pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Editorial: As veias abertas da atuação das milícias no país.
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quinta-feira, 8 de fevereiro de 2024

Editorial: As veias abertas da atuação das milícias no país.

 



O ex-candidato presidencial, Ciro Gomes(PDT-CE), em uma de suas lives, logo após a realização do pleito, fez uma avaliação bastante preocupante sobre o avanço de grupos milicianos nas áreas periféricas de todas as grandes capitais dos Estados brasileiros. Salvo melhor juízo, mais de 50% do território do Rio de Janeiro já se encontra sob o domínio de grupos milicianos, explorando vários nichos de negócios ilegais, como a extorção a comercientes, tráficos de drogas, cobrança de taxas para a exploração de transprte nas favelas, acesso à internet, gás e até o fornecimento de água. 

O fenômeno é tão explícito que, logo depois da morte dos médicos da Barra da Tijuca, os quiosques, foram reabertos por ordem da milícia, que, além da extorção, ainda se encarregariam de fornecer os insumos para os produtos comercializados. A jovem policial Vaneza Lobão pertencia a uma unidade da Polícia Militar que investigva o envolvimento de policiais com as milícias que atuavam na região. Os dois subtenentes - que não podem ser considerados agentes de Estado, pois são acusados de pertenceram a tais milícias - tiveram acesso a todas as movimentações da policial, além de sua rotina. 

A policial foi morta quando chegava à sua residência, o que contou, incluvive, com o emprego de armamento de grosso calibre. O espantoso é que esses falsos agentes de Estado, em razão das funções que ocupavam, tinham acesso a tais informações, quer dizer, atuam dentro das instituições de Estado com propósitos escusos. Louvável aqui o trabalho de investigação conduzido pela polícia judiciária, através de agentes públicos que cumprem suas atribuições ou deveres constitucionais, em esclarecer tais fatos.

É uma pena que o país tenha chegado a esses estágios. A cada dia esses grupos ampliam seus negócios ilegais. Outro dia ficamos sabendo de um pedágio cobrado pelas lideranças milicianas do complexo da Maré, que tinha como objetivo dar proteção às lideranças procuradas pela polícia. Depedendo do status do sujeito, os caras cobravam taxas que iam de R$ 10,00 a 100,00 mil reais mensais para eles ficarem escondidos no complexo, sob a proteção dos milicianos locais.   

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