinião e, mais importante, dão suporte financeiros às campanhas. A pesquisa do Instituto Atlas\CNN, divulgada no dia de ontem, não traz muitas novidades, ao apresentar um novo empate técnico entre Boulos e Nunes. Ainda permanece o impasse sobre quem ocupara a vaga de vice na chapa do prefeito que concorre à reeleição. Segundo o próprio Nunes, dez nomes estão cotados. 

Você precisa ler também: 

Novo empate técnico entre Boulos e Nunes  

Charge! Laerte via Folha de São Paulo

 


quarta-feira, 24 de abril de 2024

Editorial: Novo(?) empate técnico entre Boulos e Nunes.



Ficamos por aqui imaginando quando é que uma pesquisa sobre as intenções de voto para a Prefeiuta da Cidade de São Paulo vai apontar algum favoritismo, seja do candidato Guilherme Boulos, do PSOL, seja do atual prefeito, Ricardo Nunes, que concorre à reeleição. Eles estão numa verdadeira gangorra de pesos equivalentes,ora pendendo para um lado, ora pendendo para o outro, mas sempre em rigoroso equilíbrio de forças. Desta vez foi o Instituto Atlas\CNN que constatou esse equilíbrio de forças, apontando que o psolista aparece com 35,6%, enquanto o atual prefeito crava 33,7%. 

Na segunda-feira, 22, foi oferecido um jantar para o atual prefeito, evento que reuniu nove partidos, além de personas ou os representantes dos grêmios partidários que estão consolidados na grande frente montada pelo staff do candidato. Michel Temer, Tarcísio de Freitas, Gilberto Kassab, Valdemar da Costa Neto, Rodrigo Garcia, entre outros. Rodrigo Garcia, inclusive, seria o responsável pelo programa do candidato. Michel Temer, uma espécie de eminência parda. O esboço dos nomes ali presentes indicam projeções não apenas para 2024, mas sobretudo 2026, conforme o leitor mais atento deve ter percebido.

Enquanto a ex-prefeita Marta Suplicy já foi definida como a vice na chapa de Guilherme Boulos, a definição do nome que comporá a chapa de Ricardo Nunes ainda é um grande mistério. Segundo o próprio prefeito, pelo menos dez nomes estão sendo analisados. Sua fala sugere que o nome indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, o do coronel Mello, ainda não foi sacramentado.  

Editorial: Entidades da sociedade civil protestam contra a PEC das Drogas.


Entidades da sociedade civil estiveram reunidas na capital federal para realizarem um protesto contra a aprovação, pelo Senado Federal, da PEC das Drogas. A PEC ainda deverá percorrer um longo caminho pela frente, mas, em pricípio, a aprovação numa primeira votação sugere indicadores que suscitam algumas preocupações, como o entendimento de criminalizar ou tornar ilegal qualquer porte de drogas apreendida pela polícia. Isso é bastante preocupante, uma vez que, neste cipoal, também poderiam ser enquadrados como criminosos os usuários de drogas, que não apenas os traficantes. 

A PEC, conforme já enfatizamos por aqui, foi, na realidade, uma resposta da Câmara Alta ao Poder Judiciário. Preocupava bastante aos senadores que o assunto estivesse sendo discutido e definido pelo Supremo Tribunal Federal. O pedido de vistas do Ministro André Mendonça promoveria um freio de arrumação na contenda, mas parece-nos que tal leitura não feita desta forma pelos senadores. A PEC das Drogas saiu,  assim, de afogadilho, como se diz popularmente. Tem chance de ser reavaliada, mas os oposicionistas observam aqui mais uma grande chance de inflingir uma derrota ao Governo Lula, contrário à criminalização do usuário.

Temos uma oposição onde inflingir uma derrota ao Governo parece ser mais importante do que o interesse social. Um simples reconhecimento de direitos huminitários do Governo pode se constituir numa contenda dos diabos, como a ligeira alteração na PEC da Saidinha, igualmente polêmica. O que importa aqui é derrotar o Governo, seja lá quais forem as consequências.  

Drops: Universidade Federal da Paraíba escolhe novo reitor amanhã.

 


Professores, alunos e servidores devem escolher amanhã, dia 25, o novo reitor da Universidade Federal da Paraíba. A eleição ocorre num ambiente um pouco complicado entre a comunidade acadêmica e o Governo Federal, em razão da paralisação de professores e técnicos administrativos, consoante pleito de reaujustes salariais não atendidos. Os mais bem votados integram uma lista tríplice que será sacramentada pela presidente Lula, podendo escolher um nome entre os três, não necessariamente o mais bem votado. 

Editorial: Ministro Fernando Haddad encontra-se com senadores para desarmar a pauta-bomba da PEC do Quinquênio.




Logo a oposição bolsonarista estará explorando essa invasão ao SIAFI, o Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal, onde estima-se perdas calculadas em R$ 3,5 milhões. Vamos ser sinceros pora qui. Há uma estimativa que este número possa ser bem superior. A Polícia Federal e a ABIN estão investigando o caso e nós, contribuintes, aguardando os dados sobre o verdadeiro estrago produzido, com o uso indevido de senhas cedidas aos próprios servidores públicos.  Discutimos o assunto por aqui. Suspeita-se que as senhas tenham sido "fisgadas". 

O Ministro Paulo Pimenta, Ministro-Chefe da Secretaria de Comunicação Social, sugeriu, num café da manhã com jornalistas, que o pito que o presidente Lula deu nos Ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e no Ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, não teria passado de uma mera retórica discursiva. Não foi. Tanto isso é verdade que, algum tempo depois, o próprio presidente faria uma mea-culpa sobre o episódio. Claro que o fato não irá abalar a relação consolidada entre ambos, mas o morubixaba petista cometou um equívoco ou uma injustiça em relação ao seu subordinado. 

Até recentemente, Haddad marcou dois golaços  em sua relação com o Congresso, envolvendo pautas fundamentais para o Governo e para o país, para sermos mais precisos. No dia de ontem, capitaneado pelo senador Randolfe Rodrigues, Haddad abriu um diálogo com 18 senadores, no sentido de interromper o trenzinho da alegria, também conhecido como PEC do Quinquêncio. Uma aberração fiscal para a União e os Estados, além de se constituir numa imoralidade no contexto de um serviço público já extremamente desigual e injusto.  

Editorial: O que Lula conversou com Lira?

 


Até recentmente, o presidente Lula manteve uma conversa com o Presidente da Câmara dos Deputados, o alagoano Arthur Lira. O morubixaba petista tratou logo de antecipar-se às inevitáveis especulações em torno do assunto, informando que a conversa foi pessoal, não sendo, portanto, algo para ser tratado com a imprensa. A conversa ocorreu diante de uma quadra de dificuldades de relacionamento entre o Governo e o Legislativo, agravada pelas indiposições pessoais entre Lira e Alexandre Padilha, Ministro das Relações Institucionais do Governo Lula. 

Lula tratou de prestigiar o seu ministro, mas as bolsas de apostas de Brasília asseguram que ele estaria na marca do pênalti. Diante dos diálogos truncados, quem está assumindo alguns dessas funções de articulação é o Ministro da Casa Civil, Rui Costa, atuando na ponta dos dedos, para não melindrar o titular da pasta. Aliás, como informa a matéria da revista Veja desta semana, a orquestra do Governo está bastante desafinada. A articulaçao política não é um problema isolado. Há ministros no Governo que, sequer, conseguem agendar audiências pessoais com Lula. 

Ambos, Lira e Padilha, sugerem ter baixado as armas neste momento. Os acenos são os melhores possíveis, mas tudo em nome de uma normalidade institucional que está longe se atingir seus padrões de níveis ideais. A oposição bolsonarista, desprovida de espírito público, é cavernosa. Não dá um minuto de trégua ao Governo. Já estão comemorando duas grandes derrotas do Governo: As PECs da Saidinha e das Drogas.      

Editorial: Governo identifica desvio de recursos do SIAFI.



A Polícia Federal, de fato, identificou invasão e desvio de recursos do SIAFI - o Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal. Pelas primeiras investigações, estima-se que um montante avaliado em R$ 3,5 milhões possam ter sido desviados. Os danos só não foram maiores porque alguns órgãos perceberam a manobra e redobraram a vigilância, criando dificuldades para os fraudadores. Os cálculos dos desvios ainda são imprecisos, admitiando-se a possibilidade de um montante superior aos citados acima. Somente o aprofundamento das investigações poderão concluir algo neste sentido. 

Ontem comentamos por aqui desconhecer precedente de uma eventual invasão do sistema, mas não temos informações precisas sobre o assunto. Os fraudadores utilizaram-se de senhas oficiais de servidores, obtidas, em princípio, de forma irregular, através de métodos ilícitos. Em todo caso, trata-se de mais uma fonte de preocupação para o Governo, que passa por um momento de dificuldades, onde os ônus políticos poderiam ser ainda maiores do que o financeiro.

E, por falar em danos financeiros, o Governo mobiliza sua tropa de líderes e articuladores no sentido de interromper o trem da alegria denominado PEC do Quinquênio, já aprovada em primeira votação no Senado Federal. A PEC, em si, já é uma excrescência, mas o relator ainda achou pouco e incluiu, além dos juízes, advogados da união, procuradores, delegados federais. Somente no orçamento federal, se aprovada nas votações subsequentes, a PEC representa um rombo de R$82 bilhões nas contas públicas, já bastante fragilizadas. 

Charge! Leandro Assis e Triscila Oliveira via Folha de São Paulo

 


terça-feira, 23 de abril de 2024

Drops:João Azevedo acompanha Cícero Lucena no projeto de reeleição.

 


O governador do Estado da Paraíba, João Azevêdo, do partido socialista, deverá mesmo acompanhar o prefeito da capital, Cícero Lucena, do Progressistas, em seu projeto de reeleição. No contexto das forças de centro-esquerda, resta saber agora qual o caminho que seguirá o PT na capital nas próximas eleições municipais. Teria um candidato próprio? Segue os socialistas? aliança que ainda permanece em algumas praças do país? Ambos estiveram juntos no lançamento da chapa de vereadores que concorrerão à Câmara Municipal de João Pessoa. 

Editorial: Lira encaminha pedido de cassação de Glauber Braga para o Conselho de Ética.


Depois da confusão produzida na Câmara dos Deputados, envolvendo um membro do MBL e os deputados Kim Kataguiri(UB-SP), além do parlamentar psolista Glauber Braga, o Presidente da Casa, o deputado alagoano, Arthur Lira(PP-PB), resolveu encaminhar o pedido de cassação de Glauber ao Conselho de Ética da Câmara. Este já seria o quinto pedido de cassação do mandato do parlamentar que, não raro, se envolve em reiterados conflitos durante as sessões da Casa. Nem Arthur Lira escapou às indisposições do parlamentar, em vídeo que está sendo repercutido nas redes pelos grupos de direita.  

Glauber é um cara agarrido, contundente na defesa de suas posições e princípios e um excelente parlamentar. Se algum dia vier a ser cassado, o que consideramos improvável, perderemos em termos de representatividade. O cidadão que entrou em entrevero com o parlamentar tem sido encontrado em todos os quadrantes do país, sempre com suas conhecidas provocações aos parlamentares governistas. Este é o estilo do MBL. Desta vez parece que  mexeram  com a pessoa errada, que o adjetivou de fascista e o expulsou do recinto destinado aos parlamentares - e gente do povo também - desde que se comportem com civilidade. Na nossa opinião, não foi este o caso. 

Dos cinco pedidos anteriores, três deles foram arquivados pelos relatores. Vamos torcer que desta vez também prevaleça o bom-senso, embora o clima esteja bastante acirrado entre governistas e oposicionistas. Numa sessão recente, para esquentar ainda mais os ânimos, o parlamentar entrou em entrevero com o parlamentar bolsonatista Gilvan da Federal, do Espírito Santos.  

 

Drops: Hotel Tambau: Cenário de guerra e de dengue.

crédito da foto: jornalista Clilson Junior

O outrora glorioso Hotel Tambau, antes um símbolo da arquitetura e cartão postal da cidade João Pessoa, encontra-se completamente abandonado, conforme constata matéria assinada pela jornalista Nice Almeida, publicada no site ClickPB. O imóvel foi negociado em Leilão, mas as obras para sua restauração não avançam. O prefeito Cícero Lucena(Progressistas) já anunciou que, caso o proprietário nao tome a iniciativa de implementar as obras de requalificação do equipamento, a prefeitura utilizará a prerrogativa do poder público para desapropriá-lo. Por enquanto, o que temos é um cenário de guerra e proliferação de mosquistos da dengue, como informa a matéria, num momento crítico, onde o Estado enfrenta um grave problema de infecção pela dengue.  

Editorial: SIAF - O sistema de pagamento do Governo pode ter sido invadido.



O SIAF - Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal pode ter sido invadido. O Governo já acionou a Polícia Federal para investigar a possível invasão do sistema de pagamentos e liberação de recursos do tesouro. Até o momento, o Governo não dá informações sobre eventuais desvios indevidos de recursos que possam ter ocorrido, mas se alguém invadiu o sistema não poderia ser com outra finalidade que não esta. Por razões óbvias, há uma série de requisitos de segurança exigidos pelos servidores públicos com acesso ao sistema. 

O percentual de servidores com a senha de acesso ao sistema é um número bastante reduzido. O Ministério da Fazenda informou que o sistema não teria sido violado de fora, ou seja, não teria sido hackeado. A Polícia Federal trabalha com a hipótese de servidores envolvidos na irregularidade. A ABIN também acompanha as investigações do caso, possivelmente muito raro no contexto da administração pública nacional. Não nos ocorre precedentes em relação ao assunto, mas existe a possibilidade de estarmos enganados. Melhor estarmos enganados.

Vamos aguardar o resultado das investigações que estão sendo encaminhadas pela Polícia Federal, que vem realizando um trabalho de excelência neste Governo, mas preocupa-se, como observamos recentemente, com corte de verbas, que podem prejudicar sensivelmente algumas de suas atividades.

P.S.: Contexto Político: Conforme suspeitávamos, já se admite o desvio de recursos dos sistema, em montante não revelado, de verbas que seriam destinados ao pagamento da folha de servidores públicos.  

Editorial: Comunicação Institucional do Governo Lula: Casa de ferreiro, espeto de pau.



Para o morubixaba petista dá aquela bronca, em público, nos seus ministros, Fernando Haddad e Geraldo Alckmin, confirma-se, então, a informação de que a última reunião entre Lula e os seus assessores da área de comunicação foi bastante tensa. Nos bastidores, o comentário é que o seu mau-humor voltou com força. Questionado pela imprensa sobre a reprimenda do chefe, o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sugeriu que não tem feito outro coisa que não articular-se com o Congresso no sentido de viabilizar a aprovação de projetos de interesse do Governo. Até bem pouco tempo, inclusive, o ministro foi bastane elogiado neste sentido. 

Se há ministros no Governo onde um puxão de orelhas seria bem-vindo, possivelmente este não seria o ministro Haddad. Vamos ser sinceros por aqui. Não haverá mais interlocução entre o atual gestor da pasta, Alexandre Padilha, e o Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, apesar de Padilha ter demonstrado que está aberto ao diálogo. Em meio a este imblóglio, nos escaninhos da política, a informação que circula é que os asssessores de Lula também não estão satisfeito com o seu desempenho junto às Casas Legislativa. 

Neste aspecto, Lula teria tido um desempenho melhor nos governos anteriores. O morubixaba petista já não demonstraria a mesma facilidade ou paciência de antes para este meio de campo. Isso é muito preocupante, a começar pelo fato de ele mesmo não admitir isso, como se depreende em suas críticas aos subordinados. Leitores mais atentos vão lembrar que essa era uma das grandes críticas dirigidas à ex-presidente Dilma Rousseff. Como hoje parece ser o dia dos adágios, aqui se aplica o casa de ferreiro, espeto de pau.  

Você precisa ler também: 

A bronca de Lula nos ministros. 

Aprovação do Governo Lula


Editorial: As broncas de Lula nos seus ministros.



A Pesquisa do IPEC, divulgada pelo jornal O Globo, neste fim de semana, deve ter deixado o Planalto num clima ainda mais tensionado. Antes, o morubixba petista já havia mantido uma reunião com seus assessores mais próximos, onde as vísceras dos problemas relativos à articulação institucional foram expostas. Os analistas políticos acreditam que devem ser anunciadas, em breve, algumas mudanças na área. Vamos aguardá-las, para evitar maiores especulações em torno do assunto. 

Na realidade, o Governo Lula 3 não passa por um bom momento, acossado por uma oposição corrosiva, daquelas que torcem para o quanto pior melho, e, sobretudo pelos índices de popularidade que insistem em apontar uma maré em baixa, num ano crucial de eleições municipais, onde a oposição demonstra possuir maior musculatura em praças importantes do país. A pesquisa do IPEC indica exatamente isso, ou seja, a avaliação do Governo continua em baixa.  

Sáude, segurança pública e economia tiram o sono do Planalto. O único Pé-de-Meia é oferecido pela pasta de educação, onde as ponderações positivas superavam as avaliaçãos negativas. Lula, inclusive, já anunciou que ampliará o programa, incluindo um maior contingente de alunos no programa. O timoneiro petista, nunca se encontrou tão perdido como agora. O Governo Lula 3 está muito parecido com aquele adágio popular que diz que, em casa onde falta pão, todos brigam e ninguém tem razão. No caso específico, poderíamos substituir pão por popularidade, embora a relação com a economia também proceda, uma vez que a economia está desajustda. 

Injusto que Lula critique , em público, o seu Ministro da Fazenda Fernando Haddad, justamente quem está empreendendo um esforço enorme para colocar as contas púlicas no eixo da responsabilidade fiscal. O fogo amigo parece ter sido liberado geral no Planalto. Estão atirando para todos os lados e logo alguém será atingido, uma vez que a pontaria é afiada. Até recentemente, o ministro Fernando Haddad interrompeu uma viagem aos Estados Unidos para voltar ao país, depois da aprovação, pelo Senado Federal, da excrescência da PEC do Quinquênio, prometendo mais um rombo nas contas públicas. O clima é tão tenso que o morubixaba petista resolveu usar um exemplo infeliz, pedindo para o seu ministro se articular mais e ler menos, uma fala imprudente para um chefe de Estado. 

Você precisa ler tembém: 

O Pé-de-Meia de Camilo Santana   

Charge! Benett via Folha de São Paulo

 


segunda-feira, 22 de abril de 2024

Editorial: Lula abre as torneiras e lança o Acredita. De olho na classe média?



Ontem comentávamos por aqui que o problema com a popularidade do presidente Lula seria muito mais de bolso do que de comunicação. A última pesquisa realizada pelo IPEC parece ter evidenciado essa premissa. Pelo sim, pelo não, hoje pela manhã o presidente resolveu anunciar o Acredita, que se traduz, grosso modo, num programa de créditos para os MEI'S saudarem suas dívidas; concessão de créditos para microempreendedores que se enquadrem do Cadúnico; além de uma linha de financiamento para a classe média adquirir seu imóvel, em condições melhores do que as praticadas pela mercado. 

Na esteira da nova estratégia de comunicação do Planalto, antes mesmo de chegar ao seu local de trabalho, ainda no carro oficial, o presidente Lula aparece anunciando o programa, que, segundo dizem, objetiva melhorar o humor da classe média com o Governo. A chamada de capa da revista Veja desta semana é sobre uma matéria que trata do desafinamento dos membros do Governo Lula. As disputas internas entre alguns ministros estaria atravancando algumas ações e, por consequência, prejudicando a imagem do Governo. Segundo dizem, o clima pesou na última reunião do morubixaba com seus assessores de interlocução com o Legislativo.

Vai se preciso, antes de qualquer nova estratégia de comunicação, deixar a orquesta afinada. Do contrário, não haverá marqueteiro que resolva o problema de comunicação. Talvez um bom exemplo dessa desafinação seja a ênfase dada à questão do empreendedorismo,quando o ministério da área específica encontra-se esvaziado no Governo. Esperamos estar enganados por aqui. Se estivermos certos, pode-se tratar de uma espécie de esquizofrenia institucional. 

Você precisa ler também: 

O Pé-de-Meia de Camilo Santana

Aprovação do Governo é uma questão de bolso.  

Drops: Pastor Sérgio Queiroz anuncia que não disputará a Prefeiura de João Pessoa.


Como já discutimos o assunto em outras ocasiões, a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro em João Pessoa foi marcada por alguns atropelos. Os militantes, por exemplo, não puderam recebê-lo no saguão do aeroporto, o que deixou o ex-presidente bastante irritado. Este incidente na chegada parece ter dado o mote do humor do ex-presidente dali para a frente, sendo perceptível, igualmente, sua irritabilidade na visita à cidade vizinha de Cabedelo. Também não ocorreu, como era previsto, a definição do canddiato à vice na chapa encabeçada pelo médido Marcelo Queiroga(PL-PB). O nome do pastor Sérgio Queiroga não foi sacramentado pelo capitão. Em pronunciamento, no entanto, ele anuncia que não dsputará as próximas eleições municipais, o que significa dizer que pode, sim, ainda ser confirmado como vice de Queiroga, integrando a chapa "Quero, Quero". Engraçado o nome dessa chapa.  

Editorial: Os bolsonaristas mudaram de "mito"?



Não vamos aqui entrar numa discussão teórica sobre a figura do "mito". Afinal, estamos numa segunda-feira, início de semana. Quem acompanhou os discursos proferidos durante a manifestação bolsonarista, no dia de ontem, na praia de Copacabana, no entanto, deve ter percebido que eles estão trocando de "mito". O próprio ex-presidente Jair Bolsonaro lembrou de um encontro com o trilionário Elon Musk, onde teria afirmado que ele, sim, era o verdadeito mito, o mito da democracia e da liberdade de expressão. Embora concordemos em nada com o ex-presidente, não vamos polemizar por aqui. 

As referências aos empresário sul-africano foram recorrentes durante as falas dos participantes. Até discursos em inglês foram proferidos, sempre com o objetivo de enfatizar ou enaltecer a importância do empresário para os projetos da extrema-direita mundial neste momento. Dizem que o inglês do rapaz não era assim dos melhores, mas, em todo caso, o recado foi dado. Cirúrgica mesmo foi a afirmação de um membro de nossa Suprema Corte, ao se referir às redes sociais como plataformas de consolidação dos projetos dessa extrema-direita. Daí a preocupação deles com tal "regulação', que eles, matreiramente, usam o argumento do tolhimento à liberdade de expressão para combatê-la. 

Não surpreendeu os discursos mais duros do encontro de ontem, conforme já havíamos antecipado por aqui. O que está repercutindo bastante é a "terceirização" dos ataques proferidos às nossas instituições democráticas, assim como aos homens que as conduzem. Um desses atores já teria sido alertado desde o encontro da Paulista, mas insiste em sua pregação.  

Editorial: Bolsonaristas não aceitam a inelegibilidade do seu líder.



No dia de ontem, na manifestação ocorrida na praia de Copabana, no Rio de Janeiro, onde se concentraram milhares de partidários do bolsonarismo, foram recorrentes o coro de "Volta, Bolsonaro", algo que vem se repetindo em todas as praças do país onde o ex-presidente Jair Bolsonaro marca presença. Alguém já disse que o bolsonarismo não se move muito pelas leis, mas pela vontade. Neste caso em particular, na realidade, tem se movido ao arrepio da lei, uma vez que o TSE decretou a inelegibilidade de Jair Bolsonaro, contingenciando-o a não participar das eleições presidenciaisd de 2026. Salvo melhor juízo, nem das eleições de 2030 ele poderia participar. 

No escopo dos eventuais herdeiros dos espólio político\eleitoral do bolsonarismo, nem um deles detém o mesmo perfil ou o  carisma do mito. Essas lideranças, não raro, são insubstituíveis, que é o que pode estar ocorrendo com Jair Bolsonaro, que se tornou um grande capitão eleitoral pelo país afora, com o apoio sendo bastante disputado. Houve um tempo em que manter um distanciamento controlado ou regulamentar do ex-presidente poderia ser uma medida recomendável, mas tal precaução esvaiu-se diante do esgarçamento da polarização política no país. Ou se é Grêmio ou se é Colarado. Estamos assim. 

Do ponto de vista legal, a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro já teria recorrido ao STE no sentido de reverter a decisão daquela Corte. Em 2026 teremos uma mudança de colegiado no STE, onde passam a integrar a Corte Eleitoral, ministros do STF indicados pelo ex-presidente. Do ponto de vista institucional, pode-se torcer por alguma chance por aqui. Fora disso, é conviver melhor com as leis, respeitá-las e acatá-las.    

Charge! João Montanaro via Folha de São Paulo

 


domingo, 21 de abril de 2024

Drops: Cultura da Violência. Aposentado é morto por causa de um cachorro sem coleira.


A morte de um aposentado de 73 anos, Manuel de Oliveira Pepino, na cidade de Vitória, capital do Espírito Santo, está repercutindo bastante pelas redes sociais. O episódio é uma evidência da cultura da violência instaurada no país, proporcionada, em grande medida, pela política de facilitação de acesso às armas, como reflexo de políticas públicas equivocadas. Em razão de uma discussão entre vizinhos, motivada por um cachorro sem coleira, um advogado de 33 anos, Luiz Hermindo, que já se encontra com a prisão preventiva decretada, depois de uma troca de tiros - na realidade um bang-bang, uma vez que estima-se que 30 tiros foram trocados entrem ambos - o aposentado tombou morto. 

Editorial: Bolsonaro em Copacabana: Um balanço.



Não vamos aqui entrar no mérito da contagem da multidão que esteve presente ao evento convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, hoje, dia 21, na aprazível praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. Ao usarmos o termo "multidão' já estamos dando algumas pistas. Vamos ser sinceros. Realmente os eventos com a presença do ex-presidente Bolsonaro são bem prestigiados pelos apoiadores. Eles possuem uma capacidade de organização  e mobilização que precisa ser reconhecida. 

Durante a semana vamos entrar no embate das estatísticas da USP e da Polícia Militar de Tarcísio de Freitas, polarizando a discussão entre os companheiros e os patriotas. Dois aspectos das narrativas discursivas nos preocupam em particular. O bolsonarismo parece ter "terceirizado' os ataques às nossas instituições, em particular aos membros da Suprema Corte, delegando essa missão para um ator em particular, numa estratégia com o propósito de não expor seu líder maior. 

Um outro aspecto diz respeito a uma tese que está se consolidando entre eles, acerca das próximas eleições presidencias de 2026, ou seja, a de que a inelegibilidade de Bolsonaro será revertida e que seu nome já estará nas urnas eletrônicas ainda naquelas eleições. Na realidade, eles preferem as "cédulas", mas o nome do capitão nas urnas já seria bastante festejado. O "Volta, Bolsonaro' passou a ser um mantra entre eles, repetido sempre que o líder participa dos eventos de rua pelo país afora.Um outro aspecto foi a exaltação ao bilionário sul-africano, como não poderia ser diferente, pois ele hoje tornou-se o querinho das hostes bolsonaristas mais radicais, que não poupam elogios ao empresário, hoje tratado por eles como mito da democracia e da liberdade de expressão. Imaginem!  

Editorial: O Pé-de-Meia de Camilo Santana.

Recentemente, o Governo Lula anunciou um programa destinada a oferecer uma espécie de poupança aos alunos de escolas públicas que estão cursando o Ensino Médio, com o objetivo de mantê-los no sistema, preferencialmente com bons aproveitamentos. O problema da evasão escolar nesta fase de ensino é preocupante, sobretudo quando estamos tratando de alunos que provém de lares de famílias empobrecidas, onde trabalhar se impõe como uma necessidade para assegurar a sustentabilidade das famílas. Neste aspecto, a economia se impõe sobre a necessidade de estudar.  

A situação do Governo Federal, em termos de índices de aprovação, não vai muito bem, como é sabido. Nese aspecto, existem algumas áreas nevrálgicas que jogam a aprovação da gestão lá para baixo, como é o caso da carestia, dos problemas relativos à segurança pública, assim como o mosquito da dengue, que insiste em atanazar a gestão de Nísia Trindade, fornecendo munição ao Centrão, urubus voando de costas, de olho no quanto pior melhor. 

Neste domingo, o jornal O Globo traz o resultado de uma pesquisa do IPEC sobre a avaliação do Governo Lula. Nada que o Planalto possa comemorar. Pelo menos por enquanto. Nada mudou desde que ocorreram as mudanças na comunicação institucional, mas registre-se aqui que o Programa Pé-de-Meia está, sim, contribuindo para melhorar os índices de aprovação do Governo a partir de uma percepção positiva do programa vinculado ao Ministério da Educação, comandado pelo cearense Camilo Santana. Isso significa dizer, concretamente, uma percepção melhor sobre as políticas educacionais talvez não seja suficiente para reverter uma tendência de queda de popularidade do Governo Lula como um todo. Por outro lado, é inegável que a pasta comandada por Camilo não está contribuindo para a ampliação desses índices negativos. Ao contrário. 

Editorial: A aprovação do Governo Lula não é apenas um problema de comunicação, mas sobretudo de bolso.



Nos escaninhos da política da capital federal a informação é que os diálogos estão truncados e sobram broncas e aborrecimentos entre os membros do Governo Lula. A Pesquisa do IPEC, antigo IBOPE, repercutida no jornal O Globo, aponta que a economia - ou a inflação para sermos mais precisos - hoje é o principal gargalo do Governo Lula. Se não houver uma interrupção desse ciclo, estaremos mergulhando numa espiral bastante preocupante. Os economistas liberais dizem que o governo Lula se divide entre os que querem gastar e os que querem gastar ainda mais. 

Oxalá este diagnóstico esteja equivocado, e ainda tenhamos mais integrantes do Governo Lula, a exemplo do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que demonstra uma preocupação com o equilíbrio das contas publicas. A tese de Haddad precisa ser defendida por mais gente no Governo, a começar pelo próprio morubixaba petista. Os burocratas de Brasília talvez não vão às feiras livres, mas o povo vai. Vai e está pagando por horti-frutis como cebola, tomate, cenoura valores acima de R$ 10,00. Aliado a isso as contenções nas recomposições salariais e as taxas de desemprego. Embora oficialmente os índices inflacionários estejam dentro das metas, a sensação de que alguns produtos estejam pelos "olhos da cara' existe. 

Curioso que a CEO do IPEC, Márcia Cavallari, estabelece uma linha de raciocínio bastante similar a um tema que já discutíamos aqui antes, ou seja, a queda de aprovação do Governo Lula não é apenas um problema de comunicação, mas de bolso, que é a parte mais sensível do ser humano, conforme já advertia, lá longe, o economista liberal Roberto Campos.  

Editorial: Mídia conservadora reforça narrativas bolsonaristas às vésperas do evento de Copacabana.

Os bolsonaristas não podem se queixar das narrativas -traduzidas em editoriais, artigos e reportagens - produzidas pela mídia conservadoira às vésperas do evento de hoje, programado para a praia de Copacabana. Eles deram sua contribuição para o sucesso do evento de logo mais. Diferentemente do que ocorreu na Paulista, o evento de Copacabana vem na esteira do acirramento de ânimos, trocas de farpas e declarações preocupantes, sugerindo que estamos próximos a uma ditadura, conforme declarações Bolsonaro ao convocar seus apoiadores. 

Infelizmente, o grau de civilidade que se verificou durante o evento da Paulista talvez não se repita por ali. Andou circulando o um vídeo do Deputado Federal Nikolas Ferreira(PL-MG) sugerindo que ele irá fazer um pronunciamento que teria repercussão internacional. Vamos torcer que ocorra tudo dentro da normalidade democrática, que os bolsonaristas possam se manifestar como qualquer outro agrupamento político, dentro das regras do jogo. 

No mais, o que gostaríamos mesmo era ler uma crônica do Rubem Braga no dia de hoje, tratando de sua Copacabana que ele conhecia tão bem. Ficamos aqui tentando imaginar o que ele teria a dizer sobre a praia, desta vez tomada pelas hordas bolsonaristas, num dia de domingo ensolarado. Bem diferente daqueles tempos, quando o cronista capixaba recebia em seu apartamento o poeta chileno Pablo Neruda para, entre um gole e outro, sonharem com um mundo melhor para todos nós.     

Charge! Jean Galvão via Folha de São Paulo