pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO.
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domingo, 17 de julho de 2022

O xadrez político das eleições estaduais de 2022 em Pernambuco: Eu ainda sei o que vocês fizeram no verão passado.



Aqui e ali, os setores mais orgânicos do Partido dos Trabalhadores questionam a ampliação do leque de abertura de Lula para o centro do espectro político, envolvendo atores que estiveram diretamente envolvidos no impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff(PT-MG). Até mesmo com o ex-presidente Michel Temer(MDB-SP), que era vice de Dilma e assumiu o governo após sua deposição, Lula estabeleceu este diálogo, conhecendo suas habilidades de interlocuções com as diversas tribos políticas. Tal abertura, no entanto, é vista como fundamentalmente importante para o seu projeto de voltar a ocupar a cadeira do Palácio do Planalto, de acordo com observadores e assessores de perfil mais pragmático. 

Quando Lula enfrentava um dos seus momentos políticos mais delicados - no período em que estourou o escândalo do Mensalão - que hoje passou a ser institucionalizado através do orçamento secreto, como observou em reserva um ator político  - Dr. Miguel Arraes largou suas atividades no Campo das Princesas e, num gesto de grandeza política, tomou um avião e foi até Brasília emprestar sua solidariedade ao amigo, que depois retribuiu a gratidão beneficiando enormemente o governo do neto de Arraes, Eduardo Campos. 

À época existia um fundo de recursos para a regiao Nordeste, dos quais pernambuco, sozinho, levava 25% do montante. Eduardo viveu em lua de mel com Lula e Dilma até que o projeto presidencial do neto de Arraes entrou em rota de distanciamento do PT. Por ocasião do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff existia uma grande interrogação sobre como se comportaria o PSB naquele contexto político. Depois de muitas idas e vindas, eles resolveram esquecer a lição de solidariedade política do Dr. Arraes e votar a favor do afastamento da presidente Dilma Rousseff. 

Como se sabe, eles foram fundamentais para que o projeto de impeachment fosse aprovado pela Câmara dos Deputados. Aqui em Pernambuco houve caso de então secreatários que se afastaram da pasta apenas para sufragar o voto pela impeachment de Dilma Rousseff. Agora, diante das contingências de uma reaproximação com o ex-presidente Lula, os socialistas do Estado tentam apagar essa imagem de antes, quando votaram, com tanto entusiasmo, pelo deposição da ex-presidente Dilma Rousseff. Os eleitores, no entanto, ainda sabem o que vocês fizeram no verão passado. 

Editorial: A necessidade de construção de um pacto de convivência política civilizada.


O ministro da Justiça, Anderson Torres, determinou que fossem investigados os responsáveis por um vídeo que anda fazendo sucesso em uma rede social, onde o presidente Jair Bolsonaro(PL)seria, supostamente, vítima de um atentado, caracterizado com a devida indumentária que costuma usar, ao lado de sua moto, o que sugere que o atentado se dá durante uma dessas motociatas organizadas por sua campanha. O clima político do país, como se sabe é um dos mais acirrados. Possivelmente, nunca antes tivemos uma eleição realizada em tais circunstâncias de tamanha instabilidade política e institucional. 

Neste domingo, mesmo que anpassant, este editor andou acompanhando as reflexões dos principais formadores de opinião do país. Todas convergem para um ponto: a necessidade de formalizarmos um pacto de convivência política civilizada. Este clima de animosidade pode produzir novas tragédias, como a que vitimou o tesoureiro do PT, Marcelo Arruda,na cidade de Foz do Iguaçu, assassinado quando comemorara o seu aniversário de 50 anos, junto com os familiares. 

Certamente, situações como a relatada acima não contribuem para que possamos baixar as armas e firmarmos esse pacto de convivência política, seja lá quem seja os responsáveis pela produção dessa situação. Não vamos aqui, igualmente, tapar o sol com a peneira, pois sabemos como chegamos a este quadro caótico, estimulado como arma política, sobretudo em razão da ausências de argumentos e projetos para o país. Por outro lado, também não somos crianças para mantermos aquela postura dos velhos tempos, das peladas de várzea, onde repetíamos exaustivamente: foi você quem começou!    

sábado, 16 de julho de 2022

Editorial: A aula de transparência e tolerância do Ministro Edson Fachin



O Presidente do Superior Tribunal Eleitoral, Ministro Edson Fachin, tem demonstrado o equilíbrio necessário na condução daquela Corte, que devará ser entregue, em agosto, ao colega Alexandre de Moraes, que se constituirá numa espécie de xerife das eleições de 2022. Dele se espera a tranquilidade e a ponderação - no momento certo - mas igualmente a  energia e o rigor para agir, sempre que alguma regra estipulada para aquelas eleições vier a ser violada. O ministro Edson Fachin já enfrenta inúmeras intempéries, mas isso parace ser apenas o início do vendaval, a julgar pelo andar da carruagem política. 

Infelizmente, a possibilidade de termos eleições tranquilas são remotas, porque nos parece que fomentar a discordia integra a plataforma da estratégia política de alguns atores. A partir da promulgação da Constituição Cidadã de 1988, um dos indicadores da saúde de nossa incipiente democracia era exatamente a realização de eleições regulares e limpas, com os atores políticos aceitando o resultado do pleito, devidamente referendado pelo Justiça Eleitoral. 

Uma espertise de décadas, aperfeiçoada sistematicamente, que culminaram com o advento tecnológico das urnas eletrônicas. O ministro Edson Fachin, inúmeras vezes, tratou deste assunto, sempre enfatizando a sua segurança, rebatendo as acusações levianas em contrário. Mas, numa atitude de transparência, tolerância e respeito pelo processo democrático, mais uma vez, está convocando representantes das Forças Armadas e da Polícia Federal para acompanhar uma explicação dos técnicos daquele órgão sobre a segurança das urnas eletrônicas.  

Editorial: ACMLula


Se considerarmos a margem de erro do Instituto Quaest\Genial, um pouco acima de 3 pontos para mais ou para menos, os escores de Lula e ACM Neto estão rigorosamente iguais, um pouco acima de 60% do eleitorado baiano. Isso signfica que um percentual expressivo do eleitorado do Estado pretende sufragar os nomes dos dois candidatos nas próximas eleições de outubro, encaminhando um deles para o Palácio de Ondina e o outro para o Palácio do Planalto. Alguns analistas políticos já dão como favas contadas o favoritismo do neto de Antonio Carlos Magalhães naquele Estado. 

Seria muito pouco provável que a situação pudesse ser revertida em favor do candidato do PT, Jerônimo Rodrigues, desconhecido por 74% do eleitorado baiano. Lula até tem se esforçado, como no último dia 02 de julho, quando esteve no meio da multidão que acompanhava o desfile em comemoração à Independência dos baianos, pedindo voto para o candidato do partido. Mas trata-se de uma tarefa hercúleo, pois nem mesmo os eleitores que se identificam com Lula, ao que indicam as pesquisas, pretendem votar casado com o nome de Jerônimo Rodrigues. 

Lula e o PT tem uma forte presença no Estado. Há 16 anos controlam o Palácio de Ondina, sempre com boas votações quando dos pleitos presidenciais. O atual governador, Rui Costa(PT-BA), inclusive, conta com uma boa aprovação dos baianos. Desta vez, no entanto, os eleitores tem demonstrado que pretendem devolver o controle do Estado ao herdeiro do carlismo, Antonio Carlos Magalhães Neto, depois de creditarem ao PT 16 anos de poder. Tanto tempo de exercício de poder sempre produz algum desgaste natural, o que se convenciona chamar de fadiga de material. É isso, meu caro Jerônimo Rodrigues(PT-BA).   

Charge! Via Twitter

 


O xadrez político das eleições estaduais de 2022 em Pernambuco: O "teste"de palanque de Lula no Estado.

 


As "barrigas" - ou notícias falsas - tornaram-se relativamente comuns aqui no Estado de Pernambuco, levando-nos a sempre manter uma devida cautela sobre o que se divulga em alguns blogs ou através das redes sociais. A prudência impede-nos de replicar ou reproduzir as chamadas "fake news", causando um dano ainda maior às pessoas envolvidas. Ontem foi divulgado, por exemplo, que supostamente, Lula teria mantido um diálogo com dirigentes sociaslistas, informando sobre a impossibiidade de respeitar a condição de um palanque único em pernambuco. 

Não foi possivel "checar" se a notícia procede ou não, o que aconselha mantê-la em stand by. Aliás, se o dileto leitor realizar uma pesquisa na internet sobre este assunto, irá encontrar uma série de informações desencontradas, ora Lula acenando para a possibilidade de ampliação de palanques, ora fazendo juras de amor eterno e fidelização ao palanque da aliança entre o PSB e o PT no Estado, reafirmando o seu compromisso com o candidato Danilo Cabral(PSB-PE). 

Mas, a rigor, com o afunilamento do calendário eleitoral, logo saberemos qual será sua postura em relação aos seus três palanques no Estado, pois, além do "oficial", existem o palanque de Marília Arraes, do Solidariedade, e o palanque de João Arnaldo, do Psol. Marília, como se sabe, vem construíndo sua campanha colada à imagem do morubixaba petista, assim como ocorre, de forma mais modesta, com o candidato do Psol. 

Ambas as legendas, no plano nacional, tanto o Solidariedade quanto o Psol estão na aliança que pretende recuperar a cadeira do Palácio do Planalto para Luiz Inácio Lula da Silva. Entre os dias 20 e 21 Lula deverá estar no Estado, em compromissos formais assumidos com o candidato do PSB, Danilo Cabral, quando deverá visitar as cidades de Serra Talhada, Garanhuns e Recife. Este será o primeiro grande "teste" de palanque do candidato. 

Como a campanha de Marília criou uma espécie de "Lulômetro", a grande questão é saber como o tal termômetro político irá se comportar durante esses dias. Resta saber o que a equipe de Marília Arraes estaria "aprontando" para não perder sua liderança nesse instrumento, dando um jeitinho de acompanhar a visita do ex-presidente Lula ao Estado. Lideranças políticas que acompanham a candidata, inclusive - como é o caso do seu vice, Sebastião Oliveira - possuem base política na cidade de Serra Talhada, a primeira a ser visitada por Lula.    

Editorial: No Ceará, enquanto PDT e PT não chegam a um acordo, Capitão Wagner segue na frente


O Ceará é um desses Estados onde o União Brasil faz uma grande aposta para chegar ao Governo. Enquanto PDT e PT não chegam a um acordo, o União Brasil joga suas fichas na candidatura do Deputado Federal Capitão Wagner(UB-CE), que lidera a corrida pelo Palácio da Abolição, em todas as pesquisas de intenção de voto realizadas até este momento. Com uma plataforma que atrai o eleitorado bolsonarista - num passado recente apoio mobilizações de policiais militares - Capitão Wagner cresce, igualmente, no impasse existente entre o PDT e PT no que concerne à definição de um nome para a disputa. 

Enquanto o PT é simpático ao nome da atual governadora, Izolda Cela(PDT-CE), o PDT prefere o nome do ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio(PDT-CE), ligado aos Ferreira Gomes. Em princípio, pelos dados da última pesquisa de intenção de voto realizada pelo Instituto Paraná Pesquisas naquele Estado e divulgada no dia de hoje, Roberto Cláudio aparece mais competitivo num confronto direto com o Capitão Wagner, mas há de se considerar a boa avaliação da população sobre a gestão da governadora Izolda Cela, que pode se refletir nas urnas. 

Como se desenha pelo cenário, o Ceará é mais um desses Estados nordestinos onde o candidato Luiz Inácio Lula da Silva(PT) terá problemas de palanques. Aqui em Pernambuco, segundo comenta-se, Lula teria mantido um diálogo com dirigentes socialistas informando que não respeitará a exclusividade de palanque, ou seja, irá prestigiar os três candidatos ao Palácio do Campo das Princesas que o apóiam: Danilo Cabral, do PSB, Marília Arraes, do Solidariedade,e João Arnaldo, do PSOL, que já esteve com Marília, na condição de vice-candidato a prefeito do Recife nas últimas eleições. A encrenca é grande. 

A pesquisa do Instituto Paraná Pesquisas divulgada hoje, 16\07 sobre a corrida eleitoral no Ceará, ouviu 1.540 eleitores, entre os dias 11 e 15 de julho, com margem de erro de 2,6 para mais ou para menos, e está registrada no TSE-CE - 05080\2022.  

sexta-feira, 15 de julho de 2022

Editorial: A conclusão do inquérito sobre o assassinato de Marcelo Arruda.


Estamos tratando aqui da conclusão do inquérito, conduzido pela Polícia Civil do Estado do Paraná, sobre o assassinato do militante petista, Marcelo Arruda, durante o momento em que este comemorava o seu aniversáio de 50 anos de idade. O crime foi cometido pelo Policial Penal Federal Jorge José Garanhos, um bolsonarista convicto, que chegou ao local gritando palavras de ordem e acabou se desentendendo com a vítima. Voltou à sua residência para deixar os familiares e retornou à festa para tomar satisfação com Marcelo, dando-se, então, a tragédia. "Tomar satisfações" aqui é eufemismo, pois ele já desce do carro com arma em punho, desconsiderando as adverstências da mulher de Marcelo, uma policial civil.  

Mesmo ferido, Marcelo Arruda, que também era guarda municipal, sacou sua arma funcional e atirou diversas vezes contra o agressor, que acabou ferido em estado grave. Neste clima político nada amistoso que estamos vivendo, o crime tornou-se um cabo de guerra entre petistas e bolsonaristas. Dirigentes petistas chegaram a pedir a federalização do crime, o que foi negado pela Justiça, determinando que as investigações ficassem mesmo circunscrita à Polícia Civil do Estado do Paraná. A Presidente Nacional do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, chegou a ir ao velório de Marcelo Arruda e voltou a criticar as conclusões do inquérito, reforçando a tese de sua federalização.  

O presidente Jair Bolsonaro emprestou condolências à família e teria tentado um diálogo com os irmãos da vítima, simpáticos ao bolsonarismo, segundo afirmam, incomodado com o fato de a oposição estar explorando politicamente o episódio. A esposa de Marcelo, Pâmela Silva, alegou tratar-se de uma incongruência esta tentativa de diálogo do presidente Jair Bolsonaro. Na realidade, ficou tudo muito confuso e mal conduzido, ampliando ainda mais - ao invés de minimizar - o fosso político que separa petistas e bolsonaristas.

Agora vem a conclusão do inquérito sobre o caso, conduzido pelo Polícia Civil do Estado do Paraná, argumentando tratar-se de um crime sem conotação política, ou seja, Jorge Garanhos não teria matado Marcelo Arruda por ele ser petista, mas por um motivo torpe. Possivelmente, teremos muitas controvérsias em torno do assunto, uma vez que a própria família de Marcelo Arruda parece não ter ficado satisfeita com a conclusão do inquérito da Polícia Civil do Estado.  

Editorial: Saiu uma nova pesquisa sobre a disputa na Bahia.

  Crédito da foto: Valter Pontes, União Brasil. 

Como alguns leitores mais atentos devem ter observado, este editor tem um interesse particular sobre a disputa política na Bahia. Consideramos interessante  o pdrão de escolhas do eleitor daquele Estado, que, a cada pesquisa de intenção de voto, emite indicadores de que pretendem eleger ACM Neto para o Palácio de Ondina e, de forma curiosa, eleger Lula mais uma vez para o Palácio do Planalto. Trata-se de um arranjo inusitado, o que suscita o interesse deste editor. Os escores entre ambos, inclusive, guardam uma estreita similaridade. Hoje, dia 15\07, o Instituto Quaest\Genial divulga mais uma pesquisa naquela praça, desta vez apontando uma ligeira recuperação do candidato do PT, Jerônimo Rodrigues, mas ainda muito distante da liderança folgada do neto de Antonio Carlos Magalhães. 

João Roma, o candidato apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro, também ainda não conseguiu convencer o eleitorado sobre ser uma boa opção para assumir o Palácio de Ondina. Jerônimo Rodrigues, do PT, praticamente dobrou as suas intenções de voto, passando de 06% para 11%, de acordo com os números das pesquisas realizadas pelo próprio Instituto. Ele, no entanto, tem um grande problema a superar, ou seja, tornar-se conhecido do eleitorado do Estado. 74% dos baianos declaram que não o conhece. O lado bom - mas que ainda não surtiu os efeitos desejados - é que as pesquisas indicam que, quando o seu nome é associado ao do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva(PT), ele se torna bastante competitivo. Chegaria a cravar 38% das intenções de voto, deixando o jogo bastante equilibrado. 

É nesta bala de prata que o Partido dos Trabalhadores aposta, mobilizando seus atores políticos no Estado para esta empreitada, de preferência, carregando Lula a tiracolo. Rui Costa, o atual governador, tem uma avaliação razoável dos baianos e existe, também, o concurso do ex-governador Jaques Wagner, com muita espertise, pois governou o Estado por dois mandatos e conhece todos os rincões regionais. Vamos aos números: 

ACM Neto(UB-BA)              61%

Jerônimo Rodrigues(PT-BA)    11%

João Roma (PL-BA)            6%


TSE:BA - 05185\22. A pesquisa ouviu 1.140 pessoas, foi realizada entre os dias 09 e 12 de julho. Margem de erro: 2,9 para mais ou para menos.     

Editorial: Como fica a PEC da Bondade depois do dia 31 de dezembro?



No dia de hoje, 15\07, os  telejornais mostraram cenas preocupantes de milhares de pessoas, em todo o Brasil, em filas quilométricas para se habilitarem a receber o Auxílio Brasil, depois de se cadastrarem no Cadastro único. Algumas dessas pessoas dormiram na fila, de forma completamente improvisada, em condições desumanas. Ouvido por um desses jornais, o economista da Fundação Getúlio Vargas, Marcelo Neri, observou, baseado em um levantamento da própria Instituição, que, na série histórica de pesquisas dos últimos dez anos, o ano de 2021 marcou um recorde: nunca a população brasileira empobreceu tanto. 

A observação de Neri é uma alerta sobre o que virá no dia sequinte ao dia 31 de dezembro, quando se encerra esse pacote de bandades da PEC Kamikaze, concebida não para enfrentar, de fato, os problemas sociais do país, mas para cacificar eleitoralmemte o Governo. De cara, existe o problema de tal PEC ter furado o teto dos gastos, gerando um grande problema para as contas públicas do país, seja lá quem assumir o Executivo Federal a partir de janeiro de 2023. Depois, vem um drama ainda maior:  o que fazer com os beneficiários do programa  a partir de então? 

Segundo este editor foi informado, a assessoria de candidatos como Luiz Inácio Lula da Silva(PT), que lidera, até este momento, todas as pesquisas de intenção de voto, já estariam debruçados sobre a resolução dessa equação, pois os beneficiários do programa não poderiam ser deixados à mingua depois da refrega eleitoral. Tudo indica que o Governo irá colher os resultados concretos desse pacote de bondades durante as próximas eleições presidenciais, a julgar pelas pesquisas de intenção de voto divulgadas logo após o anúncio das medidas. Sua assessoria política mira os pobres, as mulheres e os nordestinos, eleitorado ainda refratário aos seus apelos.   

quinta-feira, 14 de julho de 2022

O xadrez político das eleições estaduais de 2022 em Pernambuco: Como vai estar o "Lulômetro" nos dias 20 e 21?



A estratégia da equipe de marqueteiros da candidata Marília Arraes(Solidariedade) de colar sua imagem a do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva(PT) vem dando muito certo. Nem mesmo nos encontros - como este último de Brasília - onde o candidato formal da aliança PT-PSB, Danilo  Cabral, está presente, ele consegue roubar a cena e arrancar aquele entusiasmo do morubixaba petista. Agora, pelas redes sociais, existe um tal de "Lulômetro" um indicador que sinaliza o grau de intimidade do candidato no que concerne à sua aproximação com Lula. 

Marília, como era de se esperar, lidera o ranking, seguida do candidato formal da aliança, mas, mesmo assim, bastante distante da candidata. Na outra extremidade, naturalmente, o candidato do PL, Anderson Ferreira, apoaido pelo presidente Jair Bolsonaro(PL). Há uma grande expectativa sobre como irá se comportar esse termômetro político entre os dias 20 e 21 deste mês, quando o candidato do PT estará visitando o Estado de Pernambuco, em compromissos formais assumidos com o candidato o PSB, Danilo Cabral. 

Como informamos antes, Lula deverá começar o seu périplo pela cidade de Serra Talhada, no Sertão do Pajeú, depois visita Garanhuns, no Agreste Meridional, onde curte o friozinho local e o FIG, e, finalmente, realiza uma grande concentração em Recife. Nesses dias, em tese, o candidato do PSB deve subir a temperatura do "Lulômetro", uma vez que Lula, a rigor, deve cumprir seus compromissos formais assumidos com a aliança, evitando embaraços com seus apoiadores. Resta saber como a equipe de Marília Arraes está se preparando para este dia. Veremos!    

Editorial: Embarcando em três canoas, qual a real estratégia de Gilberto Kassab?



O jornalista João Pedroso de Campos, da redação da revista Veja, chama a nossa atenção sobre um tema interessante, ou seja, qual a real estratégia de um dos atores mais hábeis da atual conjuntura política brasileira, o ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, Presidente Nacional do PSD. Como se sabe, Kassab, depois de ver supultada todas as suas tentativas de viabilizar um nome para concorrer às eleições presidenciais deste ano, acabou tendo como única alternativa - ou seria jogada? - a articulação de alianças localizadas com os principais concorrentes ao Palácio do Planalto. 

Jair Bolsonaro(PL), em São Paulo, Luiz Inácio Lula da Silva(PT) em Minas Gerais, e Ciro Gomes(PDT) no Rio de Janeiro. Há quem advogue, que a opção dele em vincular-se ao bolsonarismo em São Paulo não teria sido uma boa jogada. No mínimo, incoerente e divergente do padrão de alianças celebradas em outras praças, o que poderia significar um lance equivocado no jogo político. Por outro lado, existe sempre aquele ditado que recomenda nunca colocar todos os ovos numa única cesta. 

Importante entender, no entanto, como observa João Pedroso, que o objetivo principal daquela raposa política seria o de ampliar, o quanto possível, sua bandada de representantes no Legislativo, se cacificando para as futuras negociações de apoios no parlamento, seja lá quem for o inquilino do Palácio do Planalto. Ainda existe - como pano de fundo que, neste caso não é cueca - a questão do fundo partidário, que é calculado com base nas bancadas.

Esta, aliás, tem sido a mesma estratégia do Centrão, comandado pelo Presidente da Câmara Federal, Arthur Lyra, e o Ministro-Chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira. O importante é ampliar a base de representantes, contingenciando o futuro governante a aceitar suas exigências em troca dos apoios. Tais exigências, como se sabe, tem um alto custo.   

Editorial: Extremismo? Onde?


Outro dia li uma matéria onde o articulista mostrava, com números, o crescimento dos partidos mais à esquerda do espectro político, como o Partido da Causa Operária, o  Partido Comunista Brasileiro, o PSTU, PSOL. Se, por um acaso, esqueci algum deles, peço perdão aos leitores. Em princípio tratados como de Extrema-Esquerda, na realidade, no Brasil, esses são os verdadeiros partidos de esquerda, uma vez que os demais, que se identificam com tal ideário, já se descaracterizaram ao longo do tempo, como o PCdoB, PSB, o PDT, O PT. Estes últimos passaram por um processo de decomposição ideológica que o aproximaram do centro e, até de um flerte com a direita mais comedida.

Os números ainda são modestos, mas já demonstram que o eleitorado está menos preconceituoso e mais simpático a esses grêmios partidários. Se não se cuidarem, logo logo eles caem dentro da "bacia semântica" da institucionalização. Até recentemente, o PCO foi punido pelo STF por eventual pregação antidemocrática. O PSTU teve sua origem numa ala do PT - a Convergência Socialista - que chegou a ser expulsa do partido por não mais convergir para a luta institucional que passou a ser adotada pelo partido. 

Faz sentido, por exemplo, uma fala do ex-governador Jaques Wagner, do PT baiano, ao afirmar que, se Lula for eleito, não fará um governo do PT. Aliás, para ser mais preciso, um governo genuinamente do PT nunca foi feito no país. Basta observar as inúmeras reformas abortadas durante os Governos da Coalizão Petista, a despeito dos avanços conquistado no campo social e do reconhecimento dos direitos de minorias. A contingência de se aproximar cada vez mais do centro para viabilizar-se eleitoralmente é um outro indicativo.  

Essas considerações vem a propósito de um debate, motivado pela morte do militante petista Marcelo Arruda, sobre extremismo. Longe de o PT representar esse extremismo. Agora, por outro lado, sim, há indícios claros de grupos que estão se formando no país que flertam com  o ideário da ultra-direita de orientação fascista. Eles nunca cresceram tanto no país, possivelmente na esteira dessa "onda" de direita a que fomos submetidos em escala global.     

Editorial: Quem mais beneficiou-se, em São Paulo, com a saída de Márcio França?


Havia uma grande expectativa em torno de qual candidato mais se beneficiaria com a saída do ex-governador Márcio França(PSB-SP) da disputa em São Paulo. Fernando Haddad, do PT? Tarcísio de Freitas(Republicanos)? Rodrigo Garcia, do PSDB? Pela última pesquisa realizada pelo Instituto Real Big Data, o maior beneficiário é o atual governador do Estado, o tucano Rodrigo Garcia, que pulou de 7% para 16% naquela praça, de acordo com levantamento realizado pelo Instituto. 

Comendo o mingau quente pelas beiradas, aos poucos e de forma regular, o tucano vem recuperando o histórico desempenho do partido em São Paulo, o que pode significar uma grande encrenca para seus adversários na disputa, inclusive o petista Fernando Haddad, que ostenta a maior rejeição naquele colégio eleitoral. Bolsonaro também já teve dias melhores ali, o que poderia signifcar uma eventual transferência de votos para o seu pupilo, mas, as últimas pesquisas informam que o seu prestígio não é mais o mesmo. 

Quem está em lua de mel com o eleitorado, neste momento, é mesmo o candidato tucano, que ainda pode capitalizar uma menor rejeição entre os concorrentes e uma razoável aprovação de gestão, em torno de 43%, o que assegura uma possibilidade concreta de competitividade na disputa. Uma aprovação acima de 40%, de acordo com o cientista político pernambucano Antonio Lavareda, permite ao governante, aliado a outros fatores, naturalmente, a possibilidade concreta de renovação do contrato de gestor da máquina. 

Em meio a tantos rebuliços no ninho tucano, os analistas chegaram a negligenciar o seu real potencial de votos naquela praça, onde eles mantiveram o ninho emplumado por mais de três décadas. Como disse antes, o PT dependerá muito da espertise de um ex-tucano, o ex-governador Geraldo Alckimin(PSB). Como está previsto, Fernando Haddad será vítima de uma artilharia pesada e precisará de muita resiliência para resistir aos ataques.  

O xadrez político das eleições estaduais de 2022 em Pernambuco: O controverso - e afetuoso - encontro entre Marília e Lula em Brasilia



Ao longo de sua vida pública, a neta do ex-governador Miguel Arraes, Marília Arraes(Solidariedade), demonstra uma grande capacidade de resiliência. Não foram poucos os petardos desferidos contra a Deputada Federal, numa província onde a difamação e a mentira para atingir os desafetos tornou-se uma arma política utilizada largamente, ao ponto de fazer inveja aos chamados gabinetes do ódio. Neste último encontro do PT, em Brasília, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu os apoiadores de sua campanha para recuperar o assento no Palácio do Planalto.

Diferentemente do que está sendo veiculado por alguns canais maldosos, de Pernambuco, foram convidadas as duas candidaturas que, de alguma forma, estão vinculadas ao projeto de reeleção de Lula, ou seja, pela ordem, formalmente, Danilo Cabral, do PSB, e Marília Arraes, pelo Solidariedade. Os opositores estão tentando disseminar pelas redes sociais que Marília teria ido de penetra, o que não se constitue a verdade dos fatos. 

Marilia não apenas foi convidada, como foi recebida com manifestação de maior apreço do que o candidato oficial da aliança PT-PSB, Danilo Cabral, conforme fica evidente quando se estabelece um contraponto entre as duas fotografias. Lula chega a beijar a mão de Marília Arraes, num gesto menos formal do que o dispensado ao candidato Danilo Cabral. Aliás, Não apenas Lula, mas também o seu candidato a vice, Geraldo Alckmin, se derramou em cortesia com a candidata. 

Na próxima semana, Lula deverá aterrissar aqui na província para cumprir uma série de compromissos com o candidato Danilo Cabral, conforme acordo com o PSB. Começa o périplo por Serra Talhada, terra do cangaceiro Lampião, e segue para o Festival de Inverno de Garanhuns, encerrando com um grande encontro no Recife. Ele já teria manifestado o interesse de se deslocar até a cidade vizinha de Caetés, onde pretende visitar uma réplica de uma casa de sua mãe, construída pelos simpatizantes do PT.      

quarta-feira, 13 de julho de 2022

Editorial: Nova pesquisa de intenção de voto para o Governo da Paraíba.



Este editor costuma acompanhar, com regularidade, o que ocorre no cenário político do Estado da Paraíba. Esta motivação está relacionada aos tempos que passamos por ali, onde são frequentes os debates sobre o assunto, mesmo em períodos não eleitorais. Já comentamos isso por aqui - mas não custa repetir - não deixa de ser curioso como os paraibanos construíram esse hábito de acompanhar programas de debates políticos junto à população. Não sei se tais programas possuem grandes audiências, mas não deixa de ser interessante essa constatação.

Por isso, sempre que estamos numa eleição - e até longe delas - voltamos nossos olhos para o que ocorre no Estado vizinho, terra dos meninos de engenho José Lins do Rego e Augusto dos Anjos. Uma pena que as pesquisas de intenção de voto sejam tão escassas naquela praça. Salvo melhor juízo, essa que discutimos agora é a segunda pesquisa a tratar da corrida ao Palácio da Redenção. Não apresenta muitas novidades em relação à primeira pesquisa, ou seja, embora com escores diferentes, tal fato não mudou a posição dos competidores na disputa, sobretudo se considerarmos a margem de erro do Instituto Opus Pesquisa, de 3,2 pontos percentuais para mais ou para menos. 

As visitas de Lula àquele Estado são escassas, mas o presidente Jair Bolsonaro(PL), até recentemente, visitou a capital, João Pessoa, para a entrega das chaves de um conjunto habitacional à população, e foi até os festejos juninos da cidade de Campina Grande, localizada na Serra da Borborema, que se orgulha de realizar o maior forró do mundo. Em tais ocasiões, fez questão de prestigiar o candidato do PL ao Governo do Estado, o jornalista Nilvan Ferreira(PL-PB), um fiel escudeiro do bolsonarismo no Estado.

A situação do candidato do PSB naquela praça é mais confortável, pois lidera a corrida ao Palácio Redenção, seguindo pelo representante da família Cunha Lima, Pedro Cunha Lima, muito em razão do capital político acumulado pela oligarquia familiar, com atuação de décadas no Estado. Logo em seguida, aparece o representante do bolsonarismo, Nilvan Ferreira, mas ainda distante de configurar uma eventual polarização com o candidato socialista, João Azevedo. Lula também teria problemas de composição de palanque naquele Estado, uma vez que o candidato Veneziano Vital, do MDB, tem como postulante ao Senado Federal na sua chapa o ex-governador Ricardo Coutinho(PT-PB), muito próximo a Lula. Eis os números: 

João Azevedo(PSB-PB)       26%

Pedro Cunha Lima(PSDB-PB)  18%

Nilvan Ferreira(PL-PB)     13%

Veneziano Vital(MDB-PB)    12%

TSE:PB: 08633\2022   

Editorial: Vamos às urnas, senhores candidatos.



A fala do candidato Luiz Inácio Lula da Silva(PT-SP), por ocasião do encontro de ontem, em Brasília, vai no sentido de que não aceitará as provocações dos adversários. Neste momento delicado, constitui-se numa fala comedida, bem ao estilo de quem deseja conduzir a campanha no sentido de construir alternativa para governar o país, o que se espera, a rigor, dos candidatos que pretendem ocupar a cadeira do Palácio do Planalto. Numa linguagem popular, dos nossos tempos de rua, signfica que não pretende "sair na tapa". 

A presidente do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, foi mais incisiva em suas colocações, acenando que talvez não seja mais possível um diálogo conciliador entre as partes. É como se o outro lado tivesse cruzado a linha. Um deslize de Lula neste sentido, no entanto, seria mais comprometedor. Sua ponderação é de bom alvitre para as nossas instituições democráticas, que empreendem um esforço enorme para transformar em um ato normal as eleições presidenciais de 2022. 

Vamos às urnas, senhores candidatos! discurtir alternativas para o país, combater a miséria de sua população, melhorar os níveis educacionais do país, parar de destruir o meio ambiente. São essas questões que o eleitorado precisa discutir para fazer suas escolhas de forma consciente. Violências dessa natureza, como esta que vitimou o líder petista Marcelo Arruda, conforme enfatiozu o Ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, é um acinte às nossas instituições democráticas. 

Corrói o nosso tecido democrático,que nunca foi, assim, tão resistente. Esa peleja deverá ser definida nas urnas, com o voto soberano do eleitor e arbitrada pela Justiça Eleitoral. É assim que funciona num regime democrático e é assim que tem que ser. Lamentavelmente, alguns atores políticos parecem não ter compromisso com tais princípios, contribuindo para fragilizar, ainda mais, a nossa experiência democrática.  

terça-feira, 12 de julho de 2022

Editorial: Sérgio Moro será candidato ao Senado pelo Paraná



Como já enfatizei em algumas ocasiões, ao longo de sua trajetória, o Ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, cometeu alguns erros de avaliação. Como juiz federal, sua grande aspiração era tornar-se membro da Suprema Corte, projeto que acabou não se viabilizando por razões conhecidas. Tentou viabilizar sua candidatura à Presidência da República - episódio marcado por muitas idas e vindas - que acabou também não dando certo. No final, tentaria a sorte pelo Estado de São Paulo, mas teve problemas com o domicílio eleitoral. 

Agora, ele anuncia que será candidato ao Senado Federal pelo Paraná, Estado onde ele construiu sua carreira como juiz da Lava-Jato, e que o projetou nacionalmente. O grande problema agora é encontrar um partido pelo qual ele possa candidatar-se. Álvaro Dias, que chegou a ser um dos grandes entusiastas de sua candidatura à Presidência da República, está mais próximo de fechar um acordo com Ratinho Júnior(PSD), filho do apresentador Ratinho. Álvaro Dias, por sinal, lidera todas as pesquisas para o Senado Federal no Estado.

O ninho tucano poderia ser outra opção, mas o dirigente da legenda no Estado, Beto Richa(PSDB-PR), foi uma das vítimas da Operação Lava-Jato e, certamente, poderá criar alguns empecilhos para aceitá-lo na legenda. Sérgio Moro parece muito entusiasmado com a ideia da candidatura, apostando numa eventual convergência de propósito com o eleitorado paraense. Vamos ver se, desta vez, ele não estaria cometendo mais um erro de avaliação.  

O xadrez político das eleições estaduais de 2022 em Pernambuco: Agora é oficial: Priscila será a vice de Raquel Lyra.


Ontem, num megaevento que contou com a presença de várias lideranças políticas locais, a Deputada Estadual, Priscila Krause, do União Brasil, foi oficializada como vice na chapa da ex-prefeita da cidade de Caruaru, Raquel Lyra, do PSDB, que concorre ao Governo do Estado nas eleições de outubro. Havia uma estreita relação entre ambas, mas a especulação sobre uma vice sempre foi mantida em stand by. Até ontem, como indica o andar da carruagem política. Priscila tem se notabilizado por uma atuação exemplar como parlamentar, acompanhando de forma sistemática o emprego dos recursos públicos pelo Executivo estadual e municipal. 

Nesta empreitada, tem conseguido evitar que somas expressivas de recursos do erário sejam desviados para outras finalidades. Agora mesmo, uma licitação em envolvia milhões de reais da Prefeitura da Cidade do Recife, destinada à aquisição de lonas plásticas, foi suspensa depois que a deputada divulgou, pela imprensa e pelas redes sociais, que a empresa que seria beneficiada com a transação não gozava de boa reputação em suas negociações com entes públicos. 

Política de perfil emenentemente urbano, ela possui a condição de vice que pode agregar bastante à chapa, em razão de sua densidade eleitoral no Recife e Região Metropolitana e o reconhecido trabalho como parlamentar. Além, claro, de ser mulher, uma condição, hoje, tão valorizada pelo eleitorado. As mulheres, segundo dados da Justiça Eleitoral, são maioria entre o eleitorado e podem decidir as próximas eleições, daí a preocupação em colocá-las como protagonistas do processo. A chapa do candidato da situação, por exemplo, que já tem uma mulher concorrendo ao Senado Federal, devará ganhar o concurso de uma outra mulher, compondo a vice, Luciana Santos, do PCdoB.    

Editorial: Lula vem ao Estado antes do fim do Festival de Inverno de Garanhuns



Posso imaginar a pressão que Lula vem sofrendo, por parte dos socialistas, para estar aqui no Estado o mais imediatamente possível, com o propósito de alavancar a candidatura do Deputado Federal Danilo Cabral ao Governo do Estado nas eleições de 2022. Como já afirmamos em outros momentos, trata-sde de uma aposta de efeitos duvidosos, pois nada garante que o morubixaba petista consiga, efetivamente, transferir votos para o socialista. 

Na realidade, a candidatura de Danilo Cabral, até este momento, não decolou nas pesquisas de intenção de voto. Na última delas, divulgada no dia de ontem, realizado pelo Instituto Paraná Pesquisas, ele pontua com 7% das intenções de voto, permanecendo na última colocação da fila daqueles que concorrem ao Palácio do Campo das Princesas. Danilo enfrenta, na realidade, além de uma concorrência competitiva do outro lado, uma série de problemas internos, como a avaliação ruim do Governo, somada aos indicadores sociais sofríveis do Estado, que alcançaram repercussão nacional. 

Localizada no Agreste Meridional, Garanhuns é uma cidade conhecida como a Suíça Pernambucana, pelo friozinho que costuma fazer no período de inverno. Num passado recente, era a estância de inverno da elite pernambucana, que para ali se deslocava em tal período. Com o pool de Gravatá, bem mais perto, Garanhuns foi perdendo esta condição, embora continue atrativa neste período específico, sobretudo em razão das atrações culturais que se apresentam na cidade durante o festival. 

Se tudo der certo, pelo que está sendo ventilado pelo crônica política, Lula deve chegar entre os dias 19 e 20, em pleno Festival de Inverno da Cidade. Deverá aproveitar a oportunidade para visitar os parentes na cidade vizinha de Caetés - que no passado foi um distrito de Garanhuns - onde os simpatizantes locais construíram uma réplica da residência onde ele morou com a família no passado.Como disse no artigo de ontem, Lula tornou-se a bala de prata de Danilo Cabral, a menos de três meses das eleições. Uma aposta arriscada.     

Charge! Benett via Folha de São Paulo

 


Editorial: Um pacto de civilidade política para as próximas eleições presidenciais



O ideal seria que os atores políticos relevantes baixassem as armas em torno deste assunto, mesmo diante de sua gravidade. Mas, pelo andar da carruagem política, infelizmente, estamos naquele impasse onde os dois querem briga. A Presidente Nacional do PT, Gleisi Hoffmann, informou que, diante dos fatos ocorridos em Foz do Iguaçu, as possibilidades de diálogo no sentido de construir um consenso de civilidade política para a condução das próximas eleições presidenciais estão irremediavelmente comprometidos.

O presidente Jair Bolsonaro, por sua vez, numa declaração infeliz, informa que a prática da violência política é algo inerente à esquerda. Várias atores políticos e algumas autoridades públicas - a exemplo do Ministro da Justiça - se pronunciaram em torno do assunto do assassinato de Marcelo Arruda, Guarda Municipal e militante petista em Foz do Iguaçu, todos condenando veementemente aquele ato, rogando que tenhamos civilidade política e o equilíbrio necessário no que concerne ao ambiente de condução das próximas eleições presidenciais. 

Atos dessa natureza depõe contra as nossas instituições democráticas, ou, para ser mais preciso, eles já estão refletindo o desgate a que tais instituições estão sendo submetidas há algum tempo. Sempre que reflito sobre as nossa experiência democrática, sou contingenciado a referir-me a uma conclusão do filósofo francês, Claude Lefort, que afirmava que uma democracia que não se amplia tende a morrer de inanição. Nossa democracia sempre esteve "sob medida" ou "tutelada' contingenciada por alguns expedientes, o que explica, até hoje, suas profundas fragilidades. A Justiça de Transição, por exemplo, que consegue avanços significativos na Argentina - punindo com rigor violadores dos direitos humanos - aqui não passa de uma utopia. 

No momento, por exemplo, teme-se que ela talvez não suporte os impulsos autoritários que a estão ameaçando nas próximas eleições presidenciais. Quando um não quer dois nao brigam, já diziam nossos avós. Quando os dois querem brigar, ninguém segura. É torcer pelos apartadores, neste caso, representados por nossas instituições do Poder Judiciário ligadas diretamente às eleições de outubro, como o Tribunal Superior Eleitoral. Como se sabe, depois de décadas conduzindo as eleições dentro da mais rígida transparência e lisura, a Justiça Eleitoral passou a ser questionada por alguns atores políticos.    

segunda-feira, 11 de julho de 2022

Editorial: A repercussão de um crime bárbaro



Ainda repercute no país a morte trágica do guarda municipal e militante petista, Marcelo Arruda, vítima de um crime bárbaro enquanto comemorava o seu aniversáro de 50 anos. Todos os indícios colhidos até este momento apontam para um crime de ódio político, ou seja, o executor, bolsonarista raiz, teria se incomodado com as alusões, na festa de Marcelo Arruda, à figura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao PT. Segundo consta, Marcelo seria tesoureiro do PT e já teria até se candidatado a vice-prefeito da cidade de Foz do Iguaçu, no Paraná. 

Ainda existem algumas controvérsias em torno do caso, sugerindo-se a possibilidade da existência de alguma outra motivação, mas, de concreto, o que ocorreu é que alguém ensandecido invadiu uma festa de aniversário e saiu atirando contra um dos presentes, em fúria, sob palavras de ordem contra o PT e contra Lula, na mesma proporção em que gritava palavras de ordem em favor do presidente Jair Bolsonaro. Segundo as últimas informações, a delegada antes designada pela Polícia Civil do Estado para acompanhar as investigações foi afastada do caso, sem que se saiba, ainda, qual a justificativa.  

Os principais candidatos que concorrem às eleições presidenciais de 2022 - como é o caso de Ciro Gomes, Simone Tebet, Lula, André Janones - deixaram suas mensagens de repúdio aos fatos ocorridos e em solidariedade à familia de Marcelo Arruda. Foram muito felizes em suas palavras, ao condenarem ações dessa natureza, que contradiz com o princípio básico da tolerância, respeito ao próximo e da convivência pacífica e ordeira com pessoas que pensam diferente. Infelizmente, a despeito das orientações do seu staff político, o presidente Jair Bolsonaro foi feliz até certo ponto do seu pronunciamento. Logo em seguida, talvez no afã de não se indispor com seus seguidores, sugeriu que, quem é capaz de atitudes desse porte se afaste de sua base e vincule-se à esquerda, que possui um histórico de violência.

P.S.: Contexto Político: Sugere-se, pelas redes sociais, que a delegada designada para as investigações poderia ter relações de identificação com o bolsonarismo.       

O xadrez político das eleições estaduais de 2022 em Pernambuco: Em nova pesquisa, Marília Arraes mantém vantagem sobre os adversários.

 



Hoje, segunda-feira, 11\07, o Instituto Paraná Pesquisas divulgou mais uma pesquisa de intenção de voto sobre a corrida pelo Governo do Estado em Pernambuco. As pesquisas de intenção de voto em Pernambuco têm sido marcadas, como afirmamos antes, por uma certa regularidade nos índices dos candidatos que concorrem ao Palácio do Campo das Princesas. Marília Arraes, por exemplo, que lidera todas as pesquisas realizadas até este momento, varia de 29% para 30,7%, desde a última pesquisa divulgada, a rigor, ainda dentro da margem de erro dos institutos. A margem de erro do Paraná Pesquisas, por exemplo, é de 2,6% pontos percentuais para mais ou para menos. 

Na realidade, a despeito da vantagem de Marília na corrida, o meio de campo ainda está muito embolado, com os demais candidatos todos situados em empate técnico, exceto o candidato da situação Danilo Cabral, do PSB, que aparece em última colocacão, pontuando com 7,5%. A situação de Danilo Cabral nesta disputa é bastante adversa, pelos motivos já expostos por aqui, não sendo necessário voltarmos a tratar deste assunto. A bala de prata seria Lula, sua última cartada para tentar reverter tal situação, mas, a rigor, trata-se uma aposta que implica em algum risco. 

Lula pode não conseguir a proeza de transferir seu prestígio no Estado para o candidato do PSB, sobretudo num contexto em que a candidata do Solidariedade, Marília Arraes, fortalece, cotidianamente, sua imagem junto a de Lula, seja programaticamente, seja nas peças publicitárias muito bem elaboradas por seus marqueteiros. Soma-se a isso a ascendência que ela tem sobre Lula, construída nos longos e velhos tempos da militância petista. Missão difícil a do candidato socialista.

A crônica política local enfatiza que o candidato Danilo Cabral(PSB-PE), sempre que possível, tenta se descolar da gestão do governador Paulo Câmara(PSB-PE), que ostenta altos índices de reprovoção de sua administração. Eis aqui uma outra tarefa hercúlea para o candidato situacionista, uma vez que seus adversários na disputa o associam sistematicamente à gestão do governador Paulo Câmara. Eis os números: 

Marília Arraes (SD-PE)     30,7%

Raquel Lyra (PSDB-PE)      15,6%

Anderson Ferreira (PL-PE)  13,0%

Miguel Coelho (UB-PE)      12,5%

Danilo Cabral (PSB-PE)      7,5%

TSE-PE: 01527\2022


Charge! Via Folha de São Paulo

 


domingo, 10 de julho de 2022

Editorial: Tempos sombrios de intolerância política.



A cada dia novos fatos deixam mais evidentes os problemas de intolerância política que poderamos enfrentar nas próximas eleições. Os ataques de merda em encontros da oposição - que estão se tornando uma rotina - é um desses fatos. Hoje, infelizmente, o Brasil registrou algo mais grave, na cidade de Foz do Iguaçu, no Estado do Paraná, quando um profissional do trâsito, ligado ao Partido dos Trabalhadores, por ocasião dos festejos de seu aniversário de 50 anos de idade, teve sua casa invadida por um militante, segundo dizem ligado ao bolsonarismo, que efetuou vários disparos, levando Marcelo Arruda a óbito. 

Antes de morrer, houve uma reação de Marcelo, que efetuou disparos, atingindo o agressor, que também teria ido a óbito. O agressor era membro da Polícia Penal Federal. A motivação do crime, pasmém os senhores, seriam os motivos com os quais o aniversariante havia enfeitado o ambiente, ou seja, as referências a Lula e ao Partido dos Trabalhadores. De tão absurdo, prefiro não acreditar nesta singela motivação, aguardando um pronuciamento oficial sobre o caso, mas, a rigor, já existe uma informação da autoridade policial que investiga o caso, dando conta de tratar-se de um crime de intolerância política. 

Aos poucos, e com linhas preocupantes, está se desenhando o cenário pavoroso que poderemos enfrentar daqui para a frente, com uma massa de partidários insuflados constantemente e de forma irresponsável contra os adversários políticos. Tempos sombrios de intolerância política, onde não se respeita aqueles que professam crenças ou ideologias políticas diferentes da nossa. Nem preciso dizer que o ovo da serpente já eclodio entre nós e que estamos vivenciando um quadro assustador, movido por uma patologia política.    

Editorial: Um momento de civilidade na disputa política.


A coluna Radar, assinada por Robson Bonin, no site da revista Veja, informa que alguns  emedebistas teriam ficados insatisfeitos com a cortesia, a elegância e a civilidade com que a candidata do partido, Simone Tebet(MDB-MS), teria tratado o candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, em encontro na cidade de Salvador, por ocasião das festividades do Dia da Independência dos baianos, ali comemorado no dia 02 de julho. Neste dia, como se sabe, 04 candidatos à Presidência da República estiveram pelas ruas de Salvador, festejando com o povo baiano. 

Num desses momentos, a candidata do MDB encontrou-se com Ciro Gomes, com quem trocou um afetuoso abraço, conforme recomenda as boas regras da civilidade política, atitudes que estão se tornando cada vez mais raras nesses tempos obscuros que o país está enfrentando. A pratica mais recente - que está se tornando rotineira - é atirar fezes sobre os adversários políticos, através de artefatos semelhantes à bombas caseiras. Se os leitores mais sensíveis nos permitem a digressão, tais fatos dá bem a dimensão da merda em que estamos metidos, com milhões de brasileiros e brasileiras atirados no limbo da miséria, passando fome, e as ameaças constantes às nossas instituições democráticas. 

Infelizmente, nossa democracia jovem democracia já se encontra seriamente ameaçada. Como disse antes, vamos torcer que ela possua a resiliência suficiente para resistir a esses achaques. A atitude da senadora Simone Tebet diz muito de sua personalidade e de sua compreensão da dimensão de sua atuação pública, marcada pelo republicanismo, pela lisura, pela sensibiidade social e pela urbanidade. Ela não vai muito bem nas pesquisas de intenção de voto, em função de variáveis que fogem ao seu controle, como o fato de ter entrado tarde no jogo, assim como as resistências do eleitorado em encampar uma alternativa de terceira via nas eleições presidenciais. Mas, a rigor, seria um bom nome a ser testado na condução do Executivo Federal.   

Charge! Jean Galvão via Folha de São Paulo

 


sábado, 9 de julho de 2022

Editorial: O antipetismo do eleitorado paulista foi quebrado?



Eis aqui uma questão que tem preocupado os analistas políticos. Diante do start da candidatura do professor Fernando Haddad(PT-SP), que lidera todas as pesquisas de intenção de voto realizadas até este momento - depois da desistência de Geraldo Alckmin - aliada ao aumento das taxas de rejeição do presidente Jair Bolsonaro(PL) naquela praça, grosso modo, poderia-se concluir que o antipetismo histórico do eleitorado paulista estaria em declínio? Temos sérias dúvidas sobre tais conclusões. 

Primeiro, porque as eleições, de fato, ainda não começaram para um número expressivo de eleitores. Segundo, porque depois de amargar um longo e tenebroso inverno em hibernação, o candidato dos tucanos, Rodrigo Garcia(PSDB-SP),começa a mostrar suas garras, recuperando-se sensivelmente nas últimas pesquisas de intenção de voto. Deve estar fechando uma aliança com o União Brasil, de Luciano Bivar, o que significa, entre outras coisas, recursos e tempo de televisão. 

Antes ignorado, hoje, os concorrentes já redefinem suas estratégias de campanha diante de sua reação. Um desses candidatos é o ex-ministro da Infraestrura do Governo de Jair Bolsonaro, Tarcísio de Freitas(progressistas), que recentemente recebeu o apoio formal do PSD de Gilberto Kassab. Como enfatizou o presidente do PSOl, Guilherme Boulos, em seu discurso, hoje, em Diadema, os tucanos mantém uma hegemonia política no Estado de quase três décadas. 

Volto a afirmar que, a princípio, esta arrancada bem-sucedida de Fernando Haddad pode não significar muita coisa quando a artilharia pesada começar. O que deverá, de fato, fazer uma diferença substantiva para a chapa petista é o concurso dos dois atores políticos Geraldo Alckmin e Márcio França, com trânsito fácil entre o eleitorado tucano. Embora aves desgarradas do ninho, eles reconhecem o canto do eleitor tucano. Neste sentido, o cabeça de chapa da coligação PSB\PT deveria ser mesmo o ex-governador Márcio França, menos vulnerável aos petardos - ou as bombas de merda que estão se tornando rotina - que serão atirados pelos adversários.