Crédito da foto: Sérgio Lima, AFP. |
Com as taxas de juros nas alturas - produzindo uma sequência de problemas na área econômica - aliada a um escore temerário de governabilidade, sob constantes chantagens e assédios da oposição, não se poderia esperar que o humor de Lula estivesse em estado de graça. Nos escaninhos da política comenta-se que ele anda bastante irritado, inclusive com os assessores mais próximos. Soma-se a isso a má-vontade de alguns órgãos de imprensa, que fazem questão de explorar o lado negativo do seu governo, como um desses grandes jornais, que, até recentemente, em editorial, afirmou que o retrocesso nefasto representado pelo bolsonarismo poderia se constituir numa alternativa viável de oposição ao petismo. Mesmo com as ressalvas posteriores, o próprio jornal admitiria a improcedência de se levantar tal hipótese. O petismo é democrático, humanitário, republicano, civilizado. O bolsonarismo nunca foi alternativa ao petismo.
E, por falar nessas fontes de mau humor, Lula terá mais um motivo a se preocupar. O pente-fino que está sendo passado no Programa Bolsa-Família está sendo realizado com a melhor das boas intenções. O objetivo é combater as fraudes e irregularidades, assim como ampliar o benefício para aqueles que, de fato, precisam dele, pois atendem aos requisitos exigidos. Como o número de "piolhos" ou irregularidades é grande - envolve milhões deles - a grita é generalizada e isso vem sendo matreiramente explorado pela oposição, que amplifica apenas o drama sem se ater, por motivos óbvios, às motivações dos cortes.
Há várias irregularidades nesses programas de benefícios que precisam ser corrigidas. Durante os dias mais nebulosos da pandemia da Covid-19, criou-se um programa emergencial, onde mais de 200 mil militares foram incorporados ao programa, naturalmente, de forma irregular. Ninguém sabe o que ocorreu por ali, mas se constitui uma ingenuidade trabalhar com a hipótese de um erro de sistema que incluiu mais de 200 mil benefícios.
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