pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Editorial: Justiça para a Yalorixá e líder quilombola Maria Bernadete.
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sábado, 19 de agosto de 2023

Editorial: Justiça para a Yalorixá e líder quilombola Maria Bernadete.


Durante uma fase de nossas atividades funcionais, tivemos a oportunidade de conhecermos a realidade das comunidades quilombolas do estado do Maranhão, mais precisamente as localizadas na Ilha de Alcântara. Para termos acesso a essas comunidade, precisamos do sinal verde ou do aval das lideranças que congregam essas comunidades, mais ou menos o papel exercido pela Yalorixá Maria Bernadete, Coordenadora Nacional da Coordenação Nacional das Comunidades Negras Rurais (Conaq). 

Segundo podemos presumir, só seríamos bem-recebidos pelas comunidades quilombolas se tivéssemos a sinalização da associação. A experiência foi tão interessante que passamos a estudar o assunto em profundade e mantivemos contatos estreitos até hoje com o MABE - Movimento dos Atingidos pela Base de Lançamento de Foguetes de Alcântara. Alcântara é uma cidade emblemática para entendermos a evolução das polítucas públicas sobre as comunidades quilombolas no país, pois várias experiências pioneiras foram ali materializadas, numa época onde ainda era exigido um laudo antropológico para se conceder a titulação de comunidade quilombola. No primeiro Governo Lula tal laudo foi abolido.  

No último dia 17, vários homens armados entraram num terreiro da Bahia, amarraram os presentes e assassinaram Maria Bernadete, líder do Quilombo de Pitangas, conflagrado, em clima beligerancia com os latifundiários locais, que já assassinaram o se filho, em circunstâncias até hoje não devidamente esclarecidas. Maria Bernadete é mais ma guerreira que tomba na luta pelo direito à terra neste país de grandes latifundiários, grileiros armados, dispostos a tirarem a vida de quem se insurge contra essas injustiças. 

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