Realmente se impõe como absolutamente necessário esgotar todas as investigações possíveis em relação a essas fraudes no INSS. O escândalo é gigantesco, execrável em todos os sentidos e seus tentáculos envolvem inúmeros atores, instituições. Uma CPMI seria muito bem-vinda. Outro dia ficamos sabendo dos temores dos próprios órgãos de investigações sobre se deveriam adentrar nos meandros da participação das entidades financeiras sobre concessões fraudulentas de empréstimos consignados, onde suspeita-se que funcionários dos próprios bancos estariam realizando esses empréstimos, sem autorização dos clientes, a partir de cartões liberados e não procurados. Entende-se agora porque tantos aposentados reclamavam de empréstimos que não foram solicitados.
De volta à terrinha, o Ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, reafirmou que o dinheiro roubado será devolvido aos aposentados e pensionistas. Sabe-se lá como diante das dificuldades de caixa do Governo e das dificuldades de recuperar o dinheiro que foi apropriado irregularmente pelas entidades e sindicatos. Em todo caso, a promessa é que todos os descontos irregulares serão devolvidos aos aposentados e pensionistas. A cada nova matéria sobre o assunto, o odor fétido espalha-se pelo ar. Agora surgiu uma possibilidade de políticos estarem recebendo mesadas regulares, da ordem de R$ 50 mil por mês, para facilitaram a vida dessas instituições no Legislativo. Era liberar ou afrouxar a legislação e o dinheiro caía na conta todos os meses. Para que essa conversa de biometria facial, afinal?
No momento, a Polícia Federal suspeita que, pelo menos, 15 parlamentares poderiam estar envolvidos, alguns deles, pasmem, ligados ao partido que controlava a pasta. Diante de tanto clamor popular, articulação da Oposição e indisposições do Legislativo com o Executivo, a CPMI deve mesmo sair após os festejos juninos. Vamos aguardar, pois será uma oportunidade de abrirmos essa caixa-preta.
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