O atual gestor da Prefeitura de São Paulo, Ricardo Nunes(MDB-SP), está montando uma ampla frente política com o propósito de assegurar a sua reeleição. Sabe que o páreo não será fácil, uma vez que o Planalto joga todas as suas fichas naquelas eleições. Jogá-lo nas cordas do bolsonarismo, conforme é previsto entre as estratégias da chapa de Guilherme Boulos, não necessariamente, pode ser algo positivo para a campanha de reeleição Ricardo Nunes.
Em algumas situações, no contexto da frente ampla que está sendo montada por Nunes, apoiadores do atual gestor confirmaram o seu apoio ao projeto de reeleição exatamente por ele não ser um bolsonarista raiz. É bom ter o apoio dos bolsonaristas, mas sugere-se a prudência necessária, uma vez que, depois do teto de apoiadores, o bolsonarismo também representa um padrão de rejeição junto ao eleitorado.
O coronel Rocardo Mello, por exemplo, que será indicado por Jair Bolsonaro como vice na chapa é um ex-comandante da Rota, a temido Rondas Ostensivas Tobias Aguiar. Nas décadas de 80\90 do século passado, o Clube Náutico Capibaribe, aqui do Recife, montou um grande timaço. Entre esses jogadors estava o atacante Dedeu. Quando entrevistado pelos jornalistas sobre um eventual êxito do clube numa partida de futebol, costumava usar a expressão: O Náutico irá vencer o jogo comigo ou sem migo. É exatamente a tal questão que o prefeito Ricardo Nunes tenta equacionar. Ter Bolsonaro por perto é importante, mas até um certo ponto.
Com o apoio já definido do PSD, não estranha que seja o seu presidente nacional, Gilberto Kassab, um supersecretário da gestão do governador Tarcísio de Freitas, que, de fato, possa estar aconselhando o atual gestor a comer o mingau quente do bolsonarismo pelas beiradas para não se queimar. Segundo dizem, o mesmo conselho teria sido dado ao governador.
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