pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO.
Powered By Blogger

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Tijolinho do Jolugue: Será que Aécio vai levar a Veja para o debate de logo mais?


Está tudo pronto para o debate de logo mais, transmitido pela Rede Globo, entre os concorrentes à Presidência da República. Dilma Rousseff abre 08 pontos de diferença sobre Aécio Neves, liderando a corrida presidencial. IBOPE e Datafolha atestam esses números. A princípio, não se espera grandes surpresas nesse último debate. Salvo melhor juízo. A revista Veja saiu com uma matéria "bombástica", informando que o casal presidencial sabia das maracutaias que ocorriam na Petrobras. Até aqui, nenhuma novidade. Antes mesmo de ser eleita presidente, por exemplo, na condição de ministra, Dilma já fazia exigências sobre os escândalos de corrupção no Ministério dos Transportes, Trabalho e Minas e Energias. Não é mais novidade para ninguém que somos um país com alto índice de corrupção na máquina pública, algo que atinge o cidadão comum, que se utiliza da Lei de Gerson, até os altos escalões das estatais e da esplanada dos ministérios. Infelizmente. Vamos ainda levar algumas décadas para esse problema deixar de ser endêmico e tornar-se uma excepcionalidade, uma exceção à regra. O Brasil vem melhorando no ranking dos países mais corruptos, mais os avanços são lentos. O debate sobre o assunto não é sobre quem roubou mais, quem roubou menos, mas em torno do aperfeiçoamento do instrumentos do Estado no sentido de minimizar esse problema. Quem são os tucanos para falarem de corrupção? Como bem lembrou Dilma, até nesse caso mais recente da Petrobras eles estão envolvidos. Achacaram para esvaziar uma CPI. Achaque dos grandes. Algo em torno de 10 milhões de reais. Claro que a população e os eleitores ficam indignados com essas práticas na condução da coisa pública, mas são consciente de que os tucanos não as mudarão. A agressividade de Aécio também não funcionou. O eleitorado feminino não gostou nenhum pouco. Mesmo a repercussão da matéria (sic) pelos telejornais - com a possibilidade de Aécio levar um exemplar para alisar durante o debate - penso, já não surtirá grandes efeitos. Assim fala o bom-senso. O imponderável, no entanto, existe e, quem sabe em razão disso, a assessoria de Dilma resolveu antecipar-se aos possíveis estragos. Afinal, cautela e canja de galinha - principalmente a caipira - não fazem mal a ninguém. Uma das possibilidade da ocorrência de tantos erros nos levantamentos de intenção de voto seria, de acordo com Hubert, a incapacidade de os institutos acompanharem as mudanças de opinião dos eleitores. Será? Espero que não. A essa altura do campeonato, os votos de Dilma estão consolidados. A emissora do Plim Plim é que encontrou alguns desses eleitores indecisos e estará levando-os ao auditório para fazerem perguntas aos concorrentes durante o debate. Há quem suspeite de mais uma manobra.

Tijolinho do Jolugue: Paraíba: As voltas que a política dá.

Naqueles tempos...

Estivemos acompanhando o debate do segundo turno das eleições paraibanas, entre os candidatos Ricardo Coutinho (PSB) e Cássio Cunha Lima (PSDB). O debate foi transmitido pela TV Cabo Branco, afiliada da Rede Globo no Estado. Política possui alguns fatos curiosos. Ao abrir a caixa-preta da corrupção na Petrobras, descobre-se que os tucanos - então os mais ferrenhos críticos do PT - estão envolvidos até a medula nas denúncias. Cássio e Ricardo já foram aliados num passado recente. Ricardo se elegeu governador com o apoio de Cássio, então eleito senador pela mesma chapa. A lua de mel durou muito pouco. Logo começaram os estranhamentos, culminando com o afastamento dos apadrinhados de Cássio no Governo. A ruptura estava sacramentada. Como, a rigor, por algum período, os dois foram "governo", ao se indisporem, deixa transparecer alguns fatos curiosos. Por exemplo, na questão da "privatização" da CAGEPA ou dos investimentos do Governo do Estado em saneamento público. Ricardo lembrou que havia um deputado que tratava Cássio como governador "tatu" numa alusão ao fato de ele abrir tantos buracos pelo Estado. Cássio questionou os investimentos de Ricardo no setor e este lembrou que havia sido Cássio quem houvera indicado o seu Secretário de Recursos Hídricos, que não avançou em nada em termos de saneamento básico no Estado. Se, por um lado, Ricardo tem razão, por outro lado, era Governador do Estado. E não cobrou nada do seu auxiliar?

Tijolinho do Jolugue: As práticas sórdidas dos neo-socialistas tupiniquins.

De antemão informo que mantenho uma posição crítica em relação a vereadora do Recife, Marília Arraes. Mesmo quando ela abriu uma dissidência nas hostes neo-socialistas no Estado, nem assim, mudou nossa opinião a respeito dela. Naquele momento, nos pareceu uma decisão tomada em razão da ausência de espaço, e não movida por alguma outra convicção. Ressalve-se, entretanto, que, logo em seguida, ela teria feito duras afirmações sobre o que estaria ocorrendo com os novos socialistas do Estado, aqueles que construíram uma trajetória como satélites do espólio político do ex-governador Miguel Arraes. Arraes hoje, se muito, é apenas um retrato pendurado na parede. Mas, não é esse o assunto que gostaríamos de discutir no momento. Causou indignação aos pernambucanos - alguns, inclusive eu - o surgimento de alguns muros pichados com inscrições apócrifas e ofensivas à vereadora Marília Arraes. Possivelmente, muita gente passou a nos odiar quando afirmamos que a morte de um ex-governador do Estado teria sido "providencial". Depois que ele morreu, começou a se desatar uma rede intrincada de desvios de recursos públicos, algo que, certamente, precisa ser apurada com rigor pela Justiça Eleitoral e pelos órgãos de controle e fiscalização das finanças públicas. O rosário é extenso e preferimos não decliná-los. Outro eixo desse ardil montado por essa oligarquia política em ascensão é o controle da mídia e as práticas persecutórias contra os adversários que se insurgem contra esses desmandos ou, simplesmente, os descontentam com as suas opiniões. Ainda há o requinte de uma relação promiscuída com institutos de pesquisas de apaniguados e marqueteiros comprados a preço de ouro. Isso que estão fazendo com a vereadora é apenas a ponta do iceberg. A morte do ex-governador, longe de enfraquecer o grupo, parece que o fortaleceu, dando colorações de formação de uma monarquia tupiniquim no Estado, conforme antecipamos. Outro dia um jornal local informou que os menudos já estão sendo tratados como "príncipes" pelas redes sociais. São práticas fascistas, trabalhos sujos, executados pela raia servil e abjeta, de pouca instrução, manipuladas por esses senhores. "U PT MATO EDUARDO", por exemplo. Nossa solidariedade, vereadora, independentemente das divergências. O PT já teria acionado a Polícia Federal para investigar as pichações contra o partido. Faça o mesmo, vereadora. Aqui está tudo "dominado".

Tijolinho do Jolugue: Golpe midiático em curso.

Já comentamos isso em outra oportunidade, mas, em razão da capa da Veja desta semana não há como deixar de retomar o assunto. É o tipo de capa que parece que foi combinada antes com o pessoal da emissora do Plim Plim, que deve repercutir a matéria em seus telejornais, de preferência com algumas chamadas exclusivas, e algum "debate' na versão paga, a Globo News. Há algumas décadas atrás, o sonho de um jornalista em início de carreira era fazer um estágio entre as diversas publicações da editora que edita a revista. Não sei se o programa ainda é mantido, mas, certamente, a essa altura deve ter perdido todo o seu glamour. O mesmo raciocínio se aplica aos jornais pernambucanos, alguns deles hoje reduzidos a comitês da nova oligarquia que está em formação no Estado. Gostaríamos muito de saber onde essa rapaziada, de fato, está aprendendo a fazer jornalismo. A matéria da Veja (sic) trata, mais uma vez, dos problemas de corrupção na estatal Petrobras. Aparece uma capa com as fotos de Dilma e Lula e a manchete: "Eles já sabiam". É, talvez, a bala de prata da direita, com o intuito de favorecer a candidatura do tucano Aécio Neves. O arsenal já utilizado é grande. "Edições" programadas com o objetivo de favorecer candidatos identificados com o establishment; torpedos de bolinha de papel; sequestradores usando camisas do PT. Em todas as eleições presidenciais, o arsenal é usado, por vezes com algum êxito. O eleitorado já conhece esses ardis e, possivelmente, não permitirá que essas manobras escusas interfira na definição do seu voto. Que há corrupção na Petrobras não é segredo para ninguém. As denúncias de Paulo Roberto respingaram nas arapongas, nas pombas, nos tucanos. Não escapou ninguém. O eleitor tem mais é que ficar indignado com isso, mas os adversários de Dilma, sinceramente, têm PHDs em tecnologia de desvio de recursos públicos. Somente um grão tucano de bico emplumado, aqui do Estado, achacou a estatal em 10 milhões de reais para esvaziar uma CPI. É por isso que o debate em torno do assunto corrupção deveria se dá no aperfeiçoamento dos mecanismos de defesa do aparelho de Estado contra esses gatunos do Erário.

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Tijolinho do Jolugue: De volta ao passado. As manipulações da imagem.




Pelas redes sociais, o cabo de guerra parece ser mesmo as visitas de Dilma Rousseff(PT) e Aécio Neves (PSDB) ao Estado. Dilma arrastou uma multidão surpreendente, em todas as cidades que visitou - Recife, Petrolina e Goiana -  revivendo os velhos tempos, pelos idos de 1989, da Onda Vermelha. Cálculos da Polícia Militar indicam a presença de 50 mil pessoas apenas na carreata pelo centro do Recife. Um contingente de pessoas a ser comemorado. De um modo geral, a campanha de Dilma Rousseff vive um bom momento. Consegue mobilizar parte da população em torno do seu projeto, sobretudo aqueles que sabem o que isso significa, como aquele motorista que parou o ônibus na Av. Conde da Boa Vista e saiu empunhando uma bandeira aos gritos que havia sido aluno do ProUni. Este, sem dúvida, depois da refrega, é o melhor  momento de Dilma, um fato que se reflete, inclusive, nas pesquisas de intenção de voto. Abre 8 pontos sobre Aécio na última IBOPE, hoje um dos institutos com maior padrão de acertos.

Por sua vez, seu adversário amarga, agora, um arrefecimento. Seria natural. Como o nosso eleitorado possui um nível de volatilidade expressivo - mudando de opinião com muito naturalidade - todo cuidado é pouco até o domingo próximo. Isso talvez explique o clima beligerante entre os militantes de ambos os candidatos. Os militantes petistas não se cansam de postarem fotos, vídeos e textos com a presença da presidente Dilma na cidade. Isso é bom. Injeta um sangue novo nos militantes e contagia aqueles indecisos. Comparativamente, de forma matreira, também surgem alguns fotos dando conta da mobilização em apoio ao nome do candidato Aécio Neves, no Marco Zero. Pessoalmente, ele não pode comparecer. Coube aos neo-socialistas tucanos do Estado as honras da casa. Sileno Guedes, Geraldo Júlio, Paulo Câmara. Não se poderia esperar desse trio a mesma competência oratória de um Lula. Seria exigir um pouco demais. 


E, para ser sincero, apesar da "manipulação das imagens" eles também levaram gente para o Marco Zero. Não na mesma proporção da presença dos partidários da presidente Dilma Rousseff. Outra coisa desagradável foram as declarações de um tucano de bico fino, afirmando que a militância petista havia sido comprado, ou seja, a turma teria recebido dinheiro para comparecer ao evento. Ora, aqui vou usar ainda de maior sinceridade, quem tem essa prática são eles. A militância petista sentiu que era o momento de ir às ruas em razão das dificuldades enfrentadas pela presidente Dilma Rousseff, algo que estava colocando em risco as conquistas e os avanços sociais do período. Num país com os padrões de desigualdades sociais como o nosso, precisamos avançar muito nesse quesito e, certamente, não é com Aécio que iremos fazê-los. Simples assim. Ao longo de séculos, pouca coisa foi oferecida aos empobrecidos do Brasil, salvo chibata, exclusão e muita labuta. Votar em Dilma, portanto, é uma questão de responsabilidade com a construção de uma nação.

Há, de fato, uma "manipulação das imagens", conforme apontado por alguns analistas. E não é um privilégio da província, onde alguns jornalistas e fotógrafos não escondem sua torcida pelos nomes do Palácio do Campo das Princesas. O Deputado Federal Índio da Costa também teria exibido uma festa de réveillon como sendo um encontro de Aécio Neves em Belo Horizonte. 

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Tijolinho do Jolugue: Por aqui, até caranguejos votam em Dilma Rousseff


O "Buraco da Gia" (sic) é um restaurante tradicional da cidade de Goiana, Mata Norte do Estado de Pernambuco. Não é propaganda para o seu Luiz - dono do restaurante - mas, de fato, come-se muito bem por ali, com a possibilidade de ter ter um caldinho ou copo de cerveja servido por um guaiamum, um crustáceo de carne bastante saborosa, que vive nas periferias dos manguezais. Diferentemente do caranguejo, não costuma ficar atolado na lama. Segundo seu Luiz, os guaiamuns são "treinados" para essa finalidade. O que se diz, no entanto, é que se trata de um processo natural. Depois que o danado aciona a força das patas, pouco provável que volte atrás. Verdade ou não, o fato é que os tais guaiamuns constituem-se numa atração à parte, sobretudo para os bacanas urbanos que não entendem nada do assunto. A cidade, como é do conhecimento de todos, está recebendo grandes investimentos estatais e privados, inclusive uma fábrica da FIAT. Num tempo em que o ex-governador Eduardo Campos vivia em lua-de-mel, como o Planalto, gestões do Governo Federal ajudaram na escolha da montadora em relação ao Estado de Pernambuco. O candidato Aécio Neves(PSDB), dizem, até hoje não engoliu muito bem essa história. Em sua visita recente ao Estado, Dilma esteve na cidade. Já comentamos aqui, em outras oportunidades, sobre os graves problemas estruturais da cidade. Conheço-a bem porque sempre a visito com os nossos alun@s. Os indicadores sociais de educação, saúde, saneamento deixam a desejar. Há problemas de violência e um alto índice de prostituição infantil. O patrimônio histórico completamente abandonado. Repórter da Folha de São Paulo acompanhou a visita de Dilma à cidade. Num flagrante no Restaurante Buraco da Jia, foi fotografado um guaiamum com um adesivo da candidata Dilma Rousseff, com a insinuação de que, por essas bandas, até os caranguejos votam em Dilma. Como isto já seria previsível, isso gerou uma enorme polêmica, sobretudo em razão dos ânimos acirrados no que concerne à retomada de atos a atitudes de corte preconceituosos nessa reta final da campanha. Coitados. Nem os caranguejos escapam dessa sanha miserável.

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Dilma entra na reta final com leve favoritismo

Dilma entra na reta final com leve favoritismo

Por Rodrigo Viannaoutubro 20, 2014 14:14
Dilma entra na reta final com leve favoritismo
A eleição entra na última semana  com um cenário ainda indefinido. Mas agora já não há “ondas” no horizonte. Em agosto, tivemos a “onda verde” de Marina. Depois, a “onda azul” de Aécio – que foi basicamente uma onda antipetista com forte sotaque paulista.
E a “onda vermelha” de Dilma? Não houve. Nem haverá. Mesmo assim, ela é quem entra na reta final com leve  favoritismo. Explico…
Ao contrário do que indicam as aparências, foi a campanha de Dilma quem ditou o ritmo do segundo turno. Na primeira semana, Aécio despontou com força, e tentou criar um clima de “fato consumado”: seus aliados chegaram a divulgar pesquisas falsas com o tucano bem à frente. Era fábula. E o PSDB parece ter acreditado na fábula, descuidando-se do mundo real.
Aécio contava com o bombardeio midiático contra Dilma no caso Petrobras. E ele veio. Por isso, o candidato passou dez dias “olímpico”, enquanto a Globo batia em Dilma. Mas, ao mesmo tempo, o PT desconstruía Aécio; e os próprios tucanos paulistas expunham seu elitismo e preconceito – com ataques ao Nordeste e ao povo mais pobre.
Eram dois movimentos simultâneos, em sentidos opostos. Na campanha oficial – midiática – Aécio parecia ter vantagem: tinha a Globo e mais seus dez minutos em horário nobre. Dilma tinha apenas seu horário na TV.
O que favoreceu Dilma? O mundo real, e a militância.
A campanha de “desconstrução” não pegaria em Aécio se ele fosse um candidato consistente. Ficou claro que não é. E tem enormes telhados de vidro na vida pessoal.
Mas o PSDB cometeu também o erro da soberba: FHC dizendo que PT tem só o voto “desinformado” fez coro com os tucanos paulistas berrando contra “nordestinos ignorantes”. Isso tudo criou no Nordeste (e entre os muito pobres de São Paulo, Rio e BH) uma muralha que segurou a onda aecista. Vi porteiros, frentistas e ambulantes dizendo nas últimas semanas: “está na cara que Aécio é candidato pra rico”.
Um amigo, que é do PSD de Kassab (portanto, está a meio caminho entre PT e PSDB), resumiu assim os fatos: “a campanha estava pra ele. Mas equilibrou tudo com as pancadas e o salto alto. Ele entrou de salto alto na Band, e dançou”.
Aécio acreditou que Dilma era uma idiota, uma “anta”, como dizem os sutis tucanos de São Paulo. Acreditou, e caiu do salto alto. Foi uma queda leve. Mas doeu.
No dia 14, Dilma começou a reagir, recuperando terreno. Aí, foi Aécio quem decidiu partir pro ataque. Perdeu as estribeiras no debate do SBT, mostrando dificuldades para lidar com as mulheres de igual para igual.
A partir dali, Aécio seguiu batendo, e Dilma reassumiu o papel de “técnica”, mostrado no último debate – na Record.
Resumo: Dilma bateu, Aécio achou que já tinha ganho. Quando o tucano foi reagir errou a mão. E Dilma mostrou-se mais serena. Só isso explica porque a rejeição de Aécio, em duas semanas, ultrapassou (levemente) a rejeição de Dilma (que apanha há 4 anos, sem parar).
Esse movimento pode ser decisivo para conquistar os indecisos. Por isso, digo que Dilma entra na reta final com leve favoritismo.
Fora isso, há o mapa eleitoral.
Aécio deve abrir boa frente em São Paulo (6 a 7 milhões), Sul (2 a 3 milhões), Centro-Oeste (1 a 2 milhões). Tudo isso, dá ao tucano cerca de 11 milhões de frente.
Mas só no Nordeste Dilma equilibra esse jogo, obtendo vantagem de 11 milhões – talvez um pouco mais.
No Norte do país, o PT projetava uma vantagem de mais de 1 milhão de votos para Dilma – que não deve se confirmar. Com segundo turno para governador no Pará e no Amazonas, Aécio colou seu nome a candidatos que estão fortes. A tendência é uma diferença de 500 mil votos apenas para Dilma, na soma dos dois estados.
Tudo isso indicaria uma pequena vantagem para Dilma. Mas ainda faltam Minas, Espirito Santo e Rio.
A tendencia é algo muito próximo de um empate em Minas. Na soma com Espirito Santos, talvez Aécio leve algum saldo positivo.
O Rio é que pode decidir. E lá há um leve favoritismo para Dilma.  O tucano deve ganhar na capital (Zona Sul, Zona Norte e Barra – especialmente) e no sul do Estado. Mas perde feio na Zona Oeste, na Baixada e no Norte do Estado.
O PSOL tem papel fundamental no Rio. E é significativo que Marcelo Freixo tenha ido à TV apoiar Dilma. Jean Willis está muito ativo nas redes sociais e tem participado de atos com a juventude no Rio e em São Paulo. Mostra que o PSOL amadurece. Bom sinal.
Se a (leve) vantagem para Dilma no Rio se confirmar, e se o PT recuperar um pouco do terreno perdido na periferia de São Paulo (reduzindo a vantagem aecista no Estado – de 7 milhões, para menos de 6 milhões), Dilma tende a vencer.
Brasil afora, há um movimento de baixo pra cima de apoio a Dilma. Não parte do PT propriamente. É um sentimento difuso de que Aécio representa uma onda conservadora, quase fascista, que deve ser barrada. Desde 89, eu não via tanta iniciativa militante nas ruas.
Mas Aécio está no jogo, e tem aliados poderosos na Justiça e na Mídia – além de uma militância de classe média com sangue nos olhos.
A última semana ainda guarda golpes midiáticos. A Globo e  aparato judiciário tucano vão agir. Não tenham dúvidas.
Mas minha impressão é de que nenhuma “onda” mais vai-se criar. Será eleição decidida no conta-gotas, voto a voto. Abstenção (se for alta no Nordeste e no Rio) pode atrapalhar Dilma.
Contra os tucanos, há a água que acaba em São Paulo. E a favor de Dilma, ainda há o Lula.
Façam suas apostas.
Minha avaliação, hoje, é de vitória de Dilma – com uma diferença entre 500 mil e 1,5 milhão de votos.
(Publicado originalmente no site O Escrevinhador, de Rodrigo Vianna)

Tijolinho do Jolugue: Dilma já supera Aécio. Para as ruas, moçada!


Assim como ocorreu com a "onda" Marina, a "onda" Aécio emite seus sinais de esgotamento. Felizmente, Dilma parece ter acertado o passo. A avaliação do seu Governo melhorou e isso passou a se refletir nas pesquisas de intenção de voto, que apontam a presidente um pouco acima do concorrente. Segundo o Datafolha, Dilma aparece com 52%, enquanto Aécio Neves pontua em 48%. Ainda não deixa de ser um número bastante equilibrado, sobretudo se considerarmos a margem de erro com a qual trabalha o Instituto. De qualquer forma, esses números tocam fogo na militância petista, que já se encontra nas ruas, mobilizada em torno da candidata. Sob esse aspecto,então, os números favoráveis são cruciais. No momento, quem deve andar um pouco aturdido é o candidato tucano. O que eles devem aprontar para os próximos dias? O Sindicato dos Policiais Federais - alguns dizem que as lideranças são tucanas - estão programando uma série de paralisações entre os dias 22 e 25/10, justamento na reta final das eleições. Outra questão é saber como Aécio se comportará no debate de sexta-feira, 24/10, o da Rede Globo. Como Dilma acertou o passo, penso que do lado governista não se poder esperar alguma mudança. Ela deve estudar os números para, literalmente, meter o sarrafo no candidato tucano. Deve manter uma linha propositiva. Uma outra razão que indica que ela deve manter a "linha" são as pesquisas qualitativas realizadas pela coordenação de campanha dos tucanos, onde verifica-se o equívoco da adoção do clima agressivo e beligerante do candidato. Agressivo, beligerante e, porque não dizê-lo, machista, afugentando um eleitorado feminino mais consequente. Agora, o que nos preocupa, no momento, e a presidente já acenou para isso, é a inevitável convocação de uma constituinte exclusiva para tratar da reforma política. Essa bagunça não pode mais continuar. Se o Governo de coalizão petista tem sido tão sensível à inclusão social numa sociedade secularmente excludente, se faz necessário que comece a pensar seriamente na reforma das instituições da República, um antro de familismo amoral, nepotismo, servilismo, incompetência e corrupção. Nosso blog vem recebendo muitas denúncias. Temos um certo cuidado em publicá-las, por razões óbvias. Recentemente, morreu no Estado de Pernambuco um político muito conceituado em todo o Brasil. Rico e bastante articulado, ocupou postos chaves no ninho tucano. O seu nome foi envolvido no escândalo da Petrobras. Paulo Roberto, o delator, afirmou que ele teria recebido propina para esvaziar a CPI da estatal. Os senhores sabem de quanto foi o achaque? 10 milhões de reais. Como dizia uma ex-colega de trabalho, realmente, essa situação não pode continuar. Vamos eleger Dilma e cobrar dela essas reformas. Os tucanos, possivelmente, não estão interessados em fazê-las. Com Dilma, ainda existe uma chance.

Charge de Renato Aroeira, publicada ontem, dia 21/10, no Jornal O Dia.

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Dilma acertou o tom.

Dilma acertou o tom

20 de outubro de 2014 | 01:45 Autor: Fernando Brito
record
Vou ser bem direto e pouquíssimo passional na análise do debate encerrado há pouco na Record.
Não mexe em nada com mais de 80% dos eleitores que, a esta altura, têm seu voto decidido para o próximo domingo.
A esta altura, exceto por revelações bombásticas, o clima é mais importante que os argumentos.
Como nada do que foi dito na Record foi bombástico, também não são bombásticos os efeitos do debate.
O que não quer dizer que são ou serão pequenos.
Dilma se moderou nas citações numéricas e estatísticas e produziu, de novo, fatos concretos.
Sobretudo na questão da segurança, como já postei aqui, ainda durante o debate.
Os argumentos de Aécio se desmontam com os números e é provável que a própria mídia os tenha de repercurtir.
Mas, insisto, isso não é o essencial.
O essencial é que as pessoas possam se sentir seguras com Dilma, e sentir-lhe a segurança.
A eleição está dividida e como em toda a situação dividida, a confiança que se percebe e se transmite é decisiva.
Aécio pareceu-me bem menos seguro e a muitos deve ter dado também esta sensação.
Claro que não aos áulicos, mas os áulicos servem para bater palmas no estúdio, não mais que isso.
O fato é que a insegurança mudou de lado, em duas semanas.
Depois do desempenho  ”surpreendente” de Aécio no primeiro turno (embora muitos já estivéssemos afirmando muito antes que ele e não Marina iria ao segundo turno)  e do apoio que o tucano recebeu de praticamente todas as candidaturas, exceto a de Luciana Genro, a pergunta já não é mais se Dilma terá condições de resistir-lhe.
Mas se ele terá condições de ultrapassá-la.
Porque, mais que o resultado que se publica, a gente percebe no comportamento dos candidatos quando ele sabe está atrás ou à frente nas intenções de voto, porque tem dados muito mais precisos e confiáveis do que nós.
Aécio já não era o “desafiador”.
Mas o desafiante.
E nisso, ele foi xoxo.
Não poderia, como ocorreu, ter recebido “explicações” da candidata sobre o que significavam as coisas sobre as quais falava, como os bancos públicos, por exemplo.
Nada pior do que se mostrar despreparado. O que, apesar da oratória limitada, Dilma não se mostra.
Ele, muito mais do que ela, precisaria ter exibido solidez, porque depende de um “clima”.
E não exibiu justamente  porque tem pouca solidez.
O debate do SBT, como o da Band,  teve o tom certo para mobilizar apoiadores.
Aécio vinha de seu momento e, pelo visto, não conseguiu capitalizar o favoritismo com que emergiu das urnas do primeiro turno, quando poderia ter abatido a estabilidade que, há meses, a candidatura Dilma apresentava, justamente por ter esta solidez.
Seria uma nova “onda” e a “onda” foi quebrada com o confronto.
Já o  da Record mirou os eleitores, não para os militantes.
E, para eles, Dilma acertou o tom.
Recuperou a segurança, a firmeza, a imagem tranquila.
A de favorita.
(Publicado originalmente no site Tijolaço)

Tijolinho do Jolugue: Dilma ganhou o debate da Record. E agora?

A Rede Record nunca teve uma tradição muito forte na realização de debates entre candidatos presidenciais. Penso ser a Band a emissora mais bem conceituada no assunto, posto que a emissora do plim plim, não raro, assume desavergonhadamente uma preferência por este ou aquele candidato. Um debate na sexta-feira, por exemplo, pode ter uma "edição' no sábado com força até mesmo para influir nos resultados de uma eleição, conforme adverte-nos alguns históricos recentes. Mas, em razão de uma série de circunstâncias específicas, o debate da Rede Record revestiu-se de uma importância singular. Ele iria refletir - como, de fato, refletiu - as intermináveis reuniões de avaliação de campanha de ambos os candidatos, notadamente a presidente Dilma Rousseff (PT), que luta pela reeleição. Do lado de lá, da direita, vem uma campanha de ódio irrefreável contra o PT. Isso faz muito mal numa campanha, mas não há mais como controlá-la, sobretudo depois das agressões do candidato Aécio Neves(PSDB) no debate da Band. As pesquisas qualitativas depois do debate indicaram o equívoco da estratégia, refletido no aumento de sua taxa de rejeição. Para completar o enredo, recebeu, de imediato, o apoio de notórios espancadores de mulheres, enquadrados na Lei Maria da Penha. Se isso significar sua derrota, azar o dele. Esta campanha raivosa já está disseminada nas ruas, com eleitores petistas sendo agredidos em praça pública, bares etc. Em todo caso, no debate da Record, o tucano foi mais comedido. Do lado da coalizão petista, duas tendências: uma que recomendava que ela pulasse no seu pescoço quando se sentisse agredida, respondendo-o na mesma moeda. Dizem que o ex-presidente Lula era partidário dessa tese. Do outro lado, aqueles que advogavam uma campanha mais propositiva, não embarcando no ardil do adversário. Pelo comportamento de Dilma no debate de ontem, essa última tese deve ter prevalecido. Arrisco a dizer que foi o melhor debate de Dilma nessas eleições. A presidente mostrou que em trabalho, realizações e propostas para governar o país. Desmascarou o receituário neoliberal do candidato Aécio Neves, sobretudo as consequências da receita de bolo de Armínio Fraga para enfrentar a alta dos preços. Quanto aos investimentos sociais, sua lembrança de que o governo tucano gastou em 08 anos o que o governo petista gasta em um mês com o Bolsa Família, só poderia mesmo ter ruborizado o candidato. Não havia como responder. Vamos torcer que parte da sociedade brasileira, até domingo próximo, recupere o bom-senso e perceba objetivamente os projetos que estão em jogo nessas eleições: um avanço das conquistas sociais com algumas correções de rumo ou um retrocesso aos anos nefastos da Era FHC.

domingo, 19 de outubro de 2014

Tijolinho do Jolugue: Minha Casa, Minha Vida é do Governo Federal, Primavera.

Nove em cada 10 eleitores de Primavera, cidade localizada na região da Mata Sul do Estado, votaram em Paulo Câmara nas últimas eleições para o Governo do Estado. O candidato socialista sequer visitou a cidade nas eleições passadas. Integrando o staff governista, por lá passaram o filho do ex-governador Eduardo Campos, João Campos, e o candidato a vice na chapa de Câmara, Raul Henry. Confesso que fiquei curioso em entender essa excelente performance do candidato situacionista naquela cidade, distante 81 km da capital. A cidade, na realidade, não apresenta um quadro sócio-econômico muito satisfatório. A atual prefeita, inclusive, não conta com uma boa aprovação da gestão. A cidade ressente-se de investimentos em obras de infraestrutura básica. O que explica, então, o fenômeno? A rigor, nada. Salvo o fato de a cidade ter sido mais receptiva à onda de comoção que tomou conta do Estado com a morte do ex-governador, fato bastante explorado pelos marqueteiros. Perguntado pelo jornalista que produziu a matéria, um cidadão local afirmou que seria eternamente grato ao ex-governador pela entrega das 228 casas do Minha Casa, Minha Vida. Olha o tamanho da encrenca. A cidade tem uma cachoeira famosa, a Cachoeira do Urubu.

Tijolinho do Jolugue: Em busca dos 31,6 milhões de votos dos indecisos

No dia de ontem, a presidente Dilma Rousseff se reuniu com o seu staff de campanha e alguns assessores diretos. O objetivo seria o de tomar algumas decisões sobre a estratégia de campanha que vem sendo adotada. No grupo, há os que defendem uma postura maios incisiva da presidente, sobretudo em razão dos rumos que a campanha vem assumindo, num clima de absoluta animosidade entre petistas e tucanos. O país está dividido entre pobres e ricos, paulistas e nordestinos. Já foram registradas várias agressões a militantes petistas pelo Brasil afora. Por outro lado, há um grupo que defende que a candidata não embarque nesse "jogo", adotando uma linha mais propositiva. Penso que nada pode ser feito em relação aos eleitores que já assumiram o seu voto. Esse clima beligerante é um sintoma disso. Quem vota em Aécio(PSDB) tem ódio do PT. A grande batalha mesmo deve se dar em torno dos 31,6 milhões de eleitores indecisos. São esses eleitores que decidirão as eleições presidenciais de 2014. Como conquistá-los? Eis aqui um grande problema. Esse clima de acirramento e a possibilidade concreta de jogarmos no lixo décadas de conquistas e avanços sociais, de alguma forma, parece estar despertando a militância petista, que sai às ruas para pedir votos para a presidente Dilma Rousseff. Um movimento ainda incipiente, mas que pode - como no passado recente - fazer a diferença. Por outro lado, admito que o engendramento montada pelos setores conservadores da sociedade brasileira para derrotar o PT não será facilmente vencido. A engrenagem está azeitadíssima.