A Rede Bandeirantes de Televisão cumpriu com sua tradição de dá início aos debates entre os candidatos que concorrem às prefeituras municipais, nas eleições de outubro, em todo o Brasil. Esses debates cumprem um papel importante numa ambiente democrático, facultando ao eleitorado a oportunidade de conhecer as propostas dos postulantes que desejam habilitarem-se a gerir o destino da pólis pelos próximos quatro anos. Além de apresentar a melhor proposta, sob a clivagem do eleitorado, o candidato precisa convencer o eleitor sobre a suas reais intenções, assim como sobre a sua capacidade de tocar essas propostas. Ou seja, questões relevantes podem ser inferidas num debate como esses organizados pioneiramente pela Rede Bandeirantes.
Lamentamos informar, no entanto, que nada disso foi observado durante a noite de ontem, dia 08, entre os postulantes que se habilitam a gerir o destino de São Paulo pelos próximos quatro anos. Os candidatos se perderam em agressões e ofensas pessoais. Mesmo que por vias tortuosas, o debate de ontem deve promover algumas mudanças na dinâmica competitiva da disputa pela cadeira do Edifício Matarazzo. Há muitas acusações contra a gestão de Ricardo Nunes e isso deve se refletir na avalição de sua gestão o que pode respingar sobre sua situação nas pesquisas de intenção de voto daqui para frente.
O lado bom do debate é que ele trouxe à tona alguns aspectos da rede de interesses corrupta que gira em torno da Indústria da Cracolândia, controlada por agentes públicos que integram grupos de milicianos, lojas de desmonte de celulares roubados, hotéis, ferro velho, extorsão, comércio de entorpecentes. Aliás, pelo andar da carruagem, o comércio de entorpecentes é apenas a ponta da iceberg.
Nenhum comentário:
Postar um comentário