1 de agosto de 2014 | 11:54 Autor: Fernando Brito
Hoje, O Globo publica uma interessantíssima matéria sobre como Israel apoiou e até financiou o crescimento de organizações como o grupo Mujama, que se ampliaria na formação do Hamas, não porque lhes partilhasse a fé islâmica, evidentemente.
Mas para desestabilizar e enfraquecer Yasser Arafat e sua OLP.
Não surpreeende a quem acompanha a história do Oriente Médio.
Não foi diferente com os EUA em relação aos talibãs e ao próprio Osama Bin Laden, seu ex-agente, contra Brabak Karmal, presidente afegão apoiado pelos então soviéticos.
Ou com os rebeldes líbios que incendeiam, hoje, Benghazi. Ou com os grupos que tomam o poder em áreas da Síria e no Iraque. Ou com os generais homicidas do Egito, ou com os grupos nazistóites na Ucrânia.
É a dinâmica do intervencionismo, que procura interferir no desenvolvimento das sociedades, sem respeito por suas próprias opções.
A autodeterminação dos povos é uma balela se acharmos que eles são livres para determinarem a si mesmos o que outro país quer.
O resultado desta política está aí, diante dos olhos espantados e chocados de todo o mundo.
As flores fétidas e deformada do que plantaram.
E que se reproduzem, se reproduzem, porque nos preocupamos mais em dizer que há radicais do que em cuidar que as terras de um povo sejam deste povo.
Fico pensando, aqui, quando vejo o vídeo de crianças palestinas enfrentando os soldados da ocupação israelense em suas terras, em que não é preciso entender uma palavra do que dizem para saber o que lhes transborda.
É possível que estas crianças cresçam sem ódio?
Se crescerem, depois de tantas bombas que lançam sobre elas.
Será que são elas as insanas?
(Publicado originalmente no site Tijolaço)
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