pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO.
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domingo, 28 de abril de 2013

Briga entre Poderes esquenta e Renan constesta "invasão" do STF no Legislativo

Ricardo Brito, Ricardo Della Coletta e Débora Álvares - O Estado de S.Paulo

BRASÍLIA - Na primeira reação ao Supremo Tribunal Federal (STF) desde que reassumiu o comando do Poder Legislativo, no início de fevereiro, o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), anunciou ontem que recorrerá da decisão liminar da Corte que congelou a tramitação do projeto que inibe a criação de partidos políticos.
Mesmo negando que haja uma crise entre os Poderes, Renan Calheiros classificou de "invasão" a liminar dada pelo ministro Gilmar Mendes e cobrou que o Judiciário faça uma "revisão dos seus excessos". A reação de Renan foi articulada depois de um encontro com presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).
"O papel do Legislativo é zelar por sua competência. Da mesma forma que nunca influenciamos no Judiciário, não aceitamos que o Judiciário faça o mesmo", disse o senador, ignorando o fato de que no mesmo dia em que Gilmar Mendes concedeu a liminar sustando uma votação no Senado a Câmara aprovou, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), projeto que dá ao Parlamento o poder de rever decisões do STF sobre ações de inconstitucionalidade e súmulas vinculantes.
"Consideramos isso (a decisão do Supremo) uma invasão e vamos entrar com um agravo regimental que é, sobretudo, para dar uma oportunidade de o Supremo fazer uma revisão dos seus excessos", afirmou Renan no final da tarde, após uma série de reuniões a portas fechadas com aliados no Congresso.
Renan passou o dia discutindo a melhor estratégia para combater a decisão do Supremo. O advogado-geral do Senado, Alberto Cascais, encarregado de preparar o agravo, afirmou não ter visto anteriormente "intervenção tão bravosa" do Judiciário no Legislativo. "É inédito", disse.
Na prática, o agravo regimental tentará reverter no plenário do Supremo a liminar de Mendes favorável ao pedido do líder do PSB no Senado, Rodrigo Rollemberg (DF). Ao sustar na noite anterior o andamento do projeto que restringe acesso ao tempo de TV e à maior fatia do fundo partidário aos novos partidos, Mendes disse que a proposta foi aprovada na Câmara com "extrema velocidade de tramitação", o que poderia violar os princípios democráticos como o pluripartidarismo e a liberdade de criação de legendas.
Questionado ontem sobre o despacho da véspera, Gilmar Mendes reagiu: "Vocês leram o meu despacho. Acham que foi uma tramitação tranquila e não casuística?", indagou. O ministro Ricardo Lewandowski disse que em tese é possível interromper a tramitação de uma proposta que tende a desrespeitar cláusulas pétreas da Constituição. Para Dias Toffoli, o debate faz parte da "normalidade democrática". "Quem quiser ver crise quer criar, porque crise não há."
Pró-Dilma. A proposta, cuja votação foi concluída na Câmara e aguarda votação no Senado, prejudicaria eventuais candidaturas presidenciais de adversários em 2014 da presidente Dilma Rousseff, como a ex-senadora Marina Silva, que tenta viabilizar seu partido, o Rede Sustentabilidade, e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), que negocia aliança com o Mobilização Democrática (MD), fruto de uma fusão do PPS com o PMN.
A despeito da ação de Renan, parlamentares de vários partidos saíram em defesa da decisão do Supremo. O líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (SP), disse que a Casa "acabou pagando um mico" ao tentar, sem sucesso, aprovar um pedido do vice-líder do governo, Gim Argello (DF), para acelerar a tramitação do texto. "Quis adiantar a tramitação correta e acabou recebendo uma reprimenda do Supremo", afirmou. "Não adianta dizerem que a decisão do ministro Gilmar é uma intromissão no Legislativo. Existe juiz no Brasil. O Legislativo pode nos limites da Constituição, mas não pode tudo quando viola a mesma", disse o senador Pedro Taques (PDT-MT).
Rodrigo Rollemberg defendeu que o Congresso tenha "bom senso" para arquivar o andamento do projeto após a decisão do Supremo. "O STF é o guardião maior da Constituição. O projeto é claramente inconstitucional." Mas o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), classificou a iniciativa do líder socialista de "equivocada".
Petistas unidos. O PT, que tem pressa para aprovar a proposta, questionou o STF. "Quem define a pauta do Senado é o Senado", disse o deputado Cândido Vaccarezza (SP). "O STF tem que cuidar da vida dele no Judiciário e a gente cuidar da nossa no Legislativo. Tem que ter uma hora de aparar as arestas. Nem eu tenho que atuar no Judiciário, nem o Judiciário tem que fazer lei", afirmou o senador Walter Pinheiro (PT-BA). / COLABOROU EDUARDO BRESCIANI

Políticos disputam palmo a palmo os recursos para o combate à seca.

 
 
 
 
O drama da seca na região Nordeste nunca foi tratado de uma maneira humanitária e republicana, exceção, talvez, para as obras estruturadoras de transposição das águas do Rio São Francisco, mesmo assim, um projeto que recebe inúmeras críticas e enfrenta inúmeros problemas. O DNOCS - Departamento Nacional de Obas Contra Seca - que hoje encontra-se em processo crescente de esvaziamento - já fez de tudo, inclusive cavar poços em terras de políticos da região. Os chamados "carros pipas", durante décadas, com desvio de recursos e assistencialismo, alimentaram o que se convencionou chamar de "indústria da seca". De alguma forma, ontem como hoje, a seca na Região continua alimentando as ambições inescrupulosas de políticos. Agora, quando a região enfrenta a sua pior estiagem das últimas décadas, trava-se uma luta fratricida em torno dos recursos previstos e que serão investidos para combater os efeitos da estiagem. O DNOCS tem R$ 1,1 bilhão e a CODEVASF R$ 1,5 bilhão. O deputado Henrique Eduardo Alves, presidente da Câmara dos Deputados, padrinho de Emerson Fernandes(DNOCS) trava uma luta em Brasília pela não extinção do órgão ou sua incorporação pela CODEVASF, controlada por Elmo Vaz, apadrinhado do governador da Bahia, Jaques Wagner. Em pernambuco, o problema colocou em disputa dois candidatos presidenciais, Dilma Rousseff e Eduardo Campos. Sobra para FBC, que disputa palmo a palmo quem faz mais pelos desasistidos, se o Governo Federal ou o Governo do Estado. Um passarinho que costuma sobrevoar o bodódromo de Petrolina, nos confidenciou que, em 2014, o ministro entra em campo com a camisa vermelha. Vamos aguardar. Enquanto isso...
 

Seca no Nordeste é foco de disputa política.

Seca no Nordeste é foco de disputa política

Presidente da Câmara lidera cruzada para evitar a extinção do Dnocs e sua absorção pela Codevasf, o que fortaleceria petistas da região

JOÃO DOMINGOS, EDUARDO BRESCIANI / BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo

Políticos de Estados do Nordeste travam uma batalha nos bastidores pelo comando dos recursos federais destinados ao combate aos efeitos da seca. A disputa envolve as ações do Departamento Nacional de Obras contra as Secas (Dnocs) e da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), os dois principais órgãos do governo federal que atuam nessa área e que têm orçamentos bilionários para 2013. O Dnocs dispõe de R$ 1,1 bilhão; a Codevasf, de R$ 1,5 bilhão.
O Dnocs vive um momento de sucateamento e esvaziamento político, o que alimenta entre os partidos que têm cargos no órgão o temor por sua extinção ou absorção pela Codevasf. As ações contra a seca têm forte impacto eleitoral e a utilização dos recursos mobiliza os políticos da região.
O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), é o principal interessado em conter o esvaziamento do Dnocs. Ele é o padrinho do atual presidente, Emerson Fernandes, e tem usado a importância do cargo que ocupa para cobrar do governo federal o fortalecimento da autarquia.
Alves já cobrou dos ministros Fernando Bezerra Coelho (Integração Nacional) e Miriam Belchior (Planejamento) um compromisso de que o departamento não será fechado nem transferido para Brasília, como defendem alguns técnicos. A sede fica em Fortaleza (CE).
Já o fortalecimento da Codevasf interessa ao governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), padrinho do atual presidente, Elmo Vaz, e ao ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra. Já o ministro da Secretaria Especial de Portos, Leônidas Cristino, do PSB, mesmo partido de Fernando Bezerra, tem sua base eleitoral no Ceará e também pressiona por uma reestruturação do Dnocs.
"Conversei com o ministro Fernando Bezerra e ele disse que a ideia de transferir o Dnocs para Brasília é de alguns técnicos, não uma decisão do governo", conta Cristino. A pressão fez com que o governo se comprometesse a buscar um plano de recuperação do Dnocs.
Empresa estatal, a Codevasf tem registrado aumentos do orçamento de investimentos. Há mais facilidade na liberação de verbas e a estatal conta com um quadro de pessoal rejuvenescido pela nomeação de concursados nos últimos anos.
Com forte influência na Bahia, Pernambuco e Piauí, a Codevasf, em 2012, tinha uma previsão de investimentos de R$ 1,3 bilhão; R$ 768 milhões foram empenhados e R$ 254 milhões pagos durante o ano.
Em desvantagem. A situação no Dnocs é bem diferente. No ano passado, o órgão só conseguiu pagar R$ 45,5 milhões em investimento mesmo tendo R$ 566 milhões à disposição. Criado ainda no governo de Nilo Peçanha, em 1909, sendo o mais antigo órgão voltado para o combate aos efeitos da seca, o Dnocs tem seu orçamento constantemente reduzido em comparação ao que ocorre na Codevasf, maior dificuldade na realização de investimentos e um quadro de pessoal tão envelhecido que pode perder 95% dos funcionários atuais até 2016 se não realizar novo concurso e nomear servidores. As discrepâncias entre o tratamento dado pelo governo federal aos dois órgãos fazem os políticos do Nordeste temerem pela sua extinção.
Reação. O presidente da Câmara não está sozinho na articulação para tentar manter o funcionamento do Dnocs. O líder do governo no Congresso, José Pimentel (PT-CE), promete recorrer à presidente Dilma Rousseff caso a negociação com os ministros não evolua.
"Vou conversar com o ministro Fernando Bezerra para impedir que técnicos que não entendem nada de seca consigam transferir a sede do Dnocs para Brasília. Se a conversa não der resultado, vou à presidente Dilma Rousseff", afirmou o líder do governo. Segundo Pimentel, "o Dnocs é o mais importante órgão de combate à seca no Nordeste e não pode passar pela situação em que está".
Corremos o risco de ver o órgão desaparecer dentro de dois ou três anos, se não houver reposição de pessoal", constatou o petista.


O velho, o novo e o renovado, artigo de Michel Zaidan

 

Por Michel Zaidan
O  Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) fêz sua aparição espectral na televisão,  apresentando suas caras "novas" ou "renovadas": o ex-governador do estado, a filha de Jacilda urquiza, o deputado Raul Henry etc. O que mais chama atenção é o discurso da "renovação". 0 PMDB de Pernambuco é como o Pc do B: velho, mas renovado. De acordo com os desafios da contemporaneidade...dos donos do poder atuais. Este partido, bem como o antigo PFL, tornaram-se partidos fósseis na cena política brasileira. Perderam o rumo. Transformaram-se naqueles antigos mastordontes grandes e sem uma função  ou identidade definida, a não ser negociar apoio ao governo, em troca de cargos, recursos,nomeações. Disto, uma verdadeira reforma política devia cuidar. Afinal, a causa da ingovernabilidade nãoé a existência dos pequenos partidos e legendas, mas o fisiologismo, o clientelismo e (em alguns casos) o corp orativismo de algumas legendas partidárias.

Consumada a chamada "transição democrática" com o governo Sarney e a Constituição de 1988, o histórico desse grande partido mastordôntico - detentor do maior número de cadeiras no Parlamento e de grande capilaridade municipal - é o da falta de unidade nacional, de comando e de ser ma federação de oligarquias estaduais que utilizam a legenda como querem. Um pedaço faz oposição ao governo; outro pedaço adere fisiologicamente ao governo; e um terceiro pedaço fica em cima do muro, vendo a direção dos ventos. De forma que hoje nós temos uma ala representada pelo vice-presidente da República e seus ministros no governo Dilma; uma ala que faz oposição ao governo Dilma, bem representada pelo o ex-governador de Pernambuco  e os omissos e oportunistas de sempre, esperando o momento de tirarem proveito da mudança dos ventos.

Exemplar  é o ajustamento de conduta partidário do PMBD de Pernambuco. Tendo se declarado oposição ao governo federal, desde o começo, aderiu ao palanque do governador do estado, logo que este acenou com a possibilidade de abrir um palaque próprio na corrida presidencial. Muita gente  deve ter se espantado com a manobra radical do velho partido "autêntico", em apoiar o adversário político  dos últimos anos. Deve ser esta a renovação de que fala a propaganda partidária do PMDB: se aliar ao adversário de ontem, contra o adversário federal. Ou leia-se contra o próprio PMBD governista. E a manobra deve ter rendido alguma coisa ao partido: não só o apoio nas eleições municipais de 2012, indicações de nomes na Comissão da Verdade e da Justiça, cargos na Prefeitura do Recife e promessas de apoio político a parlamentares pembedistas  nas próximas eleições (talvez, a reeleição do próprio se nador).

É nisto em que consiste o "novo", o "renovado" o "autêntico" PMDB: um partido desfigurado à serviço de interesses e ambições paroquiais de chefes políticos regionais. Em Pernambuco, a aliança preferencial do partido tem sido com legendas de centro-direita, PPS, DEM, PSDB, PV. Uma verdadeira sopa de letrinhas que não signfica nada. Uns funcionam com linha auxiliar de outros. O próprio PSDB não passa de um instrumento na mão do seu presidente regional, tal como o PMDB o é nas mãos do ex-governador do estado. O ex-PPS faz o jogo do ex-governador e agora marcha a passos largos para apoiar a candidatura do primeiro mandatário do estado a Presidencia da República. E o DEM encontra-se em estado terminal. Sobreviverá se apoiar a candidatura ou de Aércio Neves ou de Eduardo Campos.

Só falta caracterizar a postura do "novíssimo" PSB. Que partido é esse? - Poderá ele dizer - como seu aliado da hora - que tem a mesma história e a mesma cara, ao longo de tantos anos?. Durante muito tempo, o partido de João Manguabeira e Evaristo de Moraes gravitou em torno do Partido Comunista Brasileiro. Era uma agremiação de intelectuais que tinham escrúpulos de aceitar o estalinismo do velho PCB. Com a crise ideológica do socialismo real, o "novo" PSB ficou em disponibilidade ideológica e passou a gravitarem torno do PT, de quem foi aliado muitos anos. Pelo visto, a transformação pragmática do PT, liberou outra vez o PSB para assumir novos compromissos partidários. Só que dessa vez  com partidos de centro, centro-direita, partidos religiosos, de adesistas de última hora, pós-pós-pós tudo. É com essa trinca de legendas, mais do que de partidos, que o governador pretende afirmar a  nova i dentidade do PSB. A cara do nosso "Maquiavel de aldeia", o nosso socialista, sem socialismo; o nosso republicano, sem república; o nosso nacionalista, sem nação.

Mais confusão para o PT de Paulista.



A reunião do diretório do PT na cidade de Paulista, longe de dirimir as dúvidas sobre se o partido deveria apoiar ou não a gestão do socialista Junior Matuto, trouxe apenas mais confusão para a legenda. O grupo liderado por Sérgio Leite, após substituir 11 diretorianos, conseguiu vencer a primeira votação, recusando o apoio à gestão socialista. Numa segunda votação, essa liderada por Wladimir Quirino, os filiados da legenda subscreveram uma ata declarando adesão à gestão de Júnior Matuto. O caso está sendo submetido ao Diretório Estadual do PT no Estado. Muita confusão para pouca coisa. Para completar o enredo, seria interessante que eles opnassem sobre o nome do shopping que estará sendo construído nas ruínas da antiga Companhia de Tecidos Paulista - o tema central dos debates políticos na cidade. Coerentemente, Sérgio Leite defende suas posições. O grupo que faz oposição a ele no PT de Paulista, no entanto, deverá seguir a orientação dos "cargos", mesmo que para isso tenham que se desligar da legenda. Simples assim.

sábado, 27 de abril de 2013

Por onde anda o verdadeiro debate político em Paulista?




Não quero ser um desmancha prazares, mas por essas e outras é que se entende porque nossa cidade de Paulista encontra-se patinando em indicadores sociais e envolta em picuinhas políticas que não levam a lugar nenhum. A grande discussão na cidade é a instalação de um shopping center nas proximidades das ruínas da antiga Companhia de Tecidos Paulista. Até aqui tudo bem, não fosse o teor desse intenso debate: o nome do shopping. Nenhum outro tipo de discussão, inclsuive o estético. O shopping vai funcionar próximo às chaminés da antiga fábrica de tecidos, tombadas como patrimônio. O cenário vai ficar muito semelhante aos casarões tombados do Recife, onde, por traz, foram erguidos grandes espigões que acabaram transformando esses casarões em apenas salões de festa, absolutamente descaracterizados. Outro grande debate é sobre a herança da familia Lundgren naquela cidade, onde alguns ingênuos apenas enxergam os aspectos positivos, considerando que o nome do shopping até mesmo possa fazer uma homenagem à família. Assim não dá. Embora seja uma área particular, se houvesse interesse da prefeitura, aquela área poderia ser transformada , por exemplo, numa área de lazer, sobretudo se considerarmos a carência de equipamentos públicos com essa finalidade na cidade. A praça do centro é uma área espremida por edificações, algo concedibo, parece-nos, sem um planejamento mais consistente. O que vai ficar realmente esquisito é a construção de um shopping, aliado a um patrimônio preservado, sem guardar entre si qualquer harmonização ambiental.
 

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Estado é campeão em morte por esquistossomose



Em quase dois mandatos do PSB no Estado, pouca coisa mudou na área de saúde, uma leitura que fazemos a partir da reação do público quando postamos algo relativo ao assunto aqui nas redes sociais. Não fossem suficientes as investidas privatistas do setor, Pernambuco ainda ostenta alguns indicadores deploráveis de doenças endêmicas. O Estado é campeão em mortes, por exemplo, por esquistossomose no Brasil. Uma conjunção de fatores como pobreza, não recolhimento correto das fezes, necessidade de utilizar as águas dos rios para todas as atividades, desasistência do Estado contribuem para esse recorde nacional. Em Pernambuco, municípios que apresentam alta incidência de transmissão de verminose, de acordo com matéria do Caderno de Cidades do JC, do último domingo: São Lourenço, Jaboatão, Vitória, Cabo, Ipojuca, Araçoiaba, Bom Jardim, João Alfredo, Lagoa do Carro, Machados, Tracunhaém, Vicência, Água Preta, Belém de Maria, Catende, Cortês, Escada, Gameleira, Jaqueira, Maraial, São Benedito do Sul, Tamandaré, Correntes, Bom Conselho, Aliança, Goiana, Itambé, Itaquitinga, São Vicente Férrer e Timbaúba.

A PEC 33 atenta contra o ordenamento democrático.





Aprovada pela Comissão de Costituição e Justiça, ainda que com cautela, a PEC 33, não reúne a menor chance de continuar sua tramitação. Também não é verdade que ela poderá gerar um crise entre o Judiciário e o Legislativo. A proposta é simplesmente uma aberração. Pela Proposta de Emenda à Constituição, algumas decisões do STF poderiam passar pelo crivo do Legislativo. Analisando a proposta, o Ministro Gilmar Mendes, num desabafo sencero, afirmou que seria melhor fechar o STF. É bem verdade que ainda não temos uma democracia consolidada. A PEC 33 é um exemplo disso. Essas propostas indecentes não surgem em democracias consolidadas. Por outro lado, mesmo nesse arremedo de república, a PEC 33 não tem qualquer chance. Os partidos de oposição já tomaram as providências jurídicas exigidas, que serão "apreciadas" pelo próprio STF.

Joaquim Barbosa candidato ao governo de Minas Gerais?



Discreto e contingenciado pela liturgia do cargo, o ministro Joaquim Barbosa não se pronuncia sobre se alimenta alguma ambição política. Sua "bravura indômita", no entanto, enfrentando até mesmo o corporativismo dos seus pares, não raro, suscita essa possibilidade. Recentemente, esteve em Minas Gerais, por ocasião do dia de Tiradentes, onde foi homenageado. Posou para fotos ladeados pelos grãos-tucanos mineiros, o governador Antonio Anastasia, e o senador Aécio Neves, virtual candidato à Presidência da República. Esses ingredientes foram suficientes para alimentar ainda mais as especulações sobre uma possível candidatura do ministro, entre os grandes jornais e alguns analistas. Depois do julgamento do Mensalão, o ministro virou uma celebridade. A possibilidade, de fato, existe. Joaquim Barbosa poderia sair candidato ao Governo do Estado de Minas Gerais pelo PSDB.

Repercutiu nas redes sociais: STF breca análise da Lei to Torniquete Partidário.



A facilidade de criação de partidos políticos no Brasil, realmente, é algo que precisa ser corrigido. Em razaõ dessas facilidades, temos aí uma proliferação de agremiações partidárias, algumas representando apenas os interesses dos grupelhos que as criaram. O que nos parece que ocorreu com o projeto de lei impondo restrições à criação de novas legendas é que o mesmo logo foi interpretado como uma medida casuística do Governo Dilma Rousseff, em processo de reeleição. Aprovado na Câmara, o Governo tratou de agilizar sua apreciação no Senado Federal, usando seu poder de fogo naquela Casa. Enfrentou resistência dentro do próprio núcleo petista, através do senador Eduardo Suplicy. Por razões óbvias, é inegável que o Governo beneficiaria-se dessa manobra. O que nos parece um certo exagero é camparar as artimanhas do Planalto ao famoso "Pacote de Abril", quando os militares impuseram uma série de mordaças ao Legislativo, ou adjetivar a presidente Dilma Rousseff de autoritária, como o fizeram os senadores Pedro Simon e Jarbas Vasconcelos, ambos do PMDB. Conforme informamos pelo blog, o STF acaba de brecar a análise do Projeto pelo Senado Federal. Talvez não fosse exagerado lembrar que ambos os senadores estão fechados com a candidatura presidencial de Eduardo Campos.
 
  • Carlos Pereira Pois é, enfim uma decisão correta nesse país. Parabéns ao Supremo que veta um casuísmo autoritário dessa era PT que realmente está ficando na história dessepaís. Não importa em quem o cara vota ou deixa de votar, importa a justiça da causa, se o Kassab pôde fundar seu partido com o apoio do Governo porque a Marina Silva não pode fundar sua Rede de Sustentabilidade? São claramente dois pesos e duas medidas. Se houver outra leitura, gostaria que por favor, me esclarecessem.
  • Carlos Pereira Não foi só o Suplicy, a bancada petista do Acre ficou numa saia justíssima com essa iniciativa do Governo Federal de cercear o direito da Marina Silva fundar seu partido. A bancada de Senadores do Acre estava sem saber como votar de acordo com o Portal Terra.
  • Carlos Pereira E esquecendo em quem o sujeito vota ou deixa de votar, o que diz a CF sobre isso? Vejamos: Art. 17 da CF. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidari...Ver mais
  • José Luiz Silva Bom dia, Carlos. A idéia do disciplinamento de criação de novos partidos, em si, é boa. O problema desse projeto foi o seu caráter escancaradamente casuístico, o que motivou tamanha polêmica. Agora é aguardar a famigerada reforma política, que também não anda, exatemente, por criar regras às quais os próprios políticos não desejam se submeter. Um forte abraço! Devo passar o São João em seu querido torrão.
  • Carlos Pereira Oi José Luiz da Silva é por aí, parabéns pelo caráter democrático da sua página onde são postadas as controvérsias do momento político nacional havendo a liberdade de opiniões. Certamente a esquerda brasileira hoje está atônita com certas situações que copiam (do pior modo) práticas políticas que deveriam já pertencer ao passado político do nosso país. Continuemos lutando pela justiça social, mas, não devemos esquecer de fazê-lo mantendo os valores da ética e do bom-senso, cair no vale-tudo político é se desmoralizar, penso eu. Reitero os parabéns pelo caráter democrático da tua página e nos sentiremos honrados em receber sua visita pelo São João. Vlw!!!

quarta-feira, 24 de abril de 2013

E o povo, governador Eduardo Campos?




Alguns dos "novos" amigos do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, costumam convergir num ponto: são inimigos do PT. Alguns deles até advogam abertamente que o governador deve afastar-se da legenda se deseja viabilizar-se eleitoralmente. Até com os "urubus voando de costa" da Era Lula, Eduardo vem conversando. Com sua verve característica, o companheiro socialista Ciro Gomes, outro dia, chegou a perguntar se o seu caminho seria pela direita. Faz todo sentido, portanto, os comentários do jornalista Carlos Chagas, no dia de hoje, sobre o discurso do pernambucano. Sua agenda econômica parece pronta: crescimento, combate à inflação, novo pacto federativo etc. Sobre as questões sociais, nenhum palavra sequer, como se faria supor de um governador socialista. Como mesmo afirma o articulista, os usineiros devem estar festejando, mas e o povo, governador? Por oonde anda o DNA do avô, Dr. Miguel Arraes, um político de extrema sensibilidade social? Quando foi eleito, no seu primeiro mandato, Eduardo ainda procurou cercar-se de alguns simbolismo, como uma visita a Ilha de Deus, uma comunidade bastante empobrecida do Recife, que nunca antes havia sido visitada por um governante. Hoje, gradativamente, ele vem construindo uma plataforma política do centro para a direita, aproximando-se de atores políticos que sempre rezaram em cartilhas neoliberais e, escancaradamente, afinando a orquestra com organismos internacionais e a nata do empresariado brasileiro.

Eduardo empurra oficialmente 2014 para 2014


PE247 - O governador de Pernambuco e virtual candidato à Presidência da República pelo PSB, Eduardo Campos, jogou oficialmente a discussão sobre sua candidatura para 2014. Segundo Campos, o partido deverá obedecer a orientação contida no estatuto da legenda, que prevê que decisões do gênero sejam tomadas durante a realização do congresso partidário, no ano de realização das eleições. “Pelo nosso estatuto, essas definições devem ser feitas em congresso no ano da eleição. Vamos respeitar o estatuto”, declarou Campos após uma reunião, em Brasília, com o ministro da Fazenda, Guido Mantega.
O governador observou, ainda, que o debate político continuará sendo realizada junto aos estados e municípios, mas que este tipo de decisão “nunca se deu com essa antecedência em tempo nenhum em nenhuma eleição que o PSB viveu”. Ele ressaltou, ainda, que nenhum outro partido realizou reuniões com suas respectivas direções nacionais e tomado posicionamento sobre 2014.
A decisão de Campos empurrar 2014 para 2014 com base no estatuto do partido, também pode ser vista como uma espécie de resposta ao ofício encaminhado esta semana pelo governador do Ceará, Cid Gomes, solicitando uma reunião do diretório nacional de forma a cobrar um posicionamento da legenda se o governador pernambucano é ou não candidato ao Planalto. Cid, juntamente com seu irmão, o ex-ministro Ciro Gomes, são contrários a uma candidatura própria por parte do PSB e defendem abertamente o partido permaneça na base governista  e apoie a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT).

(Publicado originalmente no Brasil 247)

Mesmo fragilizado, Sérgio Guerra mantém as rédeas do PSDB no Estado.









Mesmo com a saúde fragilizada, o deputado Sérgio Guerra mantém as rédeas do PSDB em Pernambuco. O partido se prepara para um mais um encontro, torcendo que o clima seja mais sereno do que o que vem ocorrendo por todo o Brasil, por onde as bicadas entre tucanos são frequentes, conforme artigo publicado em nosso blog, assinado Mary Zaidan, no último domingo. Oficialmente, Evandro Avelar conduz a máquina tucana no Estado, mas em perfeita harmonia com o morubixaba. Para o bem ou para o mal. Prefeitos tucanos sob a sua liderança já afirmaram que marcharão unidos em torno do projeto presidencial do governador Eduardo Campos. Esse filme já foi reprisado em diversas eleições no Estado. Sérgio, certamente, vai ficar na sua e liberar seus comandados para votarem em Eduardo Campos. Exceção, como sempre, para Elias Gomes, o prefeito de Jaboatão, que deve seguir as orientações nacionais da legenda em torno do nome do senador Aécio Neves. Elias sempre se coloca como um homem de partido.

Paulista não merecia isso




Pelas redes sociais, o deputado Sérgio Leite desmente que esteja pensando em sair do Partido dos Trabalhadores. Uma das maiores lideranças do partido na cidade das chaminés, Sérgio foi pego de surpresa por uma acordo celebrado entre membros da legenda e o prefeito do município, Júnior Matuto(PSB), com quem disputou as eleições passadas. Pelo acordo, costurado às pressas, o vereador da legenda, Flávio Barros assumiria a secretaria de Meio Ambiente, abrindo uma vaga de suplente para o agora vereador Aluízio Camilo, também companheiro de legenda. O que se comenta é que Sérgio, além de não concordar, também não tomou conhecimento sobre essas articulações, sugerindo-se, conforme informamos, uma escaramuça. Diante dos fatos, teria ficado bastante magoado, donde se concluiu que poderia deixar a legenda, o que ele desmente pelas redes sociais. Não se sabe como será a relação de Sérgio com a legenda daqui para frente. Embora, como lembrava Paulo Guerra, em política não existam "nunca" nem "jamais", hoje, pelo menos, suas relações com o prefeito estão sensivelmente azedadas. Sérgio advoga, inclusive, a ilegitimidade do mandato, em razão das irregularidades cometidas durante as eleições, como propaganda antecipada, compra de votos, uso da máquina etc. Diante desses fatos, sobram poucas hipóteses para explicar a "adesão" de membros da legenda ao Governo Socialista Municipal. E a nossa cidade das chaminés, onde vivi meus verdes anos, vai tocando sua vidinha pacata, a mercê desse joguinho de conveniência política, de acordos celebrados na surdina, convivendo com graves problemas estruturais que nunca foram, efetivamente, enfrentados. Paulista não merecia isso.

Começam as escaramuças entre a Executiva Naciona e o PT do Maranhão


Começou mais cedo do que se imaginava os problemas do PT no Maranhão, ou, mais precisamente, a ingerência da Executiva Nacional da legenda sobre as decisões tomadas pelo diretório regional. Uma propaganda de 30 segundos que vinha sendo veiculada pelo PT no Estado, transmitada por Márcio Jardim, da Executiva Municipal, onde ele reafirmava as conquistas sociais dos Governos Lula/Dilma e, sultilmente, destacava que o Estado Maranhão ainda ostentava os piores indicadores sociais do país, foi, sumariamente, retirada do ar. 2014 promete ser um ano de muita turbulência entre os morubixabas nacionais da legenda e o diretório do partido naquele Estado. Problemas semelhantes aos que ocorreu nas eleições passadas para o Governo do Estado, onde o partido, forçado pela Direção Nacional, deixou de apoiar Flávio Dino(PCdoB) para apoiar a filha de Sarney, Roseana Sarney, que se elegeu governadora. Mais uma vez, Flávio Dino voltará a enfrentar os Sarney. A grande expectativa seria saber qual o comportamento da Executiva Nacional diante dessa engenharia, onde Flávio conta com o apoio integral da lengenda para disputar o governo. Esse, aliás, teria sido um dos poucos pedidos da legenda ao Planalto: O apoio ao nome de Flávio. Por outro lado, como contrariar os Sarneys, que também estão na base de sustentação do Governo Dilma? Pelo andar da carruagem política, parece-nos que os caciques da legenda já tem uma posição a esse respeito. A censura ao programa local é um forte e preocupante indício.

Executiva do PT censura programa do partido no Maranhão



Membro da Executiva do PT no Maranhão, Márcio Jardim estrelou um dos comerciais de 30 segundos que a legenda levou ao ar nas emissoras de tevê do Estado. A peça começou a ser exibida na segunda-feira (22). Menos de 24 horas depois, estava censurada, expurgada da programação e desautorizada. Tudo isso com o aval de Rui Falcão, presidente do PT federal.
O vídeo de Márcio Jardim começa bem, rendendo homenagens a Lula e Dilma Rousseff. Em dez anos, “tiraram milhões de brasileiros da situação de probreza extrema”, ele enaltece. Do meio para o final, a mensagem compara esse Brasil que “melhorou muito” com o Estado governado por Roseana Sarney (PMDB).
“O Maranhão continua ostentando os piores indicadores sociais do país”, espinafra o companheiro Jardim. “Somos os piores na saúde e na educação. Vivemos num estado de profunda insegurança, medo e violência, que aterroriza a todos nós.” Roseana e seu pai, o senador José Sarney, não apreciaram as observações.
Por ironia e imposição legal, o palavreado tóxico do petista foi veiculado inclusive na tevê Mirante, emissora da família Sarney. Armou-se no eixo São Luís Brasília algo que os nordestinos chamam de furdunço. Presidente do PT maranhense, Raimundo Monteiro falou pelo telefone com Rui Falcão. Na sequência, divulgou no site do PT nacional uma nota.
No texto, disponível aqui, Raimundo anotou que foi “surpreendido” com a veiculação da peça na qual Jardim “faz críticas à administração liderada pela governadora Roseana Sarney.” O dirigente desceu ao ponto: “…Consultando o presidente nacional do PT, Rui Falcão, determinei a substituição dos programas, cujo conteúdo está desautorizado.”
Por quê? “Não fosse pela contradição de o PT criticar o governo do qual faz parte, também não faz sentido investir contra uma liderança que tem apoiado desde o inicio o nosso projeto nacional.” Márcio Jardim surpreendeu-se com a reação. Ouvido pelo repórter John Cutrim, declarou: “Sequer citei o nome da governadora Roseana, fiz apenas observações pontuais. Incrível como a oligarquia se incomoda quando alguém desnuda a falta de capacidade de continuarem governando esse Estado. Não resistem sequer a trinta segundos.”
Certas decisões, como essa avalizada por Rui Falcão, deveriam ser censuradas. Ou, pelo menos, difundidas de mão em mão em envelopes de plástico preto. Ninguém tomaria conhecimento do vídeo do companheiro Márcio Jardim se a irritação dos Sarney e a censura do PT não tivessem o cuidado de chamar a atenção. Quem conhece apenas esse PT dos últimos dez anos talvez não acredite. Mas já foi proibido no partido falar bem da família Sarney. Nos velhos tempos do ex-PT, o próprio Lula puxava o coro. Repare no vídeo abaixo.

(Publicado originalmente no Blog do Josias de Souza, Portal UOL)

terça-feira, 23 de abril de 2013

Humberto Costa: Cobra que não anda não engole sapo



 
Salvo algum engano, natural de Macaparana, interior do Estado, o ex-ministro, ex-prefeito e ex-governador, Joaquim Francisco, gosta muito de utilizar os "provérbios" dos nordestino como uma lição que orienta sua vida cotidiana. Um desses provérbios é o "cobra que não anda não engole sapo". Alguns postulantes ao Governo do Estado estão pavimentando sua estrada há um bom tempo, caso de Armando Monteiro, Danilo Cabral, o próprio Tadeu Alencar, que deu uma "demonstração de força", no último domingo, ao deslocar para a sua festa de aniversário em Aldeia a nata da política pernambucana. O quadro da sucessão estadual mudou substantivamente depois do projeto presidencial do governador. Pois bem. O senador Humberto Costa, de uma hora para outra, resolveu movimentar-se. Não se sabe quem lhes injetou sangue novo, se os companheiros de partido - José Dirceu - ou se a cozinha do Palácio do Planalto. Conforme informamos em postagem no dia de ontem, o partido no Estado terá um longo e tenebroso inverno pela frente. Encontra-se carente de quadros, estrutura e tesão para o enfrentamento de uma campanha majoritária, algo admitido até mesmo pelos caciques da legenda. Em todo caso, o senador Humberto fez alguns movimentos. Afinal, como diria o "filósofo" Joaquim Francisco, cobra que não anda não engole sapo.

Os irmãos Ferreira Gomes pedem explicações a Eduardo Campos.







Interlocutores que conversam com Eduardo Campos, não raro, saem dando declarações de que o governador de Pernambuco, de fato, será candidato à Presidência da República nas próximas eleições. Por outro lado, seus movimentos apenas confirmam o que o esses interlocutores privilegiados admitem na surdina. Dentro do PSB, esboçam uma reação em sentido contrário apenas os irmãos Ferreira Gomes, que gostariam de ver o PSB no palanque de reeleição de Dilma Rousseff. O jornalista Josias de Souza, em sua coluna de hoje, informa que a direção do PSB no Estado do Ceará teria encaminhado um pedido de explicações ao governador de Pernambuco que, por acaso, é também o presidente do partido. Como mesmo advoga, Josias, bastante curiosa essa situação. Gostaria muito de ler o despacho do presidente nacional da legenda sobre o assunto. Uma peça de análise de discurso.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Quem, de fato, precipitou o jogo sucessório de 2014?







Curiosa essas movimentações políticas. Independentemente das articulações de Eduardo Campos, melhor seria que a presidente Dilma Rousseff trata-se de ganhar 2013, um ano que vem sendo marcado por muitas turbulências. Como bem definiu o jornalista Carlos Chagas, Dilma saiu no momento errado, contra o candidato errado. Agora, para ambos, parace não haver mais retorno. A campanha já está nas ruas. Em conversa com Eduardo Campos, o senador Cristovam Buarque saiu convencido de que o "Moleque" dos jardins da Fundação Joaquim Nabuco é mesmo candidato em 2014. Ontem, aqui mesmo pleo blog, a partir de uma matéria do Jornal do Commércio, anunciamos o staff que cuidará de sua comunicação. Diante das contingências, Dilma passou a observar com mais acuidade o desempenho dos governadores do Partido dos Trabalhadores. A avaliação não é das melhores em Brasíla, com Agnelo Queiroz, no Rio Grande do Sul, com Tarso Genro, e na Bahia, com Jaqques Wagner. Pelo menos nesse quesito, o PSB leva uma ligeira vantagem. Possui o governador mais bem-avaliado do país. Comenta-se que Lula lançou Dilma para evitar as especulações em torno de uma eventual candidatura sua, o que precipitou o jogo sucessório de 2014. Logo em seguida, amorfo e insosso, o senador Aécio Neves anunciou que estava no jogo atráves de um discurso no Congresso Nacional. Eduardo Campos já vinha se movimentando há bastante tempo.

domingo, 21 de abril de 2013

Eduardo Campos monta sua estrutura de comunicação




Em matéria do Jornal do Commércio deste domingo, assinada pela jornalista Bruna Sena, um longa reportagem sobre a estrutura de comunicação que está sendo montada pelo candidato Eduardo Campos. Nosso blog foi o primeiro a alertar sobre as articulações entre o publicitário Duda Mendonça e o cientista político Antonio Lavereda, dono da MCI (Marketing e Comunicação Institucional). A sociedade entre os dois não teria dado certo em razão do bloqueio dos bens do baiano, apesar de inocentado no Mensalão. Em todo caso, deverão estar juntos no suporte de comunicação de Eduardo Campos. Além dos dois, Édson Barbosa, Guel Arraes e, como não poderia deixar de ser, o discreto argentino Diego Brandy, que foge da imprensa como o diabo da cruz. Assumidamente avesso à entrevistas e badalações, Diego gravita em torno do governador desde 2006. Seu prestígio, comenta a reportagem, sofreu um abalo depois da apertada vitória de Geraldo Júlio à prefeitura da cidade do Recife nas últimas eleições. Penso que o governador gostaria de ter vencido aquelas eleições com mais folga. Embora a campanha tenha sido precipitada - talvez um erro estratégico do próprio Planalto - a equipe de Eduardo ainda tem muito tempo pela frente para fazer os ajustes necessários.Sua sinuca de bico é essa marca da 'dubiedade". Governo x oposição; continuidade x ruptura; etc. O interessante é que esse núcleo de comunição recentemente esmiuçado pela matéria do JC, também, guarda divergências entre si e concorrência interna, um fato que parece não preocupar o Palácio do Campo das Princesas.
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Eduardo Campos e a crise do tomate

  

Por Igor Felippe Santos, no blog Escrevinhador:

O governo Dilma Rousseff cedeu à pressão dos bancos, da mídia e do PSDB e aumentou os juros. O Banco Central elevou em 0,25% a taxa Selic, que chegou a 7,50% ao ano, na última quarta-feira (17).

Em mais uma disputa política, governo se acovardou e optou por atender os interesses do grande capital internacional e da fração da burguesia associada.

Essa luta tinha, de um lado, os interesses econômicos dos portadores de títulos da dívida pública, remunerados pela taxa Selic, e os objetivos políticos do PSDB nas eleições do próximo ano, que estão por trás da “crise do tomate”.

Ficaram contra o aumento dos juros as forças sociais que compõem a frente neodesenvolvimentista em torno governo, como as frações da burguesia, como a indústria, e a classe trabalhadora, que realizou protestos em todo o pais por meio das centrais sindicais.

O desfecho dessa disputa foi mais um ato de covardia e falta de compromisso do governo com os setores que sustentam o projeto em curso, em benefício daqueles que defendem o neoliberalismo.

A opção do Banco Central por aumentar os juros, que contraria as medidas tomadas para estimular a economia, pode sacrificar o crescimento neste ano, prejudicando a burguesia industrial e a classe trabalhadora. Além disso, representa uma derrota ideológica, porque legitima o discurso do controle da inflação como a questão central da política econômica, em vez do crescimento, do consumo, do trabalho e dos salários.

Sem crescimento, o governo enfrentará dificuldades para manter a unidade política e a composição de frações de classes sociais em torno do neodesenvolvimentismo.

Não há condições de manter os lucros da burguesia industrial, os aumentos de salários dos trabalhadores e as políticas sociais para os mais pobres sem crescimento da economia, que caracterizam esse modelo econômico.

Por não ter enfrentado os interesses dos setores que se contrapõem a essa aliança de classes, o governo será obrigado a cortar na própria carne. Se não conseguir contemplar as forças que compõem essa ampla coalizão, terá que fazer opções que ameaçam a sua conflituosa unidade.

Assim, cresce a possibilidade de defecções e rompimentos dessa grande frente política e econômica organizada em torno do governo, o que beneficiará a principal expressão política do projeto neoliberal, o PSDB, nas eleições de 2014.

Um dos sintomas desse quadro de instabilidade é a movimentação de Eduardo Campos (PSB), que tem ganhado força justamente pela falta de respostas da economia às medidas do governo para o crescimento econômico.

Por isso, o capital financeiro e o PSDB foram os vencedores da disputa das últimas semanas. Já o governo Dilma, que tem se limitado a gerenciar a frente neodesenvolvimentista e as políticas sociais construídas pelo presidente Lula, precisa aprofundar as mudanças para ampliar o horizonte político do projeto em curso, saindo das armadilhas impostas pelas forças que querem a retomada do neoliberalismo no Brasil.

Ao vencedores, os juros; aos perdedores, os tomates!