pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Tijolinho: Ainda não estamos em condições de realizar as festas de carnaval.
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sábado, 20 de novembro de 2021

Tijolinho: Ainda não estamos em condições de realizar as festas de carnaval.


Sobretudo em função das pressões exercidas pelo mercado, alguns prefeitos e governadores estudam com muito carinho a possibilidade de realização dos festejos da carne. Consideramos uma atitude absolutamente imprudente. Concretamente, não temos as condições sanitárias ideais para festejos desse porte, embora os casos de contágio e morte no país tenha se estabilizados depois da efetivação campanha de vacinação, que já atingiu mais de 60% da população com as duas doses. Ainda assim , somente aqui no Estado de Pernambuco, mais de 600 mil pessoas não completaram a imunização total, depois da segunda dose. Imunização total é, naturalmente, força de expressão, uma vez que as pessoas continuam vulneráveis ao vírus, embora apresentem quandros leves ou assintomáticos, mesmo depois da segunda dose, o que implica dizer que os cuidados necessários - como uso de máscara e higienização das mãos - continuem sendo imprescindíveis. 

Isso talvez explique o fato de que, no dia ontem, 19, tenham sido registradas apenas 250 mortes e um pouco mais de 11 mil contaminados, o que é um número ainda bastante elevado. Depois de um longo período de rigoroso confinamento, este editor resolveu matar as saudades das caipirinhas e das tapiocas do Alto da Sé, aqui em Olinda. Num domingo, uma multidão. Lembrou bastante o período momesco. Muita aglomeração e pouca gente fazendo o uso básico das máscaras. Um carnaval seria uma tragédia, com possibilidades concretas de um recrudescimento da doença. Apelo ao bom-senso dos gestores públicos para atenderem aos conselhos dos profissionais de saúde pública, que não aconselhariam, em hipótese nenhuma, a realiação dessas festas de carnaval. 

Quero aqui elogiar o equilíbrio e a prudência do Secretário de Saúde do Governo do Estado, André Longo, que se pronunciou de forma bastante equilibrada sobre o assunto. Convém não esquecer que, nessas eleições, a conduta dos gestores públicos no tocante a este tema, irão se refletir nas urnas em outubro, conforme vem sendo observado pelas pesquisas de intenção de voto até aqui realizadas. Se este dado está passando pela clivagem do eleitorado no tocante às eleições presidenciais, não é nada improvável que o mesmo raciocínio se aplique às eleições de governadores.  

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