Geralmente, em campanhas eleitorais, os políticos sofrem bastante,pois são submetidos a várias situações - nem todas elas muito agradáveis - mas precisam ser simpáticos aos eleitores, submetendo-se aos seus caprichos, como, por exemplo, não recusar uma comida oferecida, preparada com todo aquele esmero. A mídia não deixa de divulgar essas reações dos políticos, quase sempre fazendo um esforço enorme para não parecerem antipáticos. Este editor pode até estar equivocado, mas o candidato a vice na chapa de Lula, Geraldo Alckmin(PSB-SP), não possui aquele perfil tipicamente de um político de rua, ou seja, aquele que cai na bagaceira sem nenhum constrangimento.
Nas imagens que foram divulgadas no dia ontem, quando a comitiva de Lula esteve acompanhado o desfile da Independência da Bahia, percebe-se nitidamente, que o político, em alguns momentos, não esconde o seu desconforto com a situação. Lula, por sua vez, demonstrou estar mais à vontade, segundo dizem, seguindo um protocolo que antes não estaria previsto por seus assessores, como cair na multidão, sabendo-se dos riscos de vulnerabilidade de segurança que isso representaria.
Lula tem esse cheiro e essa inhaca desde os tempos, creio, das famosas greves do ABC Paulista, ainda na condição de sindicalista. Geraldo é mais discreto, mais afeito aos gabinetes. Se Lula resolver repetir a dose daqui para a frente, Geraldo terá um longo percurso de aprendizagem para adaptar-se a esta nova realidade. Por outro lado, diante do acirramento de ânimos proporcionados pela campanha, não seria improvável que Lula fosse aconselhado a dar mais atenção à sua segurança.
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