Dois artigos hoje publicados em sites - um pelo diretor do Instituto Potencial Inteligência, Zeca Martins, e outro pelo cientista político Murillo Aragão, na edição do site da revista Veja - sugerem que as eleições presidenciais estão apenas no começo. É como se o eleitorado ainda não estivesse com os olhos voltados para o pleito de outubro. Aqui, em Pernambuco, segundo Zeca Martins, algo em torno de 70% do eleitorado ainda não entrou no jogo.
Uma das conclusões possíveis é que, apesar da hegemonia de alguns candidatos, o cenário ainda é passível de eventuais mudanças. Diante de um contexto de enormes dificuldades neste momento da campanha, o staff político do senhor Jair Bolsonaro(PL), por exemplo, além do pacote de bondades já divulgados, prepara uma série de petardos contra o candidato favorito dos eleitores até este momento: Luiz Inácio Lula da Silva(PT-SP). Segundo alguns veículos de comunicação, a artilharia será pesada, envolvendo a retomada dos casos de corrupção em que o PT esteve envolvido durante os governos da coalizão petista.
Na primeira eleição de Bolsonaro, em 2018, o antipetistmo foi um dos seus trunfos para vencer aquelas eleições. Ao longo dos anos, tal narrativa sofreu algum desgaste, mas, segundo alguns levantamentos realizados por institutos de pesquisa, tais fatos ainda permanecem na memória de alguns eleitores, apesar da lipoaspiração jurídica aplicada sobre as condenações ao morubixaba Lula. Como observa Murillo Aragão, é observar se o PT teria a resiliência suficiente para suportar os achaques.
Alguém, acertadamente, já apontou que o staff de campanha de Jair Bolsonaro não deveria se preocupar com Lula, mas com a inflação em alta, abalando sensivelmente o bolso e o humor dos eleitores. O pacote de bondades ora em curso prevê subsídios, bonos, renúncia fiscal, mas todos sabem que se trata de bondades com prazo de validade definida, além dos danos que tais medidas irão produzir nas contas públicas.
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