pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Editorial: Será que é ela?
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sábado, 27 de novembro de 2021

Editorial: Será que é ela?



 

A rigor, nenhum candidato, até o momento, conseguiu a proeza de tornar-se ungido pelo eleitorado da chamada terceira via, um eleitoraro expressivo, que soma algo em torno de 30% dos votos. Muitos já se lançaram nesta empreitada e outros nomes ainda deverão engrossar essa fileira,quando, por exemplo, o PSDB conseguir concluir suas tumultuadas prévias. Se fizermos uma análise mais isenta, talvez possamos concluir que, apesar de estar no terceiro lugar na disputa, pelas últimas pesquisas de intenção de voto, a rigor, o eleitorado do ex-juiz Sérgio Moro(Podemos) é muito mais reflexo do recall adquirido pelo combate à corrupção - associado ao juiz em razão das trabalhos realizados durante as operações da Lava Jato - e, muito provavelmente, entre bolsonaristas insatisfeitos, pois ambos bebem na mesma fonte.  

Sua intersecão com a terceira via, se existe, ainda é muito incipiente. Assim, a conquista desses votos ainda é um campo em aberto, o que não surpreende o lançamento de novos atores para disputá-los. Há algum tempo o PSD vem trablhando o nome do presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco(PSD-MG), que vem assumindo posições equilibradas e republicanas, sempre em defesa da vida e das instituições democráticas do país. Gilberto Kassab, seu padrinho político, é um dos entusiastas dessa candidatura, apostando firmimente em sua viabilidade. O MDB, por sua vez, assume que, possivelmente em dezembro, poderá ter o nome da senadora Simone Tebet(MDB-MS) como candidata. 

Outro dia, respondendo a um dos nossos editoriais a respeito deste assunto, um internaulta acreditava que o MDB não iria assumir tal candidatura. Ela não conseguiria vencer as resistência de setores mais tradicionais do partido. O MDB sempre foi um partido bastante complicado e, para os leitores bem-informados, não precisamos entrar nos detalhes das engrenagens que movem aquela agremiação política. Simone Tebet é da banda boa, da banda sadia, republicana. Realizou um excepcional trabalho durante a CPI da Covid-19, o que a credencia a disputar a indicação do partido sem o menor favor. 

Se ela conseguirá furar essa "resistência" da terceira via é uma grande incógnita, embora pese a seu favor o fato de ser uma grande parlamentar e ser mulher, hoje, segundo dizem, um diferencial importante. O quadro ainda está bastante embolado. A rigor, nenhum dos postulantes ainda conseguiu, de fato, a simpatia - e os votos - deste segmento, que nos parece bastante exigente e criterioso. Esse 30% de um eleitorado que não deseja uma volta ao passado ou dar continuidade a governos que não satisfizeram às suas expectativas é um indicador, até certo ponto, de maturidade. 

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