pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Editorial: A "insegurança" no Presídio Federal de Segurança Máxima de Mossoró.
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terça-feira, 20 de fevereiro de 2024

Editorial: A "insegurança" no Presídio Federal de Segurança Máxima de Mossoró.



Se nos permitem o trocadilho, tudo indica que o sol não nascia quadrado no Presídio Federal de Segurança Máxima de Mossoró, no Rio Grande do Norte. Vamos ser francos por aqui? Tudo está muito confuso e o assunto da fuga dos dois presos do presídio ainda deve render bons debates. Aliás, tais discussões se impõem. Existe a informação que ocorreu um erro estrutural na construção das paredes que antecedem as luminárias, por onde os presos fugiram, que foram construídas apenas com alvenaria, sem concreto. 

Há, portanto, uma falha estrutural de projeto de construção, não se sabendo se prevista na licitação ou decorrentes de irregularidades na edicação do presídio. Surpreendentemente, mais  das 192 câmaras existenres no presídio, 124 não funcionavam, o que facilitou enormemente o trabalho de fuga dos presos. Já comentamos por aqui que um jornal potiguar, alguns meses antes, havia publicado uma matéria onde o assunto era abordado, concluindo pela falta de segurança num presídio de segurança máxima. Com essas facilidades de comunicação, não seria improvável que os fujões tenham sido avisados sobre essa precariedade do sistema. 

Não se pode dizer que as providências não estejam sendo tomadas. Apenas com um detalhe crucial: depois das luminárias arrombadas. Mais 100 homens da Guarda Nacional estão sendo mobilizados na captura aos fugitivos. Com mais este reforço, já chega a 400 o contingente de policiais utilizados com tal finalidade. Talvez inspirados nessa fuga espetacular, no dia de ontem, 18 presos fugiram de carceragem no Estado do Ceará. 17 deles apenas num dos presídios, tratando-se aqui de uma fuga em massa.

A admissibilidade sobre a necessidade de construção de muralhas no entorno dessas unidades prisionais, por outro, sugere que, de fato, ocorreram algumas falhas estruturais em sua edificação. Observem que esta foi uma das primeiras observações do Ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski. Pelo pouco tempo que ele havia assumido o cargo, sugere-se que algum assessor o tenha alertado para o problema. Por enquanto, os presos ainda estão foragidos e deixando pistas sobre a sua rota de fuga. Tais descuidos só se entende no sentido de "despistar" a tropa que está em seu incalço.   

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