Nas redes sociais, estimulada por uma campanha do Planalto em favor do aumento de impostos do IOF, decreto do Executivo já derrotado pela Câmara dos Deputados, desencadeia-se uma verdadeira guerra entre pobres e ricos, com a participação efetiva da militância petista. O que ocorre, na realidade, é que ninguém deseja dá bons exemplos de austeridade com os recursos públicos. A mesma Câmara que cobra do Executivo o controle dos gastos, reduzindo a carga tributária, é a mesma Câmara que cria novos gastos, ora estuporando em emendas parlamentares, ora ampliando o número de parlamentares. Nesta conta sequer entrar as maracutaias verificadas pela Operação Overclean, da Polícia Federal, onde essas emendas estariam sendo utilizadas com outros propósitos, nenhum pouco do interesse público.
Na última operação realizada no estado da Bahia, prefeitos de duas cidades foram afastados dos seus cargos. São espantosamente curiosos os mecanismos operacionais de um cidadão conhecido, que, com interlocuções privilegiados em Brasília, opera praticamente em todo o país, reproduzindo o modus operandi de desvio de finalidade dessas emendas. O mecanismo é tão azeitado que prepostos seus são indicados para cargo de confiança em determinadas prefeituras apenas para cumprir essa missão, fato já verificado em Belo Horizonte. No dia de ontem, um parlamentar considerou não haver nenhum problema em liberar milhões de emendas para uma entidade onde a sua família teria interesses, pois realizava negócios com o órgão.
O STF, prudentemente, através do Ministro Flávio Dino, vem fazendo o possível para conter essa sangria de recursos públicos liberados sem controle, sem mecanismos de fiscalização seguros, culminando em situações como a mostrada na foto acima. É uma confusão sem tamanho, pois há um mal de origem que atende pelo nome de orçamento secreto. Na medida em que o STF retém, cria arestas com o Legislativo e trava o Executivo. O ambiente está se tornando tão turvo e delicado que já há sinalização da Corte de que o diálogo seria o melhor caminho pera dirimir essa questão do decreto do IOF.
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