pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO.
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quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Tijolinho do Jolugue: Moniz Bandeira dá bronca em Roberto Amaral, Presidente Nacional do PSB.




Moniz Bandeira é um dos mais respeitados cientistas políticos do país. Alguns dos seus livros tornaram-se clássicos, como um que analisa o golpe Civil-Militar de 1964, leitura obrigatória dos cursos de Ciência Política. Ontem o nosso blog publicou uma carta que ele enviou para Roberto Amaral, Presidente Nacional do PSB, onde lamenta o processo de decomposição programática e histórica do partido, sobretudo em decorrência da capitulação da legenda em torno das injunções exercidas pelo grupo político ligada à candidata à Presidência da República, Marina Silva.De fato, as coisas não vão bem entre o PSB e a Rede. Aliás, nunca estiveram bem, mas a liderança do ex-governador Eduardo Campos - por imposição ou por negociação - mantinha a pressão sob controle. Seu estilo de liderança(?), centralizador e autoritário, galvanizava o grupo, aparando as arestas - aqui e ali - por vezes, de forma arbitrária. No contexto da aliança, exercia o papel de articulador político com outras forças, visando viabilizar-se como então candidato presidencial às eleições de 2014. Sua morte provocou uma espécie de "desarranjo político" dentro do próprio partido, na relação do partido com a Rede e, também, na correlação de forças neo-socialistas no Estado de Pernambuco, onde grupos se digladiam pela liderança do espólio do ex-governador. Na realidade, está em jogo um processo bastante complicado, de auto-fagia. Não vejo ninguém se propor a "apaziguar", "aglutinar", "recompor". No momento, nos parece, a intenção de um grupo é "engolir" ou "destruir" o outro. Roberto Amaral é um remanescente dos autênticos socialistas. Está entre aqueles que compunha o grupo ligado ao ex-governador Miguel Arraes. Mesmo com a liderança de Eduardo Campos, neto de Arraes, o partido já caminhava celeremente para uma decomposição programática, abraçando uma agenda que não tinha nada a ver com o ideário socialista. Uma agenda de corte neo-liberal, muito próximo à agenda tucana, daí a boa relação entre as duas legendas. Raposa velha na política, Roberto percebeu as manobras dos integrantes da Rede no sentido de tomar de assalto o comando neo-socialista. Convocou reuniões partidárias para antes mesmo das eleições de Outubro, suscitando um verdadeiro rebuliço entre os neo-socialistas tupiniquins, que também se sentiram ameaçados com a manobra. Quando vivo, Eduardo Campos mantinha o controle da legenda - exercendo sua liderança - além de colocar em postos chaves homens de sua estrita confiança. O que ocorre com os neo-socialistas pernambucanos é que eles se sentem na obrigação de continuarem com esse mesmo espaço de poder na legenda. Há quem informe que eles, inclusive, desejam que neo-socialistas do Estado possam apresentar candidatura para presidir a legenda. O nome mais cotado é o do prefeito do Recife, Geraldo Júlio, arestado com as lideranças nacionais da legenda desde o momento da escolha de Marina como cabeça de chapa. Como se vê, é briga de cachorro grande. Sinceramente, não vejo como esses ânimos possam ser apaziguados. Nos parece mesmo uma luta fratricida entre grupos, algo que não indica a construção de capilaridade coletiva.

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Para Moniz, Marina Silva é responsável por jogar PSB no lixo

Para Moniz, Marina Silva é responsável por jogar PSB no lixo

setembro 24, 2014 16:15
Para Moniz, Marina Silva é responsável por jogar PSB no lixo

O renomado cientista político e historiador Luiz Alberto Moniz Bandeira escreve uma carta ao presidente do Partido Socialista Brasileiro (PSB), Roberto Amaral, expondo o que simboliza a candidatura de Marina Silva, representante da sigla, na disputa à Presidência da República
Reproduzido em Vermelho.org
“Estimado colega, Prof. Dr. Roberto Amaral
Presidente do PSB,
A Srª Marina Silva tinha um percentual de intenções de voto bem maior do que o do governador Eduardo Campos, mas não conseguiu registrar seu partido – Rede Sustentabilidade – e sair com sua própria candidatura à presidência da República.
O governador Eduardo Campos permitiu que ela entrasse no PSB e se tornasse candidata a vice na sua chapa. Imaginou que seu percentual de intenções de voto lhe seria transferido.
Nada lhe transferiu e ele não saiu de um percentual entre 8% e 10%. Trágico equívoco.
Para mim era evidente que Sra. Marina Silva não entrou no PSB, com maior percentual de intenções de voto que o candidato à presidência, para ser apenas vice.
A cabeça de chapa teria de ser ela própria. Era certamente seu objetivo e dos interesses que representa, como o demonstram as declarações que fez, contrárias às diretrizes ideológicas do PSB e às linhas da soberana política exterior do Brasil.
Agourei que algum revés poderia ocorrer e levá-la à cabeça da chapa, como candidata do PSB à Presidência.
Antes de que ela fosse admitida no PSB e se tornasse a candidata a vice, comentei essa premonição com grande advogado Durval de Noronha Goyos, meu querido amigo, e ele transmitiu ao governador Eduardo Campos minha advertência.
Seria um perigo se a Sra. Marina Silva, com percentual de intenções de voto bem maior do que o dele, fosse candidata a vice. Ela jamais se conformaria, nem os interesses que a produziram e lhe promoveram o nome, através da mídia, com uma posição subalterna, secundária, na chapa de um candidato com menor peso nas pesquisas.
O governador Eduardo Campos não acreditou. Mas infelizmente minha premonição se realizou, sob a forma de um desastre de avião. Pode, por favor, confirmar o que escrevo com o Dr. Durval de Noronha Goyos, que era amigo do governador Eduardo Campos.
Uma vez que há muitos anos estou a pesquisar sobre as shadow wars e seus métodos e técnicas de regime change, de nada duvido. E o fato foi que conveio um acidente e apagou a vida do governador Eduardo Campos. E assim se abriu o caminho para a Sra. Marina Silva tornar-se a candidata à presidência do Brasil.
Afigura-me bastante estranho que ela se recuse a revelar, como noticiou a Folha de S.Paulo, o nome das entidades que pagaram conferências, num total (que foi, declarado) de R$1,6 milhão (um milhão e seiscentos mil reais), desde 2011, durante três anos em que não trabalhou. Alegou a exigência de confidencialidade. Por que a confidencialidade? É compreensível porque talvez sejam fontes escusas. O segredo pode significar confirmação.
Fui membro do PSB, antes de 1964, ao tempo do notável jurista João Mangabeira. Porém, agora, é triste assistir que a Sra. Marina Silva joga e afunda na lixeira a tradicional sigla, cuja história escrevi tanto em um prólogo à 8ª edição do meu livro O Governo João Goulart, publicado pela Editora UNESP, quanto em O Ano Vermelho, a ser reeditado (4a edição), pela Civilização Brasileira, no próximo ano.
As declarações da Sra. Marina Silva contra o Mercosul, a favor do subordinação e alinhamento com os Estados Unidos, contra o direito de Cuba à autodeterminação, e outras, feitas em vários lugares e na entrevista ao Latin Post, de 18 de setembro, enxovalham ainda mais a sigla do PSB, um respeitado partido que foi, mas do qual, desastrosamente, agora ela é candidata à presidência do Brasil.
Lamento muitíssimo expressar-lhe, aberta e francamente, o que sinto e penso a respeito da posição do PSB, ao aceitar e manter a Sra. Marina Silva como candidata à Presidência do Brasil.
Aos 78 anos, não estou filiado ao PSB nem a qualquer outro partido. Sou apenas cientista político e historiador, um livre pensador, independente. Mas por ser o senhor um homem digno e honrado, e em função do respeito que lhe tenho, permita-me recomendar-lhe que renuncie à presidência do PSB, antes da reunião da Executiva, convocada para sexta-feira, 27 de setembro. Se não o fizer – mais uma vez, por favor, me perdoe dizer-lhe – estará imolando seu próprio nome juntamente com a sigla.
As declarações da Sra. Marina Silva são radicalmente incompatíveis com as linhas tradicionais do PSB. Revelam, desde já, que ela pretende voltar aos tempos da ditadura do general Humberto Castelo Branco e proclamar a dependência do Brasil, como o general Juracy Magalhães, embaixador em Washington, que declarou: “O que é bom para os Estados Unidos é bom para o Brasil.”
Cordialmente,
Prof. Dr. Dres. h.c. Luiz Alberto de Vianna Moniz Bandeira”
Che Guevara se reúne com Jânio Quadros; Moniz Bandeira acompanha a reunião de pé, ao fundo
Luiz Alberto de Vianna Moniz Bandeira, mais conhecido como Moniz Bandeira é professor universitário, cientista político e historiador, especialista em política exterior do Brasil e suas relações internacionais, principalmente com a Argentina e os Estados Unidos, sendo autor de várias obras.
No tempo da ditadura militar no Brasil, Moniz Bandeira foi filiado ao PSB, dentro do qual foi um dos organizadores da corrente denominada Política Operária (Polop), asilou-se no Uruguai, acompanhando o presidente João Goulart, em conseqüência do golpe militar no Brasil, em 1964.
Algum tempo depois, voltou clandestinamente ao Brasil e esteve dois anos (1969-1970 e 1973) como preso político, por ordem do Cenimar (Centro de Informações da Marinha). Mesmo perseguido pelo regime militar e na clandestinidade, Moniz Bandeira não cessou suas atividades literárias e de pesquisa. (Wikipédia)

Tijolinho do Jolugue: Vox Populi: Dilma abre 18 pontos de diferença sobre Marina. Isso chega a Pernambuco?


Por José Luiz Gomes

Não costumo brigar com os números, muito menos com os institutos de pesquisa. Notadamente na reta final das campanhas, a indisposição com números desfavoráveis e as dúvidas sobre a idoneidade de alguns institutos de pesquisas costumam ser frequentes. Há, na realidade, uma partidarização. Se os números de um determinado instituto de pesquisa são favoráveis ao meu candidato, então a pesquisa traduz a realidade das ruas e o instituto é confiável. Se os percentuais do nosso candidato não são favoráveis, então o instituto é inidôneo e tal pesquisa faz parte de uma grande urdidura armada com o propósito de distorcer ou influenciar os resultados das eleições. Quisera muito que as coisas ficassem por aqui e pudéssemos tratar este assunto apenas como reflexo de uma expectativa em torno de nosso candidato. Ocorre, porém, que os institutos, de fato, podem se equivocar em seus levantamentos; também não se descarta a possibilidade real de manipulação ou pesquisa encomendadas ao gosto do cliente. Essas duas situações são reais e não foram raros os momentos em que elas ocorreram. No Estado da Paraíba, conforme comentávamos ontem, várias pesquisas deixaram de ser veiculadas por conterem alguns erros metodológicos ou vieses intencionais ou não. Ali corre à boca miúda que não se compram pesquisas, mas os próprios institutos. O colega Roberto Numeriano, numa postagem recente, levanta alguns questionamentos sobre duas pesquisas do IPESPE, um dos primeiros institutos de pesquisa do Estado - se não o primeiro -, onde, num curto espaço de tempo, em relação às candidaturas de Paulo Câmara(PSB) e Armando Monteiro(PTB) apresentou uma discrepância significativa. Depois de um empate técnico entre ambos, Paulo Câmara(PSB) teria aberto uma diferença de 10 pontos sobre Armando Monteiro(PTB). Em sua opinião, poderia ter ocorrido algum erro metodológico ou algum viés. De fato, há uma intensa movimentação das hostes neo-socialista no Estado. Há quem antecipe com isso uma preocupação bastante acentuada com os rumos da campanha, quiçá, algum tracking que não corresponda a essa folgado dianteira. O envolvimento direto da família Campos na campanha também sugere outras tantas especulações. Dilma e Lula deverão voltar ao Estado para fortalecer o palanque de Armando e João Paulo. A cidade estratégica de Caruaru está no roteiro. Na reta final, a candidatura de Dilma avança como um trator sobre os adversários abrindo uma possibilidade concreta de vitória ainda no primeiro turno. Pela última pesquisa do Instituto Vox Populi, Dilma tem 40%, Marina 22 e Aécio 17%. Dilma abre 18 pontos sobre Marina e também a ultrapassa na eventualidade de um segundo turno: Dilma 46%, Marina 39%. À exceção do Sudeste, os avanços da candidatura Dilma são evidentes. Penso que o jogo não está definido em Pernambuco. Essa reta final da campanha pode apontar algumas surpresas. Se Dilma conseguir trazer essa sinergia para o Estado...

Márcio Santos fez pós-doutorado na França: O Brasil mudou, sim!


publicado em 23 de setembro de 2014 às 11:19
Marcio Campos
Acesso à Universidade em dois tempos: Dos anos 80 a 2014
por Márcio Santos
No início dos anos 80, ainda em plena ditadura militar, “vestibular” era uma palavra quase maldita. As pernas tremiam e o coração saltava só de olhar o número de concorrentes: eram dezenas e dezenas de candidatos para uma mísera vaga num dos cursos de graduação das universidades federais. Em Belo Horizonte, quem não conseguisse a façanha de entrar na UFMG tinha que contar com a família para custear os caros cursos da então “Universidade Católica”, hoje Pucminas. Ou, o que era largamente o mais comum, abandonar por completo o sonho de entrar no tal do “curso superior”.
Num dia entre o final de 79 e o início de 80, já não me lembro exatamente em que mês, acordo assustado com o chamado da minha mãe. Havia varado noites a fio nos estudos para as provas de vestibular e estava atrasado. Ela tirou algum dinheiro da bolsinha e disse “vá de táxi, meu filho, você vai perder a prova”. Recusei e atravessei correndo os quarteirões que me separavam do ponto de ônibus para a UFMG. Consegui chegar a tempo, afinal, para encarar a primeira de uma sucessão de provas eliminatórias e classificatórias aplicadas ao longo de já não me lembro mais quantas etapas de seleção.
O tal do “cursinho” era quase obrigatório. Promove e Pitágoras se revezavam na captura de adolescentes de classe média que lotavam as salas quentes. Os professores davam aulas para centenas de pessoas. Eu, que não pudera pagar um desses cursinhos, acabei por ler a notícia da aprovação para o curso de Economia num cartaz estampado no antigo Promove da Rua São Paulo, no centro da cidade. Sozinho, dei um pulo silencioso de alegria e fui para casa abraçar a minha mãe. Mais tarde teria a cabeça raspada, como era de praxe.
Um salto de 30 e alguns anos me leva ao início de 2013. Foi quando escrevi o projeto de pós-doutorado em História, apresentado ao CNPq, uma das duas agências federais de fomento à pesquisa. Alguns meses depois veio a resposta positiva para o pedido de bolsa de pós-doutorado na França, na prestigiosa École des hautes études en sciences sociales.
O Programa Ciência Sem Fronteiras, do governo federal, garantiria a minha permanência em Paris por sete valiosos meses. A verba incluía, além da bolsa de manutenção mensal, auxílio para as passagens aéreas e uma taxa extra de 400 euros mensais, por se tratar de cidade cara. A minha esposa, doutoranda em Linguística, conseguira bolsa semelhante para o chamado “doutorado sanduíche”. E assim pudemos ir em família, levando o filhinho de 8 anos. Graças a essas bolsas e às facilidades que encontramos na França, pudemos morar e estudar numa das cidades mais desejadas e encantadoras do mundo.
O Brasil mudou, sim. Nos anos 80 da minha juventude éramos desesperançados, atravessamos pessimistas a chamada “década perdida”. O Plano Real, que debelou a inflação, trouxe-nos algum alento, mas todos sabíamos que mexia-se na superfície financeira de uma sociedade em que crianças morriam diariamente de fome nas ruas das grandes cidades. País “subdesenvolvido”, de “Terceiro Mundo”, “atrasado”, eram os termos mais comuns para nos referimos ao Brasil.
Esse quadro desalentador foi sacudido nos últimos 12 anos. Felicito-me diariamente pela dificuldade em conseguir uma empregada doméstica, porque as jovens pobres das vizinhanças são vendedoras de lojas, cabeleireiras, cuidadoras de idosos ou, até mesmo, universitárias. A lavadora de roupas da nossa casa estraga e a nossa ajudante opina certeira sobre o problema, pois tem um equipamento igual ou melhor em casa. Recebe um salário mínimo e meio por 6 horas diárias de trabalho, apenas de segunda a sexta-feira, com carteira assinada e direitos trabalhistas, um padrão impensável há 20 ou 30 anos.
Quanto a mim, pude desfrutar de um curso de pós-doutorado num centro mundial de produção intelectual graças a um programa dos governos Lula e Dilma. Não foi “dádiva”: tive que batalhar duro para ter o projeto aprovado e, depois, prestar contas do resultado final da pesquisa realizada. Mas esse ambiente de múltiplas alternativas de estudo, pesquisa e aprimoramento intelectual só foi possível por meio das transformações operadas pelos últimos 3 governos.
Na França o meu supervisor de pesquisa dizia-se surpreendido com a oferta de bolsas de pós-graduação pelas universidades públicas brasileiras, segundo ele maior até mesmo do que nas escolas francesas. É isso: somos comparados à França. E a comparação não vem de algum “petista apaixonado”, mas de um acadêmico e intelectual francês, nada interessado nas nossas lides políticas e eleitorais.
Muito resta por se fazer. O relatório da ONU informa que o país reduziu em 50% o número de pessoas que passam fome. Estamos nos aproximando do sonho de Lula em 1989: que todo brasileiro coma 3 vezes por dia. Mas ainda nos resta um fundo terrível de desigualdade, violência, exclusão e corrupção. Mudanças históricas são lentas, a menos que sejam feitas por revoluções – e esse não foi o nosso caso. Mas, com os programas sociais dos últimos 12 anos, sabemos que estamos no caminho certo.

(Publicado originalmente no Viomundo)

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Tijolinho do Jolugue: O Brasil, de fato, não é um país sério.

O Brasil, realmente, não é um país para amadores. No Estado da Paraíba corre uma grande polêmica em torno do salário de um candidato ao Governo do Estado, hoje superior a 51 mil reais, bem acima, portanto, do que recebe um ministro do STF, um pouco mais de 29 mil reais. O candidato acumula o salário de senador da República com a pensão relativa ao período em que ocupou o Palácio Redenção, sede do Governo do Estado. A pensão é legal, constitucional. O problema não é este. Ele apenas não poderia acumular as duas remunerações, elevando seu salário para um teto superior ao permitido. A grande questão seria saber como ele se comportaria diante dessas denúncias apresentadas, sobretudo na condição de candidato que lidera todas as pesquisas até o momento. No mínimo deveria prevalecer o bom-senso ou uma certa preocupação sobre os efeitos disso em relação à sua campanha. Parece-nos que nem uma coisa nem outra. Durante um debate recente, quando questionado sobre o assunto, ele informou que deixou um apartamento e a tal pensão para sua ex-esposa. Na concepção dele, muito justo.Justíssimo. Afinal, ele não poderia deixar aquela mulher "desamparada". Percebe-se que, além de não tomar uma atitude republicana, condizente com a situação, o que candidato, na realidade, deseja é sair-se de "bonzinho", com cara de bom marido, aquele não deixa suas ex-esposas ao relento. Uma jogada astuciosa, sobretudo quando se considera o nível de sensibilidade do eleitorado feminino, possivelmente susceptível a esse tipo de apelo.

Tijolinho do Jolugue: O que estaria ocorrendo com o IPESPE




Recentemente, o Diário de Pernambuco contratou o IPESPE para a realização de uma determinada pesquisa e isso causou muita polêmica. Não vou entrar no mérito dessas polêmicas porque o concorrente também mantém uma relação siamesa com outro instituto de pesquisa do Estado, possivelmente o que hoje aponta um empate entre os candidatos João Paulo(PT) e Fernando Bezerra Coelho(PSB) na corrida pela o Senado Federal. Quanto ao IPESPE, de fato, algumas de suas pesquisas realizadas na Paraíba não puderam ser divulgadas em função de apresentarem irregularidades constatadas pela Justiça Eleitoral. Não compreendo o que está ocorrendo no Estado da Paraíba. Ali, informam os amigos, não apenas pesquisas, mas os institutos inteiros são comprados por candidatos. Outro grave problema é a terceirização. Grandes institutos - com atuação nacional - terceirizam seus serviços com pequenos institutos locais, constituídos por profissionais sem a experiência necessária e os resultados ficam comprometidos. Não sei em que situação se poderia enquadrar os problemas do IPESPE, um Instituto com uma larga experiência de atuação no mercado. Escuto falar do IPESPE desde os momentos das calças curtas do CFCH. 

Tijolinho do Jolugue: Os militares já admitem que ocorreram excessos.


 

Não lembro de ter lido nada sobre o assunto até recentemente, mas uma charge do Renato Aroeira, publicada no Jornal O Dia, do Rio de Janeiro, sugere que os militares admitem que podem ter ocorridos excessos nos quartéis, durante o regime militar instaurado no país com o Golpe-Civil Militar de 1964. Recentemente houve uma polêmica aqui no Estado sobre onde seria uma tal "Casa da Morte", localizada em Olinda, para onde eram levados alguns detidos pelos militares para os famosos interrogatórios. Segundo alguns historiadores, a "Casa da Morte" era localizada onde hoje está sendo construído um shopping center, mas antes funcionou um quartel do Exército, aqui no Bairro Novo. O Brasil tem uma enorme dificuldade de lidar com essa questão. Nem os civis peitam os militares, nem os militares admitem que, de fato, ocorreram tortura nos quartéis. Até as palavras são rigorosamente escolhidas para evitar maiores polêmicas.

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Maranhão: O dia em que o comunista derrotou a oligarquia.





 
É muito grave o que vem ocorrendo no Estado do Maranhão. Depois de 50 anos de controle da máquina pública pela oligarquia Sarney, fica evidente o descaso com as demandas socias da população, além dos métodos utilizados pela oligarquia para se perpetuar no poder durante essas últimas cinco décadas. Qualquer que seja o indicador social que tormarmos como referência, certamente, o Estado ocupará um espaço privilegiado nesse ranking. Pior IDH do país; um milhão de analfabetos; um dos mais baixos índices de saneamento. Um milhão e meio de pessoas sem água tratada ou esgoto; déficit habitacional; uma posição sofrível no IDEB. O oligarquia Sarney enfrenta um desgaste que seria até natural.Há problemas até mesmo dentro da própria nucleação familiar. Nessas últimas eleições, por exemplo, Roseana não poderia candidatar-se; o chefe do clã, José Sarney já sente o peso da idade; Zequinha segue numa faixa própria. O que mais nos preocupam, no entanto, são os "métodos' utilizados por uma oligarquia em decadência para não perder o controle político do Estado. O candidato do partido comunista, Flávio Dino, lidera todas as pesquisas até o momento. Esse talvez seja o momento político mais favorável para derrotar a aligarquia. Mas não pensem que eles vão entregar o poder facilmente. Os ardis para desmoralizar o candidato da oposição estão sendo milimetricamente pensados nas coxias e colocados na boca do palco, numa manobra que não conhece princípios ou escrúpulos, transformando aquelas eleições numa verdadeira batalha campal.  Conhecedores dos inimigos, a coordenação de campanha de Flávio Dino já anda veiculando uma espécie de vídeo "preventivo", com o propósito de antecipar-se ao que pode ocorrer até o dia 05 de Outubro. Em se tratando do que ocorre naquele Estado, não seria nenhum exagero. Só Deus sabe o que pode ocontecer até lá. O que não é capaz de fazer uma oligarquia acuada? Eles são capazes de tudo. Tudo mesmo. Começaram por retomar os tempos da Guerra Fria, assustando os eleitores sobre o perigo de uma república comunista maranhense. Tentaram insinuar, por todos os meios possíveis, que Flávio Dino teria essa sandice na cabeça. Numa entrevista na TV Mirante, do clã, Flávio Dino foi submetido a uma verdadeira inquisição, algo orquestrado, com perguntas sobre suas convições religiosas e coisas do gênero. Ainda bem que ele já sabia da arapuca. Se saiu muito bem. A "entrevista" como bem observou Renato Rovai, da Fórum, foi "bizarra". Flávio, no entanto, manteve-se muito sereno. Logo em seguida, em discurso, "Lobinho" chegou a insinuar que o candidato do PCdoB "comia criancinhas'. Essa manobra no sentido de desestabilizar Flávio Dino vem de longas datas.Flávio é hoje o maior inimigo da oligarquia no Estado. Por ironia do destino, segundo fui informado, o pai de Flávio já teria trabalhado para os Sarney, o que permitu que Flávio tivesse uma ótima educação formal. O PT deixou de apoiar Flávio nas eleições passadas, mas Dilma - talvez por desencargo de consciência - o convidou para trabalhar em Brasília, entregando-lhes a presidência da Embratur. As investidas da oligarquia contra o comunista começaram por aí. Mexeram os pauzinhos em Brasília e promoveram uma verdadeira devassa na prestação de contas da empresa, com o propósito de prejudicá-lo. Não encontraram nada que comprometesse a gestão de Flávio. A rigor, quem anda com as mãos sujas, a julgar pelas denúncias de Paulo Roberto, é o Lobo pai e o Lobo filho. São eles que têm que se explicar  sobre as denúncias de recebimento de propinas em transações da estatal. Flávio perdeu um filho com 13 anos de idade, de forma trágica. Marcelo Dino era o nome dele. À época postamos algumas matérias no blog sobre o assunto. O adoslescente foi acometido de uma crise de asma, socorrido ao hospital, não resistiu. Segundo verificou-se mais tarde, teria ocorrido uma negligência médica em relação ao caso. O hospital, inclusive, foi penalisado. Pois muito bem. No último dia dos pais, seus adversários políticos espalharam pelas redes sociais a informação de que Flávio Dino seria o responsável pela morte do garoto. Há limites? Não há. A última(?) diz respeito à crise instaurada no sistema carcerário do Estado, sobretudo a partir dos presídios de Predinhas. A situação ali é caótica, obrigando até mesmo organismos internacionais a exigirem providências do Governo de Roseana Sarney. O quadro fugiu totalmente ao controle do aparelho de Estado. O Governo Federal já enviou tropas para ajudar no combate à violência, mas os chefes de facções espalham o terror e o pânico pelo Maranhão, através de rebeliões, assassinatos, incêndios de ônibus etc. Segundo a governadora, a violência cresceu porque o Estado ficou rico. Rico de miséria, segundo um amigo nosso que reside na região.Mas isso já daria panos suficentes para nossa discussão. São os chefes de facções quem, na realidade, dão as cartas, transformando o sistema carcerário num verdadeiro caos. Ordenam assassinatos, espacam, matam, degolam. Alguém precisa avisar a essa senhora para ela parar de fazer elocubrações e tomar consciência de que o Estado é responsável pela integridade física dos indivíduos que cumprem pena. A questão seria saber o que estaria por trás desse "desgoverno", dessa situação de crise institucional. A princípio pensou-se que a monobra seria alegar que o Estado não teria condições de realizar as eleições de Outubro próximo. Talvez desse mais tempo ao clã de reagimentar-se. Agora, no entanto, torna-se mais nítida a manobra, ou seja, tantar impingir ao Flávio Dino a responsabilização pelos caos que se instalou no Estado. Ora, Flávio Dino nunca foi governo. No entanto, num Estado com um milhão e meio de analfabetos, com a licença poética aos nossos leitores, se espalharem a notícia de que o Flávio tem duas bilolas não duvido nada que a população saia espalhando essa fantasia sem sequer ter dormido com o caboclo. Apesar da brincadeira, o problema, de fato, é muito sério. Hoje, 21, em razão da violência, os ônibus devem parar a partir das 15:00 horas. Em meio ao caos, um alento, pelo último IBOPE, Flávio 42%, Lobão 27%.

sábado, 20 de setembro de 2014

FUNDAJ: Pesquisa revela as condições atuais dos campi de universidades federais instaladas em cidades do interior do Nordeste




A pesquisa “A interiorização recente das instituições públicas e gratuitas de ensino superior no Nordeste: efeitos e mudanças”, produzida por uma equipe de 11 pesquisadores e cinco bolsistas e mestrandos coordenada pela pesquisadora da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), Patrícia Bandeira de Melo, revelou as condições atuais dos campi instalados nas seguintes cidades do interior do Nordeste: Angicos (RN), Arapiraca (AL), Barreiras (BA), Bom Jesus (BA), Cachoeira (BA), Caruaru (PE), Cuité (PB), Garanhuns (PE), Laranjeiras (SE), Petrolina (PE), Juazeiro (BA), Rio Tinto (PB), Serra Talhada (PE), Sobral (CE) e Vitória de Santo Antão (PE).


Desenvolvida entre 2010 e 2014, a pesquisa discutiu as condições do desenvolvimento da política de interiorização das instituições federais de ensino superior (IFEs), investigando junto a 256 professores, 1628 alunos e 201 egressos das universidades situadas nos novos campi qual a compreensão e a magnitude que o processo adquiriu desde 2003, quando teve início a ampliação do número de unidades de ensino público superior no país.

Os alunos

A melhor notícia, resultante da pesquisa, é que os estudantes beneficiados com a interiorização das IFEs, mesmo com um perfil socioeconômico próprio das classes de renda baixa, estão construindo uma nova trajetória de vida, pois conforme indicam os resultados da pesquisa, 35,7% das mães dos universitários matriculados têm até o ensino fundamental completo e os pais de 83,1% dos estudantes não tiveram acesso à universidade.

Segundo o estudo, “o grau de escolaridade predominante dos pais desses jovens, entretanto, é o ensino médio, e eles pertencem a famílias de classe econômicas D e E”. O estudo demonstrou, ainda, “que o predomínio nas unidades interiorizadas é de jovens pardos, solteiros, sem filhos, que moram com os pais, com idade entre 20 e 25 anos, cujo sexo feminino é maioria na faixa etária de até 20 anos. Jovens que estudaram grande parte do ensino médio em escolas públicas”.

Uma observação que vale ressaltar é a de que, uma média de 55,6% dos estudantes migra, sobretudo, entre regiões do mesmo Estado para cursar o ensino superior numa universidade federal.

A Interiorização das unidades federais para os docentes

Quanto aos professores, o trabalho dos pesquisadores da Fundaj avaliou outras questões.“Verificamos que, a infraestrutura que as IFEs dispõem para realização do trabalho docente, precisa ser aprimorada, de acordo com as entrevistas”, destacam Patrícia Bandeira e Luis Henrique Romani. Eles explicam que, os docentes ouvidos na pesquisa qualificam como apropriadas apenas 24,6% das instalações para laboratórios, salas para grupos de pesquisa, núcleos e atendimento a alunos; 32% das salas de professores; 12,2% dos espaços físicos reservados para realização de pesquisa; 23% dos equipamentos e materiais disponíveis para pesquisa. Os pesquisadores da Fundaj apontam que, “entretanto, em algumas unidades estes equipamentos ainda não estão em funcionamento, conforme informaram os docentes”. Uma boa notícia revelada pela pesquisa é a de que no quesito infraestrutura, as bibliotecas foram as áreas mais bem avaliadas.

Uma das conclusões da pesquisa é que, mesmo com a dificuldade avaliada do chamado imperativo do produtivismo acadêmico, que foi identificado como um problema a sobrecarregar todos aqueles que se encontram envolvidos na construção da universidade pública brasileira na última década (2003/2014), a maioria dos professores, ou seja, 57% dos docentes entrevistados se mostram satisfeitos com a carreira acadêmica.

“Em geral, os professores aprovam o modelo como a carreira docente está estruturada – qual sejam, o tempo de serviço e o mérito -, acatando o regime de dedicação exclusiva, desde que abranja os complementos salariais pertinentes”, comentam os pesquisadores, que encerram as conclusões informando que “entre os docentes entrevistados, três em cada quatro disseram estar desenvolvendo projetos de pesquisa”.

UAG/UFRPE

Como um caso particular, por exemplo, a pesquisa revelou a necessidade da Unidade Acadêmica de Garanhuns, da UFRPE, melhorar suas relações de cooperação, que se mostraram limitadas e frágeis com o tecido produtivo e institucional – até pela unidade se situar distante do centro da cidade. Segundo os pesquisadores, “a situação do município de Garanhuns, porém, pode servir de modelo para se pensar outros pólos produtivos localizados no mesmo espaço territorial de universidades federais. A postura adotada pelo MEC para alocação dos novos campi em municípios que compõem APL, indica o reconhecimento da contribuição importante de um campus universitário para arranjos produtivos locais em todo o país”.

Egressos/Vitória de Santo Antão(PE)

"O projeto de interiorização das universidades federais no Nordeste – como deve ocorrer no resto do Brasil – promoveu mudanças na qualidade de vida dos egressos do ensino superior”, na opinião dos autores da pesquisa. Eles contam que, “também a título de exemplo, no caso do Centro Acadêmico de Vitória de Santo Antão (PE), os entrevistados descrevem suas trajetórias, apontando avanços relevantes em sua qualidade de vida após o ingresso no ensino superior”.

Para Luiz Henrique Romani e Patrícia Bandeira, “ainda que a oferta de cursos de graduação ainda fosse reduzida à época de sua entrada na universidade, em relação aos campi instalados nas grandes cidades, foi possível para estes jovens realizar escolhas de cursos próximos aos seus interesses”. Resumindo: “houve melhoria de renda e acesso a bens culturais, como teatros e museus”.

Romani e Bandeira contam que, “as transformações se ampliaram para os seus círculos de relacionamento, a ponto de eles cobrarem de pessoas próximas o esforço para cursarem universidade ou modificarem os grupos de amigos de acordo com os novos interesses, advindos do novo capital cultural adquirido”. E mais: “verificam-se aqui as diferentes formas de aquisição de capital cultural: nos jovens entrevistados, houve um processo de incorporação posterior, através do acesso à universidade, que não estava em acordo com o seu capital herdado. Isso, porém, não inviabilizou a aquisição do capital escolar e nem a manutenção de relações com parentes e amigos anteriores ao seu ingresso no ensino superior. As dificuldades foram superadas pelo esforço e o desejo de 
mudar as suas condições socioeconômicas, pois a maioria deles advém de famílias com renda inferior a dois salários mínimos”.

ASCOM/FUNDAJ

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Conversa Afiada: Chega ao Planalto o concorrente do IBOPE.

 Montenegro deixou o Datafalha com a brocha na mão.


Segundo a agenda oficial da Presidenta, representantes da Rede TV, Band e Rede Record estiveram com a Presidenta Dilma para anunciar que contrataram os serviços de medição de audiência da empresa alemã GfK.

O ansioso blogueiro soube que o objetivo da audiência foi mostrar à Presidenta que o Brasil passa a contar com um novo modelo de aferição de audiência “para sair da ditadura do IBOPE”, aqui também conhecido pelo cognome “Globope”.

Até onde é possível captar o movimento dos astros, “ela gostou” do que ouviu.

Clique aqui para ler “como os ‘analistas do mercado’ garantem o bônus de Natal com o vazamento das ‘pesquisas’ eleitorais”.

Como se sabe, a audiência da Globo caiu vertiginosamente depois que as concorrentes da Globo anunciaram o fechamento do contrato com a GfK.

O que se pode explicar, também, com a possibilidade de o Globope ter corrigido alguma imperfeição que se teria consolidado há décadas: conferir à Globo uma audiência que o GfK não confirmará …

Por essas e outras, o Fintástico passou a dar 13 e o jornal nacional foi para a casa dos dez.

E treze pontos do Fintástico e o jn na casa dos dez não pagam as contas dos jatinhos da Globo Overseas, aquela que mereceu tantos elogios do Garotinho e do Lula, em Porto Alegre.

Com essa audiência, vai para o saco o modelo de negócio dos filhos do Roberto Marinho – eles não têm nome próprio.

A menos que a Dilma perca – o que está fora das cogitações do DataCaf e da Vox.

Porque se a Dilma perdesse, os bancos estatais – esses que a Bláblá quer sufocar – iam fazer da Globo um “vencedor” !

Outra notícia muito interessante é a que está na Keila Gimenez, da Fel-lha (*), na seção “Televisão”.

A família Montenegro vendeu todo o IBOPE à WPP, o maior conglomerado de mídia do mundo.

Nasceu na Inglaterra, expandiu-se nos Estados Unidos, a WPP no Brasil controla as agências de publicidade Ogilvy, Newcomm e Wunderman.

Trata-se, portanto, de uma empresa de reputação global, submetida ao rigor da transparência, que, lamentavelmente, não se aplica ao “negócio” de “pesquisas” de intenção de voto, no Brasil.

Por exemplo, este ansioso blogueiro soube que, num importante Estado do Nordeste, um candidato a Governador foi o único que se interessou por pagar quase R$ 200 mil por uma “pesquisa” de famosa instituição. 

Pagou, mas decidiu não publicar.

Preferiu guardar para mais adiante, na campanha.

Ou seja, a pesquisa não tem qualquer caráter informativo. 

Embora assim pareça, quando sai, anabolizada,  no PiG (**) – nacional e estadual …

Dificilmente uma empresa como a WPP correrá o risco de se meter nas arapucas desse “mercado”.

O que tem outro significado importantíssimo.

A WPP vai deixar a Datafalha com a brocha na mão.

Vai acabar essa tabelinha segura-no-meu-que-eu-seguro-no-seu entre o Globope e a Datafalha, acasalados no jornal nacional.

A Datafalha vai ficar de brocha na mão.

O Montenegro tira o time de campo e deixa o Otavinho na chuva…


Paulo Henrique Amorim

(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

José Luiz Gomes: Afinal, quem venceu o debate entre os candidatos ao Governo do Estado de Pernambuco?


Por José Luiz Gomes.


Acompanheamos atentamente o debate promovido pelo Sistema Jornal do Commércio de Comunicação, no último dia 16/09/2014, entre os candidatos ao Governo de Pernambuco. Pelas regras do programa, participaram os candidatos Paulo Câmara (PSB), Armando Monteiro (PTB) e José Gomes (PSOL). Confesso que, como muitos eleitores, tinha alguma curiosidade para observar o desempenho do candidato do Palácio do Campo das Princesas. Não apenas pela ausência de traquejo inerente a um burocrata recentemente alçado à condição de candidato, mas, sobretudo para procurar entender como sua assessoria está formulando o “discurso” em torno do que seria um eventual mandato dele como governador de Estado. Não nos decepcionamos. Como previsto, seu desempenho foi fraco.
Os marqueteiros o colocaram numa verdadeira “camisa de força”, fazendo-o repetir um discurso de uma ilha da fantasia, dissociado do mundo real, do cotidiano do eleitor médio. Isso nos remete a outra preocupação: qual o espaço da intervenção da cidadania num contexto como este, “engessado” por uma engenharia institucional perversa, aliada a uma série de manobras escusas, que deixam o eleitor cada vez mais distante de votar movido por suas convicções, adensadas por um debate republicano de alto nível? Com a morte do ex-governador Eduardo Campos, os analistas políticos chegaram à conclusão de que alguma coisa funcionava muito bem em seu Governo: a imagem institucional, que o colocava entre os governantes mais bem-avaliados do país, mas que não resistia, por exemplo, a uma simples checagem dos indicadores de IDH. A vida cotidiana do pernambucano, quando se tomava como parâmetros a educação – apesar do IDEB – a saúde, a mobilidade urbana, o meio-ambiente, essa não ia muito bem.
De há muito, o financiamento de campanhas políticas no Brasil tornou-se um caso de polícia. A maioria dos partidos são meras sopinhas de letras, guiados consoantes arranjos de caráter nada republicanos, orientadas, por vezes, unicamente, em função do recebimento do fundo partidário e negociação do tempo de TV com as legendas maiores, além de outras práticas prostituídas, que preferimos nem mencionar. Os políticos, contingenciados pela Lei de Ferro da Competição Eleitoral (Wanderley Guilherme dos Santos), movem-se consoante uma racionalidade própria, cujas amarras são apenas o pragmatismo, nunca a ideologia ou o perfil programático de suas propostas. Nem pensam duas vezes em mudar de barco se a sua eleição estiver comprometida.  No apogeu da “Onda Marina”, hoje estabilizada, temos informações de que até “petistas” Dianas de Pastoril já estavam tentando entabular algumas negociações com a irmã.
O debate de Terça-Feira foi um bom indicador para observamos essa questão. Gosto muito do bloco que permite abertura às perguntas formuladas pelos ouvintes, talvez um dos poucos momentos de lucidez cidadã do embate, embora não possamos nos iludir quanto a uma possível clivagem dessas perguntas e dos cidadãos que as formulam. Uma dessas perguntas foi sobre a questão do transporte público na cidade no Recife e outra sobre os graves problemas sociais da cidade de Goiana, cidade localizada na Mata Norte do Estado, cujos indicadores de educação, saúde, habitação, saneamento, cuidados com o patrimônio histórico não são nada alvissareiros.
Estão em fase de execução grandes investimentos na cidade, como diversas fábricas de auto-peças, uma montadora da FIAT, a Hemobras, um porto, um aeroporto etc. Além do impacto ambiental, há uma série de outros problemas endêmicos, como o baixo índice de formação escolar e profissional da população, prostituição infantil, abandono do patrimônio artístico, moradias sub-humanas, baixo índice de saneamento etc. Certa vez, ao falarmos nesse assunto, que conhecemos muito bem, entrou no nosso perfil de uma rede social, um grão-mestre neo-socialista para afirmar, equivocadamente, que éramos contra esses investimentos. Não é verdade.
Assim como aquele morador da cidade que formulou a pergunta, estamos, na realidade, preocupados com esses problemas endêmicos, aliás, de longas datas. Ao se reportar ao assunto, ao invés de responder ao cidadão que havia formulado a questão de forma concreta, ou seja, dizer das providências do Estado para combater, por exemplo, os altos índices de prostituição infantil na área, a bandidagem dos grupos de extermínio, o candidato do Palácio do Campo das Princesas limitou-se a repetir um discurso previamente ensaiado que, no fundo, não diz nada. Pura retórica. Uma forma sutil de não responder.
Uma das edições da Revista AlgoMais deste ano, traz uma longa matéria sobre a cidade de Goiana, Mata Norte do Estado. Sou apaixonado por aquela cidade. Na condição de professor, sempre levei grupos expressivos de alunos para conhecer a comunidade quilombola de São Lourenço, localizada num dos distritos do município. Como precisamos de "pontos de apoios" acabamos conhecendo toda a cidade, além da belíssima praia de Pontas de Pedra. Posso falar de cátedra sobre os problemas da cidade, uma vez que os conheço bem.
Além das excursões com os alun@s, frequentei a cidade em muitas outras ocasiões, já com o propósito de conhecer um pouco mais sobre a Fábrica de Tecidos que existiu no município, uma das primeiras instaladas no Estado, se não a primeira, de acordo com alguns historiadores. A matéria traz uma série de referências históricas importantes, como o envolvimento de filhos da terra em movimentos libertários, além do fato de a cidade ter libertados seus escravos antes da assinatura da Lei Áurea. Seria muito importante, entretanto, que, além dos investimentos que estão previstos para a cidade, o poder público, a iniciativa privada e sociedade civil ficassem atentas para alguns problemas nevrálgicos daquela cidade: a) O descaso e o abandono evidente do riquíssimo patrimônio histórico do município. Alguns prédios estão exigindo intervenções imediatas, sob pena de caírem; b) Como se trata de uma área de fronteira entre dois Estados - do lado de cá, Goiana (PE), do lado de lá, Alhandra(PB) - é uma das cidades que apresenta um dos mais alto índices de prostituição infantil; c) Atuando no entorno, sobretudo em Itambé, existem grupos de extermínio muito bem-estruturados, com forte presença no Estado. A morte do advogado Luiz Mattos, ex-assessor do Deputado Federal Fernando Ferro, é atribuída a esses grupos; d) Indicadores sociais básicos, como educação, saúde, habitação, apresentam índices preocupantes; e) Mesmo antes desses investimentos se materializarem, o município já sofre bastante com as agressões ambientais. Na comunidade de São Lourenço, por exemplo, um mega investimento para a construção de uma fazenda de camarão em cativeiro provocou um verdadeiro desastre ambiental nos manguezais, comprometendo a cadeia econômica dos moradores locais, que sobrevivem da captura do caranguejo Uçá e outros crustáceos. Goiana precisa formular urgentemente um Plano Diretor.
A outra questão formulada dizia respeito às tarifas de transporte praticadas no Recife, um problema crucial, que esteve na agenda das manifestações de Junho. Uma questão que se arrasta e que, até hoje, não foi devidamente esclarecido é a transparência sobre as planilhas de custos, o que poderia ser esclarecido se a caixa-preta das empresas de transportes urbanos fosse aberta. Até hoje a população cobra uma transparência sobre o assunto, mas o lobby dos empresários é muito forte e impede que os dados sejam mostrados à população. Sabe-se que a infra-estrutura de mobilidade é precária, temos um transporte público ruim e de alto custo. Mais uma vez, ao se reportar ao assunto, o candidato do Palácio fugiu da resposta, retomando os projetos relativos aos BRTs – que estão atrasados desde a copa e os veículos - com custo estimado próximo a um milhão de reais por unidade – estão se deteriorando nas garagens enquanto aguardam a conclusão dos corredores.
O candidato da oposição, Armando Monteiro, não se pode negar que é uma pessoa muito mais preparada. Afirmo isso não por torcida – o que não seria conveniente nesses comentários – mas por entender que a sua vida pública o credenciou para tal. Diferentemente de Paulo Câmara, Armando sempre esteve na arena política, articulando projetos de investimentos do Governo Federal para o Estado, envolvidos com os bastidores da política nacional. Paulo é um neófito, produzido no laboratório do Campo das Princesas, representante do espólio de um legado político deixado pelo ex-governador Eduardo Campos. Convocado em razão de uma série de circunstâncias políticas específicas, ele não representa, sequer, o grosso do pensamento neo-socialista no Estado. Representa os interesses de uma nucleação específica, que deseja manter o espólio do finado sobre rígido controle familiar.
Zé Gomes, do PSOL, é um bom candidato, tem propostas interessantes, mas ainda precisa percorrer um longo caminho nessa arena. Está se posicionando, construindo um eleitorado politicamente orientado, embora sem chances reais de chegar lá. Não ainda. O pessoal do PSOL lembra, de alguma forma, o que já foi o PT em décadas passadas, ali pelos seus primórdios dos anos 80, um partido orgânico, idealista, propositor de uma linha ética na condução da coisa pública. Cresceu é foi “engolido” pelo establishment. Para um partido como o PSOL, por exemplo, assumir bandeira de defesa da criminalização da homofobia é, não apenas importante, mas convergente sobre o que ele representa no sistema, um partido que propõe mudanças no status quo.
No contexto nacional, nenhum dos grandes, por exemplo, resolveram  assumir esse risco. E não o fazem por razões óbvias. Marina ainda colocou no programa, mas, após a reprimenda de Malafaia, logo tratou de afirmar que se tratava de um “rascunho”, algo que foi desmentido pelo próprio elaborador do programa, ligado ao grupo LGBT. O voto num partido como o PSOL, no momento, é importante para a formação de uma opinião. Pelas últimas pesquisas de intenção de voto divulgadas, as eleições no Estado estão em empate técnico entre os candidatos Paulo Câmara e Armando Monteiro.

 Armando Monteiro, enfrenta uma batalha difícil. Diria dificílima, uma estratégia muito bem urdida, que começou a ser montada por ocasião da morte do ex-governador Eduardo Campos. Ainda um dia, daqui a uns 10 anos, talvez venhamos a saber quem está por trás disso. Por enquanto, os mentores estão na moita, na surdina, apenas saboreando os resultados até aqui alcançados. Num curto espaço de tempo, o candidato palaciano obteve uma subida vertiginosa nas pesquisas. Armando Monteiro chegou a abrir mais de trinta pontos sobre ele. Uma grande especulação que se faz – que certamente ficará sem resposta é: se Eduardo estivesse vivo, sua performance seria a mesma? Aliás, é quem foi que disse que Eduardo morreu? Ele continua vivo, pedindo votos para o seu candidato, aparecendo nas inserções publicitárias na legenda neo-socialista, comovendo o eleitorado.
No circuito acadêmico existem disputas acirradas. Ora orientadas pelo viés político, ora orientadas pelo viés metodológico, no sentido de fortalecer determinadas tendências de análises. Soma-se a isso, as disputas de vaidade, essas sim, as mais complicadas. Quando alguém no grupo se sobressai, pode esperar a rebordosa, quase sempre, numa perspectiva de desacreditar o sujeito ou suas ações o que, no fundo, é a mesma coisa. Há muito tempo acompanho um analista pernambucano que não costuma se comprometer, emitindo análises - segundo ele, desapaixonadas - sempre no sentido de que "ainda é cedo para se tirar qualquer conclusão'; "o candidato "A", pode vencer, assim como o candidato "B" pode vencer", “ se o candidato “A” vencer, obviamente o candidato “B” perde” as eleições. "isso que fulano está fazendo não é análise, mas torcida". Ora, você afirmar que numa disputa entre dois candidatos ambos podem vencer, convém ficar calado.  Essa pessoa se coloca como o grande oráculo da ciência política no Estado, se arvorando como o único capaz de fazer análises isentas, desprovidas de paixões. Fica na moita, nunca se arrisca, mas está cercado de atores políticos ligados ao grupo político do ex-governador Eduardo Campos. Parece estar se desenhando no Estado uma articulação muito difícil de ser combatido, capaz de mover montanhas, quanto mais interferir nos resultados de uma eleição: a) Institutos de pesquisas, meios de comunicação de massa; b)máquina estadual e municipal a moer em torno de uma candidatura que se utiliza, inclusive de um cabo eleitoral já falecido; c) torcida explícita no momento das ponderações analíticas sobre o pleito. Para completar o circuito, o tal indivíduo ocupa os espaços escancarados das rádios, jornais e redes sociais para alardear que o tal candidato será o vencedor do pleito, num rito previamente combinado, onde sua torcida, no momento, parece indisfarçável. Ainda bem que os comentadores mais sensatos perceberam a armação e as suas contradições, cobrando dele afirmações recentes sobre o mesmo tema. Ninguém é bobo, senhor cientista político das escolhas racionais... talvez as suas.
 

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Tijolinho do Jolugue: Luciana Genro: com todo o respeito, uma ova, senador!


Foto: Pobre Aécio II, no Brasil Econômico... ;-)


Em nenhuma hipótese utilizaria os termos usados pelo senador Aécio Neves em relação ao PSOL. Sarcástico, num debate recente entre os presidenciáveis, o candidato tucano referiu-se ao partido como uma linha auxiliar do Partido dos Trabalhadores. Tomou um tranco pesado de Luciana Genro, a candidata do partido à Presidência da República. Não se pode negar o que há de comum entre as duas agremiações, sobretudo se considerarmos aquele PT romântico da década de 80, fundado por uma intelectualidade comprometida com as mudanças sociais da sociedade brasileira, os novos sindicalistas, movimentos sociais e setores progressistas da Igreja. O que deixou Luciana profundamente magoada foram as insinuações feitas pelo tucano no que concerne à expressão "linha auxiliar". Antes, porém, Luciana deixou de responder a uma determinada questão formulada sobre educação para tratar do assunto corrupção. Deu uma verdadeira aula sobre o problema da corrupção endêmica do país, enumerando os escândalos aos quais os tucanos estiveram envolvidos na história republicana recente, alguns dos quais, envolvendo a própria figura do senador, caso do aeroporto de Cláudio. De arremate, informou que o partido não era uma linha auxiliar do PT por uma questão bem simples. O PT, infelizmente, também havia enveredado pelo mesmo caminho ao chegar ao poder, chafurdando-se na lamaceira da capital federal. Num debate organizado por uma rede ligada à Igreja, sapecou: "linha auxiliar uma ova". Já comentamos isso aqui noutro momento. Luciana fala para um grupo de eleitores politicamente orientados. Um estrato específico dos eleitorado, de convicções firmes, opiniões muito bem formadas. Para esses eleitores, ela fala, eles escutam e creditam o voto na candidata. Sua desenvoltura está muito relacionada a esse perfil do partido. Nenhum dos postulantes com chances reais de ocupar o Planalto, por exemplo, assume a criminalização da homofobia. Tenho alguns colegas que já assumiram que vão votar na candidata para ajudar o partido a continuar participando do debate republicano, contribuindo com suas proposições importantes para pensarmos o país. Gradativamente, a centrífuga da realpolitik, lamentavelmente, vai desconstruindo essas utopias. Como diria Wanderley Guilherme dos Santos, é apenas uma questão de tempo. O jogo bruto da competição eleitoral irá constrangê-los a negociar com o establishment e acenar para um grupo maior de eleitores. É aqui que a porca torce o rabo. 

(A charge é de Renato Aroeira)

Tijolinho do Jolugue: Ibsen Pinheiro: massacrado!



Estava observando uma postagem do site Viomundo, onde se comemorava uma vitória em razão de uma decisão judicial em favor da liberdade de expressão. A alegria demorou pouco. Logo em seguida, assim de supetão, como dizem os matutos, fomos surpreendidos com outra decisão de uma juíza do Ceará que, acionada pelo governador Cid Gomes, mandou retirar de circulação a edição da revista IstoÉ desta semana, onde havia declarações de Paulo Roberto Costa sobre possível envolvimento dele no recebimento de propinas nas transações da estatal Petrobras. Sou um ferrenho defensor da liberdade de expressão. Mais cedo, postei uma matéria sobre a saída de Patrícia Poeta do JN, onde se insinuava a participação da presidente Dilma Rousseff, insatisfeita com o dedo em riste da jornalista durante aquela famosa entrevista. Claro que advoguei tratar-se de um absurdo, enfatizando que Dilma jamais tomaria uma atitude dessas. Ao contrário, Dilma enfrenta forte resistência dentro do próprio PT no tocante aos assuntos relacionados à regulamentação da mídia. Por outro lado - não nos parece ser este o caso - Alguns desses veículos são verdadeiras máquinas de moer reputações e também precisam ser responsabilizados pelos seus atos equivocados. A Veja, por exemplo, mesmo tendo checado uma informação e descoberto que se tratava de um equívoco - por questões de logística - manteve uma edição em banca que desabonava a conduta do ex-deputado Ibsen Pinheiro, então presidente da Câmara dos Deputados. Quase acabava a carreira política do cidadão. O blog manteve contato com Ibsen até recentemente. Ibsen é jornalista e advogado. Atualmente, tenta se eleger Deputado Estadual pelo Rio Grande do Sul. Quis saber quais as medidas tomadas por ele depois do episódio, com o intuito de subsidiar-nos em relação a um pleito nosso junto à Comissão de Ética do Serviço Público Federal. Outro personagem com quem mantemos contatos relacionados ao mesmo tema é da "infantaria" petista, mas prefiro não declinar o nome. Ele mesmo pediu sigilo. No Maranhão o grupo ligado ao candidato Flávio Dino anda divulgando - vejam só - um vídeo "preventivo", temendo as manobras da oligarquia Sarney. Num Estado que ostenta indicadores de 1 milhão de analfabetos, se alguém divulgar que fulano tem duas bilolas, os outros saem reproduzindo.Epitácio Cafeteira que o diga. Nas eleições de 1994 ele havia aberto uma diferença de 12 pontos sobre a candidata Roseana Sarney. Começou a circular um vídeo informando que ele havia matado um certo cidadão. Quando o cidadão apareceu vivo, ele já havia perdido as eleições. Essa turma é capaz de tudo - tudo mesmo - quando se sentem contrariadas em seus privilégios.

Nota do editor: Registro aqui parte do diálogo mantido com o cidadão Ibsen Pinheiro:"Prezado José Luiz, obrigado por sua solidariedade. Não cogitei de uma ação judicial de reparação pela convicção de que o sofrimento que me foi imposto não deve ser precificado. Me considero, aliás, compensados pela reparação, judicial, pública e eleitoral, especialmente quando lembro de outras vítimas, atuais ou históricas, que só tiveram reparação no obituário , ou nem isso. Me basta o reconhecimento de pessoas como tu e como os milhares que me confortaram com seus votos nas campanhas que fiz no retorno. Muito obrigado e grande abraço." Ibsen Pinheiro.