pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Editorial: O banho de Lula na Vox Populi
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sexta-feira, 12 de novembro de 2021

Editorial: O banho de Lula na Vox Populi



Para evitar comprometimentos, melhor seria afirmar que "Tudo pode acontecer, inclusive nada', até porque, as eleições presidenciais ainda estão muito distante. Alguns cenários poderão mudar até lá. Nem mesmo o surgimento de um "azarão' seria de todo improvável. Mas, pelo andar da carruagem política, a cada nova pesquisa se consolida a liderança do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva(PT-SP) na corrida presidencial de 2022. O petista continua firme, costurando alianças, conversando com amplos setores da sociedade civil e até incursionando pela Europa, onde iniciou um périplo mais recentemente, com o propósito de reestabelecer o diálogo com líderes da esquerda.

Esta última pesquisa da Vox Populi, inclusive, já traçou uma simulação sem a presença do presidente Jair Bolsonaro(PL), que, como disse num outro editorial, não enfrenta um bom momento ou, para usar uma linguagem militar, não encontra-se em céu de brigadeiro. Como pesquisa é uma "fotografia" - que retrata uma realidade momentânea - nada nos assegura que este quadro possa ser mantido até as urnas, em outubro de 2022. Por enquanto, o petista corre solto, com possibilidades reais de liquidar a fatura ainda no primeiro turno, a julgar pela sua performance nos levantamentos de intenção de voto. Pela Vox Populi,de 11\11, ele crava 44%, enquanto Jair Bolsonaro aparece com 21%. Com o nome de Jair Bolsonaro de fora, ele amplia a vantagem sobre o pelotão da terceira via, que ainda continua uma massa disforme. Lula 45%, Moro 8% e Ciro Gomes 6%. A terceira via continua, ainda, uma grande incógnita. Tem eleitores, mas eles estão órfãos de candidatos. 

Num exercício bastante interessante, uma revista de circulação nacional publicou um artigo, onde o articulista listava uma série de motivos para não crer da consolidação dessa terceira via. Cuidadosamente, estou me debruçando sobre tais argumentos para discuti-los aqui com vocês. Nos meus bons tempos de estudante, li bastante sobre a polarização  política que ocorria nos estados de Pernambuco e Rio Grande do Sul. São dois estados emblemáticos para se entender a polarização política no pais. 

Incrível como, até o momento, no contexto da eleição presidencial de 2022, ainda não surgiu um nome para desmanchar esse binômio, embora haja espaço, pois há uma insatisfação de um percentual expressivo de eleitores. Tenho inúmeras razões para acreditar que Sérgio Moro não conseguirá esta proesa, apesar do seu bom start de largada, que gira entre 8% e 10%,dependendo do instituto. Embora tenha recebido uma boa assessoria para a elaboração de seu discurso de estréia - falou-se, imaginem! até mesmo numa força tarefa para enfrentar problema da fome ou da probreza, onde servidores seriam convocados para participar do projeto - a sua plataforma é eminentemente voltada para o combate à corrupção. E, já que ele pretende convocar especialistas para tratar do assunto da fome no país, este editor sugere o nome do grande sociólogo Jessé de Sousa, que prestou grandes serviços ao país na presidência do IPEA. Claro que há aqui uma ironia.  

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