Diante dos desencontros vividos pelo PT no Recife, o PSB está
disposto a responder a todas as provocações do candidato Humberto Costa.
Sabidamente, a campanha do PT vive um momento difícil. O confronto de gestões
não seria recomendável – por isso mesmo Lula, em sua fala no guia, tenta desconstruir a
idéia do choque de gestão e da capacidade técnica de Geraldo Júlio – e,
politicamente, as armas da “traição a Lula” e da presença de Jarbas –
escondido no palanque – também não
surtirá grandes resultados. Primeiro, porque o PSB pretende apresentá-lo sem
nenhum problema, algo que já havia sido acertado muito antes do início do guia
eleitoral. Depois, porque, quem se junta a Sarney, Temer e a Renan não tem muito que
reclamar da aproximação política entre Jarbas e Eduardo Campos. Ao contrário do que imagina o PT, a presença de
Jarbas no guia pode, inclusive, contribuir para alavancar a candidatura de
Geraldo Júlio. Afinal, Jarbas foi prefeito por dois mandatos e sua gestão
sempre foi muito bem avaliada. A verdade, é que o PT não conseguiu – e
dificilmente conseguirá – encontrar o mote de sua campanha, como analisamos em
artigo que será publicado no Blog do Jolugue amanhã. Por falar em Jarbas, quem apareceu hoje, dia 29, no Guia do PSB, foi o seu pupilo político, Raul Henry.
quarta-feira, 29 de agosto de 2012
Paulista recebe o governador Eduardo Campos.
No próximo sábado, o governador de Pernambuco, Eduardo
Campos, deverá visitar a cidade das chaminés e dos eucaliptos, minha saudosa Paulista. Irá dar
uma força ao seu candidato a prefeito pelo PSB, Júnior Matuto. O Palácio do Campo das
Princesas faz uma grande aposta neste jovem. Eduardo tem uma relação de amizade
com Matuto. Comenta-se que Matuto – de origem humilde – foi um militante
aguerrido do partido, onde teria criado laços fraternos com a família Arraes. Não nasceu em Paulista, mas se mudou para aquela cidade ainda menino.
Conforme comentamos numa postagem abusada, Paulista vive uma grande crise de
representação política e isso já faz alguns anos. Políticos da “velha” guarda e oligarquias carcomidas – que mergulharam
o município no caos – correm o risco de voltarem à vida pública, inclusive
capitaneados por partidos pretensamente de corte republicano. Sobre Júnior tem-se comentado muito sobre sua inexperiência e o apoio que vem recebendo de Ives
Ribeiro, cuja gestão apresentou alguns percalços no seu segundo mandato. Quem
lidera as pesquisas é o candidato do PT, Sérgio Leite, mas, garantem os palacianos, Eduardo
vai àquele município para por ordem na casa. Eduardo vem sendo duramente
atacado por Sérgio Leite e pretende dar o troco.
Luiz Pagot: Mais uma decepção.
As declarações do ex-diretor do DNIT, Luiz Antonio Pagot, surtiram
uma grande repercussão, mas manteve-se muito distante da expectativa que fora
criada, apresentada, possivelmente, como um depoimento bombástico. Não passou de
um traque de massa. Aliás, isso vem seguindo um roteiro previamente definido,
muito bem ensaiado, o que levou o senador Pedro Simon a fazer duras críticas à
sua postura e insinuar que estávamos diante de uma CPI de brincadeirinha. Quem
também se sentiu bastante desconfortável com as pífias declarações de Pagot foi o
senador Pedro Taques, que considerou a possibilidade de o Governo está por trás
dessa reticência do ex-diretor do DNIT. Além de não fornecer elementos novos,
Pagot, quando muito, admitiu apenas um deslize ético, ao informar que teria
pedido contribuições à campanha de Dilma – por orientação do tesoureiro do PT –
de empresas que tinham negócios com o Governo. O interessante nessa história é
que se trata de um cidadão que sabe muito sobre a engenharia institucional de
corrupção instalada no Ministério dos Transportes, como ele mesmo já admitiu em várias
ocasiões. Apeado do cargo, não se sabe quais as “recompensas” que o faz manter o
silêncio sobre episódios nebulosos e pouco esclarecidos de nossa República. Prestaria um grande serviço à causa pública se abrisse o bico.
segunda-feira, 27 de agosto de 2012
Cinquenta tons de cinza
Uma jovem inocente. Um homem sedutor, misterioso, fascinante e extremamente belo. Um triângulo amoroso (Ou não, já que a mocinha só tem olhos para o mocinho e o ‘terceiro’ é apenas um bom amigo).Isso tudo parece familiar?
Escrito e divulgado online como uma FanFic de Crepúsculo, 50 Tons de Cinza teve seus direitos comprados por uma editora americana e se tornou um sucesso editorial. Mas antes tiveram que mudar o nome dos personagens: Edward Cullen agora é Christian Grey, Isabella “Bella” Swan se torna Anastásia “Ana” Steele, Jacob é José... E assim sucessivamente.
Confesso que me interessei por esse livro apenas por essa familiaridade com a série da Stephenie Meyer, queria saber como seria essa tal “versão erótica” de Crepúsculo. Além disso o sucesso editorial de “50 tons” também me impressionou: O livro já foi traduzido para as mais diversas línguas, é o livro mais vendido na história da Inglaterra (31 milhões) e no mês de julho representou 75% das vendas de ‘Ficção Adulta’ nos Estados Unidos.
É importante falar de números quando se trata desse livro, pois, com números tão expressivos, também vem a expectativa. Por que é tão vendido? Por que fez tanto sucesso? Comprei na Bienal do livro e comecei minha leitura assim que retornei da viagem.
Passando para o enredo, o livro conta a história de Anastasia e sua atração instantânea e irremediável pelo empresário Christian Grey. Ana deseja aquele homem maravilhoso e ele também parece encantado com ela, porém, Christian quer Ana em seus próprios termos.
Depois de fazê-la assinar um contrato de confidencialidade, para que nada do que ele disser caia na mídia, Christian se revela como um Dom, ou dominador sexual, e oferece a Anastasia outro contrato para que ela seja sua submissa.
Pense em chicotes, algemas e roupas de couro tudo que envolva prazer associado à dor. É isso o que Christian propõe a virgem Anastásia, um mundo obscuro e ao mesmo tempo erótico, no qual ela vai se envolvendo cada vez mais, conforme a história vai se desenvolvendo.
Christian é um personagem instável, controlador e praticamente atua na vida de Anastasia como um stalker perseguindo sua presa. Ao longo do livro ele faz referências sobre se consultar com um psiquiatra, mas tenho as minhas dúvidas se esse homem recebe mesmo algum tipo de ajuda. Na verdade é como se Christian estivesse além de qualquer salvação, “fodido em 50 tons diferentes”, como ele próprio diz.
Porém esse homem complicado também tem um lado bem humorado, é lindo de morrer e possui um passado sombrio, que “justifica” seu comportamento presente. E, como uma presa fascinada pelo predador, Anastasia fica fascinada por ele. Eu também fiquei, por isso entendo a heroína.
Narrado em primeira pessoa, sob o ponto de vista de Ana, o livro tem pouca ou nenhuma ação, se limitando aos pensamentos românticos da mocinha, sua troca de emails com Grey e várias cenas de sexo, das mais diversas maneiras e nas mais diversas, situações.
É bom relembrar que, embora tenha vários elementos de umYABook, se trata de um romance adulto. Isso significa bastantes cenas eróticas, foco principalmente no relacionamento do herói e da heroína da história e palavras de baixo calão/palavrões. Perdi a conta da quantidade de“Puta merda”, “porra” e “foder” que li nesse livro. Deixo isso claro para já desaconselhar à leitura para aqueles que são sensíveis a esse tipo de palavreado e às situações descritas. Não é só o sexo que pode incomodar alguns leitores, mas também a obsessão quase patológica de Christian por ser obedecido e, também, de provocar dor em Anastasia. Obviamente tudo é consensual, mas só leia se tiver estômago para BDSM*.
Analisando o livro friamente, tenho que concordar com os críticos, pelo menos no que se refere a escrita da autora. E.L. James não escreve bem, utiliza em excesso algumas palavras/expressões e parece perdida em algumas partes do livro. Senti falta de uma linha condutora que fosse além do “misterioso passado de Christian Grey”, mas o livro se resume basicamente a isso.
Claro, a também a profusão de situações sexuais no livro. Fico imaginando o que raios vão fazer na adaptação cinematográfica para que não fique parecendo forçado ou promiscuo. Acho que, mais do que um ator certo ou atriz, o filme precisará de um bom diretor, se quiser ser além de um ‘erotismo barato’ e tentar contextualizar as cenas com a situação emocional de Christian, além de mostrar as implicações de algumas dessas cenas no relacionamento do casal.
Voltando ao livro, apesar de parecer repetitivo em alguns momentos, eu li esse livro em2 dias. Tudo por que a autora tem esse hábito de terminar cada capítulo com um gancho, de forma que o leitor se sinta compelido a ler o próximo. Não entendo muito de Fics, mas, se eu não me engano, o autor divulga 1 capitulo por vez e o pessoal vai lendo e comentando o que acha. Imagino que seja esse o motivo dos“ganchos” e da profusão de cenas romântico-sexuais (quase uma por capitulo mesmo) por que eu ouvi dizer que a autora não fez nenhuma adaptação antes de publicar o livro, apenas trocou os nomes dos personagens.
O que me faz lembrar da obsessão de alguns de rotularem “50 tons” como um cópia de Crepúsculo. No começo vi mais relação entre as histórias, alguns diálogos de Ana e Christian me lembraram outros de Bella e Edward e as cenas em que Christian salva Ana (primeiro de um atropelamento e depois de um homem‘saidinho’) também foram uma clara referência à Saga da Stephenie Meyer.
Mas depois a história perde esse ar de fanfic, os personagens passam a tomar rumos completamente diferentes. Se Edward não quer que Bella o toque por que tem medo de se descontrolar e feri-la, Christian não deixa que Ana o toque por causa de seus inúmeros traumas físicos (cicatrizes) e emocionais. Ana, por sua vez, é uma heroína mais corajosa e independente que Bella, não se limitando ao papel de submissa: Ela vai até as sombras de Grey para tentar levá-lo para luz, pois sabe que sem isso jamais poderão ficar juntos.
É por isso que, quando eu comparo as duas histórias, eu imagino que colocaram“Crepúsculo” em frente a um espelho daqueles de circo, que mostram um reflexo distorcido e um pouco bizarro: Esse reflexo é “50 tons de cinza”. Você vê as semelhanças, mas também vê diferenças tão gritantes que se pergunta se, de fato, uma coisa surgiu a partir da outra.
Talvez o que ambas as histórias tenham em comum é serem amadas pelo seu publico e detestada pelo restante das pessoas. Já ouvi falarem tão mal desse livro quanto falam de Crepúsculo, uma coisa a qual todo Best-seller está exposto: Ainda não surgiu (e creio que demora um tempo para surgir) um livro que seja sucesso de público e crítica em nosso século.
Mas,apesar dos (muitos) pesares, eu gostei desse livro. Dou nota 8 e confesso que estou contanto os dias para o lançamento de “50 tons mais escuros”, pretendo terminar a trilogia e ver como esse relacionamento termina. Só não recomendaria esse livro para alguém que nunca tenha lido nada do gênero romance Adulto, apesar de ser bem fraquinho para o gênero, pode chocar os mais sensíveis (não digam que não avisei).
Porém também estou um pouco temerosa: Algo me diz que essa saga não irá terminar de uma maneira tão feliz quanto à outra que lhe deu origem. É esperar para ver.
* BDSM: “Sigla” para Bondage, Disciplina, Dominação, Submissão e Sadomasoquismo. Leia mais sobre o assunto nesse artigo do Wikipédia.
Obs.:Termino de escrever essa resenha e, como sempre faço, só então fui ler as opiniões de outros blogs. Destaco a resenha do Romances in Pink que, além de sintetizar precisamente o livro, também levantou um assunto que não tinha me ocorrido enquanto escrevia: Por que a autora retrata BDSM como uma coisa ruim?
sexta-feira, 24 de agosto de 2012
A polêmica entre o jornalista Sebastião Nery e os herdeiros da família Lundgren.
RIO
– Agamenon Magalhães, interventor de Pernambuco no primeiro governo de Vargas, perguntou ao filho, Paulo
Germano, que acabava de formar-se na Faculdade de Direito de Recife, qual o mais
preparado e valente de seus colegas:
- Rafael Meyer.
Mandou chamá-lo e nomeou promotor de
Paulista, onde os Lundgren tinham a matriz das “Lojas Paulistas” (nome no
Nordeste) e das “Lojas Pernambucanas” (nome no Sul) e, cheios de armas,
mantinham empregados e a cidade em intolerável e permanente intimidação e
servidão, dispondo das pessoas, sobretudo da virgindade das filhas dos
trabalhadores:
AGAMENON
- Dr. Rafael, o senhor sabe o que é
aplicar a lei?
- Sei, sim, doutor
Agamenon.
- Talvez ainda não saiba tudo. Vá para
Paulista aplicar a lei. Os Lundgren fizeram da cidade uma fazenda de escravidão.
Não respeitam a lei, nada. Quem manda lá é o poder deles. Estão cheios de armas.
Desarme-os. Mas não encontre logo as armas. Primeiro, cerque o depósito onde
estão as armas, destelhe o deposito, derrube as paredes do deposito e só depois
descubra as armas lá dentro do paiol.
Rafael Meyer, pequeno, incorruptível,
preparado e valente, foi e aplicou a lei. Os Lundgren, desmoralizados,
anunciaram quer iriam embora de Paulista e só voltariam quando a ditadura
acabasse. Rafael Meyer aplicou tão bem a lei que acabou ministro do Supremo
Tribunal Federal.
LUNDGREN
Em 1950, Agamenon foi candidato a
governador de Pernambuco pelo PSD. Arthur Lundgren, fundador das “Lojas
Pernambucanas”, deu a vitória ‘a UDN em Paulista, onde ficava a fábrica.
Agamenon, eleito governador, ligou-se a Antonio Galvão, presidente do sindicato,
e passou a derrotar a UDN. Irritado, Lundgren se preparou para transferir toda a
fábrica
para Rio Tinto, na Paraiba, onde já tinha uma filial. Agamenon empiquetou a
estrada com soldados e mandou convocar Lundgren:
- Dr. Lundgren, o senhor pode se mudar
para a Paraíba. Mas a fábrica não vai. São 6 mil pernambucanos que dependem
dela. O Estado vai administrar.
A fábrica não saiu de Paulista.
Nota do Editor: Em nota publicada pelos jornais, os herdeiros da família Lundgren se pronunciaram sobre o assunto, tratando, inclusive, sobre temas polêmicos, como a suposta milícia armada que cuidava das reservas florestais do município,
dos filhos "bastardos", fruto de possíveis aventuras sexuais entre a família e as filhas dos operários da fábrica de tecidos, e as denúncias de trabalho escravo na organização. Na realidade, apesar de negar alguns fatos, como numa feliz expressão do sociólogo Gilberto Freyre no livro "Nordeste", numa referência aos senhores de engenhos, os Lundgren eram os donos dos rios, das matas, das terras, das casas, das máquinas e das melhores mulheres. Até o lazer era estritamente hegemonizado pela família, que permitia acesso, aos domingos, aos filhos dos operários, ao "Jardim do Coronel" - uma espécie de Jardim Zoológico, situado no mesmo terreno da residência da família. Os dois cinemas - que quando rapazola o editor do Blog do Jolugue frequentava com assiduidade - eram de propriedade da família.
Crédito da foto: Vicente Queiroz.
quinta-feira, 23 de agosto de 2012
FUNDAJ promove encontro Museu Educador
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TEMPO, MEMÓRIA E CONTEMPORANEIDADE.
A Coordenação de Museus e Restauro por meio da Coordenadoria de Programas Educativos Culturais, promove o Encontro Museu Educador com o objetivo de propiciar aos profissionais da área, um debate teórico e metodológico sobre a história social da memória, através do tema “Tempo, memória e contemporaneidade”, a ser ministrado pelo professor Dr. Antônio Paulo Rezende.
Data: 29 de agosto de 2012
Horário: das 14h às 18h
Local: Museu do Homem do Nordeste.
Av. Dezessete de Agosto, 2187 - Casa Forte – Recife - PE.
Fones: (81) 30736333 / 30736331.
:: Saiba mais sobre o palestrante:
O professor Doutor Antônio Paulo Rezende, possui graduação em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco (1975), mestrado em História pela Universidade Estadual de Campinas (1981), doutorado em História Social pela Universidade de São Paulo (1992) e Pós-doutorado pela mesma instituição (1998). É professor adjunto II da Universidade Federal de Pernambuco, consultor ad hoc da Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior e da FAPESP. Membro do conselho editorial da Revista Saeculum – Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal da Paraíba e da Clio- Nordeste- História Programa de Pós- graduação em História da Universidade Federal Rural de Pernambuco. Atua no grupo de pesquisa: História, Política, Memória e Imagens do Cnpq. Tem experiência na área de História, com ênfase em História do Brasil, atuando principalmente nos seguintes temas: história, cultura, imaginário, modernidade e memória. O seu tema atual de pesquisa é relacionado com história da solidão no Recife dos anos 1930.
:: Programa do Encontro:
1- A história e a construção da possibilidade;
2- A memória: escolhas e relações;
3- A cultura:
Ordem e transgressão;
Dominação e autonomia;
Significados e socialização;
Incompletude e tragédia;
Permanências e identidades.
4- Contemporaneidade:
Informação e diversidade
Consumo e aparência
Individualismos e autonomia
Solidão e desamparo
Assessoria de comunicação da FUNDAJ
Nota do Editor: Em nossa passagem pelo CFCH, nunca tivemos a oportunidade de pagarmos um disciplina com Antonio Paulo de Resende, mas jamais deixei de prestigiar suas palestras sobre o Movimento Operário, um dos seus temas de estudo. Numa de suas palestras sobre o Movimento Anarquista, depois de dissecar sobre as características do movimento, súbito volta-se para a platéia para lembrar que os anarquistas, certamente, também não simpatizavam com a Igreja Católica, uma instituição bastante hierarquizada. Paulo é boa gente e tivemos a oportunidade de ser examinado por ele na nossa defesa de dissertação de mestrado. Esperamos que sua "legião" de ex-alunos e admiradores possam prestigiá-lo no próximo dia 29 do corrente no Museu do Homem do Nordeste.
É Jarbas o pivô das desanvenças entre Lula e Eduardo Campos.
Faz sentido a observação da jornalista jornal Valor
Econômico, sobre o que, de fato, poderia ter contribuído para o estremecimento
da relação entre Lula e Eduardo Campos. Lula é um cara bom, sensível, mas
bastante rancoroso. Ao sair do Governo ele tinha anotado numa cadernetinha uma
lista de “urubus voando de costa”, numa expressão do jornalista Elio Gaspari. Era um grupo de desafetos - notadamente senadores da República - que não o pouparam de críticas, sobretudo depois das denúncias do mensalão. A
lista era relativamente grande e, não raro, somos surpreendidos pela inclusão
de alguns novos nomes, como o do senador Jarbas Vasconcelos. Há um possível diálogo
reproduzido por uma revista de circulação nacional, onde o governador de
Pernambuco, Eduardo Campos, tenta esclarecer a Lula que foi Jarbas quem o
procurou e não o contrário. Num outro momento, recebendo o diplomata Múcio
Monteiro - escalado para "apagar" o incêndio - antes mesmo que ele iniciasse suas ponderações, Lula teria retrucado
que viria ao Estado para eleger o senador Humberto Costa prefeito, num nítido recado a Eduardo Campos. Inquirido
sobre o assunto, evidentemente, Múcio nega a existência desse diálogo,
afirmando que a imprensa teria distorcido os fatos. Se, de fato, esses diálogos
existiram, pode-se concluir que a repórter tem lá suas razões para concluir que
o que deixou Lula realmente magoado com Eduardo Campos não teria sido o
lançamento da candidatura de Geraldo Julio a prefeito, mas a sua aproximação
com um dos seus principais desafetos, o senador Jarbas Vasconcelos, que ocupa
um lugar privilegiado na sua lista de “urubus voando de costa”. O senador, inclusive, está aniversariando, merecendo os cumprimentos do editor do Blog do Jolugue.
Quixabá(PE)tira leite de pedra no IDEB
Ontem publicamos aqui no Blog do Jolugue um artigo sobre os
resultados do último IDEB, sobretudo analisando uma das suas “ilhas” de
excelência, o Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Pernambuco. Entre
as observações recebidas pelo nosso e-mail, inclusive de antigos companheiros
de estudos e professores, uma delas nos chamou atenção. Uma professora da
cidade de Quixabá-PE, que obteve um bom desempenho no exame, reclamou o fato de
não termos dado tanta ênfase aos bons resultados obtidos pela Rede Municipal daquela cidade, optando, segundo ela, por priorizar o excelente desempenho do Colégio de
Aplicação da UFPE. Convém lembrar que, embora enfatize no artigo, os méritos do
Colégio de Aplicação, igualmente tecemos comentários sobre algumas variáveis
específicas que, de certa forma, explicam suas vantagens competitivas no
contexto do IDEB, inclusive a própria clientela atendida. De fato, a jovem
professora, que tornou-se minha amiga no Facebook, tem razão ao afirmar, numa linguagem bastante
peculiar, que eles, diante de tantas adversidades, conseguem tirar leite de
pedra e isso não poderia deixar de ser mencionado. Você tem razão, professora. Na realidade, algumas escolas dessa cidade do sertão pernambucano vem obtendo bons índices nos últimos IDEBs. Agora, por exemplo, uma de suas escolas obteve a nota 7.8, ficando entre as dez melhores do país num dos ciclos do ensino fundamental. Essa observação é importante, inclusive, como recall para os
organizadores do exame observarem, cientificamente, o que, de fato, está
fazendo a “diferença” entre os diversos estabelecimentos de ensino. Isso não se
restringe apenas à cidade do Estado de Pernambuco, mas situações semelhantes
foram observadas na periferia de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Teresina, no
Piauí, onde escolas de infraestrutura fragilizadas obtiveram um bom desempenho
no exame. Um grande abraço do editor do Blog do Jolugue. Como gosto muito do interior, não
se surpreenda se um dia aparecermos para tomarmos um suco de umbu acompanhado de um
de carneiro assado, com feijão verde e farofa. Não esqueça da manteiga de
garrafa, professora. Receba nossos cumprimentos. Pay attention!!!
Miriam Lacerda tem chances de mudar o cardápio político em Caruaru.
Caruaru, a Princesa do Agreste, tornou-se uma das poucas
cidades do Estado onde o DEM alimenta uma possibilidade real de voltar ao poder, mudando o tradicional
cardápio da política local, sempre dividido, como afirmava uma grande raposa
política daquela cidade, falecido recentemente, entre carne-de-sol ou charque.
Trata-se de uma cidade politicamente das mais estratégicas, situada no chamado
“Triangulo das Bermudas”, irradiando sua influência política para toda a
microrregião do Agreste. Uma aliança entre os Lyras e os Queiroz conduziu o
atual prefeito, José Queiroz, ao comando da cidade. Logo surgiriam algumas
desavenças entre o prefeito e o vice-governador, João Lyra, representante do
clã dos Lyras. Essas divergências nunca foram devidamente sanadas, até porque
alguém teria que ceder e nenhum dos atores envolvidos manifestou disposição
para baixar as armas. Nem mesmo as tréguas concedidas durante os festejos
juninos da Fazenda Macambira foram suficientes para atenuar os ânimos. O
ex-ministro da Justiça e Presidente da Fundação Joaquim Nabuco, Fernando Lyra, um
exímio negociador também parece não ter demonstrado grande disposição de
colocar a mão nessa cumbuca. Para complicar o quadro, a candidata Miriam
Lacerda aparece bem nas últimas pesquisas, inclusive pontuando acima de José
Queiroz, que luta pela reeleição. Nos bastidores comenta-se que, a cada
sondagem de opinião onde Miriam Lacerda desponta na frente o cidadão mais feliz
não é o seu esposo, o deputado Tony Gel, mas sim o vice-governador João Lyra.
Evidentemente que há problemas com a gestão de Queiroz, mas o que nos parece
mais factível concluir é que a “tropa de choque” montada pela candidata do DEM
vem fazendo estragos consideráveis ao candidato do Campo das Princesas. Eles
estão com uma atuação bastante contundente, inclusive pelas redes sociais,
mesmo antes dos prazos estabelecidos pela Justiça Eleitoral, não
necessariamente fazendo campanha – o que não seria permitido – mas fustigando a
administração de Queiroz. O governador Eduardo Campos irá dar uma força ao seu
fiel escudeiro, mas diante do exposto e das divisões de infantaria, ninguém se
surpreenda se a deputada Miriam Lacerda introduzir um tempero novo ao cardápio
daquela cidade. Alguém sabe do que ela gosta? Quem sabe um filé de bode servido
no Alto do Moura, conforme chegamos a sugerir.
quarta-feira, 22 de agosto de 2012
COLÉGIO DE APLICAÇÃO DA UNIVERSIDADE
FEDERAL DE PERNAMBUCO – a excelência e as mazelas do IDEB.
José Luiz Gomes escreve
O
IDEB foi criado em 2007 com uma preocupação específica dos gestores da educação
brasileira. O objetivo inicial seria o de identificar aquelas escolas – tanto
da rede pública quanto da rede particular – que estivessem em condições
insatisfatórias, ou seja, não atendessem minimamente as exigências do MEC no
que concerne à aprendizagem e permanência do alunado. Logo, como tantos outros
indicadores concebidos pelo MEC, o IDEB se tornaria um ranking onde a sociedade poderia, em tese, aferir o desempenho
dessa ou daquela escola, uma informação importante na hora de os pais decidirem
matricular seus filhos num estabelecimento de ensino.
Uma
informação bastante difundida sobre esse último IDEB é que algumas escolas
estariam “preparando” seus alunos para o teste. Confesso ainda não ter
entendido como isso é apresentado como algo positivo, mas as melhores escolas
do ranking apontaram esse procedimento como uma variável de competitividade no
contexto das escolas submetidas ao exame. Na época do famigerado “Provão”,
também tomamos conhecimento de que algumas faculdades estariam promovendo
alguns “cursinhos” intensivos com o objetivo de obter um melhor desempenho
naquele teste.
Mesmo
diante de seus modestos propósitos iniciais, o fato é que o IDEB se transformou
num dos mais importantes indicadores sociais, uma referência para nos
colocarmos entre as nações mais desenvolvidas. Sempre que seus resultados são
anunciados, algumas questões cruciais são postas para o país, como, por
exemplo, a saúde de nossa economia – que carece de pessoas qualificadas para
tocá-la -; nossos ainda persistentes indicadores de desigualdades de
oportunidades educacionais; a competitividade do país no contexto das economias
emergentes do BRICS etc. Expressões como as utilizadas pelo senador Cristovam
Buarque de que passamos por um momento de “apagão intelectual” com os
resultados apresentados pelo último IDEB, dimensionam o problema. O professor
pernambucano voltou a falar na sua “idéia fixa” de um esforço nacional pela
melhoria de nossa qualidade de ensino.
Como
parâmetro, o Brasil orienta-se com objetivo de atingir a média das economias
desenvolvidas, ou seja, a média 6,0, da comunidade OCDE, até o ano de 2021. No
outro ano, nós até obtivemos alguns números favoráveis, amplamente comemorados.
No IDEB divulgado agora, no entanto, a renitente dificuldade de o país atender
às demandas mais urgentes do ensino fundamental parece-nos que voltaram à tona.
Ou seja, nossos avanços tem sido num ritmo bastante lento. Há problemas
crônicos que jamais foram devidamente enfrentados ao longo das últimas décadas,
apesar da adoção de políticas públicas de corte mais eficaz, republicano e
inclusivas adotadas a partir do Governo Lula, dispostas a atacar o mal pela
raiz, como sempre se preconizou, centradas no gargalo da educação básica.
Embora
seja prudente tomar cuidados com os recursos investidos no setor – a questão da
qualidade do ensino exige o controle de outras variáveis tão ou até mesmo,
seguramente, mais importantes – entidades de classe estabelecem 10% do PIB em
investimentos em educação como uma meta ideal a ser atingida, embora algumas
autoridades do Governo já tenham afirmado que isso quebraria o país. Trava-se
uma batalha no poder Legislativo no tocante a esse percentual.
Uma
melhor educação, portanto, nunca foi um insumo tão importante para o
desenvolvimento do país. Os sócios do Brasil no BRICS investem pesado nessa
área, a exemplo da China. Alguns deles, caso da Rússia, historicamente e em
razão da experiência socialista, ainda ostentam bons indicadores nessa área. O
Brasil, portanto, está atrasado em seu dever de casa. Forjado numa cultura
hierarquizada, o Estado brasileiro sempre ofereceu uma educação diferenciada
aos seus alunos, com prejuízo dos mais empobrecidos. Os críticos dos programas
de cotas para ingresso no ensino superior apontam, com certa razão, que as
desigualdades educacionais deveriam ser enfrentadas em sua origem, ou seja, no
sistema de ensino fundamental, facultando aos alunos de origem mais humilde o
acesso a uma educação de qualidade, criando as condições ideais de
competitividade de acesso ao ensino superior.
Por
outro lado, apesar das críticas, também se entende a sensibilidade social do
Governo Lula em procurar, mesmo que por essas vias tortuosas, corrigir as
distorções de ingresso ao ensino superior entre pobres e ricos, criando dispositivos
e programas como o ProUni, um dos instrumentos inclusivos mais eficazes,
permitindo aos mais empobrecidos o acesso ao ensino superior. Com o ProUni, o
Governo Lula promoveu uma verdadeira revolução no ensino superior do país. Para
dimensionar o alcance social desse instrumento, sempre lembro uma fala do
professor Sérgio Abranches, ex-diretor do Centro de Educação da UFPE, numa
palestra em faculdade onde ministrávamos aulas. Depois de encerrar sua preleção,
teve a curiosidade de perguntar aos alunos, quantos ali os pais haviam feito um
curso superior. Ninguém levantou a mão. Ou seja, oportunizava-se o acesso ao
ensino superior a uma geração cujos pais jamais tiveram acesso.
Em
razão desses acertos, não raro menciono em nosso blog que, certamente, teria
sido melhor manter o Fernando Haddad naquela pasta. Por teimosia de Lula,
Haddad embarcou na canoa furada das eleições paulistas, com poucas chances de
reverter o quadro que vem se desenhando. Permanece como um lulodependente e o
seu padrinho político não irá ajudá-lo como gostaria. Por razões distintas,
Marta Suplicy e Dilma Rousseff também não se engajarão na campanha, o que
representa mais um revés para o candidato. Pelos últimos números do Datafolha,
ele permanece “empacado”, mantendo 8% das intenções de voto. Quem lidera a
pesquisa é o deputado Celso Russomanno, que dispensa apresentações.
Muita coisa precisa ser feita até 2021 para
atingirmos a média das economias mais desenvolvidas. Nossa média geral, para as
primeiras séries do fundamental, foi de 3,8. Para as séries finais, 3,9. Como
diria Cristovam Buarque, com essa nota não dar para “passar”. Ainda não
significa dizer que não tenhamos condições de atingir os índices da OCDE em
2021, mas estamos fazendo uma caminhada cheia de obstáculos, com alguns êxitos
pontuais, ainda assim bastante dispersivos, o que nos coloca com as barbas de
molho.
Esse
fosso entre algumas escolas de referência de desempenho, como o Colégio de
Aplicação da UFPE e o média geral obtidas por obscuras escolas da rede pública
de periferia, nos coloca num dilema bastante preocupante. Escolas e programas
excepcionais são exceções à regra e não podem servir como parâmetro, salvo para
meia dúzia de privilegiados que podem freqüentar aqueles estabelecimentos.
Em
Pernambuco, por exemplo, o Governo vem fazendo uma enorme propaganda do
Programa Ganhar o Mundo, que permite o intercâmbio de estudantes do Estado com
alguns países, com o objetivo de aprimorar o aprendizado de idioma. Certamente,
esses alunos, a partir de programas dessa natureza, poderão, um dia, sair da
conjugação do verbo To Be e dizer, em inglês, algo além do The book is on the table.
Mas, se o Governo não investir efetivamente na melhoria do ensino de língua
estrangeira na Rede Pública Estadual como um todo, isso não irá fazer grandes
diferenças.
Na
Região Nordeste, por exemplo, o Estado do Piauí apresenta alguns indicadores
interessantes em algumas escolas que funcionam em condições precárias e a
capital, Teresina, obteve um dos melhores desempenhos entre as capitais. Por
outro lado, na média, está um pouco acima apenas de Alagoas, o Estado que
apresenta um dos resultados mais sofríveis. Salvo algum engano, durante uma
palestra sobre as linhas de ações da Fundação Joaquim Nabuco consoante as suas
articulações com as políticas educacionais do MEC, o presidente da Instituição
mencionou a disposição da FUNDAJ em colaborar com o Governo no sentido de melhorar
nossos indicadores educacionais, citando nominalmente aquele Estado.
Em
Pernambuco, Recife permanece com um desempenho sofrível, mas cidades como
Petrolina e, pasmem, Quixadá, surpreenderam-nos, obtendo uma média considerada
razoável, embora, voltamos a repetir, a única coisa que essas cidades podem nos
ensinar para melhoramos nossos resultados no IDEB, tão somente, é a pedagogia
de sua práxis cotidiana, em termos de gestão, empenho e qualificação dos
professores, estruturação do plano de ensino, metas estabelecidas, instrumentos
eficazes de acompanhamento de aprendizagem etc. Fora disso, não passam
rigorosamente de “ilhas”.
O Colégio de Aplicação do Centro de Educação
da Universidade Federal de Pernambuco tornou-se um centro de referência de
ensino, aparecendo nas primeiras colocações em sucessivos IDEBs. Trata-se, como
chamamos no título desse artigo, um exemplo emblemático para analisarmos os
possíveis êxitos e, muito mais que isso, as mazelas do IDEB. O colégio obteve
uma média de 8,1 no último levantamento, conseguindo o primeiro lugar geral nas
últimas séries do ensino fundamental. Segundo tomei conhecimento, eles
planejavam obter a nota 8,4. Em todo caso, pontualmente, trata-se de um
desempenho excepcional, comemorado por pais, professores e gestores daquele
estabelecimento de ensino.
O
Centro de Educação da UFPE, ao qual está vinculado aquele colégio, também goza
de uma reputação elevada em termos de reflexões e produção acadêmica na área de
educação. Durante as últimas décadas, exerceu forte influência sobre as
políticas de educação implementadas pela Prefeitura da Cidade do Recife, tendo
saído daquele Centro vários gestores municipais, alguns ex-professores e
colegas que prefiro não mencionar. Se, por um lado, isso significa o
reconhecimento do nível de reflexão daquela entidade sobre o assunto, por
outro, é de se lamentar que os bons indicadores na área do ensino fundamental
não estejam se refletindo na Rede Pública da Cidade do Recife, que alcançou um
dos piores resultados do Brasil.
Um
dos gestores daquele Centro foi o professor Ives de Mapeau, de saudosa memória,
uma pessoa simples, sensível, que, algumas décadas atrás, quem sabe pelo hábito
trazido da França, já usava a bicicleta como um meio de transporte, numa
postura ecologicamente correta. Uma de suas declarações causou espanto nos
meios acadêmicos ao afirmar que o Colégio de Aplicação não teria competência
para trabalhar com alunos empobrecidos. À época, isso repercutiu muito mal,
porque o Centro era(?) hegemonizado pelo pensamento de esquerda e a franqueza
do professor pareceu algo conservador, elitista.
Por
outro lado, se estávamos num Centro de excelência em educação, como admitir
essa incapacidade de conceber um programa de educação que fosse competente o
suficiente para enfrentar as desigualdades inerentes aos alunos mais
empobrecidos? O professor foi muito mal interpretado e vítima do patrulhamento
ideológico – limitado ao discurso – dos departamentos mais identificados com o
pensamento de esquerda na educação, notadamente o de Fundamentos Sócio-Filosóficos
da Educação. O curioso naquele Centro é que o Departamento de Gestão Educacional,
perdoe-nos por não lembrar-nos do nome correto - quem sabe pelo viés
instrumental – sempre manteve uma postura mais conservadora.
Na
realidade, retirado esse pano de fundo ideologizado, logo se compreende as
afirmações do professor Ives de Mapeau, com quem tive a oportunidade de
conviver e conhecer sua seriedade. Há verdades e mitos que precisam ser
refletidos, sem a coloração ideológica que costuma anestesiar o pensamento.
Primeiro, há de se reconhecer todo o bom desempenho do Colégio de Aplicação da
Universidade Federal de Pernambuco, elogiando-se todos os seus servidores e
alunos. A nota obtida no IDEB é fruto da meritocracia. Possivelmente há um
programa de ensino e um planejamento muito bem estruturado; uma gestão atenta,
que acompanha todo processo – ou seja, tira a bunda da cadeira -; os
professores são bem qualificados e contratados consoante os critérios adotados
pelo mesmo processo de ingresso na Universidade.
Embora
não haja nenhuma indicação de que professores com melhor remuneração sejam
melhores professores, não resta dúvida de que eles possuem uma vida mais
sossegada, tendo acesso à dispositivos culturais que melhoram sua atuação em
sala de aula. A clientela atendida pelo Colégio é muito bem-selecionada,
através de um teste aplicado com regularidade, todos os anos. Isso permite
àquele estabelecimento trabalhar com uma público oriundo dos estratos sociais
remediado ou melhor favorecido da sociedade recifense e adjacentes. As enquetes
sociais aplicadas devem indicar isso.
Afora
esses procedimentos pedagógicos que podem ser repicados em escala em toda a
rede pública, caso haja recursos, vontade política e mobilização da sociedade, num
contexto mais geral, pouco contribuirá para socializar a melhoria da qualidade
do ensino no país. Quando muito, no final, serve apenas para aprofundar o fosso
que separa a sociedade brasileira, construindo-se muros, num país que precisa urgentemente
de pontes para se encontrar enquanto nação... até 2021. Chegaremos lá?
terça-feira, 21 de agosto de 2012
Ricardo Coutinho anuncia investimento de R$ 32 milhões em obras para a cidade de Cajazeiras.
O Governo do Estado está investindo R$ 32 milhões em obras e serviços no
município de Cajazeiras, que nesta quarta-feira (22) está completando 149 anos
de emancipação política. O pacote de obras, anunciado pelo governador Ricardo
Coutinho em comemoração à data, inclui a abertura da licitação do esgotamento
sanitário nos bairros de Pio X, Populares, São José, Por do Sol, Sol Nascente,
Alto Belo, Horizonte e Ronaldo Cunha Lima.
"São grandes obras para uma cidade que polariza toda uma região. São
intervenções que têm dotação orçamentária e recursos garantidos para a sua
realização”, afirmou o governador Ricardo Coutinho, durante solenidade realizada
nesta manhã no Teatro Irácles Pires (ICA).
O saneamento da Zona Norte de Cajazeiras representa um investimento de R$
17.261.159,79 milhões e beneficiará mais de 16 mil pessoas que residem nos
bairros de Pio X, Populares, São José, Por do Sol, Sol Nascente, Alto Belo,
Horizonte e Ronaldo Cunha Lima. "Está é uma obra fundamental que estava parada,
mas que será retomada dentro do PAC 1 e do PAC 2”, observou.
Aeroporto - O governador Ricardo Coutinho também autorizou a abertura da
licitação do balizamento noturno do aeroporto de Cajazeiras no valor de R$ 1,5
milhão. Segundo anunciou, essa é uma obra que visa incluir o aeroporto na rota
de regionalização dos vôos com intervenções, como indicação visual de vento,
farol rotativo, indicação luminosa de pista de pouso e decolagem e iluminação do
pátio de estacionamento de aeronaves.
Estádio Perpetão - Os investimentos do governo também incluem o setor de
esporte, com a abertura de licitação para reforma do estádio Perpetão, que
ganhará um novo lance de arquibancadas, reforma da arquibancada já existente,
além de serviços como a recuperação das vigas, banheiros e rampas de
acessibilidade. Os investimentos chegam a R$ 3,2 milhões e a obra será executada
pela Suplan.
O superintendente de obras do Estado, Ricardo Barbosa, destacou que a reforma
vai dobrar a capacidade do estádio e colocá-lo nos padrões das competições
oficiais. A medida irá beneficiar também os times do Paraíba e do Atlético, que
representam o futebol cajazeirense na 1ª e 2ª divisão do Campeonato
Paraibano.
Escola Técnica - O pacote de investimentos ainda contempla a construção da
Escola Técnica Estadual de Cajazeiras, que está orçada em R$ 7, 6 milhões. "Essa
será uma grande obra, não apenas para reforçar o perfil educacional de
Cajazeiras, mas para a região, ao promover a formação técnica dos sertanejos,
fazendo com que vivam, estudem e trabalhem aqui”, ressaltou o
governador.
ICA - O governador Ricardo Coutinho e o superintendente da Suplan, Ricardo
Barbosa, também assinaram o edital de licitação da reforma e ampliação do Teatro
ICA, que custará R$ 2,2 milhões. O teatro ganhará novos camarins, local para
plateia VIP com 38 lugares, rampa de acessibilidade, bilheteria, diretoria, sala
de técnica, banheiros para o público adaptados para deficiente, refeitório,
cozinha, almoxarifado, depósito, ajardinamento, banco em concreto armado, salão
de dança, ampliação no número de lugares (passando de 176 para 240 lugares) e um
reservatório elevado com capacidade para 10.000 litros.
"A licitação foi aberta no ano passado, mas deu deserta devido a problemas no
processo de acústica e iluminação, que são muito específicos. Mas a Suplan
correu atrás e está abrindo a licitação novamente para revitalizar esse
patrimônio cultural que é essencial para a cidade e será transformado no maior
teatro do Sertão nordestino”, destacou o governador.
Durante a solenidade também foi anunciada a implantação da Casa da Economia
Solidária, no valor de R$ 32 mil reais, em parceria com a Prefeitura municipal.
Mais de 5 mil pessoas serão beneficiadas. Também participaram da solenidade o
deputado estadual José Aldemir, o ex-deputado Jeová Campos, o secretário de
Infraestrutura, Efraim Morais, o diretor de obras do DER, Hélio Cunha Lima, e o
representante da Associação dos Amigos de Cajazeiras (MAC), José
Antônio.
Empreender - O programa Empreender PB liberou R$ 135 mil para 65
empreendedores que vão abrir ou ampliar seus negócios. O programa já liberou R$
335 mil somente em Cajazeiras e, segundo o governador, está preparado para
financiar muito mais este ano.
Um dos beneficiados foi o comerciante João Ferreira dos Santos Neto, o
primeiro contemplado com a renovação de crédito do programa. Ele conta que pegou
um o empréstimo de R$ 2 mil e com o aumento da distribuição dos salgados que
vende quitou o pagamento antes do prazo e contratou um novo financiamento de R$
12 mil. "Estou aproveitando os baixos juros e a demanda de lanches e salgados
para ampliar o negócio”, comemorou o comerciante.
Indústria - A cidade de Cajazeiras também ganhará mais uma indústria. Será a
fábrica Akapoo Indústria e Comércio Têxtil. Com os incentivos fiscais da Cinep,
o grupo cajazeirense vai investir R$ 350 mil no empreendimento que vai abrir
mais 130 novos empregos.
Fonte: Secom-PB
Ultrapassado por Russomanno, Serra agora tem o desafio de evitar o vexame de não ir ao 2º turono.
A nova pesquisa Datafolha consolida Celso Russomanno (PRB) como a grande novidade da fase pré-televisiva da campanha municipal de São Paulo. Em movimento ascendente desde o final do ano passado, o ex-azarão aparece pela primeira vez à frente do ex-favorito José Serra (PSDB): 31% a 27%.
Como a margem de erro da pesquisa é de três pontos –para o alto ou para baixo— o quadro ainda é de empate técnico. Mas até as curvas do Datafolha desfavorecem Serra: caiu três pontos desde a última sondagem, realizada nos dias 19 e 20 de julho. Russomanno avançou cinco casas no mesmo período.
Serra passou a conviver com um desafio novo. Precisa provar-se capaz de sobreviver ao primeiro round da disputa. Sua prioridade agora é evitar o fiasco experimentado por Geraldo Alckmin na disputa municipal de 2008. Naquele ano, Alckmin deslizou da liderança nas pesquisas para a derrota no primeiro turno. Passaram à segunda fase Gilberto Kassab (então no DEM) e Marta Suplicy (PT).
Pela lógica, Russomanno deve cair e Fernando Haddad (PT), hoje com irrisórios 8%, tende a subir. Nessa hipótese, bastaria a Serra manter o desempenho atual para escorregar à segunda fase. A história mostra, porém, que o eleitorado de São Paulo, por ilógico, é dado a surpresas. Recorde-se, a propósito, os triunfos de Luíza Erundina e de Jânio Quadros.
Nesta terça (21), o jogo entra em sua fase decisiva. Nos próximos 45 dias vai ao ar a propaganda dos candidatos no rádio e na tevê. É nessa temporada que o eleitor acorda para a disputa travada à sua volta. Contra Russomanno pesa o fato de que dispõe de vitrine eletrônica miúda: 2min11s. É pouco, muito pouco, quase nada perto do tempo de exposição de Serra e Haddad –7min39s cada um.
Conhecido por 64% do eleitorado e rejeitado por 15%, Haddad deve tomar o elevador no instante em que o marketing do seu comitê começar trombetear na tevê seus vínculos com Lula. Mal comparando, o candidato do PT atravessa situação análoga à de Dilma Rousseff, que também chegou ao horário eleitoral de 2010 atrás de Serra nas pesquisas.
Diferentemente do antagonista do PT, Serra e Russomanno são ultramanjados. O primeiro ostenta taxa de conhecimento de 98%. O segundo, 94%. A dupla diferencia-se na taxa de rejeição. Para desassossego do tucanato, 37% do eleitorado paulistano declara que jamais votaria em Serra. A inquietude aumenta quando se verifica que Russomanno é rejeitado por apenas 12% dos eleitores.
Dando-se de barato que Haddad vai subir, interessa saber se vai roubar votos de Serra ou de Russomanno. Analisada em seus meandros, a pesquisa Datafolha indica que o candidato do PRB corre mais riscos do que o contendor do PSDB. O problema é que, como já mencionado, o eleitor nem sempre guia-se pela lógica. E o eleitor de São Paulo já deu mostras de que não é avesso à ilógica.
Um detalhe potencializa os riscos de Serra. O candidato tucano está indissociavelmente vinculado à administração do seu apoiador Gilberto Kassab. O marketing do comitê tucano terá de operar a mágica de vender Serra como continuador da gestão de um prefeito que inspira em boa parte do eleitorado os mais primitivos instintos de mudança.
Publicado originalmente no Blog do Jornalista Josias de Souza, Portal UOL.
domingo, 19 de agosto de 2012
The Economist: Britain end Ecuador - Asylum for Assange
Asylum for Assange
Aug 19th 2012, 10:46 by The Economist online | QUITO
ON AUGUST 17th Ecuador announced its decision to grant diplomatic asylum to Julian Assange, founder of WikiLeaks, the organisation which has published reams of classified documents to the consternation of governments around the world. Two months earlier Mr Assange had entered Ecuador’s London embassy to avoid extradition to Sweden, where he faces questioning for alleged sexual abuse.
Bespectacled and in his gravelly Guayaquil accent, Ecuador’s foreign minister, Ricardo Patiño, rallied the Americas against Britain’s display of “gross blackmail” in threatening to arrest Mr Assange on the premises of the London embassy. Even diehard opponents of Rafael Correa, Ecuador’s president, railed against Britain’s ham-handed invocation of a never-used, 1987 law to insinuate that it could, eventually, have the right to enter the embassy. Mr Patiño seized the opportunity to claim that Britain had already committed a “hostile and unfriendly act”.
The row has taken British-Ecuadorean relations to a new low. Britain appears to have delayed dispatching a new ambassador to the embassy flat in Quito, Ecuador’s capital, which it shares with Germany and which is already almost bereft of British staffers. But the Foreign Office may be right to question whether Ecuador’s actions adhere to the Vienna Convention on diplomatic relations. Having bonded with the Mr Correa during a recent interview for Russia Today, a Kremlin-backed television channel, Mr Assange’s request for asylum was preceded by lengthy talks with the populist regime. WikiLeaks staffers visited Quito to sound out the situation, and the embassy prepared a room in its London flat for his arrival. According to an official close to Mr Correa, the president gave his approval for Mr Assange’s asylum request on the condition that it would be a straightforward matter. But unbeknownst to his inexperienced crop of diplomats, says the official, European countries, unlike Latin American ones, mostly do not accept the concept of diplomatic asylum. After a private presidential tongue lashing, Mr Patiño was set to work to provide the legal dossier in favour of Mr Assange’s appeal. The question was not if, but how, Ecuador would grant him asylum.
Mr Patiño presented a lengthy paper invoking international law and human rights to defend Mr Assange, and demonstrate Ecuador’s willingness to negotiate with Sweden, Britain, and America. While the United States has not charged him with a crime, Mr Assange fears he could ultimately face the death penalty there for his role in publishing hundreds of thousands of classified American documents.
Yet the issue of how to extract him from Britain remains problematic. Britain’s refusal to provide safe passage to Ecuador, and Sweden’s refusal to question him on the embassy’s premises, could mean Mr Assange remains in the embassy for at least the duration of Ecuador’s upcoming election campaign. For Mr Correa, the Australian former hacker is proof that Ecuador is not, as foreign and private domestic media insist, a threat to its people’s freedom of expression. Still, since Mr Assange moved into the embassy, the government has seized the computers of the critical magazine Vanguardia on trumped-up charges for the second time, and opened individuals’ internet protocol (IP) addresses to government scrutiny. And, Alexander Barankov, a Belarusian former army captain, faces extradition to Belarus at that government’s request, despite Ecuador having previously awarded him refugee status.
But Ecuador will not want to host Mr Assange in its London embassy forever, says Michel Levi, professor of international relations at the Andina Simón Bolívar University in Quito. "I think he will end up in Sweden, with special conditions granted for his eventual trial," he says. On Sunday Mr Assange was due to make a statement from the embassy, in which sources close to him suggest that he may offer to cooperate with Sweden if guarantees are given that he would not face extradition to a third country.
UPDATE: Speaking from a balcony at the embassy on Sunday, Mr Assange thanked the government and people of Ecuador for granting him asylum in their country, and urged America to renounce its “witch-hunt” of WikiLeaks and “war on whistleblowers”. See his speech here
Gazeta de Alagoas: A cracolância de Pajuçara.
Moradores das imediações do antigo Hotel Othon,
na Pajuçara, são tomados pelo medo
Abandonada, área nobre é utilizada para consumo de
crack
Flanelinhas montaram acampamento em área nobre da
capital e consomem drogas à luz do dia
Foto: RICARDO LÊDO
Por: MARCOS RODRIGUES - REPÓRTER
A fumaça do crack continua dominando a orla da capital. O
descontrole da venda e do consumo tem assustado os moradores da Pajuçara. Quem
mora nas imediações do antigo Hotel Othon, na Avenida Jangadeiros Alagoanos,
convive diariamente com o medo.
O movimento de usuários no entorno do prédio – que abriga salas comerciais e o Cine Sesi – ocorre à luz do dia, o tempo todo. Valendo-se do abandono do local e do fechamento do antigo restaurante Oásis, os “noiados” fumam diariamente num frenesi que assusta quem passa.
Travestidos de “olheiros” de automóveis, cada trocado obtido se transforma em “doidera” em questão de segundos. As pedras, do tamanho de grãos de arroz ou, em alguns casos de feijão são tragadas sem constrangimento.
Na semana passada a reportagem da Gazeta, conversou com um grupo de quatro adultos e um adolescente. Temerosos com a abordagem direta e franca, acabaram relaxando e fumando, quando tiveram a certeza de que não éramos os “homi” como a polícia é chamada entre eles.
O movimento de usuários no entorno do prédio – que abriga salas comerciais e o Cine Sesi – ocorre à luz do dia, o tempo todo. Valendo-se do abandono do local e do fechamento do antigo restaurante Oásis, os “noiados” fumam diariamente num frenesi que assusta quem passa.
Travestidos de “olheiros” de automóveis, cada trocado obtido se transforma em “doidera” em questão de segundos. As pedras, do tamanho de grãos de arroz ou, em alguns casos de feijão são tragadas sem constrangimento.
Na semana passada a reportagem da Gazeta, conversou com um grupo de quatro adultos e um adolescente. Temerosos com a abordagem direta e franca, acabaram relaxando e fumando, quando tiveram a certeza de que não éramos os “homi” como a polícia é chamada entre eles.
Leia mais na versão impressa
Caminhos do Frio chega ao fim em Areia e vai para Alagoa Grande, PB.
Programação de Alagoa Grande começa na segunda (20).
Projeto se encerra
em Alagoa Nova, em 2 de setembro.
Teatro Santa Ignêz recebe atrações em
Alagoa
Grande (Foto: Divulgação/Caminhos do Frio)
Grande (Foto: Divulgação/Caminhos do Frio)
A programação da “Rota Cultural - Caminhos do Frio” termina neste domingo
(19) na cidade de Areia e segue na segunda-feira (20) para Alagoa Grande. O
projeto passa por seis cidades do Brejo paraibano e a edição 2012 se encerra em
Alagoa Nova, de 27 de agosto a 2 de setembro.
Neste último dia em Areia, a programação intitulada "Frio, Cachaça e Arte" tem um passeio ciclístico, saindo do adro da igreja às 8h. À tarde, ainda haverá o VXI Encontro de Capoeira e Troca de Cordéis, no Espaço da Arte Horácio de Almeida, às 14h.
A abertura da programação “Festival de Artes Populares Jackson do Padeiro”, em Alagoa Grande, tem três espetáculos teatrais no Teatro Santa Ignêz. Às 15h, o Grupo de Teatro Zoar apresenta “O Macaco e a Velha”, em seguida, às 16h30, o grupo Os Outros encena “Vozes da África”. À noite, às 19h30, é a vez do espetáculo “Asas para Augusto”, do Grupo de Teatro Mangai. Para encerrar o dia, o grupo Os Outros se apresenta novamente, com “Um Olhar Jacksoniano”, às 21h.
Neste último dia em Areia, a programação intitulada "Frio, Cachaça e Arte" tem um passeio ciclístico, saindo do adro da igreja às 8h. À tarde, ainda haverá o VXI Encontro de Capoeira e Troca de Cordéis, no Espaço da Arte Horácio de Almeida, às 14h.
A abertura da programação “Festival de Artes Populares Jackson do Padeiro”, em Alagoa Grande, tem três espetáculos teatrais no Teatro Santa Ignêz. Às 15h, o Grupo de Teatro Zoar apresenta “O Macaco e a Velha”, em seguida, às 16h30, o grupo Os Outros encena “Vozes da África”. À noite, às 19h30, é a vez do espetáculo “Asas para Augusto”, do Grupo de Teatro Mangai. Para encerrar o dia, o grupo Os Outros se apresenta novamente, com “Um Olhar Jacksoniano”, às 21h.
saiba mais
Antes da abertura oficial no dia 20, a rota ainda tem algumas atrações no
domingo. A 6ª Trilha dos Engenhos, de moto, acontece a partir das 8h no CAIC.
Neste mesmo local, às 13h, acontece o 1º Forró dos Motoqueiros, com Cariris do
Forró. A ponte da Rua do Tacho, às 15h30, recebe a 1ª Corrida de Jegue da Rua do
Tacho.
A rota se encerra na semana seguinte, em Alagoa Nova. O projeto já passou por Bananeiras, Serraria e Pilões.
A rota se encerra na semana seguinte, em Alagoa Nova. O projeto já passou por Bananeiras, Serraria e Pilões.
(Com informações do G1 PB).
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