pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Editorial: Um eleitor chamado inflação.
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sábado, 9 de abril de 2022

Editorial: Um eleitor chamado inflação.



A alta dos preços dos alimentos, neste momento, é o maior problema enfrentado pelo presidente Jair Bolsonaro(PL) em seu projeto de reeleição. Não sei se o seu staff de campanha estaria avaliando corretamente a situação, mas é um fato que a inflação pode se constituir numa grande dor de cabeça para a sua campanha, ao corroer o poder de compra dos mais pobres e da classe média. Com absoluta razão, o economista Roberto Campos afirmava que a parte mais sensível do ser humano é o bolso. Dos eleitores também. Os apoios recebidos com a distribuição do um Auxílio Emergencial podem ser transformados num malogro caso a alto dos preços não seja contida.  

Lula, seu principal concorrente, já atingiu o seu teto, algo em torno de 44% das intenções de voto, enquando o presidente Jair Bolsonaro, a cada nova pesquisa, emite sinais de recuperação, diminuindo sua diferença em relação ao primeiro colocado. O fato, seria de supor, tem sido bastante comemorado pelo Palácio do Planalto. Para complicar ainda mais o cenário da oposição, Lula, depois das estocadas, passou a não conter a língua e fazer declarações infelizes, como esta sobre o aborto, indispondo-o mais ainda com um eleitorado reticente ao seu nome, como os milhões de eleitores evangélicos. 

Alguns petistas mais ponderados consideram que a situação fugiu um pouco ao controle. A metralhadora verbal precisa ser contida. Numa única rajada, Lula disparou contra a classe média amostrada, a elite escravagista. Sobrou até para Deus, acusado de ser petista. No caso de Bolsonaro, apesar da boa performance que ele vem obtendo  nas últimas pesquisas, há uma nuvem negra da alta dos preços no seu céu de brigadeiro. Sobre o assunto, convém nunca esquecer uma observação do cientista político pernambucano, Antonio Lavareda, do IPESPE, advertindo que nenhum governo no mundo deixa de ser afetado pela alta dos preços.

Para alguns setores do Partido dos Trabalhadores, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi bastante infeliz em suas últimas declarações. Fazer afagos em sua base de sustentação histórica não seria o mais prudente neste momento. É o que se supôs de suas delcarações mais recentes sobre o aborto. Ele precisa avançar, isso sim, nos redutos da situação, ou seja, em setores do eleitorado que possam desequilibar o jogo em seu favor ou conter a sangria do avanço do seu principal oponente. Seus equívocos, possivelmente, podem ser atribúidos às pressões que ele vem sofrendo nos últimos dias. 

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