pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Michel Zaidan Filho: Até quando?

CONTEXTO POLÍTICO.

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terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Michel Zaidan Filho: Até quando?

O noticiário impresso e televisivo dá conta de uma celebração de acordo de leniência entre a Construtora Andrade Gutierrez e a Procuradoria Geral da República para o pagamento de uma multa de 1.000.000.000, por participação fraudulenta nas obras da Copa do Mundo, particularmente na construção de estádios. A empresa fez o acordo para continuar participando de processos licitatórios com a União. A questão que fica é quando a Norberto Odebrecht fará o mesmo, em relação à construção da Arena Pernambuco, operação fraudulenta já denunciada pela Polícia Federal, através  da Operação "Fair Play". A delação do alto executivo da Construtora Odebrecht, Marcelo Odebrecht - preso em uma cela no Paraná - iluminaria muito a forma como foram feitas as diversas desapropriações  de terrenos e imóveis e o privilégio de ter sido a única empreiteira que abocanhou os bilhões gastos com um monumento à inutilidade social.
Mas interessante e esclarecedor seria conhecer os agentes públicos municipais e estaduais envolvidos com a fraude, na época. Em toda  operação fraudulenta (com a venda subavaliada dos imóveis do Cais Estelita, que produziu um prejuízo de 10.000 milhões de reais aos cofres públicos) há duas pontas: o corruptor e o corrompido. A prisão e a denúncia daqueles ricos empreiteiros envolvidos nos escândalos da Operação Lava Jato e de outras grandes obras públicas no Brasil, deve levar à investigação de que agentes públicos se beneficiaram desse esquema e da sua responsabilidade criminal e civil.
Isto é tanto mais importante em razão das sérias e profundas implicações que podem ter para as eleições já do próximo ano. Alguns desses eventuais implicados, que hoje ocupam funções públicas, serão candidatos  e a apuração célere e oportuna desmascarariam essas criaturas diante do eleitorado, produzindo uma necessária depuração do processo político brasileiro. O não esclarecimentos dessas candentes perguntas e questões só contribuem para a impunidade e a sensação de que o crime compensa (e muito) se não for descoberto a tempo e não prescrever; permitindo assim que o meliante faça carreira na vida pública e escarneça dos ingentes esforços das instituições brasileiras no sentido de passar a limpo a roubalheira e punir seus responsáveis exemplarmente. 
0 exemplo de banqueiros, empresários, políticos e altos funcionários públicos sendo presos, investigados e punidos não pode servir de uma estranha "catarse" para a sanha de vingança da população brasileira contra os políticos e a política. A execração pública de algumas notoriedades sociais não deve servir de cortina para a impunidade de servidores públicos que se encontram, por enquanto, a salvo dos braços largos da Justiça.
O povo pernambucano aguarda com ansiedade que esses braços alcancem os criminosos do nosso Estado que, valendo-se da presunção de inimputabilidade, venderam  o que lhe restava de espírito cívico em troca de uns milhares de reais. 

Michel Zaidan Filho é filósofo, historiador, cientista político, professor titular da Universidade Federal de Pernambuco e coordenador do Núcleo de Estudos Eleitorais, Partidários e da Democracia - NEEPD-UFPE.




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O ano de 2021 foi um ano bastante ativo em termos de produção literária para este editor. Participamos de alguns concursos e tivemos a satisfação de ver nosso trabalho reconhecido por alguns gentis examinadores, seja no gênero romance – já selecionado e em processo de produção pela editora– no gênero crônicas, onde tivemos premiada uma coletânea de crônicas literárias, em concurso na terra das Alterosas, Minas Gerais, e, igualmente no tocante ao conto, tivemos a honra de ver um deles selecionado pela Academia Penedense de Letras, Artes, Cultura e Ciência, APLACC. O gênero conto, conforme observava Machado de Assis, é um dos gêneros literários mais difíceis. Exige muita concisão e enxugamento, para usarmos uma expressão do grande escritor alagoano, Graciliano Ramos, que comparava o ofício de escrever ao das lavadeiras, que batem as roupas até elas perderem toda a gordura e sujeiras. Graciliano foi, entre os nossos homens de letras, certamente, o mais “enxuto”. Morreu insatisfeito com os resultados do seu primeiro romance, Caetés, mesmo depois dos elogios de Antonio Candido. Possivelmente, o mais importante nesses concursos seja a possibilidade de acompanharmos o nosso aprimoramento no ofício de escrever. É uma oportunidade de avaliarmos o nosso trabalho. José Lins do Rêgo tinha uma grande amizade, fruto de uma verdadeira veneração pelo sociólogo e amigo Gilberto Freyre, uma espécie de mentor literário do paraibano. Somente mais recentemente tomamos conhecimento de que praticamente toda a sua produção literária era, antes, submetida ao crivo do sociólogo, que fazia observações, considerações e sugestões, numa estratégia da consagração conveniente a ambos. Sabe-se lá se o paraibano seguia à risca todas as recomendações do sociólogo, mas nunca deixou de ouvir o amigo. O conto deste editor, selecionado pela Academia de Letras da Cidade de Penedo, cidade do estado de Alagoas, é um conto simples, singelo, inspirado em experiências da infância. Severino Bucho-Azul foi um personagem que habitou nosso imaginário desde a mais tenra infância. Adulto, resolvemos homenageá-lo através deste conto. Numa autocrítica, depois de uma leitura menos apaixonada, não ficamos satisfeito com o seu final, mas ele cumpre, rigorosamente, toda a estrutura exigida por este gênero literário, o que, certamente, levou os avaliadores a selecioná-lo. Esta indagação sobre a estrutura de um conto é um dos momentos mais delicados desse gênero literário. Há enormes controvérsias em relação ao assunto. Nos micro contos, por exemplo, toda essa "estrutura" fica creditada à imaginação do leitor, o que é algo muito subjetivo.




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