pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO.
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sábado, 7 de julho de 2012

Grupo entrega a Gereldo Júlio Agenda para o Recife do Futuro.







 
Incorporado à equipe que elabora o programa de governo de Geraldo Júlio (PSB), o grupo de partidos que vinha defendendo uma candidatura alternativa para prefeito do Recife, liderado pelo senador Armando Monteiro (PTB), já apresentou a Geraldo o conjunto de propostas inserido na “Agenda para o Recife do futuro”.
Documento formulado por técnicos indicados pelos partidos, ao longo de uma série de reuniões nos últimos meses, a Agenda para o Recife indica diretrizes para o desenvolvimento econômico e social do município, além de fazer um diagnóstico da situação atual da capital. O documento foi dividido em cinco eixos fundamentais: Planejamento de longo prazo; Gestão da cidade; Promoção social; Desenvolvimento econômico; e Participação popular.
Essas contribuições já vêm sendo aprofundadas nas discussões de programa de governo da Frente Popular do Recife, que contam com a participação de todos os partidos engajados na candidatura de Geraldo Júlio a Prefeito do Recife. Veja abaixo a íntegra da Agenda:
(A foto em anexo foi feita na convenção de Geraldo Júlio. O crédito da foto é: Alexandre Albuquerque/Divulgação)

AGENDA PARA O RECIFE DO FUTURO
SÍNTESE DA SITUAÇÃO ATUAL DO RECIFE
 
1. Visão predominantemente de curto prazo e assistemática do desenvolvimento atual e futuro da cidade, em especial no que diz respeito ao planejamento urbano, na prática inexistente, e à integração metropolitana do Recife.
 
2. Perda do controle urbano por parte do poder público, tendo como padrão disseminado na cidade a ampla desobediência e o grave descumprimento dos instrumentos legais regulatórios do espaço e da convivência urbana no Município.
3. Mobilidade travada e em fase de pré-colapso pelo crescimento descontrolado do transporte individual automotivo, em detrimento da indispensável prioridade a ser dada ao transporte público de qualidade e aos demais modais (como, por exemplo, deslocamentos a pé e de bicicleta e transporte aquaviário).
4. Falta de condições de acessibilidade a prédios, equipamentos e espaços públicos.
5. Abandono do centro da cidade (até o limite da Avenida Agamenon Magalhães).
6. Descompasso crescente e preocupante entre a intensificação do uso do solo urbano e a oferta de serviços públicos (redes), resultando em estrangulamentos crescentes e visíveis por toda a cidade.
7. Aumento do “custo Recife” (terrenos, aluguéis, deslocamentos, infraestrutura etc.) pela deseconomia de escala provocada pela pressão que sofre a cidade, sem a adequada preparação, como principal palco urbano do novo e acelerado ciclo de crescimento da economia de Pernambuco.
8. Falta de identificação clara das vocações econômicas da cidade e de investimento na sua potencialização, agravados pelos problemas da desocupação de ampla parcela da população em idade produtiva, da inexistência de formação para o trabalho e do não incentivo ao empreendedorismo na cidade.
9. Falta de identificação e tratamento das vocações específicas dos bairros da cidade para potencialização do uso e da ocupação do solo e para o indispensável estímulo à descentralização das atividades comerciais e de lazer.
10. Insuficiência de espaços verdes e arborização mal cuidada.
11. Deficiências diversas e insuficiente abrangência na coleta e no tratamento do lixo urbano.
12. Grave deficiência no tratamento de esgoto e insuficiente rede de coleta (cobertura de apenas um terço dos domicílios).
13. Drenagem amplamente deficiente e com inúmeros pontos críticos que provocam transtornos monumentais para os cidadãos durante os períodos chuvosos.
14. Calçadas inadequadas sob os aspectos do seu estado de conservação e uso, em flagrante desrespeito ao elementar direito de ir e vir dos pedestres (responsáveis por pelo menos 1/3 dos deslocamentos na cidade – modal “a pé”).
15. Má qualidade da educação municipal aliada à falta de perspectivas de futuro para ampla parcela das crianças e dos jovens recifenses.
16. Má qualidade do atendimento na saúde pública e precariedade dos equipamentos e espaços físicos.
17. Invasão do espaço público, em especial nos bairros do centro, por moradores de rua.
18. Enfrentamento inadequado do uso de drogas, em especial no que diz respeito ao crack.
19. Segurança pública muito aquém do mínimo indispensável ao exercício da cidadania produtiva e tranquila.
20. Abandono e degradação do rico patrimônio histórico, cultural e turístico da cidade por falta de ação preventiva e de incentivos efetivos e viáveis à sua preservação e ao seu uso produtivo.
21. Baixa participação da população e da sociedade civil organizada na discussão dos reais problemas da cidade e das suas necessárias soluções.
22. Modelo de gestão excessivamente centralizado, sem efetivas divisões regionais e concentração das decisões e dos serviços.
23. Falta de valorização dos quadros técnicos próprios da administração pública municipal que assegurem a continuidade administrativa entre gestões e a guarda e o desenvolvimento da memória técnica da cidade.
EIXOS DE UMA AGENDA PARA O RECIFE
1. Planejamento de Longo Prazo
· Restabelecer a prática e a sistemática de planejamento de longo prazo para delinear a cidade do futuro, de modo a que seja possível definir, com clareza e dentro das necessidades do Recife, o uso do solo urbano municipal.
· Fortalecer as carreiras públicas municipais.
· Instalar a discussão sobre as mudanças climáticas e preparar plano de longo prazo para enfrentamento das suas consequências e impactos sobre a cidade.
2. Gestão da Cidade
· Regionalizar/descentralizar efetivamente a administração pública municipal com a imediata ampliação da prestação de serviços pelas regionais.
· Fazer cumprir e aperfeiçoar os dispositivos legais ordenadores das atividades urbanas, em especial no que diz respeito a licenças de construção, de funcionamento e de placas visuais, além de estacionamento, carga e descarga etc.
· Aperfeiçoar a infraestrutura e realizar a efetiva manutenção dos principais sistemas/redes urbanos como coleta de lixo, iluminação pública, vias de circulação – inclusive calçadas –, drenagem, áreas verdes etc.
· Enfrentar de forma criativa e viável o problema da crescente falta de mobilidade, com o estabelecimento de medidas de curto, médio e longo prazos que priorizem uma nova logística de deslocamentos e o transporte coletivo (pneus, trilhos e aquaviário), a pé e de bicicleta.
· Cumprir e fazer cumprir a legislação vigente implantando o conceito de acessibilidade universal que perpassa todas as áreas de ações e intervenções no âmbito da municipalidade.
· Implantar sistema de saneamento ambiental que reduza a geração de lixo e promova a coleta eficaz e seletiva e sua correta destinação final, bem como universalizar a coleta e o tratamento de esgoto na cidade.
3. Promoção Social
· Promover melhoria na qualidade do ensino com universalização do modelo de tempo integral na escola.
· Melhorar os atendimentos clínicos e laboratoriais na rede municipal de saúde fazendo funcionar integralmente os Programas de Saúde da Família, Caps, postos de saúde, hospitais, maternidades e policlínicas, de forma integrada com os demais municípios da RMR, visando a reduzir o encaminhamento para a rede de atendimento hospitalar do Recife, com ênfase no atendimento à mulher e ao idoso.
· Implantar programa habitacional de interesse social articulado com os demais municípios da RMR, com a construção de moradias que reduzam o déficit habitacional, garantindo regularização fundiária, infraestrutura básica necessária e sustentabilidade econômica e social.
· Assumir o papel da administração municipal na segurança pública e na consequente melhoria da qualidade de vida no Recife, com ações de competência da administração pública municipal como, por exemplo, iluminação pública, valorização de praças e parques públicos, urbanização de favelas, educação de jovens e adultos e inclusão social através da cultura e do esporte.
4. Desenvolvimento Econômico
· Identificar as vocações econômicas da cidade e estimular o seu desenvolvimento (incluindo a capacitação profissional e o estímulo ao empreendedorismo) como fator de criação de oportunidades de emprego e renda e de inclusão social.
· Valorizar de forma intensa a diversidade cultural e histórica da cidade para resgate do passado, elevação da autoestima do recifense, geração de renda para os cidadãos e ampliação da inclusão social.
5. Participação Popular

· Ampliar a efetiva participação da população – por meio de fóruns de discussão e campanhas sistemáticas de informação e esclarecimento – na formulação das políticas públicas e na avaliação de sua execução pela administração pública municipal.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Com a saída de Rands, agrava-se a crise do PT no Estado.


O pedido de desfiliação do PT do ex-secretário de Governo de Eduardo Campos,  Maurício Rands, é mais uma capítulo das grandes novidades que envolvem a disputa da capital pernambucana nas eleições de 2012. A atitude de Rands traz alguns novos complicadores para a candidatura do senador Humberto Costa, expondo de vez os graves problemas enfrentados pelo partido, hoje dicotomizado diante de uma aristocracia partidária autoritária e as suas bases, forjadas organicamente nos movimentos sociais, sindicais e clericais. Já houve um momento na história do partido que esas bases tinham um poder tão expressivo que, para alguns estudiosos, representavam um antídoto seguro à possibilidade de oligarquização da agremiação. Uma avaliação, naturalmente, ingênua, conforme deixamos claro em artigo publicado aqui no Blog do Jolugue. A carta de Rands traz alguns outros trechos importantes, mas é interessante observar como a imprensa focou o momento em que Rands advoga o processo pelo qual foi alijado da disputa, preterido por um nome tirado sob medida pelo politburo da organização petista, o do senador Humberto Costa, previamente concebido como "o candidato" pela cúpula partidária do PT. Em princípio, não há muito contradições na fala de Maurício Rands, como sugere o ex-Secretário de Cultura da Prefeitura do Recife, Renato Lins, que, pelo microblog Twiter, classificou o deputado de queijo do reino, ou seja, vermelho por fora e amarelo por dentro. Os discursos devem ser lidos nas entrelinhas. Quem esteve atento aos fatos devem lembrar que ele chorou bastante ao retirar sua candidatura, apesar do “sacrifício” em nome da unidade. Tratou-se, em última análise, de um processo bastante doloroso. Seu namoro com o Palácio do Campo das Princesas, por sua vez, não é de hoje. Faz algum tempo que teria passado da fase dos "amassos". Era o nome da preferência de Eduardo Campos para disputar a Prefeitura do Recife. Tão confiável a Eduardo Campos que passou a gerar desconfiança dos grãos-petistas, que, naturalmente, alijaram-no da disputa, como também o fizeram com o atual prefeito, João da Costa. Por falar em João da Costa, ele está saltitante, gritando aos quatro cantos que a atitude de Rands demonstra que ele estava certo. Hoje especulou-se que ele teria sugerido a Rands que assumissem o compromisso de enfrentar, os dois, a Executiva Nacional do Partido, mas Rands acabou definindo seu apoio a Humberto Costa logo após ser rifado. A saída de Rands do PT – já declarando abertamente apoio ao nome de Geraldo Júlio – embora minimizada pelo senador Humberto Costa – agrava, sim, a crise do PT no Estado. Para complicar ainda mais o quadro, só mesmo as constantes declarações de guerra de José Dirceu ao governador de Pernambuco, Eduardo Campos. A queda da Bastilha petista, o Palácio Antonio Farias, nunca esteve tão ameaçada. O PT vai jogar pesado para segurá-la, mas a situação é cada dia mais complicada, avolumando-se os problemas. Há uma possibilidade real do prefeito João da Costa apoiar a candidatura de Geraldo Júlio.Também não nos parece claro, ainda, qual o discurso que será utilizado pelo PT. Mesmo diante de um "inimigo externo", muito dificilmente a tão sonhada unidade tem chance de ser conseguida. Parafraseando o velho Karl Marx, numa alusão ao sistema capitalista, o PT alimenta o germe de sua própria destruição. Pay attention, PT!

Lyras e os Queiroz ainda não decidiram se no cardápio político de Caruaru será servido charque ou carne de sol.

   

Este ano, apesar de se constituir, como afirmamos, num excelente termômetro político do Estado, parece que erraram o ponto da canjica servida na fazenda Macambira, em Caruaru, pertencente à família Lyra. Apesar das relações amistosas durante o São João, logo em seguida o vice-governador João Lyra lançou uma nota para a imprensa manifestando sua posição de manter-se eqüidistante das eleições na Princesa do Agreste, apesar de, formalmente, emprestar seu apoio ao nome do José Queiroz, com quem vive às turras. Uma velha raposa daquela cidade afirmava que ali só havia duas opções: carne de charque ou carne de sol, numa referência à polarização das disputas políticas locais, rivalizadas entre duas famílias. Tony Gel introduziu a picanha de bode – servida no Alto do Moura – provocando a aproximação entre os Lyras e os Queiroz. Parece-nos, no entanto, que serão os Lyras e os Queiroz, entre si, quem deverá definir o cardápio político que deverá ser servido naquela cidade do agreste pelos próximos anos, o que talvez explique as indisposições entre ambos.   
Crédito da Foto: Aguinaldo Silva, Folha de Pernambuco.

Aécio Neves também se movimenta.


Embora nos transmita a impressão de viver em berço esplêndido, o senador mineiro, Aécio Neves, também se movimenta. Agora mesmo, por exemplo, todos afirmam ter o seu dedo o afastamento do PT da aliança em torno da reeleição do prefeito Márcio Lacerda, do PSB. De olho em 2014, Aécio Neves teria planos de fazer de Márcio Lacerda governador mineiro e absolutamente nenhum desejo que a capital de Minas, Belo Horizonte, ficasse sob a administração do PT. O imbróglio mineiro vem gerando panos para as mangas e, mais uma vez, confirma-se a tese da nacionalização das decisões locais em função dos arranjos do pleito presidencial de 2014.

Mantega: 10% para a educação quebra o Estado.


Convém não prestar muita atenção ao que estão dizendo os economistas do governo. Quem presta atenção arrisca-se a ficar mais confuso. Até outro dia, diziam que o Brasil já era a sexta economia do planeta.
Nas últimas semanas, começaram a admitir que a crise internacional é mesmo feia. Mas o Brasil, sólido a mais não poder, estava preparado para o tranco. Súbito, os amigos do Congresso levaram à pauta projetos que criam despesas.
Dilma Rousseff deu o grito: não se deve “brincar à beira do precipício”. Nesta quarta (5), a presidente foi ecoada pelo ministro Guido Mantega. Queixando-se do assédio do Legislativo às arcas do Tesouro, o titular da Fazenda disse:
“…É muito importante que a sociedade nos ajude com as questões que põem em risco a nossa solidez fiscal.” A sociedade? Melhor tocar o telefone para o companheiro Marco Maia (PT-RS), senhor da pauta da Câmara.
A certa altura, Mantega fez referência ao Plano Nacional de Educação, já aprovado na Câmara. Prevê a elevação dos investimentos em educação dos atuais 5,1% do PIB para 10%. Coisa gradual, a ser atingida em dez anos. E Mantega: “Isso coloca em risco as contas públicas. Isso vai quebrar o Estado brasileiro.”
Quer dizer: brevemente seremos a sexta, quiça a quinta maior economia do mundo, mesmo que ainda sejamos incapazes de ler o A-E-I-O-U, a não ser que venha numa planilha.

Jornalista Josias de Souza, Portal UOL.

Charge!Paixão!

Paixão

Charge!Amarildo!Aviões causam estragos em Brasília

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Nota de Paulo Rubem sobre a decisão da Executiva Nacional do PDT

O deputado federal PAULO RUBEM SANTIAGO, vice-Líder do PDT na Câmara Federal e Pré-Candidato a Prefeito do partido nas eleições municipais de Recife em 2012, vem à público esclarecer o que segue:
Na reunião da Comissão Executiva Nacional do PDT, ocorrida ontem, convocada entre outros assuntos, para debater a questão do Recife, historiamos a construção da candidatura própria e expusemos toda a documentação comprobatória das fraudes ocorridas na convenção, pedindo a anulação da mesma. Na defesa da convenção o Presidente Estadual do PDT tratou essas questões como “questões formais” e sugeriu que o debate fosse conduzido pelo âmbito político.
Em seguida, aberta a palavra, manifestaram-se pela tese da candidatura própria os membros abaixo relacionados:
-Paulo Pereira da Silva – Deputado Federal (PDT-SP), Candidato a Prefeito de SP
-Sebastião Bala Rocha – Deputado Federal PDT-AP, Presidente da Comissão do Trabalho da Câmara Federal
-André Figueiredo- Deputado Federal PDT-CE, 1º.Vice-Presidente da Executiva Nacional, Líder da Bancada Federal e também Presidente do PDT-Ceará
-Ronaldo Lessa – Ex-Governador de Alagoas e Candidato à Prefeitura de Maceió
-Cristovam Buarque – Senador PDT-DF
-Michellina Vecchio – Presidente Nacional da Ação da Mulher Trabalhista do PDT
-Brizola Neto – Ministro do Trabalho e 2º.Vice-Presidente Nacional do PDT
Esses integrantes, acima relacionados, na ocasião, representavam já ampla maioria entre os membros da Executiva Nacional. A partir dessa configuração o Presidente Estadual do PDT-PE, pediu a palavra e afirmou que a decisão pela candidatura própria seria uma desmoralização de sua pessoa pois já teria dado a palavra ao Governador do Estado do apoio do PDT ao candidato do PSB.
Em função desse impasse a reunião foi suspensa para que se retomasse o debate e a configuração final de votos na manhã dessa quarta-feira. Ainda ontem, na reunião da Executiva, o Senador Cristovam Buarque e o Deputado André Figueiredo fizeram apelos ao Presidente Estadual de PE por uma ação unitária, com nomes de consenso na condução do processo, para que o partido se fortalecesse com a candidatura própria, sem vencidos nem vencedores, orientação rejeitada pelo Presidente Estadual. O Senador Cristovam em seguida, insistiu, o convidou pessoalmente para ser o condutor do processo. O Presidente Estadual, mais uma vez, se negou a aceitar a sugestão do Senador.
Para nossa surpresa, fui informado agora cedo pelo Presidente Carlos Lupi que, pelo motivo abaixo indicado, tendo apelado a todos da executiva nacional presentes à reunião de ontem, não aprovará a tese da candidatura própria para não “desmoralizar” o Presidente Estadual José Queiroz, reconhecendo que poderia intervir no Recife, mas que não o faria pelo mesmo motivo, que não haveria coleta de votos por email conforme definido e veiculado ao final da reunião de ontem.
Disse ainda que a nota contra a candidatura própria seria pautada pela negativa ao nosso recurso, pauta que não foi apreciada no mérito em momento algum, prevalecendo o debate político e eleitoral. Afinal contra a fraude não houve e nem há argumentos contrários.
Frente a essa manifestação, expresso minha tranquilidade. Não perco nada nesse processo. Quem perdeu foi o PDT do Recife. Com firmeza e serenidade ofereci ao partido minha disposição de luta. Estou sendo retirado da campanha por uma chantagem e pela preferência do Presidente Lupi por laços de amizade e não por teses a favor do partido. Lupi se rendeu a uma chantagem e não a uma tese política, escolheu o lado do papel subalterno para o PDT, do amordaçamento da voz do partido nessas eleições em Recife. Vivo fosse, Brizola morreria de vergonha. Estou, sempre estive, do outro lado. Sigo na defesa do partido. Considero correta a tese nacional aprovada em Resolução, única possibilidade clara e concreta do PDT sair da condição de, quase eterno, coadjuvante nas disputas, sem voz e sem voto.
Apresentamos uma chance verdadeira de sermos alternativa ao fogo cruzado que se anuncia entre PT e PSB, antecipando-se, já, a disputa de 2014. Mostramos um caminho capaz de mobilizar a juventude em cima das bandeiras da educação, a partir de nossa vitória pelos 10% do PIB para seu financiamento, da cultura, na qual fui autor do Plano Nacional de Cultura, Relator do Vale-Cultura e do Sistema Nacional de Cultura, do Desenvolvimento Sustentável, tema no qual sou autor da proposta de Emenda Constitucional para o Plano Nacional de Desenvolvimento Urbano, enfim, da ética na política, fundador que fui da Frente Parlamentar de Combate à Corrupção, único parlamentar pernambucano signatário do Projeto de Lei da Ficha Limpa e autor de diversos projetos nessa área.
A partir desse episódio passo a defender com mais ênfase ainda a realização de eleições diretas para as direções do PDT e a realização de convenções imediatas para a construção de diretórios em todas as instâncias. Basta de dirigentes eternos e presidentes provisórios.
Agradeço o apoio de todos que se manifestaram pela candidatura própria, que me enviaram mensagens de força, fé, solidariedade e esperança. Não saio da disputa, repito, estou sendo tirado pela prevalência de uma chantagem a favor de quem “empenhou” a palavra, deixando de ser um protagonista por inteiro com aliados para ser 1/16 de uma coligação, independente de qual seja, sabendo que havia instância superior partidária, com amparo regimental, sobre sua decisão pessoal.
Brasília, 4 de julho de 2012
Paulo Rubem Santiago
Dep.Federal PDT-PE

Rompido com o PSB, PT mineiro lança o nome de Patrus Ananias.


Há três capitais onde fica patente a crise de convivência entre o PT e o PSB. Recife, Fortaleza e Belo Horizonte. No Recife, com o lançamento da candidatura de Geraldo Júlio, do PSB, embora as principais lideranças dos dois partidos, em público, neguem as evidências, o processo de rompimento entre as duas legendas tornou-se irreversível. Em Fortaleza, numa estreitamento da relação PSB/PMDB, os irmãos Ferreira Gomes anunciaram que terão candidato à capital do Ceará, negando-se a apoiarem o nome apresentado pela prefeita Luizianne Lins, do PT,  Elmano Freitas. Em Belo Horizonte, num episódio que alguns já estão classificando como uma espécie de “troco” em relação à atitude do PSB no Recife, numa aliança bastante costurada e aparentemente consolidada, o PT anuncia que terá candidato próprio, deixando de apoiar o nome de Márcio Lacerda, surpreendendo tucanos e socialistas, que classificaram a atitude como oportunista. O PT lançou o nome de Patrus Ananias, que durante o Governo Lula, cuidava da área social, inclusive o Programa Bolsa Família. Os mandachuvas dos partidos envolvidos estão em campo na tentativa de reverter esse quadro. Há quem aposte na possibilidade de o PT voltar atrás, sobretudo em razão das centenas de cargos que ocupam na administração pública da capital mineira. Embora esse quadro venha se repetindo noutras praças, como João Pessoa, por exemplo, o que ocorre no chamado Triângulo das Bermudas, pode fazer sumir em definitivo as esperanças de um entendimento entre as duas legendas.

José Dirceu monta seu bunker no Recife.


O quadro grave que se apresenta nessas três capitais, Recife, Fortaleza e Belo Horizonte, levou o alto comando petista a estabelecer uma estratégia de acompanhamento sistemático da situação, sobretudo observando os movimentos do PSB, para os grãos-petistas, um inimigo explícito. Neste sentido, segundo-comenta-se, sua eminência parda, José Dirceu, estaria montando escritórios políticos nessas três capitais. O PT joga toda carga no Recife. Conforme comentamos, o próprio Lula estaria zangado com a atitude de Eduardo Campos, prometendo engajar-se na campanha de Humberto Costa. Quanto a Dilma, segundo o Planalto, ela deverá manter-se equidistante das campanhas, embora a companheirada do PT pernambucano ficassem muito feliz com a sua presença no palanque do senador Humberto Costa.

Em carta, Maurício Rands afasta-se do PT e da vida pública.

Carta ao Povo de Pernambuco

Venho aqui me comunicar diretamente com meus eleitores, companheiros, amigos e com o povo de Pernambuco, em especial com os militantes do Partido dos Trabalhadores - PT, que compartilharam comigo tantas lutas pela democracia e pela construção de uma sociedade melhor.

Nas prévias internas de definição do candidato do PT e da Frente Popular, durante dois meses, participei de intenso debate sobre o Recife e a vida partidária. Interagi com os militantes, na compreensão conjunta de que a melhoria da condição de vida na cidade é um processo de construção coletiva no qual o partido tem grande responsabilidade em servir de exemplo na demonstração de práticas democráticas. Testemunhei todo o engajamento desprendido e consciente de milhares de pessoas nesse nobre debate. Destes militantes, levarei para sempre as melhores memórias e a eles sou profundamente grato.

Depois da decisão da direção nacional do PT, impondo autoritariamente a retirada à minha candidatura e à do atual prefeito, recolhi-me à reflexão. Ponderei sobre o processo das prévias e sobre o momento político mais geral. Concluí que esgotei por inteiro minha motivação e a razão para continuar lutando por uma renovação no PT. Percebi terem sido infrutíferas e sem perspectivas minhas tentativas de afirmar a compreensão de que o 'como fazer' é tão importante quanto os resultados.

As diferenças de métodos e práticas, aliás, já vinham sendo por mim amadurecidas e acumuladas há algum tempo. Todavia, este processo recente fez com que as divergências ficassem mais claras e insuperáveis. Na luta pela renovação do partido, no Recife e em outros lugares, infelizmente, têm prevalecido posições da direção nacional, adotadas autoritária e burocraticamente, distantes da realidade dos militantes na base partidária.

No debate das prévias, minha candidatura buscou construir uma legítima renovação por dentro do PT e da Frente Popular. Mas lutamos, também, para renovar os procedimentos com o objetivo de reforçar as práticas democráticas. Porém, setores dominantes da direção nacional do PT já tinham outro roteiro que não o debate democrático com a militância do PT no Recife e a sua deliberação. Ou seja, cometeram o grave equívoco de ter a pretensão de impor, a partir de São Paulo, um candidato à Frente Popular e ao povo do Recife.

Por não terem dialogado com a militância do PT no Recife, muito menos com a Frente Popular, ignoraram que existiam alternativas, procedimentais e de quadros, dentro do partido, que unificariam a frente em torno de uma candidatura do PT. Com a decisão da direção nacional do PT, lamentavelmente, esta unidade resultou rompida. Diante da minha discordância com essa ruptura provocada pela direção nacional do partido, concluí que cheguei ao fim de um ciclo na minha vida de militante partidário.

É nesse quadro que comunico aqui três decisões tomadas por mim. Primeiro, a minha desfiliação do PT. Segundo, a devolução do mandato de Deputado Federal ao partido. E, por último, meu afastamento definitivo do cargo de Secretário do Governo Eduardo Campos.

Existiram diversas razões que me levaram a este caminho. A mais crucial dá-se no nível da minha consciência. Sempre agi, na vida e na política, com o maior rigor entre o que penso e o que faço. Sempre cumpri os deveres da minha consciência.

Defendi nos debates partidários a renovação do modo petista de governar e a implantação de um novo modelo de gestão no Recife. Modelo capaz de aprofundar nossa concepção de democracia participativa e especialmente de trazer para a cidade métodos e ações que o Governo Eduardo Campos vem praticando de maneira exemplar e com reconhecimento inclusive internacional, mas que a administração do Recife não conseguiu implantar.

Minha experiência como Secretário do Governador Eduardo Campos foi fundamental para entender a importância da política do fazer, com formas competentes e inovadoras de gerir os recursos públicos, atrair investimentos privados e promover a inclusão social.

Ainda nos debates das prévias, defendi a renovação das práticas e dos quadros partidários, bem como a melhoria da articulação política do governo municipal com o parlamento, os partidos da base e a sociedade civil organizada. Nesses 32 anos de militância, dediquei grande parte de minha vida a fortalecer o campo democrático-popular, lutando para aumentar a participação e consciência política do nosso povo.

Amadureci as decisões que acabo de tomar com base em fatos altamente relevantes que impactaram minha consciência de cidadão. Entre estes, a opção da quase totalidade da Frente Popular pela indicação de Geraldo Júlio como candidato a Prefeito do Recife. Trabalhei diretamente com Geraldo Júlio e sou testemunha de como ele foi central para o sucesso do Governo Eduardo Campos. Acredito que Geraldo Júlio é o quadro mais preparado para atualizar e aperfeiçoar a gestão municipal do Recife. Implantando na cidade o que o Governador Eduardo Campos está fazendo em Pernambuco, ele vai melhorar concretamente a vida do povo do Recife.

Estou consciente de que o nosso povo vai entender o significado da escolha de um novo quadro para transformar as práticas político-administrativas na cidade. Geraldo Júlio vai representar a renovação dentro de uma frente política que - espero - seja mantida, mesmo com o lançamento de duas candidaturas no seu campo.

Como esta posição tem graves implicações para minha vida partidária, decidi que devo sair do PT e, com dignidade, devolver meu mandato ao partido. E como gesto concreto de que não se trata de um jogo menor, de barganha por espaços de poder, decidi também sair definitivamente do Governo Eduardo Campos. Esse é o custo, sem dúvida elevado, de ser fiel à minha consciência cidadã. Saio da vida pública e da política partidária para exercer ainda mais plenamente a cidadania.

Recife, 03 de julho de 2012





 

terça-feira, 3 de julho de 2012

Afinal, Eduardo Campos é ou não é candidato em 2014?


Ontem, publicamos aqui no Blog do Jolugue uma matéria assinada pelo jornalista Josias de Souza, onde ele disseca uma possível estratégia do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, em tornar-se opção presidencial já nas eleições de 2014. As editorias de política dos jornais locais, no último domingo, também se dedicaram ao assunto, antevendo nos movimentos do governador algo que sinaliza neste sentido, como a construção de uma autonomia em relação ao PT. Ouvidos pelo jornal O Globo, o Cientista Político Cláudio Gonçalves Couto, da FGV, também observa nesses movimentos o ensáio de uma possível candidatura presidencial, quem sabe já para 2014. Na análise de Josias de Souza percebe-se, claramente, que o governador constrói dois discursos: um, na boca do palco, aparecendo sorrindo nas fotos com Lula, reforçando a tese de que apoiaria o PT no projeto de continuar inquilino do Planalto pelos próximos anos. Nas coxias, entretanto, se reúne com seu núcleo estratégico no Palácio do Campo das Princesas, costurando sua candidatura presidencial já para 2014, tomando algumas medidas necessárias, como um calculado distanciamento do Partido dos Trabalhadores. Em política, como na vida, o cavalo selado não costuma passar duas vezes. Por outro lado, “queimar etapas” também pode representar um grande risco. Eduardo Campos já se constitui numa alternativa de poder real para os próximos pleitos presidenciais de 2014 e 2018, concretamente falando, alinhavando em torno de si um conjunto de forças políticas capazes de alçá-lo aos projetos nacionais, embora ainda apresente algumas fragilidades em praças importantes. Há, somado a isso, uma série de problemas com os principais aspirantes ou inquilinos que desejam renovar o contrato de locação com o Palácio do Alvorada. Aécio Neves ainda não assumiu a requerida “dimensão nacional” – tão reclamada por Fernando Henrique Cardoso. Nem o PSDB está convencido da viabilidade do senador Aécio Neves. Permanece uma figura circunscrita às alterosas, movendo-se para pegar o telefone tardiamente, como se estivesse em berço esplêndido, como recentemente, quando ligou para Sérgio Guerra, impedindo que as negociações avançassem no sentido da retirada da candidatura de Daniel Coelho em favor do reforço ao candidato do Campo das Princesas, Geraldo Júlio, num processo de negociações que estava bastante avançado entre Eduardo Campos e Sérgio Guerra. Aécio pediu a Guerra que o espaço do PSDB fosse preservado no Estado, de olho nas eleições de 2014. Dilma Rousseff, além dos problemas com a economia, permanece uma técnica absolutamente indisposta com a chatice das articulações políticas, algo que, definitivamente, não gosta de fazer. Não costuma dialogar com sua base de sustentação política o que se traduz como um problema real. A relação de Dilma com os partidos políticos continua precária, num sistema político bastante dependente dessa vaselina. Embora Eduardo Campos vá jogar pesado para liquidar a fatura ainda no primeiro turno, se precisar do apoio do PSDB e do PPS para um eventual segundo turno, não terá problema.Continuamos não acreditando numa possível candidatura de Eduardo Campos já para 2014, mas, em todo caso, faz sentido ficar de olho nas suas movimentações, sobretudo se os discursos que estão sendo vazados para a imprensa tem sua origem na “boca do palco” ou nas “coxias”.

Lula jogará pesado para eleger Humberto Costa.



Por falar em discurso, comenta-se que não foram totalmente superadas as mágoas de Lula com o “Moleque” dos jardins da Fundação Joaquim Nabuco. Lula teria tomado as dores do PT recifense, surpreso com a falta de apoio do Palácio do Campo das Princesas à candidatura do senador Humberto Costa. Um dos maiores interlocutores de Lula no Estado é o senador Humberto. Com Humberto, Lula mantém uma relação sólida, desde a época da Brasília amarela, um carro velho – que se quebrava com freqüência – mas era o único meio de transporte daqueles idealistas que estavam criando as condições jurídicas e políticas  para viabilizar o PT no Estado. Não estranha o pronunciamento de João Paulo no sentido de que Lula teria pedido que ele ajudasse Humberto. Embora ainda fragilizado, o ex-presidente já informou que virá ao Recife e dará toda carga no sentido de derrotar o candidato do governador, Geraldo Júlio. Recife promete ter uma das disputas mais acirradas do país, envolvendo pesos pesados da política nacional, não bastassem os ingredientes de reunir, em  lados opostos, os maiores eleitores do Recife: o governador Eduardo Campos e o deputado federal João Paulo, como bem classificou uma jornalista do tradicional Diário de Pernambuco, as eleições de 2012 serão um clássico das multidões. 

De olho em 2014, PSB abandona aliança com PT em quatro capitais.

De olho em 2014, PSB abandona aliança com PT em quatro capitais



Apesar dos sorrisos nas fotografias do encontro da semana passada entre o ex-presidente Lula e o presidente do PSB, Eduardo Campos, governador de Pernambuco, o PSB vai mesmo reduzir nas eleições municipais o apoio a candidatos do PT nas capitais. Os socialistas vão se aliar a candidaturas petistas em apenas cinco cidades. Tinham sido nove alianças na disputa anterior, em 2008.
Com a estratégia de deixar de ser um ator coadjuvante, o PSB aumentará em 57% o número de candidaturas próprias, passando de sete para 11. O PT, por sua vez, vai diminuir o total de candidatos próprios nas capitais do país: de 19, em 2008, para 17, em 2012 . Os partidos têm até quinta-feira para registrar candidaturas e o quadro pode mudar.


— O PSB procura o que é essencial em um partido: garantir presença nos municípios de forma autônoma. É clara a estratégia de viabilizar uma autonomia em relação aos seus aliados, principalmente o PT — avaliou o professor de Filosofia Política Roberto Romano, da Unicamp.


PSD vai apoiar candidatos do PSB em cinco capitais


Os petistas apoiarão chapas com candidatos do PSB em apenas duas cidades, contra três na eleição passada. Os dois partidos estarão juntos em outras três capitais, mas apoiando candidatos de outras legendas: PR (Palmas), PRB (Boa Vista) e PMDB (Rio). Ao todo, PT e PSB estarão juntos em dez capitais, contra 13 da eleição passada. Em duas cidades em que terão candidaturas próprias, os socialistas romperam acordo com o PT.


Em Fortaleza, o PSB se recusou a apoiar Elmano de Freitas, indicado pela prefeita petista Luizianne Lins, e lançou Roberto Cláudio. Em Recife, o PSB lançou Geraldo Júlio, ex-secretário de Eduardo Campos. Em Belo Horizonte, foi o PT que desistiu, na última hora, de apoiar a candidatura à reeleição de Márcio Lacerda (PSB).


O cientista político Cláudio Couto, professor da FGV, diz que a tentativa dos socialistas de “deixarem de ser satélites” do PT tem como plano de fundo um projeto de candidatura presidencial. O vice-presidente do PSB, Roberto Amaral, admite que a sigla almeja uma candidatura a presidente no futuro, mas afirma que, em 2014, o PSB continuará aliado ao PT e apoiará Dilma, se ela disputar a reeleição.


— Quando tivermos condições, teremos candidatura a presidente — disse Amaral.
O PSD, criado no ano passado, apoiará o PSB em cinco das 11 capitais onde os socialistas lançarão candidatos próprios. As duas legendas discutem a formação de um bloco único para atuação no Congresso. Em sua primeira eleição, o PSD lançará nomes próprios em Florianópolis e Cuiabá. Em São Paulo, Belém e Porto Velho, vai apoiar o PSDB, enquanto em Salvador e Aracaju se aliará ao PT. Em Florianópolis, o PSD terá o apoio do DEM, sigla da qual é dissidente.


O PMDB vai reduzir o número de candidaturas nas capitais de 13 para 12. O PSDB, com foco nas eleições de 2014, vai elevar este ano em 63%, de 11 para 18, o número de candidatos próprios. Em nome da aliança com o DEM, o partido abrirá mão de candidaturas em Macapá, Salvador e Aracaju.


— A gente começa 2014 agora em 2012, nas eleições municipais, que influenciam na bancada do partido no Congresso — disse o secretário-geral do PSDB, Rodrigo de Castro.


O DEM vai encolher na disputa eleitoral, sobretudo nas capitais. Em 2008, lançou candidatos próprios em 12, e agora não deve passar de 8.
Fonte: O Globo

Maurício Rands poderá deixar o Partido dos Trabalhadores.


Maurício Rands está voltando de uma viagem que realizou aos Estados Unidos. Maurício foi o nome trabalhado pelo Campo das Princesas, na eventualidade de não se chegar a um consenso entre os petistas, como aliás, não se chegou, sobre um candidato que unisse a Frente Popular e contasse com o sinal verde de Eduardo Campos. Rands era uma espécie de plano “B”. Embora filiado ao PT, mantinha ótimas relações com o governador Eduardo Campos. O editor do blog, quando se referia a Rands, tratava-o, apenas por reforço de retórica, como um “petista amarelado”, numa alusão ao fato de ele estar muito próximo dos planos do governador. Não deu outra. Em sua volta dos Estados Unidos, especula-se, ele deverá estar engajando-se na candidatura de Geraldo Júlio. Não temos os poderes de Eduardo Maia, o astrólogo de João Paulo, mas, não raro, acertamos algumas previsões. Pay attention, Eduardo.


Assédio moral bombando nas redes sociais.



No sábado, postamos uma matéria sobre como deveria se comportar um indivíduo vítima de assédio moral nas organizações privadas e em órgãos públicos. Uma postagem bastante esclarecedora, suscitando curtições, comentários e compartilhamentos na rede Facebook. Nos surpreendeu o número de compartilhamentos - até o momento 180 - evidenciando que, embora algumas dessas redes estejam se transformando em meras colunas sociais digitais, ainda há espaço para um debate sério sobre temas que nos afetam diretamento. Não raro publicamos matérias aqui no Blog do Jolugue sobre o assunto, inclusive procedimentos que devem ser adotados em situações dessa natureza, recomendados pelo Ministério Público do Trabalho. O editor do blog criou um Grupo de Discussão sobre o assunto no Facebook. Quem estiver interessado em aprofundar esse debate peça adicionamento ao grupo e envie contribuições sobre o tema. Um grande abraço, com os nossos agradecimentos pelos "compartilhamentos". 

A "nova" e inusitada oposição ao governador Eduardo Campos.


As mudanças que estão ocorrendo na correlação de forças da  política pernambucana estão reservando algumas surpresas. Além da aproximação de arquiinimigos da política local – Jarbas Vasconcelos e Eduardo Campos – o “desarranjo” também se refletiu no quadro partidário, criando, como sugere a jornalista do Diário de Pernambuco, Mariza Gibson, quiçá, a formação de uma nova - e inusitada - "oposição” ao governador Eduardo Campos, formada pelo PT. Isolado na oposição, muito em função das manobras de reaproximação do Campo das Princesas  com o PMDB de Jarbas, a pergunta que se faz é com quem Mendonça Filho marcharia na eventualidade de um segundo turno? Por incrível que possa parecer, hoje, a tendência de apoio mais forte de Mendonça Filho seria o PT,  já que as relações DEM/PMDB ficaram profundamente arranhadas com o alinhamento deste último ao campo situacionista, gerando, inclusive, trocas de acusações entre Mendonça e Raul Henry.


Armando aprova parecer que reduz burocracia para empresas.



Projeto permite que documentos sejam conservados em meio eletrônico
A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE) aprovou nesta terça-feira (09) o parecer do senador Armando Monteiro ao Projeto de Lei do Senado (PLS 461/2009), que permite a conservação em meio eletrônico dos livros de escrituração contábil e fiscal. O projeto, de autoria do então Senador Sérgio Zambiasi, alterou a Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 (Código Tributário Nacional – CTN).

“A medida é desburocratizante e tem a vantagem de permitir às empresas a redução dos custos de armazenagem, bem como manipulação mais prática dos documentos”, explica Armando Monteiro. A certificação digital foi instituída no direito brasileiro pela Medida Provisória nº 2.200-2, de 24 de agosto de 2001.

Na hipótese de necessidade de produção de prova impressa, as cópias em papel dos arquivos eletrônicos – resultantes da digitalização – terão o mesmo efeito, desde que devidamente autenticadas no âmbito da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileiras – ICP-Brasil. Vale salientar que esse sistema já é uma referência na conferência de autenticidade, integridade e validade jurídica para documentos gerados e mantidos no meio eletrônico.

Crédito da foto em anexo: André Oliveira/ Divulgação


segunda-feira, 2 de julho de 2012

Eduardo Campos prepara em segredo o projeto presidencial que, em público, declara não existir.


Sob refletores, Eduardo Campos nega que a Presidência da República frequente os seus sonhos. Roberto Amaral, vice-presidente do PSB, o partido do governador de Pernambuco, declara que a legenda está fechada com Dilma Rousseff.
Nos últimos cinco dias, o blog dedicou-se a mapear os movimentos do não-candidato do PSB. O vaivém que ocorre longe dos holofotes, converte a negativa de Eduardo e a assertiva de Amaral em vistosas dissimulações.
Na quinta-feira (28), quando se formou no STF a maioria de votos que deu ao PSD de Gilberto Kassab acesso ao tempo de propaganda eletrônica e ao fundo partidário público, soltaram-se rojões no Palácio do Campo das Princesas, sede do governo de Pernambuco.

O telefone soou no gabinete de Eduardo. Era o prefeito de São Paulo. Em timbre festivo, Kassab agradeceu ao amigo a ajuda que lhe dera em 2011. O governador mobilizara-se para recolher no Nordeste as assinaturas de apoiadores que permitiram ao PSD requerer na Justiça Eleitoral sua certidão de nascimento.
Em Brasília, um deputado do PSB explicou ao repórter a inusitada atmosfera de congraçamento: “Com a decisão do STF, a candidatura do Eduardo tornou-se viável”. Por quê? “Agora, já temos o tempo de tevê.” O parlamentar contou que, em privado, Eduardo refere-se a Kassab como peça central do seu quebra-cabeça.
Na noite de sexta-feira (29), menos de 24 horas depois do telefonema efusivo, Eduardo reuniu-se, separadamente, com lideranças do PSDB e do PPS de Pernambuco. Convidou as duas legendas a se incorporarem à coligação do candidato do PSB à prefeitura de Recife, seu ex-secretário Geraldo Júlio.
Empinada na última hora, a candidatura de Geraldo, um técnico jamais batizado nas urnas, tornou-se um empreendimento municipal impregnado de simbologismo que ultrapassa as fronteiras da capital pernambucana. Numa das conversas noturnas de sexta, Eduardo disse: “Demos um sinal nacional de que não somos PT.”
O governador não logrou convencer os interlocutores. No dia seguinte, o PSDB confirmou em convenção a candidatura a prefeito do deputado estadual Daniel Coelho. Vai à disputa com uma vice do PPS, Débora Albuquerque. Ficou entendido, porém, que a oposição se associará à caravana de Eduardo se o candidato dele for ao segundo turno contra o rival do PT, o senador Humberto Costa.
Cerca de três meses antes, Eduardo ouvira de um ex-desafeto, o senador Jarbas Vasconcelos, do PMDB pernambucano, um comentário que se revelaria premonitório. Jarbas dissera ao governador que, se quisesse de fato alçar voo nacional, teria de tomar distância do PT. O conselheiro não imaginara que sua opinião fosse resultar num acatamento tão prematuro. Surpreendido, Jarbas abençoou a entrada do seu PMDB na coligação urdida por Eduardo contra o petismo de Recife.

Eduardo distancia-se do PT com método. Declarou guerra em Recife. Mas, antes, teve o cuidado de empurrar o seu PSB para dentro da chapa petista de Fernando Haddad em São Paulo. Afasta-se do PT sem dinamitar a ponte que o liga a Lula. Simultaneamente…
Em movimento de paradoxal complexidade, Eduardo vinculou-se em segredo ao PSDB paulista, um pedaço do tucanato que Lula está empenhado em derrotar. A aliança com Haddad custou ao PSB a secretaria de Turismo do governo de Geraldo Alckmin. O deputado federal Márcio França (PSB-SP), que ocupava a pasta, teve de pedir demissão.
Um auxiliar de Alckmin contou ao repórter que, antes de retornar à Câmara, Márcio França, que preside o PSB em São Paulo, teve com o ex-chefe uma conversa subterrânea. Autorizado por Eduardo Campos, o deputado informou ao governador tucano que o acerto com o PT paulista não se estende a 2014.
Ficou entreaberta a porta para uma associação do PSB com a candidatura de Alckmin à reeleição. Mais um indicativo de que Eduardo caminha pelo cenário de 2012 com os olhos voltados para 2014. No sonho silencioso do governador pernambucano, São Paulo tem a aparência de um pesadelo.
Ninguém chega ao Planalto sem recolher no maior colégio eleitoral do país uma votação expressiva. Mal comparando, Eduardo é tão ignorado pelo eleitor de São Paulo quanto Aécio Neves, o presidenciável do PSDB, é desconhecido do eleitorado nordestino. Para entrar na briga sucessória ambos terão de surprir suas debilidades.
Uma liderança do PSB esforçou-se para explicar ao repórter o paradoxo da ligação de Eduardo com Alckmin, um expoente do partido de Aécio. Disse que, em política, tudo o que parece absurdo hoje pode fazer nexo amanhã. “Para nós, caso a candidatura do Eduardo se viabilize, interessa que o Aécio seja candidato, para levar a disputa ao segundo turno. Para o Alckmin, pode ser conveniente abrir dois palanques presidenciais em São Paulo.”

Mas Kassab, personagem que Eduardo tem como aliado, não é adversário de Alckmin e possível candidato ao governo paulista?, inquiriu o repórter. “Nada impede que o Kassab seja vice numa eventual chapa do Eduardo ou candidato ao Senado”, conjecturou o entrevistado do PSB.
Na semana passada, Rui Falcão, presidente do PT, encontrou-se com um congressista do PSB num voo para Brasília. Disse que havia estranhado o rompimento de Eduardo com o PT de Recife. Insinuou que ele combinara apoiar Humberto Costa, o candidato petista.
O que vocês acertaram com ele?, perguntou o interlocutor de Falcão. O mandachuva do PT afirmou que seu partido comprometera-se a apoiar o candidato que Eduardo escolhesse para sucedê-lo no governo de Pernambuco, em 2014. E quanto à Presidência?, quis saber o congressista. Falcão riu. E seu companheiro de viagem: “Está explicado.”
Para a sucessão estadual, Eduardo tenta convencer José Múcio Monteiro, ex-ministro de Lula, atualmente no TCU, a tornar-se o seu candidato. Com isso, espera amarrar o partido de Múcio, o PTB, ao seu projeto nacional. O governador achega-se também ao PV federal. Mantêm, de resto, um diálogo amistoso com o presidente do PDT, Carlos Lupi, expurgado por Dilma do Ministério do Trabalho.
Conforme já noticiado aqui, Dilma deixou de ser uma opção automática dos partidos de sua coalizão para 2014. A crise econômica e o gosto da presidente pelo atrito afasta os aliados. Eduardo atravessa a rua e, da outra calçada, acena para os insatisfeiros. Mexe-se como se imaginasse ser factível antecipar para 2014 algo que parecia só fazer sentido para 2018.
Pode-se dizer tudo do governador de Pernambuco, inclusive que sonha com o impossível. Mas arrisca-se a fazer papel de bobo quem der ouvidos ao lero-lero de que Eduardo Campos, que ficará sem mandato daqui a dois anos e meio, não acalenta pretensões presidenciais.

Jornalista Josias de Souza, Portal UOL.

Eleições 2012: Desafio São Paulo: Veja as propostas dos principais candidatos para educação.

Em março de 2012, a cidade de São Paulo tinha 203.509 crianças matriculadas em creches paulistanas. No mesmo período, 123.560 mães buscaram matricular seus filhos e não conseguiram vagas nas 1174 creches que a cidade oferece. Segundo a média atual de atendimento de 173,3 crianças por cada creche, seria necessário mais 713 para atender à demanda. O especial Desafio São Paulo mostra o drama de Silvana que, por conta do tempo que demora para chegar na creche para buscar sua filha, quase perde a vaga da creche e a criança para o Conselho Tutelar. Saiba abaixo as propostas dos principais candidatos de São Paulo para resolver o problema de Educação.
José Serra (PSDB)
“Minha proposta é continuar ampliando vagas e investindo nos profissionais. Em 2004, havia 60 mil crianças de 0 a 3 anos nas creches. Hoje, já são 205 mil crianças de 0 a 4 anos. Ou seja, mais do que triplicou. Pretendo, também expandir ainda mais o projeto Ler e Escrever, que coloca dois professores por sala de aula no primeiro ano do ensino fundamental, para ajudar na hora da alfabetização. Por fim, temos que apostar nos cursos técnicos. Os CEUs precisam oferecer cada vez mais cursos assim.”
Celso Russomanno (PRB)
“Vamos ampliar o número de vagas nas creches. O déficit da cidade é de mais de 150 mil vagas. De maneira planejada, vamos otimizar os espaços existentes, trabalhando na ampliação e verticalização das unidades. Vamos trabalhar em parceria com a sociedade para implantar novas unidades públicas e particulares que atendam a demanda. A implantação gradativa da educação em tempo integral, revisão do regime de progressão continuada e aperfeiçoamento do profissional da educação também são prioridades.”
Soninha Francine (PPS)
“A Prefeitura de São Paulo tem de garantir lugar seguro e adequado para as crianças e arcar com a despesa. Isso significa pagar o equivalente a uma bolsa em escolas particulares. Outra opção pode ser a contratação de “mães crecheiras”, também com supervisão. A construção de novas creches não depende só de dinheiro, mas de espaço. A reurbanização de favelas (e a oferta de moradia acessível no centro) é fundamental. E aproveitar melhor os espaços existentes, como nos primeiros CEUs.”
Fernando Haddad (PT)
“A cidade tem uma demanda por mais de 100 mil vagas em creches, que poderia ser suprida em parte com convênio, disponível no Ministério da Educação, para a construção de 172 unidades. O dinheiro do MEC para esse projeto, R$ 250 milhões, está disponível. Vamos atrás desses recursos e construir todas as creches que São Paulo precisa. Precisamos priorizar a atenção em período integral, com atividades em outros equipamentos públicos, como museus, parques, bibliotecas e centros culturais.”
Gabriel Chalita (PMDB)
“Minha meta são as escolas municipais de educação infantil em tempo integral. Além disso, pretendo deixar as escolas abertas nos fins de semana. Minha concepção de escola é uma escola democrática, aberta, participativa, onde os pais possam até fazer curso de capacitação nos fins de semana. Vou trabalhar para que a gente tenha escola em tempo integral. Seria demagógico dizer que é possível implantar o turno integral em todas as escolas ao longo de um mandato. Mas, se não começarmos, jamais chegaremos lá.”
Paulinho Pereira da SIlva (PDT)
“Vou ampliar a rede pública de educação infantil, zerando o déficit de vagas no município. Darei atenção especial às creches. Buscarei parceria com entidades da sociedade civil para cederem espaço físico para o funcionamento de CEIs, com equipes docentes contratadas por concursos públicos. As escolas de educação infantil e fundamental deverão aumentar a carga horária para 5 hora, enquanto implantaremos, em todos os CEUs, o ensino em período integral. Reduzirei para 30 o número de alunos por sala.”

domingo, 1 de julho de 2012

PT de Campina Grande rebela-se e lança candidato próprio.


Há uma possibilidade real de a Executiva Nacional do PT intervir no Diretório Municipal do partido em Campina Grande. Ali, no reduto dos Cunha Lima, se desenrola um enredo político que envolve as negociações nacionais do PT com o PMDB e o PP, do deputado Paulo Maluf. Antes do São João, publicamos uma postagem aqui no Blog do Jolugue, informando que o político paulista estava no São João daquela cidade, tido como o maior do Brasil. Maluf dançava bem o forró, desbancando a família Vital do Rego, que administra a cidade há dois mandatos, através de Veneziano do Rego, do PMDB. O senador Vital do Rego, presidente da CPI do Cachoeira, negociou com o PT o apoio à candidata indicada pelo partido,a médica Tatiana Medeiros. Nas negociações para o apoio do PP à candidatura de Fernando Haddad, entretanto, Maluf exigiu uma vaga no Ministério das Cidades para um padrinho seu, logo atendida pelo ministro da pasta, o paraibano Aguinaldo Ribeiro, que também tem interesses políticos naquela cidade. Contingenciado pela presteza do ministro, Rui Falcão declarou que o PT apoiaria o nome de sua irmã, Daniela Ribeiro, como candidata à prefeitura daquela cidade. Ontem, prazo final das convenções partidárias, o PT resolveu apontar um candidato próprio, Alexandre Almeida, presidente do Diretório municipal, melando os acordos nacionais. Lula, que já havia disparado vários telefonemas para aquela cidade. Amanhã, deve voltar ao telefone.

PTB e PSB selam a paz na terrinha da garoa.


Na última hora, prevaleceu o bom-senso do Palácio do Campo das Princesas em relação ao imbróglio que estava se formando em Garanhuns, com a insistência em manter a candidatura de Antonio João Dourado, ex-prefeito de Lajedo, que Eduardo Campos gostaria de ver administrando a Suiça pernambucana. O Blog do Jolugue já emitiu, mais de uma vez, sua opinião sobre o assunto. A ideia seria  contrapor-se às investidas do PTB naquela cidade, que lançou o nome do deputado estadual Izaías Régis como candidato. Embora o prefeito da cidade não seja bem avaliado pela população local, o nome de Antonio Dourado - em razão de uma sequência de equívocos - sofreu uma rejeição tremenda, criando uma série de dificultadores políticos para o Campo das Princesas. Mesmo nessas condições adversas, a julgar pelos pronunciamentos de Sileno Guedes e Eduardo Campos, Antonio Dourado seria mantido como candidato. O partido, inclusive, removeu alguns "obstáculos" do diretório municipal, “limpando” o caminho para AJD. Nos últimos dias, entretanto, as relações entre Eduardo e Armando – que estavam trincadas – voltaram à normalidade, depois do apoio integral do PTB às manobras do PSB no Recife. Ambos mantiveram uma longa conversa e dessa conversa vários acordos foram firmados, inclusive o apoio do PSB ao nome de Izaías Régis.