pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : O xadrez político das eleições estaduais de 2026 em Pernambuco: surpresa mesmo é o desempenho de Eduardo Moura, um bolsonarista no retrovisor de João Campos.
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quinta-feira, 11 de dezembro de 2025

O xadrez político das eleições estaduais de 2026 em Pernambuco: surpresa mesmo é o desempenho de Eduardo Moura, um bolsonarista no retrovisor de João Campos.



Faz algum tempo que não nos encontramos por aqui. Durante este período, inúmeras situações poderiam ressuscitar o debate, como as movimentações em torno da disputa pelo Senado Federal, onde uma penca de nomes anda concorrendo à composição das chapas de oposição e situação. Uma equação difícil, pois são muito os chamados e poucos os escolhidos, conforme ensina as sagradas escrituras no Evangelho de Mateus. Num arranjo mais complexo, durante este período, vale a pena as referências às portas abertas pela governadora Raquel Lyra ao PT, embora se saiba que acomodar o PT no seu grupo não seria uma tarefa simples. Mas, em política, tudo é possível. Neste aspecto, João Campos leva uma grande vantagem, pois já acomoda parte da legenda petista na gestão da Prefeitura da Cidade do Recife e mantém uma fidelidade canina ao Planalto. 

A rigor, João teria travado as portas para os movimentos da governadora nesta direção, conforme concluímos numa postagem anterior. Quando Raquel Lyra aguardava para recepcionar o presidente em sua última visita ao estado, João Campos já vinha na mesma aeronave presidencial, reafirmando sempre que será um soldado do projeto de sua reeleição em 2026. Há de se registrar, no entanto, os acenos de um fiel escudeiro da governadora, o prefeito de Caruaru, Rodrigo Pinheiro(PSD-PE), sugerindo que apoiará o projeto de reeleição do senador Humberto Costa, algo que causou uma certa surpresa no mundo político pernambucano. Dificilmente não foi algo combinado previamente com a governadora, dentro do raciocínio de Ulisses Guimarães, ou seja, nunca tão distante que não possa se reaproximar. 

Como resultado da adubação das bases e do processo de "metropolitanização", um dos postulantes ao Senado Federal, integrante do clã-familiar dos Coelho, de Petrolina, Miguel Coelho, passou a despontar, ao lado de Marília Arraes, como um candidato competitivo ao Senado Federal. Miguel Coelho, no entanto, precisa ultrapassar a barreira de obstáculo dentro da próprio federação União Progressista, além de ser ungido por João Campos(PSB-PE) como um dos nomes a compor a chapa ao Senado Federal. Muitos são os chamados, poucos os escolhidos (Mateus:22:14). A própria Marília Arraes anda colada no primo João. A pesquisa divulgado no dia de hoje, do Instituto Real Time Big Data, mostra um cenário sem alterações significativas, com o candidato João Campos abrindo algo em torno de 30 pontos de diferença em relação aos escores da governadora Raquel Lyra. Está assim há algum tempo, com ligeiras variações. Perigosamente estáveis tais números, a despeito dos esforços empreendidos pela governadora para revertê-los, reforçando sua presença na Região Metropolitana do Recife. 

Vale ressaltar, no entanto, o desempenho do "novato" Eduardo Moura, vereador do Recife, que tem se notabilizado por uma oposição ferrenha à gestão do prefeito João Campos. Eduardo Moura, em nenhum momento anunciou que seria candidato ao Governo do Estado, mas, sobretudo em função do capital midiático e das redes sociais, seu nome aparece cravando mais de 7% das intenções de voto. Embora dentro da margem de erro da última pesquisa, este escore apresenta indicadores de crescimento. Eduardo Moura vem conquistando capilaridade política junto aos eleitores pernambucanos, recifenses em particular, pois tudo sugere que seus votos teriam uma identidade mais urbana do que interiorana. Em última análise, trata-se de um indicador da aprovação do seu trabalho junto à população, assegurando, no mínimo, a renovação do seu mandato como governador. 

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