No dia de ontem, a pedido do deputado Orlando Dias, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lyra, retirou de pauta a PL das fake news. Havia o risco de o Governo vir a ser derrotado numa eventual votação. Pior do que isso seria o cumprimento de uma eventual ameaça do alagoano, no sentido de não voltar a pautar a matéria, em razão de uma série de motivos, conforme observa a coluna do jornalista Cláudio Humberto. Lira teria conversado com os líderes de partido de oposição e todos teriam sido atendidos em seus pleitos de alterações no projeto. Mesmo assim, o andar da carruagem indicava que eles não apoiariam o projeto.
Orlando Silva, por sua vez, irá se recolher aos aponsentos para se dedicar à tarefa de aperfeiçoar o projeto de lei, definindo uma solução para uma questão nevrálgica: qual seria o órgão da Uniao responsável por fazer cumprir a legislação sobre o assunto. A narrativa da oposição de que se trata de uma tentativa de "censura" - com a prestimosa ajudinha das plataformas - ganhou fôlego e convenceu parte da população em endossar esse tese. O recuo em submeter o projeto à votação em plenário tem sido apontado como uma espécie de derrota do governo.
Não tem sido e não será fácil para o governo Lula aprovar essa PL, diante dos problemas estruturais que a envolve, além da opinião pública contrária, que está sendo "trabalhada" profissionalmente por setores que alegam eventuais prejuízos financeiros para os seus negócios. Para esses setores, a construção da narrativa de que a PL fere a liberdade de expressão, neste caso,é, tão, somente, uma narrativa.
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