Em 2010, o apoio do senador Cássio Cunha Lima foi fundamental
para a eleição do governador Ricardo Coutinho na Paraíba. Partido de perfil
majoritariamente urbano, o PSB não teria como montar palanque em muitas cidades do interior. O apoio dos Cunha Lima permitiu que a mensagem de
Ricardo Coutinho chegasse ao grotões. Cássio, muito próximo ao governador
Eduardo Campos, abriu uma dissidência entre os tucanos. A outra ala ficou com a
candidatura de José Maranhão, do PMDB. Logo após as eleições, começou-se a
especular sobre um possível esfriamento da relação entre ambos, fato sobejamente negado pelos dois. Cássio, por exemplo, dirimindo as dúvidas, passou a defender a reeleição de Coutinho em 2014. Mas, nos bastidores, os comentários são de outra natureza. Até possíveis “encontros
secretos” foram amplamente noticiados pela imprensa local. Nessas últimas
eleições municipais, o fato de o PMDB, do PDT e do PSB não assumirem uma
posição em relação ao segundo turno, dizem meus amigos da imprensa local,
também pode ser interpretado como urdiduras já de olho no pleito de 2014. Após a
refrega sofrida pelo PSB na capital, já se especula que o nome de Cássio Cunha Lima
poderá tentar voltar ao Palácio da Redenção nas eleições de 2014.
sexta-feira, 2 de novembro de 2012
quarta-feira, 31 de outubro de 2012
Dr. Arraes: Deus te livre desses urubus voando de costa, Dudu.
Pelo andar da carruagem política, os urubus estão em revoada.
Logo após a apuração das urnas, Agripino Maia, presidente do DEM, e Arthur
Virgílio, prefeito eleito de Manaus pelo PSDB, direcionaram suas artilharias
mirando 2014. Esse alinhamento conservador em torno de Eduardo Campos é uma das possibilidades
de viabilizar seu projeto presidencial. Uma das hipóteses seria uma composição
com o PSDB, PMDB e DEM, algo em processo de gestação já faz algum tempo. Há
quem diga que ele não ficaria a reboque dessas forças, mas isso é apenas
retórica. Picado pela mosca azul, o sujeito é capaz de transar com Deus e com o
diabo, como diria o compositor Zé Ramalho. Em política, dois corpos não ocupam
o mesmo lugar no espaço ao mesmo tempo. A hipótese de um afastamento da base
aliada de Dilma não seria tão desejável, mas a conjuntura
política pode determinar. O dois urubus citados acenam com o apoio ao nome de
Eduardo Campos, quem sabe já para 2014. Arthur Virgílio, inclusive, causou um
mal-estar no partido ao sugerir que tanto Aécio quanto Eduardo poderiam ser o cabeça de chapa numa composição com os
tucanos. Vejam como as nuvens se movimentam em política. Antes de tirar o nome
de Dilma Rousseff do colete, segundo se comenta, essa seria a chapa dos sonhos
de Luiz Inácio Lula da Silva. Tentou-se, até mesmo, tirar Aécio Neves do ninho
tucano, tentativa não muito bem-sucedida. Se Dr. Arraes estivesse vivo, Eduardo, certamente te aconselharia: Deus te livre desses urubus voando de costas, Dudu.
Irmãos Ferreira Gomes: A oposição oa projeto presidencial do PSB em 2014.

Um repórter certa vez nos perguntou quais seriam as
conseqüências dessa oposição interna que Eduardo Campos enfrenta no PSB para os
seus projetos presidenciais. O Ceará é um colégio eleitoral importante e os
irmãos Ferreira Gomes fazem um barulho danado, mas nada que possa impedir que
Eduardo reavalie seus planos em função dessa oposição. Um semeador de intrigas
já nos confidenciou que o Planalto tem interesse em alimentar essas
animosidades entre Eduardo Campos e a família Ferreira Gomes, o que não seria
improvável. Já faz algum tempo que eles não se entendem. Nas eleições de 2010,
Eduardo Campos demoveu Ciro do projeto de candidatar-se à presidência da
República pelo PSB, atendendo a um pedido de Lula. Isso não foi muito bem
digerido por Ciro. Manobras do Planalto também foram bem-sucedidas no sentido
de afastarem os Ferreira Gomes do ex-senador Tasso Jereissati, um velho aliado
do clã. Depois, eleita Dilma, também não houve um entendimento harmonioso sobre
a parte que te toca desse latifúndio, ou seja, a divisão do bolo do PSB no
Governo. Apesar da disputa acirrada entre Elmano Freitas e Roberto Cláudio,
nessas últimas eleições municipais, o governador de Pernambuco não foi
convidado para emprestar o seu apoio à candidatura do partido, que se sagrou
vitoriosa nas urnas. Embora não seja nada interessante para o partido perder o
concurso desses dois políticos, isso, definitivamente, não se traduz num
empecilho ao projeto presidencial de Eduardo Campos.
Fernando Haddad: Seu governo já começou!!!
Pinçado à Brasília a partir de um trabalho que vinha
realizando numa secretaria da gestão Marta Suplicy, em São Paulo, Fernando
Haddad caiu nas graças de Lula. Fez dele seu ministra da Educação, agora
prefeito de São Paulo e, dizem, há planos de viabilizá-lo até mesmo para um
projeto presidencial. Já confessamos ter uma grande admiração pelo senhor
Fernando Haddad, sobretudo pela implantação de políticas afirmativas à frente do
Ministério da Educação, amplamente favoráveis ao andar de baixo da pirâmide
social, como o ProUni. Outro feito foi reabertura dos restaurantes
universitários, alguns deles fechados na gestão de FHC, como o da UFPE,
inclusive oferecendo refeições gratuitas aos alunos mais carentes. São questões
que, não raro, passam despercebidas pela imprensa. Já escrevemos vários artigos
sobre o assunto e, certamente, passaríamos um longo tempo aqui enumerando os
acertos de sua gestão. Quanto à sua candidatura, desde o início afirmamos
que não acreditávamos nesse projeto. Até afirmamos que teria sido melhor
mantê-lo no órgão a embarcá-lo na canoa furada das eleições paulistas. Próceres
petistas – mesmo aquele que não apenas defendiam o seu quintal paulista –
também se mostraram reticentes ao projeto Haddad. O feeling apurado e a intuição política de Lula provaram que
estávamos errados. Pois bem. Terminada as eleições, o homem já colocou o barco
na rua, conversando com o seu padrinho Lula já numa perspectiva de composição
de governo, com o governador Geraldo Alckmin e com a presidente Dilma Rousseff,
sempre tratando de assuntos de governo.
segunda-feira, 29 de outubro de 2012
O Blog do Jolugue e a cobertura do segundo turno das eleições.
O blog acompanhou o processo eleitoral do segundo turno pelas
redes sociais, informando, em tempo real, tudo o que estava ocorrendo, sobretudo através do Facebook. Logo cedo, começamos postar
nossos comentários acerca da análise do processo, culminando com as observações
após o término das eleições, no finalzinho da tarde e início da noite. Onde as eleições estavam mais polarizadas – caso de Salvador e São Paulo – o
público participou, deixando seus comentários e “curtidas”. Avaliamos cenários políticos
como os de João Pessoa, Fortaleza, Salvador, São Paulo, Belém, Campinas, entre
outros, apontando, inclusive, as conseqüências políticas da eleição, deste ou
daquele candidato, consoante a perspectiva nacional que se desenha para 2014 e
2018. No primeiro turno, adotamos o mesmo procedimento e, certamente, repetiremos a dose nas próximas eleições, com análises consistentes, baseadas no nosso acompanhamento sistemático da quadra política brasileira, no geral, e, mais detidamente, pernambucana. O blog, quando comete equívocos, não tem a menor cerimônia em reconhecê-los. Sempre mantivemos uma grande admiração pela pessoa do senhor Fernando Haddad, mas não acreditávamos muito no seu desempenho nas eleições de São Paulo. Eu e a torcida do flamengo. Por vezes, por sua integridade como homem público e pela grande gestão que vinha fazendo no Ministério da Educação, afirmávamos que ele talvez devesse ter sido mantido no cargo. Lula provou que estávamos errados... Um grande abraço a todos!!!
ACM Neto: O ovo da serpente do carlismo?

Não vejo imagem melhor para analisar o quadro da eleição de ACM
Neto em Salvador do que a imagem do filme “O ovo da serpente”, do cineasta
sueco Ingmar Bergman. Logo que postamos, através das redes sociais, nossas primeiras
observações, a reação do público foi bastante radical, ora apoiando cabalmente o
projeto, ora falando de um possível retrocesso no quadro político baiano. A eleição de ACM
Neto e Arthur Virgílio, muito mais do que qualquer outro caso, pode ser
creditado como uma derrota do Planalto, precisamente de Lula, pelas razões já
expostas aqui no blog. Em Salvador, montou-se um amplo arco de forças políticas
em torno da candidatura de ACM com o objetivo de derrotar Nelson Pelegrino, o
candidato do PT, atingindo o governador Jaques Wagner e, por tabela, Lula. Prospecta-se para 2014 o
alinhamento do carlismo com setores do PMDB, de olho no Palácio de Ondina.
Diferentemente do que ocorreu em São Paulo, ainda é prematuro avaliar as causas
da volta do carlismo em Salvador. Atribui-se, entre outros fatores, o desgaste
proporcionado pela greve de policiais e professores ao Governo de Jaques
Wagner. Essa seria a primeira experiência executiva do neto de Antonio Carlos
Magalhães. Trincado com o Governo do Estado e com o Palácio do Planalto, é inegável que ele precisará de muita vaselina política para se relacionar com ambos. ACM Neto faz política desde muito cedo. Depois da morte de Luiz Eduardo Magalhães, certamente é ele o representante mais relevante do clã. Depois da morte de ACM, o velho, a família desintegrou-se, expondo evidentes rachaduras, motivadas, sobretudo, em razão do espólio econômico do avô. A volta do "carlismo", portanto, se entendido como um conjunto de forças que gravitavam em torno de ACM - algumas lideranças forjadas nesse período estão de volta com a eleição de ACM Neto - é até compreensível. Por outro lado, há um pouco de exagero de retórica nessa expressão, uma vez que, strictu sensu, o conjunto de forças políticas atuais não tendem a repetir o estilo do velho babalorixá da política baiana. Não chega a ser, portanto, um ovo da serpente, numa alusão ao filme de Bergman.
sábado, 27 de outubro de 2012
Timbaúba: Deu no The Economist
A matéria do semanário britânico, The Economist - que alcançou enorme repercussão na mídia nacional - onde aborda a
gestão do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, começa por Timbaúba.
Naquela cidade, na década de 80, lembra a revista, o antropólogo Nancy
Scheper-Hughes realizou um trabalho de campo sobre as condições de vida das
pessoas que trabalhavam no corte da cana. Concluiu, naturalmente, o óbvio. Uma
quadro degradante. Pessoas precocemente envelhecidas – lembrei logo de Dona
Severina, da comunidade quilombola do antigo Quilombo do Catucá, Goiana, que
visito com meus alunos – alcoolismo e mortalidade infantil “sem choro”. O aspecto positivo da matéria é
o reconhecimento dos resultados obtidos pela rede de segurança social
implantada no Governo Lula, inclusive com dados concretos sobre a economia do
município hoje. Logo em seguida, a matéria faz uma avaliação positiva do Governo de Eduardo
Campos, não deixando de observar algumas críticas dos seus adversários. Para não
perder o “sotaque”, alimenta as intrigas entre Eduardo e o PT – apresentando-o
como um obstáculo ao projeto de reeleição de Dilma – e ainda classifica o
estilo do seu avô, Dr. Miguel Arraes, como “antiquado”. Se a revista fosse mais cuidadosa ou tivesso consultado a tese do antropólogo, teria reconhecido que foi no Governo Arraes que grandes acordos foram celebrados no campo, beneficiando o andar da baixo da pirâmide social.
quinta-feira, 25 de outubro de 2012
José Serra: Diante de uma derrota iminente, o PSDB procura uma saída honrosa para ele.
Diante dos fatos – uma derrota iminente na capital paulista –
o PSDB já procura uma saída honrosa para José Serra. Possivelmente um cargo
burocrático na máquina partidária, uma vez que, derrotado mais uma vez e com
uma taxa de rejeição nas alturas – o melhor encaminhamento seria mantê-lo em banho-maria, evitando sua
exposição durante algum tempo. Trata-se de uma situação um pouco complicada, uma vez que,
mal nas urnas, Serra também saiu fragilizado dos últimos embates internos dos
tucanos. Não vamos voltar aqui a comentar sobre os equívocos cometidos por
Serra na campanha paulista. Já tivemos a oportunidade de fazê-lo em outros
momentos. Serra ostenta uma taxa de rejeição, segundo o IBOPE, da ordem de 42%,
algo que praticamente inviabiliza suas expectativas políticas neste momento e
num futuro próximo. Eleito Haddad, comenta-se que o PT trabalha o nome do
Ministro Alexandre Padilha como candidato ao Governo Paulista nas eleições de
2014. Lula parece mesmo cansado das velhas caras do Partido dos Trabalhadores.
Como não fez em relação à Haddad, parece sentir a mesma disposição em negociar
com os grãos-petistas a indicação do nome de Padilha. Um longo e tenebroso
inverno aguarda José Serra. O PSDB cometeu, conforme afirmamos, alguns
equívocos evidentes. O pior dele foi ter mantido o nome de Serra como
candidato. Havia várias opções de renovação dos quadros do PSDB paulista.
O socialista Aécio Neves
Por alguns momentos, sobretudo nas últimas postagens,
comentamos sobre a estratégia adotada pelo governador Eduardo Campos em relação
ao Partido dos Trabalhadores. Para não cansar o eleitor do blog, vamos aguardar
o formato das próximas nuvens políticas e, se as mesmas não continuarem tão
nubladas, quem sabe possamos fazer uma avaliação com mais elementos, embora, em
certo sentido, a estratégia é clara: ele acende uma vela a Deus e outra ao
Diabo da mosca azul. Num dos seus últimos comentários, fez referência aos
apoios que vem recebendo do PT neste segundo turno, argumentando que o seu
partido apóia mais o PT do que o PT apóia o PSB. O senador Aécio Neves, por sua
vez, aproveitando a deixa, também chegou a uma conclusão curiosa: Neste segundo
turno vestiu mais a camisa 40 – numa referência ao PSB – do que a camisa 45, o
número tucano. Em algum momento essa fatura será cobrada. Pay Attention, PT.
terça-feira, 23 de outubro de 2012
Governo irá monitorar os "afilhados" eleitos na região metropolitana
O modelo de gestão implantado no Estado tem sido um dos
grandes suportes do projeto presidencial do governador Eduardo Campos. Esse
modelo de gestão produziu algumas políticas públicas – caso do Pacto pela Vida
– hoje considerada por especialista como uma das mais exitosas políticas
de enfrentamento do problema da violência.Antes das últimas eleições,
as movimentações que o governador fez no tabuleiro da política local, dizem,
teria como objetivo uma tentativa de dotar
algumas cidades estratégicas de uma aparato de gestão pública convergente com o
modelo aplicado ao Estado, que está trazendo enormes benefícios em termos de
crescimento da economia. Comentou-se à época, que o governador desejava gestores
municipais ligados ao Campo das Princesas que reunissem condições de captarem
recursos federais e privados, estabelecer um link com Brasília, sem,
necessariamente contarem com a sua ajuda. Agora, que algumas cidades já
conhecem os seus prefeitos, pelo menos naquelas onde o governador apadrinhou
pessoalmente alguns candidatos – comenta-se que ele deverá colocar alguns nomes
de sua confiança junto a esses gestores municipais, com o objetivo de
transferirem essa tecnologia de gestão e monitorarem o seu desempenho. Moreno,
Cabo, Paulista, de acordo com reportagem do Diário de Pernambuco, estão entre
essas cidades. A reforma do secretariado permitiria, igualmente, mexer nas peças que não estão dando certo e inserir na equipe "sangue novo", motivado pelos resultados das últimas eleições.
Luciano Cartaxo: O PT afirma-se em João Pessoa.
A pouco falávamos da disposição de Lula. Pois é. Desembarca
hoje em Fortaleza para pedir votos para Elmano Freitas, que se encontra
tecnicamente empatado com Roberto Cláudio, o candidato arranjado pelos irmãos
Ferreira Gomes. Também deverá ir a João Pessoa, pedir votos para Luciano
Cartaxo, o candidato petista que lidera as pesquisas de intenção de voto. Mais
uma vez, com bastante antecedência, afirmamos que Luciano Cartaxo pode
encomendar o terno da posse. Apesar das “omissões”- também conhecida como
neutralidade, advogada por partidos como o PSB e o PMDB – Cícero Lucena deverá
amargar uma derrota nas urnas no próximo domingo. A candidatura do PT em João Pessoa
foi resultado de um ato de rebeldia. Comenta-se que haveria um acordo entre
Lula e Eduardo Campos no sentido de que o PT da capital apoiasse o nome de
Estelizabel Bezerra, cujo nome foi reduzido para Estela por recomendação dos
marqueteiros da campanha. Tirada do colete pelo governador Ricardo Coutinho,
Estela venceu as prévias, apeando um nome com melhor potencial agregador e
densidade eleitoral, o atual prefeito Luciano Agra. Não deu outra. Até o IBOPE
esqueceu de colocar o seu nome numa pesquisa de intenção de voto. O PT naquele
Estado sempre foi fraco, urbano, dividido e ambíguo do ponto de vista
ideológico. Sempre esteve a reboque de outras forças políticas, jamais
afirmando uma posição naquela praça. Nas eleições de 2010, por exemplo, esse
grupo que hoje encampa a candidatura de Luciano Cartaxo esteve com a raposa José
Maranhão, que não fez a menor cerimônia em não apoiá-lo nessas eleições. O
grupo mais autêntico – leia-se Luiz Couto – sofreu agruras. As eleições de 2012
é uma ótima oportunidade de afirmação do Partido dos Trabalhadores na capital
João Pessoa. Pay Attention, Cartaxo!!!
Nem "Kit Gay" nem a Síndrome Regina Duarte: Nada salva Serra em São Paulo.
Pelo andar da carruagem política, a síndrome Regina Duarte
parece não ter surtido muito efeito nas eleições em São Paulo. Até mesmo
setores expressivos do segmento evangélico já estariam fechados com a
candidatura do ex-ministro da Educação de Lula, Fernando Haddad. Em casa onde
falta comida, como diriam nossos avós, todos brigam e ninguém tem razão. É mais
ou menos essa a situação da coordenação de campanha do tucano José Serra.
Desesperados com os números desfavoráveis, na reta final, tentam de tudo para
uma reversão do quadro, hoje francamente favorável a Haddad. Serra vem
cambaliante desde o início da campanha, ostentando uma taxa de rejeição
altíssima. Comete um erro atrás do outro e o eleitor não costuma perdoar tantos
equívocos. Permitiu a identificação de sua candidatura como uma “continuidade”
de uma gestão muito mal avaliada, a de Kassab, investiu contra o “Kit Gay” num
momento “cor de rosa”, brigou com repórteres ... É puro desespero. Diante
dessas circunstâncias, como já afirmamos com muito antecedência – o editor não
costuma esperar pelo resultado das eleições para publicar seus artigos – Haddad
deverá ser o próximo prefeito de São Paulo. Acreditam alguns que os projetos de
Lula para o ex-ministro são bastante ousados. Pensa-se até mesmo no Palácio do
Planalto. É preciso combinar, no entanto, com os donos do PT paulista: Marta
Suplicy e Aloizio Mercadante. Como observa um analista da Fundação Getúlio Vargas, esses foram os benefícios do Mensalão para o PT: obrigou-o a renovar os seus quadros.
Assinar:
Postagens (Atom)