pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO.
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sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Tijolaço do Jolugue: PT: A ordem é partir para "guerra" em Pernambuco






 


Recentemente, Lula se reuniu com alguns caciques petistas da província, em São Paulo. Estavam lá para ouvi-lo Humberto Costa, João Paulo e Pedro Eugênio. Dos três, Humberto Costa, de longe, é o que tem maior influência sobre o pernambucano. É o companheiro do tempo das vavas magras, da Brasília amarela que servia para os deslocamentos de Lula pelo interior do Estado. Isso quando funcionava. Lula nunca teve grandes afinidades com João Paulo. Pedro Eugênio é um quadro com perfil mais técnico, egresso da academia, e só mais recentemente passou a integrar as fileiras do partido. A determinação do morubixaba é que a tropa seja reunida e pintada para a guerra que deverá ser travada com o governador pernambucano. Os cargos devem ser entregues tanto no Governo do Estado quanto na Prefeitura do Recife. Dividido, bastante fragilizado, sem quadros com a capilaridade política necessária a uma disputa majoritária, o PT deve mesmo compor uma aliança, possivelmente com o senador Armando Monteiro(PTB), que deverá correr em faixa própria. Diferentemente do que ocorreu com o PT, que foi virando suco ao longo da convivência com Eduardo Campos, espertamente, Armando, apesar do apoio irrestrito aos projetos do Estado, nunca se encantou totalmente por aqueles olhos verdes, cobrindo a retaguarda, trabalhando incansavelmente para firmar suas bases no interior do Estado. Já aparece em primeiro lugar nas pesquisas e passou a despontar como uma das possibilidades que pode contar com o apoio do Planalto para a disputa na província. Armando sempre manteve um bom trânsito com o PT.

Tijolaço do Jolugue: As alianças de Eduardo também possuem a "inhaca" da Casa Grande

 
Os institutos de pesquisa saíram a campo para tentar acompanhar a reação do eleitorado em relação às últimas mudanças no cenário político para 2014. Segundo fomos informados, o Datafolha irá lançar na pesquisa as duas possibilidades de cabeça de chapa entre Marina e Eduardo Campos. Matreiramente, a acreana começou a insinuar-se. O site Tijolaço comentou, agora a pouco, que o IBOPE deverá trazer os padrinhos dos possíveis candidatos, ou seja, Lula apadrinhando Dilma, Marina apadrinhando Eduardo Campos e, finalmente, Fernando Henrique Cardoso apadrinhando Aécio Neves. Se a situação de Aécio já era complicada, tornou-se ainda mais difícil com essa nova correlação de forças em jogo, unindo Marina a Eduardo Campos. Está cada dia mais parecido com Serra, ou seja amorfo, sem projeto, à deriva, como uma folha seca. Não aquela de Didi, que caía como tal, marcando um golaço. Aécio vai nesse diapasão até se afundar nas urnas. Se houver segundo turno, conforme está sendo previsto, é possível que venha compor com o pernambucano. Tudo leva a crer sobre a existência, como sugeriu Michel Zaidan em artgo recente, que haja uma acordo entre ambos. Como o hiato político entre Dilma e Eduardo tende a agravar-se, ontem, em seu programa, o PSB paracia que estava lançando um produto de limpeza novo, capaz de desinfetar o cenário político brasileiro. Ou, para ser mais fiel a Eduardo Campos, um anti-mofo, uma vez que ele já andou adjetivando as alianças de Dilma de "mofadas". De fato, não se pode desmentir o pernambucano, quando se tem por perto um Jáder Barbalho, um José Sarney. Entretanto, o mesmo adejtivo se aplica às alianças que estão sendo celebradas pelo pernambucano, que também trazem, para usarmos uma expressão do sociólogo Gilberto Freyre, a "inhaca" das casas grandes. O que, na realidade, a elite política brasileira não deseja perder é o poder. São capazes de realizar toda espécie de mimetismo político para obtê-lo, independentemente de quem se proponha a ser a bola da vez. Talvez tenha percebido em Eduardo Campos uma possibilidade real de poder.

Tijolaço: Campos e Marina lançam campanha "com quem será?"


Campos e Marina lançam campanha “com quem será?”

10 de outubro de 2013 | 17:18
Em quase 40 anos acompanhando a cena política brasileira, confesso aos amigos que nunca vi nada tão deprimente quanto o comportamento da dupla Eduardo Campos e Marina Silva.
A entrevista “coletiva” (literalmente) concedida pelos dois hoje, em São Paulo – onde o Governador tucano Geraldo Alckmin os recebeu de gravata “marineira” verde – é uma peça que qualquer imprensa séria se encarregaria de chamar pelo nome: ridículo.
Os dois anunciaram (?) que não sabem se serão um com outra, outra com um ou um ou outra com outro alguém os candidatos à Presidência.
Isso, os novos gênios da política descobriram, seria cometer “os mesmos erros das práticas políticas” que a dupla condena.
Ou seja, pedir votos ao eleitor dizendo para quem são estes votos agora é uma “prática política” condenável, antiga.
Dizem que pedirão votos para um programa.
Qual programa?
Ah, eles decidiram hoje que , no dia 29, vão promover um encontro “para estabelecer diretrizes para o programa da candidatura da chapa em 2014″. Diretrizes, vejam bem…
Quer dizer, temos uma candidatura sem candidato e sem programa, visto que ainda vão, daqui a 19 dias, sentar para definir as “diretrizes” para fazê-lo.
Portanto, caro leitor e cara leitora, você não vai saber até lá  se querem seu voto para privatizar ou reforçar o Estado, ou se é para manter o Mais Médicos ou não, se vamos fortalecer a Petrobras para explorar o pré-sal ou se vamos deixar lá nas profundezas esse líquido nojento, viscoso e poluidor, se o Brasil vai caminhar para trás ou para frente, para a direita ou para a esquerda.
E só em meados de 2014 se será Eduardo ou Marina o fiador deste programa que não se sabe qual é.
A única coisa sincera na entrevista foi a declaração de Marina, citada na CBN, de que o encontro entre ambos se deu porque ela tinha uma funda (atiradeira) para derrubar um gigante e Campos tinha cinco pedras na mão para jogar contra ele. Juntos, portanto, são mais fortes para destruí-lo.
Destruí-lo para construir o que? Depois se vê, não é importante.
Porque, para ambos, o poder é apenas uma ambição pessoal, para qual se alimentaram por anos no situacionismo, antes de partirem, famintos, para esse “ninguém é de ninguém, desde que tudo seja nosso”.
Mas a elite brasileira, e seu porta-voz, a mídia, não se importa com isso, porque o Governo não lhes é importante, como é importante ao povo.
O único problema que os move, nas eleições, é que não se venha mais com essa história de colocar gente no Governo que se preocupe mais com o Brasil do que com as pompas e poderes minúsculos que lhes concedem, escravos do “mercado” e do sistema, que absolvem e aplaudem o seu vazio.
O que é ôco, em política, não se engane, está cheio de conservadorismo, que muda apenas para que não lhe reconheçam e o derrotem.
Por: Fernando Brito, no site Tijolaço

Tijolaço do Jolugue: A violência no Maranhão está fora de controle

 
 

Ontem, depois de furar o bloqueio imposto pela mídia local e pela blogsfera ligada ao clã dos Sarney, recebi a informação de que a violência no Estado do Maranhão já atingiu índices que poderiam justificar uma intervenção federal. O Maranhão tornou-se um Estado de porteira fechada, uma capitania sob o rígido controle da aligarquia Sarney. A irresponsabilidade dos blogs ligados aos Sarney chega o nível de apontar os únicos opositores ao clã como os responsáveis pela violência naquele Estado. Culpar o presidente da Embratur, Flávio Dino(PCdoB) pelo descalabro da segurança pública no Estado? O que é que o Flávio tem haver com isso? Flávio nunca foi governador, sequer Secretário de Segurança Pública, hoje ocupada por alguém que, até recentemente, fazia a segurança do clã Sarney. São remotas as possibilidades de intervenção federal, dadas as ligações dos Sarney com o Governo Dilma Rousseff. As maiorias dos crimes são de execução, um componente a mais a ser considerado quando se avalia os índices de violência. Ocorrem em todo o Estado, em plena luz do dia. O Maranhão, uma espécie de feudo dos Sarney, é um dos Estados mais pobres do país, com gravíssimos problemas fundiários, inclusive envolvendo grupos étnicos como indígenas e quilombolas. A dinastia Sarney é uma das mais antigas do país. Está no poder a pelo menos uns 50 anos, com forte influência na mídia e em todas as instâncias de poder desse nosso arremedo de República. Pelo menos intencionalmente, quando Marina aconselha a Eduardo romper com essas oligarquias, ela está coberta de razão, embora a gente saiba que não se trata de algo simples. Justiça seja feita, pelo menos naquele Estado, Eduardo Campos vem conversando com os opositores do clã. Nas últimas eleições o PT captulou-se aos Sarney, exigindo o apoio do partido à candidatura de Roseana, abandonando Flávio Dino (PCdoB) ao relento. Isso teve enorme repercussão à época, provocando uma greve de fome, no Congresso Nacional, de proeminentes petistas como Manuel da Conceição, então candidato do partido ao Governo do Estado de Pernambuco nas eleições de 1982. Sumido da cena política pernambucana, logo se soube que o líder camponês estava em terras maranhenses conspirando para derrubar o sistema. Brincadeiras à parte, seus pronunciamentos foram emblemáticos para diagnosticar os rumos que agremiação havia tomado desde o seu nascimento. O PT havia deixado de apoiar comunistas e componeses para apoiar latifundiárias oligarcas. Uma contradição, mesmo sabendo que esses comunistas, hoje, já não são mais de nada, perfeitamente "enquadrados" no jogo da democracia burguesa.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Tijolaço do Jolugue: Ronaldo Caiado rompe com Eduardo Campos







O deputado ruralista Ronaldo Caiado até que tentou ser diplomático com a ex-senadora Marina da Silva. Os dois viviam às turras quando o assunto era meio-ambiente. Alguém teria que ceder - e ceder bastante - para que a convivência entre ambos fosse minimamente harmoniosa ou, mais precisamente, suportável. Logo depois da aliança de Marina com Eduardo começaram a surgir diversos focos de divergências entre a Rede e o PSB. O primeiro deles diz respeito à cabeça de chapa para as eleições de 2014. O PSB considera que o problema está resolvido, mas Marina começou a sinalizar com a possibilidade de ser ela a candidata. O destemperado Ciro Gomes - com as reservas necessárias - já andou afirmando que Eduardo Campos, na realidade, submeteu-se à Rede. Pelo menos nesse aspecto,há convergência de pensamento com o deputado ruralista Ronaldo Caiado, que acaba de romper os acordos anteriormente firmados com o governador Eduardo Campos. O estopim teria sido uma série de entrevistas concedidas pela acreana recentemente, todas no sentido de sugerir que a Rede iria ensinar os neo-socialistas a fazer política, inclusive rompendo com as velhas práticas das tradicionais oligarquias políticas brasileiras, um assunto comentado ontem pelo editor do blog. Logo após a concessão dessas entrevistas, Ronaldo Caiado teria ligado para Eduardo Campos e não teria recebido retorno. Um tratamento bem diferente de alguns meses atrás, quando foi recebido em sua residência no Bairro de Dois Irmãos, com todos os canapés da saborosa culinária pernambucana. Houve, segundo Caiado, até um convite para conhecer a paradisíaca Ilha de Fernando de Noronha. Ambos já estavam estabelecendo uma relação de muita proximidade. Eduardo indo a Goiania, Caiado visitando a província. Era projeto de Caiado colocar o DEM no colo do pernambucano. Diante da nova configuração, Vanderlan, velho amigo de Caiado, e Heráclito Fortes tentaram, em vão, apagar o incêndio. Ao velho estilo do rodeio - bem característico dos ruralistas - Caiado, nas entrelinhas, só faltou chamar o pernambucano de frouxo.

Tijolaço do Jolugue: Mudanças nos costumes políticos? Só Deus na causa, Marina.






As recentes afirmações da ex-senadora Marina da Silva, mais uma vez, nos remetem a fazer alguns comentários sobre as possibilidades - remotas - de mudanças políticas substantivas no país. Ela pode ter razão ao afirmar que as nossas velhas oligarquias políticas lotearam o Estado, impedindo mudanças sociais concretas nos Governo de Fernando Henrique Cardoso, Lula e Dilma Rousseff. De fato, as tradicionais oligarquias permanecem com o seus nacos de poder, gozando dos seus privilégios e, certamente, impedindo que reformas de base na distribuição das terras, no reconhecimentos de direitos de minorias sejam materializadas, apenas para ficar em exemplos simples. No "País das Alianças", o cientista político Marcel Bursztyn descreve isso muito bem, afirmando que desde o Brasil Colônia, passando pelo Império e as Repúblicas, as elites brasileiras sempre acabam firmando um pacto de interesses, impedino rupturas radicais. Marina advoga que Eduardo Campos precisa romper com isso. Eduardo faz coro, criticando as alianças "mofadas" de Dilma Rousseff, mas alinha-se, gradativamente, às forças políticas conservadoras, do centro para a direita do espectro político. Como Marina pode propor isso, consorciada com os interesses do capital transnacional? Aliás, esse mesmo capital que já andou "sabatinando" o pernambucano, cujas ideias ganham tinta colorida no The Economist, a bíblia do conservadorismo inglês. O "status quo" político brasileiro é conservador e reacionário, sobretudo no contexto de uma sociedade forjada numa dicotomia profunda entre senhores e escravos, onde, historicamente, apenas foram apresentadas duas possibilidades: aprender a mandar e apreender a obedecer, seja lá o que isso signifique, inclusive "os maneirismos" para sobreviver nessa engrenagem. Estão aí o bom malandro, o homem cordial entre outras figuras emblemáticas como os áulicos, os homens raparigas. A fauna é grande, mas não vou me alongar. Hoje o Deputado Federal Ronaldo Caiado, ruralista enrustido, abandonou o barco neo-socialista, inconformado com algumas declarações de Marina Silva. Marina agora deu para tentar corrigir Eduardo Campos. Argumenta a acreana que entrou no projeto com o objetivo de fazer Eduardo romper com a Velha República, segundo ela, personificada na figura de José Sarney. Imagina se Eduardo Campos estaria disposto a emendar o bigode com este senhor, conforme sugerimos. Qual afinal, Dona Marina, foi o núcleo duro da Nova República que surgiu dos extertores da Ditadura Militar? Figuras emblemáticas que haviam emprestado total solidariedade aos militares se travestiram de democratas desde criancinhas. Macielistas de carteirinha assinada hoje estão muito bem no governo de coalizao petista, numa evidente demonstração de que os "arranjos" políticos nesse arremedo de República são capazes de dar nó em água. Só Deus na causa, Marina. Pay attention!